Odebrecht pede negociação do
contrato do Maracanã
Folha de São Paulo/Do Rio de
Janeiro.
A Odebrecht afirmou, nesta
segunda-feira (27), que enviou uma carta à Secretaria da Casa Civil pedindo uma
renegociação do contrato com o Maracanã.
"A Concessionária reforça
que tem feito um trabalho contínuo para reduzir os custos fixos, minimizar os
prejuízos operacionais e se adequar aos impactos da alteração unilateral do
contrato de concessão e aos períodos de interrupção da operação como na Copa do
Mundo (2014) e Jogos Rio 2016", diz a nota.
A concessionária é formada pela
Odebrecht (95%) e pela norte-americana AEG (5%).
O governo do Rio confirmou que
recebeu o contato da Odebrecht, mas que ainda avalia uma mudança na parceria
com a concessionária.
Em 2013, o consórcio venceu a
licitação para explorar o estádio por 35 anos.
No acordo, o grupo poderia
derrubar o parque aquático e o estádio de atletismo para erguer um centro
comercial e estacionamentos.
Logo após, o governo recuou e
proibiu a derrubada das instalações esportivas.
Há três anos, o grupo venceu a
concorrência oferecendo R$ 5,5 milhões por ano como outorga.
O valor superou o
da única concorrente na disputa, que apresentou proposta de R$ 4,7 milhões de
outorga anual.
A Odebrecht também tocou a
reforma do Maracanã.
A empreitada em conjunto com a Andrade Gutierrez chegou a
cerca de R$ 1,2 bilhão.
Neste mês, a Odebrecht afirmou a
procuradores da Lava Jato, em tratativas para negociar sua delação premiada,
que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) cobrou propina em obras como o
metrô e a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014.
Atualmente, o estádio está
fechado aos cuidados dos organizadores dos Jogos Olímpicos.
No dia 5 de agosto,
o Maracanã receberá a abertura da competição.
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