Depois de um início atípico, o
Brasil volta ao normal e já no segundo dia, cai para a oitava posição no quadro
de medalhas nas olimpíadas.
A frase acima não significa
menosprezo, apenas constata a dura realidade de um país cuja politica esportiva
é falácia pura e simples.
Não faço parte daqueles que veem
no quadro geral de medalhas algo que defina a realidade esportiva de um país.
Talvez, no máximo, reflita
setorialmente esta realidade.
É preciso ter em mente que cada
país tem características culturais, econômicas e geográficas bastante
distintas.
Comungo com a mesma opinião do
advogado Alberto Murray que pelos fortes laços que o ligam ao olimpismo –
Murray é neto de Sylvio Magalhães Padilha – que diz:
“Em Jogos Olímpicos não há país
vencedor. Não é um torneio que indique um vencedor. Na Carta Olímpica não há
previsão a esse respeito. O que existe são os campeões olímpicos de cada
modalidade”.
A utilização do quadro de
medalhas como afirmação nacional é meramente politico.
Murray afirma e eu concordo que é
muito melhor para um país ter participado de muitas finais e ter ganhado poucas
medalhas do que outro que conquistou três ou quatro medalhas em uma ou duas
modalidades.
Em outra ocasião, Alberto Murray
mostra seu pensamento a respeito do desenvolvimento do esporte e diz:
“Não se constrói uma nação sem
uma política de base que proporcione a massificação do esporte, desde o
primário, até a Universidade, passando pelos clubes (centros formadores de
atletas) e pelas forças armadas. Ou seja, sem envolver todos os segmentos da sociedade”.
Não existe por parte das escolas
públicas um investimento em esporte e nas escolas particulares, a estrutura
montada, serve muito mais como forma de angaria recursos, seja pela mensalidade
mais cara, seja pela cobrança de taxas dos alunos por esporte praticado.
Já as universidades, são uma
piada de péssimo gosto.
Nossos atletas olímpicos são em
sua maioria, ilustres desconhecidos da população...
Seu sucesso é quase sempre fruto
do esforço pessoal e do apoio de seus familiares.
A mídia passa ao largo dos
esportes olímpicos e com isso, ajuda a manter a população distante e
desinteressada.
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