quinta-feira, junho 30, 2022

Governo cubano acusa o boxeador Andy Cruz Gómez, campeão olímpico no jogos de 2020 de tentar deixar o país ilegalmente

Imagem: Autor Desconhecido

A Federação Cubana de Boxe (FCB) foi “notificada sobre a participação do atleta Andy Cruz Gómez na tentativa de deixar o país ilegalmente”, explicou a entidade em comunicado através do portal JIT, do Instituto Cubano de Desportos, sem especificar, no entanto, detalhes da fuga frustrada ou da situação atual do pugilista...

Os dirigentes afirmaram que a ação do campeão dos jogos olímpicos em Tóquio/2020 de pesos ligeiros personifica uma “grave indisciplina face aos regulamentos” do boxe do país, pelo que a atitude do atleta de 26 anos será “analisada” e sujeita à disciplina das autoridades.

De acordo com o regulamento, Andy Cruz, considerado por especialistas como o melhor boxeador cubano da atualidade, incorre em suspensão - temporária ou definitiva - da seleção de boxe, a modalidade estrela do desporto cubano, com 80 títulos mundiais e 41 olímpicos...

A FCB afirma que o atleta não participou nos treinos do campeonato nacional, nem se deslocou ao evento, tendo revelado “evidente desmotivação”, fato que o afastou da estreia da seleção em circuitos profissionais, em Aguascalientes, México.

“Estou tão animado para ser profissional. Estou à espera disso há muito tempo. Tenho 26 anos, o que alguns consideram velho demais para fazer a minha estreia profissional. Estou pronto para isso. Vou provar que sou o melhor. Quero lutar com os melhores”, escreveu o atleta, em 21 de junho, na rede social Twitter...

A tentativa de fuga do pugilista verifica-se num momento em que Cuba vive uma profunda crise econômica e social, motivada pela covid-19 e pelo bloqueio, de décadas, dos Estados Unidos, que tem motivado uma onda migratória ímpar.

Nos últimos meses, o lutador Ismael Borrero, campeão olímpico no da Rio 2016, e o canoísta Fernando Dayán Jorge, medalha de ouro Jogos Olímpicos de  Tóquio em 2020, fugiram do país...

Jordan Diaz, a maior promessa do triplo salto cubano, trocou o país pela Espanha, em processo semelhante ao de Pedro Pablo Pichardo, que se tornou português, garantindo a Portugal a única medalha de ouro nas Olimpíadas de  Tóquio de 2020.

Um comentário:

jornal da grande natal disse...

Situação bizarra: o posicionamento da "liberdade" fidelina.