Campeonato Mundial de Clubes promete
ser uma das maiores polêmicas do próximo ano no mundo do futebol...
Aliás, desde que foi anunciado
pela FIFA que o novo e superdimensionado Mundial de Clubes nunca esteve livre
de críticas e de dúvidas quanto à sua realização, com alguns dos maiores clubes
do planeta ameaçando boicotar a competição e, agora, até, com os jogadores a
falarem sobre greve.
Porém, nunca, como atualmente, o
Mundial, que contará pela primeira vez na história com 32 equipes (ao invés das
atuais oito), esteve num nível tão elevado de risco de não se realizar, por
conta de uma série de questões que, neste momento, a pouco mais de oito meses
do pontapé de inicial — entre 15 de junho e 13 de julho — já deveriam estar, há
muito tempo, definidas, como acontece com outras grandes competições
organizadas pela FIFA...
E não são, claramente, questões simples.
Se não, vejamos: o Mundial de
Clubes ainda não tem nem recursos financeiros próprios, nem sequer
patrocinadores e, mesmo estando escolhido o país organizador (EUA), ainda não
houve definição, em relação as cidades-sede e os estádios...
Mais: expiraram esta semana os
prazos para apresentação de propostas de direitos televisivos em parte
relevante do Mundo, da Ásia às Américas, passando pela África e o Oriente Médio,
e ninguém apareceu.
Mas a lista de problemas não termina
aqui...
Com o sorteio marcado para
dezembro, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, reuniu um gabinete de crise e
convocou as estações de televisão de todo o mundo.
O problema é que, sem TV e sem
cidades/estádios, é difícil atrair patrocinadores...
E, depois, há ainda a questão dos
prêmios financeiros para os clubes.
Neste momento os clubes deveriam
ter montado o planejamento, incluindo orçamentos, mas da FIFA recebem só silêncio...
Lembrando que a expectativa
inicial dos clubes era receber entre 25 e 40 milhões de euros, valor que,
agora, dificilmente será possível de alcançar.
A contestação das grandes equipes
foi amplificada em junho por Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid: “Só um
jogo nosso vale 20 milhões e a FIFA quer dar-nos isso para todo o torneio.
Podem esquecer! Jogadores e clubes não vão participar” ...
Junte-se a isto as queixas recentes sobre o calendário apertado, e ameaças de greve, de algumas estrelas do futebol, facilmente se percebe que o risco do migau azedar é grande.
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