Imagem: AP/Thomas Coex
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
segunda-feira, julho 30, 2012
O Brasil nas olímpiadas 2012...
Depois de um início atípico, o
Brasil volta ao normal e já no segundo dia, cai para a oitava posição no quadro
de medalhas nas olimpíadas.
A frase acima não significa
menosprezo, apenas constata a dura realidade de um país cuja politica esportiva
é falácia pura e simples.
Não faço parte daqueles que veem
no quadro geral de medalhas algo que defina a realidade esportiva de um país.
Talvez, no máximo, reflita
setorialmente esta realidade.
É preciso ter em mente que cada
país tem características culturais, econômicas e geográficas bastante
distintas.
Comungo com a mesma opinião do
advogado Alberto Murray que pelos fortes laços que o ligam ao olimpismo –
Murray é neto de Sylvio Magalhães Padilha – que diz:
“Em Jogos Olímpicos não há país
vencedor. Não é um torneio que indique um vencedor. Na Carta Olímpica não há
previsão a esse respeito. O que existe são os campeões olímpicos de cada
modalidade”.
A utilização do quadro de
medalhas como afirmação nacional é meramente politico.
Murray afirma e eu concordo que é
muito melhor para um país ter participado de muitas finais e ter ganhado poucas
medalhas do que outro que conquistou três ou quatro medalhas em uma ou duas
modalidades.
Em outra ocasião, Alberto Murray
mostra seu pensamento a respeito do desenvolvimento do esporte e diz:
“Não se constrói uma nação sem
uma política de base que proporcione a massificação do esporte, desde o
primário, até a Universidade, passando pelos clubes (centros formadores de
atletas) e pelas forças armadas. Ou seja, sem envolver todos os segmentos da sociedade”.
Não existe por parte das escolas
públicas um investimento em esporte e nas escolas particulares, a estrutura
montada, serve muito mais como forma de angaria recursos, seja pela mensalidade
mais cara, seja pela cobrança de taxas dos alunos por esporte praticado.
Já as universidades, são uma
piada de péssimo gosto.
Nossos atletas olímpicos são em
sua maioria, ilustres desconhecidos da população...
Seu sucesso é quase sempre fruto
do esforço pessoal e do apoio de seus familiares.
A mídia passa ao largo dos
esportes olímpicos e com isso, ajuda a manter a população distante e
desinteressada.
sábado, julho 28, 2012
ABC 3x0 Guaratinguetá...
O ABC venceu sua segunda partida
consecutiva e afastou o cálice amargo que está reservado para os que
frequentam a zona de rebaixamento...
Os 3x0 sobre o Guaratinguetá
fizeram suspirar os alvinegros e por certo, acalmaram os nervos do presidente
Rubens Guilherme, depois de alguns dias turbulentos.
Ederson aos 26 e Raul aos 36
minutos do primeiro tempo, garantiram um segundo tempo sem marolas e
confirmaram a melhor presença do ABC na primeira etapa.
No segundo tempo, assim como no
primeiro, o ABC começou frio, mas repetindo a primeira etapa, esquentou e depois
de muito pressionar, marcou aos 44 minutos através de Adriano Pardal, o gol
que assim como Gelol, garantiu alívio imediato.
Sarah Menezes... Não importa onde você treina e sim que você treine.
Imagem: AFP
Sarah Menezes tem 22 anos, é
piauiense e para ser judoca precisou convencer seus pais que não admitiam uma
menina disputando um esporte que eles consideravam másculo.
O acordo foi simples: vocês me
deixam continuar a lutar e eu prometo só tirar notas altas na escola.
Seus pais toparam e o Piauí
ganhou uma medalha de ouro e uma excelente estudante.
Ah, Sarah treina no Piauí.
O ciclismo do Cazaquistão é ouro...
Imagem: EFE/Christophe Karaba
Aos 38 anos, Alexandr Vinokurov
do Cazaquistão disputa sua última olímpiada...
Sai pela porta da frente e em grande estilo, ao
conquistar a medalha de ouro na prova de ciclismo de rua.
Cada mercado atrai o que pode atrair...
O Málaga é um clube espanhol que
disputa a Primeira Divisão...
Como a maioria dos clubes
espanhóis, é um clube empresa e que foi comprado pelo sheik Abdullah bin Nasser
Al Thani por cerca de 36 milhões de euros.
Agora, Addullah Al Thani, por
razões ainda desconhecidas pretende vender suas ações e voltar a cuidar de seus
negócios no Qatar.
Pois bem, já existe um provável
comprador...
A petrolífera Oil Taçi da Albânia
fez consultas e pretende fazer uma proposta a Al Thani.
A Oil Taçi é dona de 80% do clube
italiano Bolonha e o patrocinador oficial das camisas do Milan...
Se fosse aqui, estariam a
perguntar o porquê que a Oil Taçi que é albanesa e pertence a um albanês, não
patrocina ou ajuda – como gosta a maioria – um clube da Albânia...
Simples...
A Oil Taçi é uma empresa e não
uma casa de caridade.
Os motivos da Oil Taçi são os
mesmos que levaram a ALE a não patrocinar os clubes do Rio Grande do Norte.
Assim como na Albânia, o mercado
consumidor do Rio Grande do Norte é frágil.
sexta-feira, julho 27, 2012
O uso inteligente da rivalidade...
Para que não digam que tenho má
vontade e que só escrevo ou falo com o intuito de criticar, aqui vai um
elogio...
Mas não um elogio pequenino...
Faço questão de um GRANDE ELOGIO,
pois ações inteligentes o merecem.
Alex Sandro Ferreira de Melo,
presidente do América lançou um desafio ao arquirrival, o ABC, afirmando que os
rubros vão chegar ao fim do ano com um número muito maior de sócios torcedores
com seus carnês em dia que os alvinegros...
Touché...
Bem no alvo.
Perfeito.
Mexeu com os brios das torcidas,
utilizando a rivalidade de uma forma sadia e competente...
Certamente, seu desafio vai ecoar
entre os fãs dos clubes...
Nenhuma das torcidas vai querer
chegar ao fim do ano em segundo lugar.
Porém, como todo “ataque” é passível
de um “contra ataque”, Rubens Guilherme, presidente do ABC, não só topou
aparada, como revidou com outro desafio...
Apostou que o ABC chega ao fim do
ano à frente do América numa posição muito melhor no ranking da Timemania que o
América...
Voilá...
Novamente, bem no alvo...
Perfeito.
Se for para mexer com a
rivalidade, que o façam assim...
Que sejam maduros e
inteligentes...
Potencializar a paixão clubista,
canalizando para ações positivas é o que se espera de homens cujos cargos exigem
como condição sine qua non, respeitabilidade, responsabilidade e decência.
Parabéns aos dois e tomara não
ocorram recaídas que os tragam para o rés-do-chão.
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