Arena das Dunas, no RN, acumula
R$ 35 milhões em prejuízos desde a inauguração
Com ABC e América-RN em baixa,
estádio administrado pela empreiteira OAS faturou muito menos do que gastou em
2014 e 2015
Por Rodrigo Capelo para Época
A Arena das Dunas, cuja
administração foi concedida pelo governo do Rio Grande do Norte para a OAS por
20 anos, teve seu segundo ano consecutivo no vermelho em 2015.
O estádio teve prejuízos
operacionais de R$ 16 milhões e R$ 19 milhões, respectivamente, nas duas temporadas
desde a inauguração, em 22 de janeiro de 2014.
As receitas chegaram a R$ 6,9
milhões em 2015, mas continuam muito abaixo das despesas, em R$ 23 milhões.
O cálculo, aqui, desconsidera os
repasses de dinheiro feitos pelo governo potiguar para remunerar a construção
do estádio, orçada em R$ 400 milhões.
Ao olhar apenas para receitas e
despesas é possível notar a saúde financeira de uma empresa, como a criada pela
OAS para administrar a Arena das Dunas, que vai mal.
E o cálculo fica muito pior se
forem considerados impostos sobre a receita e despesas financeiras, como
pagamentos de juros a bancos, ambos negativos.
Com os dois principais times
locais na terceira divisão, ABC e América-RN, a Arena das Dunas depende de
excursões de clubes da elite para conseguir receita.
A maior renda, até hoje, saiu do
jogo entre Flamengo e Avaí no Campeonato Brasileiro de 2015, quando a operadora
ficou com R$ 439 mil da receita bruta de R$ 1,6 milhão.
O estádio será o palco de
Flamengo x Fluminense no próximo domingo (26) e espera superar a renda obtida
no ano passado.
A OAS, a quem o governo do Rio
Grande do Norte concedeu a Arena por 20 anos, colocou-a à venda no começo de
2015.
A construtora entrou em
recuperação judicial depois que sua participação em esquemas de corrupção foi
evidenciada pela Operação Lava Jato.
Quebrada, decidiu vender suas
participações em estádios – Arena das Dunas, Arena do Grêmio e 50% da Arena
Fonte Nova.
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