Quem escreveu o roteiro da
partida entre Iguatu e Anápolis o fez com crueldade...
Brincou com os sonhos da equipe
cearense com requintada maldade.
Logo no primeiro minuto, jogou
um balde de água fria nos azuis, quando Gonzalo abriu o placar para os goianos...
Dez minutos depois devolveu a
esperança para torcedores, comissão técnica, dirigentes e torcedores ao dar
protagonismo a Otacílio Marcos, que igualou o marcador.
Não satisfeito, aos 19 minutos
fez com que Hebert brilhasse, marcando o gol da virada...
Deixando no ar, quem sabe, a possibilidade da classificação.
Mas as próximas cenas seriam dedicadas a assustar corações...
Aos 25 minutos da fase incial, Gonzalo reaparece na história e iguala o
placar.
Terminar o primeiro tempo com o jogo empatado mostrou que o roteirista pretendia pausa dramática...
O placar igual dava ao torcedor sensação de alívio,
pois permanecendo como estava um único golzinho resolveria tudo, mas
também, deixava certa angústia diante da possibilidade do pior.
O pior veio na página seguinte...
Cardoso foi o escolhido pelo
roteirista para pisar no coração dos iguatuenses, colocando a bola no fundo das
redes do velho ídolo, Mauro Iguatu, aos 22 minutos da fase final.
Mas o maldoso roteirista ainda
tinha muita tinta para esbanjar sua crueldade...
E, aos 51 minutos, quando todos
já se davam por vencidos, ele com um sorriso cruel no canto boca, com rápidos
rabiscos, fez com que Max Oliveira tirasse o doce da boca dos goianos, empatando o
jogo.
Sujeito ruim...
Alegrou um estádio, uma cidade e uma região, devolvendo a esperança, para logo depois, como todo escrevinhador de enredos repletos de suspense, drama, sofrimento e dor, impingir a dor suprema...
Na última cena, no último ato, o Iguatu viu o escriba lhe roubar o sonho e impor uma derrota nos malditos pênaltis – 5 a 4 para os goianos.
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