Análise: Marcas focam o
Brasileirão, e clubes perdem receita
Duda Lopes mostra que
patrocinadoras desprezam estaduais e focam investimentos apenas no Brasileirão
O modelo de patrocínio no Brasil,
privilegiando a exposição da marca, gera várias limitações.
Uma delas pode ser vista neste
instante, quando o Brasileiro está no início.
Alguns patrocinadores só se
aventuram no futebol quando o torneio começa, com garantia de um mínimo de
jogos e atenção maior da mídia.
Foi assim para alguns clubes
neste ano, algo que se repete pelas últimas temporadas.
O primeiro semestre é de
escassez.
O segundo, nem tanto.
A 99Taxis é um exemplo dessa
estratégia.
Antes do Brasileirão, apostou em
aportes pontuais nas finais estaduais.
Depois, colocou dinheiro de forma
fixa em clube.
Só o Corinthians já garantirá boa
exposição pela temporada para a marca.
A Jeep foi outra que apostou em
um time grande, mas somente no período do Brasileirão.
Ambos os contratos são válidos
até o fim do ano, quando o torneio nacional se encerra.
Pelo ângulo das empresas, não há
nada de estranho nisso, desde que o foco realmente seja a exposição.
Mas, para um mercado que ainda
não descobriu novos métodos de patrocínio, esse é um tremendo problema.
Problema que até poderia ser
menor, caso o calendário brasileiro fosse todo preenchido pelo torneio.
Com esse cenário, a ação da
Chevrolet para o amistoso da seleção foi um belo gol para o futebol nacional.
Ao criar um produto de seu
patrocinado, a empresa associou o investimento a vendas.
Pouco importa, no caso, se o logo
da marca vai aparecer.
E nada impede que isso seja feito
com outras marcas, nos clubes.
Já pensou num carro personalizado
com o símbolo do seu time?
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