segunda-feira, junho 20, 2022

A Federação Internacional de Natação (FINA) aprovou, neste domingo, uma nova política de integração de gênero e criou uma 'categoria aberta'

Imagem: Getty Images

A Federação Internacional de Natação (FINA) aprovou, neste domingo, uma nova política de integração de gênero e criou uma 'categoria aberta' que impede transexuais de competir em provas de elite feminina, se não tiverem completado a transição até aos 12 anos.

O presidente do organismo, Husain Al-Musallam (foto), explicou: “Temos que proteger os direitos dos nossos atletas de competir, mas também proteger a justiça competitiva nos nossos eventos, especialmente a categoria feminina. A FINA acolherá sempre todos os atletas. A criação de uma categoria aberta significará que todos terão a oportunidade de competir entre a elite. Isso nunca foi feito antes, portanto a FINA terá que liderar o caminho. Quero que todos os atletas se sintam incluídos para podermos desenvolver ideias durante este processo.”

Durante os mundiais de Budapeste, a FINA assumiu a determinação em ser “o primeiro esporte” a criar uma “categoria aberta”.

Será ser formado um grupo de trabalho que “nos próximos seis meses” vai delinear os moldes da mesma.

As medidas, aprovadas com 71% dos votos dos 152 membros no congresso extraordinário, exigem que os competidores transgêneros tenham completado a sua transição antes dos 12 anos para poderem competir nas provas femininas.

A decisão acontece numa altura de controvérsia na natação envolvendo a nadadora transgênero norte-americana Lia Thomas, estudante de 22 anos que nasceu homem e tornou-se, recentemente, na primeira nadadora transgênero a ganhar um título nacional universitário e há quem defenda que Thomas, ao ter competido como homem no passado beneficiou de vantagem fisiológica, classificada como injusta.

Este ponto de vista recebeu sustentação após a FINA ter criado uma comissão composta por atletas, advogados e médicos especialistas que concluiu que os homens que se tornaram mulheres mantinham vantagens, como corações maiores, ossos mais longos, pés e mãos maiores.

Fonte: A Bola, Portugal

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