A Copa, os Jogos Olímpicos, as
hipérboles e a megalomania brasileira.
Os brasileiros sempre cultivaram
as hipérboles...
Nelas nos escoramos para
alimentar a megalomania que tanto amamos.
Foi sonhando com um assento no
Conselho de Segurança da ONU que embarcamos na aventura...
Afirmamos de peito inflado que
sediaríamos e faríamos a Copa das Copas...
Sobre os Jogos Olímpicos, não
deixamos por menos: será a melhor Olimpíada de todos os tempos...
Depois, então, não haveria
concessão, exigiríamos altivos o tão sonhado assento, onde de nariz arrebitado,
barbas eriçadas e ereta coluna vertebral, encararíamos olhos nos olhos as nações
gigantes e lhes ensinaríamos em nossos discursos, que caminhos o planeta
deveria seguir.
Mas, não foi assim que
aconteceu...
Na Copa, nas quatro linhas que
demarcam um campo de futebol, a Alemanha quebrou nosso nariz e a Holanda,
raspou a barba e o bigode.
Do lado de fora dos estádios,
distante das festivas ruas, a NOMENKLATURA patrocinava tenebrosas transações,
sugando a medula da coluna cervical que ainda nos sustentava...
Agora, bem antes da Pira Olímpica
ser acessa e de oficialmente serem declarados abertos os Jogos Olímpicos,
ressecada, a coluna partiu.
Encerraremos a megalômana
aventura com a economia destroçada e sem a cadeira tão desejada...
No decorrer dos jogos só nos
restará torcer desesperadamente para que ao fim de tudo, possamos ver estampada
em todos os jornais a hiperbólica manchete...
UFA...
DEUSÃO É BRASILEIRÃO, ESCAPAMOS
DO VEXAMÃO.
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