Imagem: Moz Life
A onipresença de Kanté
Por Gabriel Leme Penteado, repórter do Universidade do Esporte – 88,9 FM
Universitária.
Pode parecer difícil de
acreditar, mas o Futebolista do Ano, eleito pela associação de escritores
ingleses, foi N’Golo Kanté.
O jogador do Chelsea (campeão
pelo Leicester na temporada passada e novamente campeão pelos Blues) demonstrou
uma grande qualidade atuando como volante na Premier League.
Não se trata de coincidência.
Pelo Leicester, o francês foi
considerado o pilar do elenco, sendo o principal jogador do técnico Cláudio
Ranieri.
O meia foi vendido posteriormente
pela bagatela de 32 milhões de euros (valores que, nas atuais cifras do mercado
europeu, são considerados uma pechincha – ainda mais para um jogador
considerado a estrela de seu antigo clube).
Os rivais do clube londrino foram
além dessas cifras por uma contratação (Xhaka e Pogba custaram 35 e 106 milhões
de euros, respectivamente).
Ambos não terminaram a competição
na zona de classificação para a Champions League, mas o United conquistou a
Liga Europa e volta para a principal competição do planeta na próxima
temporada.
Em números, Kanté reforça a
eficiência que apresentou em 2016.
O meia jogou 35 jogos na Premier
League, venceu 27, deu mais de 2.000 passes e jogou, aproximadamente, 3.000
minutos.
Não tomou um único cartão
vermelho (para um volante de marcação, é um feito e tanto) e fez 79
interceptações – mais do que qualquer jogador dos Blues.
Não contente com esses números, o
meia ainda se tornou o primeiro jogador a conquistar a Premier League duas
vezes de forma consecutiva.
Durante os jogos, comentários e
mais comentários sobre a inteligência e o papel tático do francês são feitos.
O camisa 7 do Chelsea parece
ocupar o campo todo, durante os 90 minutos.
Cada bola adversária que passa
pelo meio, encontra os pés de Kanté.
A onipresença foi atribuída por
tais atuações e não à toa, o volante foi o grande destaque da campanha do
título, junto à Eden Hazard.
O treinador dos Blues, Antonio
Conte, ainda nos permite concluir a satisfação que tem com o jogador ao
substituí-lo apenas uma vez nos 35 jogos em que Kanté foi titular.
Dado esses fatos, o prêmio é mais
do que justo e o volante é a melhor representação da campanha do Chelsea,
reforçando que coincidências não existem e que o raio cai mais de uma vez no
mesmo lugar.
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