Marzieh Hamidi, ex-campeã de
taekwondo do Afeganistão, está refugiada em França desde 2021, quando fugiu do
seu país após a retomada do poder pelos talibãs...
Ainda que tenha encontrado asilo
em território francês, no qual continua a competir graças a uma bolsa olímpica,
isso não impediu que Hamidi sofresse ameaças de morte.
Mais precisamente, cerca de 3 mil
ameaças de morte em, apenas, 48 horas...
“A primeira ligação veio do
Afeganistão. Uma voz disse que sabia meu endereço em Paris. Recebi três mil
telefonemas em 48 horas”, afirmou a lutadora afegã.
Desde que se refugiou em França,
a atleta é voz ativa em manifestações pelos direitos das mulheres no
Afeganistão...
A onda de ameaças surgiu depois
de Hamidi ter denunciado, nas redes sociais, uma nova lei em vigor no
Afeganistão que proíbe as mulheres de se pronunciarem em público.
Além disso, as entrevistas em que
participou, bem como a hashtag que levantou nas redes sociais #LetUsExist
('deixem-nos existir') agravaram as ameaças à lutadora...
“Recebi ameaças de morte e
violação porque me oponho aos terroristas e aos que os apoiam. Imaginem as
milhões de mulheres no Afeganistão, que não têm proteção, que estão com os
terroristas, e ninguém pode ouvir a sua voz”, acrescentou a atleta.
Segundo a AFP, após tantas
ameaças contra Hamidi, a justiça francesa abriu uma investigação sobre o caso e
colocou a atleta sobre proteção policial por um tempo indefinido...
“Quero que os terroristas que me ameaçam de morte sejam identificados e julgados, para que eu possa viver livremente, sem medo e em segurança. Eles não me vão silenciar e continuarei a minha luta pelas mulheres afegãs a todo custo”, disse Hamidi, citada pela agência AFP.
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