Se o presidente do seu clube resmunga, se lamenta e chora aos quatro cantos, não se penalize...
Leia antes o que está abaixo e saiba que os chorões na verdade, choram por não saber aonde ir, com quem falar e se soubessem, certamente não saberiam o que levar...
São pobres por ignororem as leis que beneficiam o esporte que dirigem e por essa razão, deixam escapar milhões...
Afinal, é mais fácil chorar...
Nossos dirigentes sempre cobram aos que os acusam de serem amadores que mostrem um caminho...
Estou mostrando.
Por José Cruz
http://blogdocruz.blog.uol.com.br/
O governo federal financia, desde 2007, investimentos de clubes de futebol profissional, entre elas a formação de jogadores, via Lei de Incentivo ao Esporte.
Conforme dados do gestor do programa, o Ministério do Esporte, só o São Paulo Futebol Clube já aprovou projetos em torno de R$ 14 milhões, inclusive para a construção de alojamento para atletas, vestiários, arruamento e estacionamento de veículos.
Um dos projetos do tricolor paulista, no valor de R$ 8 milhões, destina-se à “formação de alta performance e aprimoramento de jovens atletas, na faixa etária de 10 a 15 anos”.
Em outro projeto, o São Paulo constrói um centro de reabilitação esportiva e fisioterápica, no valor de R$ 2,7 milhões, também com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte.
Já o Santos FC poderá se beneficiar de R$ 4 milhões para o projeto “Meninos da Vila”, espaço das categorias de base para abastecer as equipes principais.
Em Minas Gerais, o Clube Atlético Mineiro abastece o seu Núcleo de Formação Esportiva com R$ 3,8 milhões. Grêmio, de Porto Alegre, e Ipatinga MG, também aprovaram projetos para captar recursos pela mesma Lei.
O Criciúma FC, de Santa Catarina, ao contrário, usa os recursos da Lei de Incentivo ao Esporte para “formação de atletas de futebol não-profissional”.
Renda
As escolinhas dos clubes, além de formarem jogadores para suas equipes principais, são a maior fonte de renda das agremiações, segundo a Casual Auditores, empresa de marketing esportivo, de São Paulo.
Em 2008, a venda de jogadores para o exterior foi principal fonte de receita, com 28% do total, acima da cotas de TV (24%), em segundo lugar, conforme a análise de balanços financeiros dos 21 principais clubes nacionais, feita pela equipe da Casual.
Em 2007, segundo a mesma fonte, a venda de jogadores representou 34% nas receitas dos clubes nacionais.
A lei
A Lei de Incentivo ao Esporte (n. 11.438/2006) era uma proposta de isenção fiscal que, originalmente, destinaria recursos para projetos de formação de atletas olímpicos, à exceção do futebol, por suas peculiaridades profissionais.
Os projetos se tornaram abrangentes e passaram a financiar, inclusive, competições esportivas, como corridas de automóveis. Emerson Fittipaldi, por exemplo, aprovou R$ 15 milhões para o “Campeonato Mundial de Automobilismo”.
Renúncia fiscal
Anualmente, o governo federal renuncia, em torno de R$ 300 milhões dos impostos que recebe, para aplicar em iniciativas do setor.
No entanto, na aprovação da lei, parlamentares ligados ao futebol conseguiram tirar do texto a proibição para o futebol. Assim, o governo tornou-se financiador da formação de jogadores que, vendidos, enriquecem o patrimônio financeiro dos clubes.
Atualmente, os gestores liberam projetos sem muitos critérios – a não ser, claro, o de preencher os requisitos mínimos. Mas sem a garantia de que o incentivo governamental refletirá no crescimento e/ou fortalecimento de nossas equipes.
Recursos
A aprovação de um projeto no Ministério do Esporte não significa dinheiro no bolso.
Na etapa seguinte, os interessados deverão captar os recursos junto aos doadores (pessoas físicas ou jurídicas) que poderão abater os valores no imposto de renda devido ao governo federal.
De 2007 até agora, o ministério aprovou projetos num total de R$ 476,7 milhões. No entanto, só foram captados R$ 143,9 milhões.
O prestígio da entidade beneficiada – um São Paulo Futebol Clube, um Comitê Olímpico Brasileiro, por exemplo – são decisivos para obter a parceria dos doadores, já que a lei, por ser nova, ainda é pouco conhecida, dificultando a conquista de adesões.
Exemplos de projetos aprovados
Associação dos Mutuários e Moradores do Conjunto Santa Etelvina e Adjacências Projeto: Cre-ser-ndo com Qualidade de Vida. São Paulo // R$ 2.129.784,50
Associação Desportiva Classista Mercedes-Benz Projeto: esporte de rendimento São Paulo // R$ 1.955.018,15
Associação Desportiva Classista Mercedes-Benz Projeto: Esportes de Escolas de Associação São Paulo // R$ 1.441.941,90
Associação Esportiva e Cultural Forrobol Esporte e Arte Projeto social forrobol Minas Gerais // R$ 1.765.433,00
Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável Rio de Janeiro // R$ 3.159.909,30
Associação Joseense Ciclismo de Base Primeira Equipe Continental do Brasil para Disputa do Calendário Nacional das Américas e Europa São Paulo // R$ 2.259.825,10
Cruzeiro Esporte Clube Formação de equipes de base de futebol Belo Horizonte // R$ 1,6 milhão
Associação Desportiva São Caetano Projeto Atletas do Futuro São Paulo // R$ 2.775.989,14
Santos Futebol Clube Projeto Meninos da Vila São Paulo // 4.171.957,00
Instituto Emerson Fittipaldi Copa do Mundo de Automobilismo São Paulo // R$ 15.389.307,86
Confederação Brasileira de Judô Patrocínio Rio de Janeiro // R$3.627.756,20
Círculo Militar – Vila Militar Reforma da Pista de Atletismo e Construção de Alojamentos - Brasil Vale Ouro Rio de Janeiro // R$ 5.696.437,50
Grêmio Football Portoalegrense Ampliação e Qualificação do Centro de Formação e Treinamento Porto Alegre // 2.310.147,12
Fundação Aquarela Atletismo de Excelência São Paulo // 3.765.427,45
Confederação Brasileira de Golfe Projeto: Golfe competitivo São Paulo // R$ 1.531.644,40 |