No início da noite desta segunda-feira fui pego de surpresa pela notícia
da morte do radialista e narrador de futebol, Januário de Oliveira...
A primeira coisa que me veio a cabeça foram as tardes de domingo, ainda em
Brasília, acompanhando os jogos do Vasco pela televisão, narrados por Januário.
Lembrei também, de quando num golpe de sorte, cruzei com ele saído do estúdio da TV Universitária e me flagrei, “tiete”...
Lá estava eu, frente a frente com “a voz” que me fez vibrar e sofrer nos jogos do Vasco...
O homem, que eu, menino, admirei.
Foi um início de tarde incrível...
Viajei no tempo.
E, é claro, aproveitei o tempo que ele, já com a saúde debilitada, em pé e sem demonstrar nenhum enfado, me doou alegremente...
Foi sensacional.
Perguntei sobre sua carreira e sobre outros grandes monstros do rádio esportivo carioca...
Jorge Curi, Luiz Mendes, Waldyr Amaral, João Saldanha e tantos outros.
Foi a primeira e última vez que o vi...
Na época eu tinha mais de 50 anos, mas naquele breve espaço de tempo,
voltei aos 18,19,20 anos.
Obrigado Januário de Oliveira por todas as tardes de domingo narrando os
grandes e os péssimos momentos do clube que meu pai me ensinou amar...
Mas fundamentalmente, obrigado por aquela tarde de segunda-feira, em que você, atencioso, atendeu tão carinhosamente, não ao homem de mais de 50 anos, mas ao rapazola que gostava de ouvir você gritar: "eee o gol"
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