segunda-feira, fevereiro 20, 2012

É carnaval...



Nestes dias carnavalescos, decidi ficar de molho, aliás, coisa que já faço desde imemoriais tempos...

Não tenho culpa se sempre fui cintura dura ou nunca me senti muito confortável, quando tentei ingressar no mundo dos requebros e volteios...

Depois, me achei ridículo, quando para não ficar de fora, resolvi ficar dando aqueles passinhos saltitantes, levantando os dedos para o céu e balançando a cabeça como uma lagartixa sufocada em lança perfume.

Por outro lado, não tenho nenhuma paciência para ficar ouvindo bandinhas desafinadas tocando as mesmas musiquinhas que tocavam nos carnavais dos anos 60 ou então, sair correndo atrás de um caminhão, pisando em xixi, vestindo uma batinha idiota e ouvindo a eterna repetição de vogais tão ao gosto dos baianos e seus trios elétricos...

Mas para que não fique a impressão que sou um alienado ou um antibrasileiro a serviço de forças ocultas, devo confessar que gosto do ritmo do frevo e das baterias das escolas de samba e dos tambores do Olodum...

O som é empolgante e, mesmo para um chato como eu, fica difícil controlar a ponta dos dedos e o bater dos pés...

O duro mesmo é ouvir os tais samba enredo e os desfiles das escolas de samba...

Todo ano é a mesma coisa.

Só mudam as cores das plumas e o silicone das “modelos” dos carros alegóricos...

As letras, chacoalhando daqui e dali, repetem os mesmos chavões...

A princesa Izabel, liberta os escravos e depois, de mãos dadas, vai passear com Zumbi dos Palmares pelo Egito...

Lá, juntos, acabam por trazer Cleópatra para os “braços” do boto sedutor nas águas do amazonas...

O rio mar, onde a vitória régia guarda os segredos da mãe natureza...

Salve, salve Iemanjá, rainha do mar.

Enfim, é carnaval...

Época em que burgueses e socialistas, se abraçam e encharcados de suor e cerveja, perseguem enamorados as volumosas, salientes, duras e expostas nádegas da mulata e da negra, que um quer explorar e outro quer salvar, ambos, na sua cama, of course.


domingo, fevereiro 19, 2012

Para de reclamar mulher... eu já disse que a Patrícia prometeu que vai me pagar direitinho...


Imagem: Getty Images - AFP - Juan Mabromata

Que tal colocar na sua lista das 100 coisas que você gostaria de fazer antes de morrer?


Vamos a luta...



Imagem: Getty Images - AFP - Andrew Yates

Jacob "Hops" Tucker...





Jacob “Hops” Tucker, não foi muito feliz em sua passagem pelo basquete universitário americano e, não era para menos...

Tucker tem 1,78 metros.

Numa disputa competitiva e com regras rígidas, a vida do baixinho Tucker não podia ser mesmo fácil.

Acontece que Tucker ex-atleta do Illinois College, acabou despertando a atenção do Harlem Globetrotters, equipe de basquete profissional, mas voltada apenas para jogos de exibição.

Famosos por suas habilidades e brincadeiras, os Globetrotters investiram na fantástica impulsão de Tucker e na sua habilidade para manobrar durante o salto.

Mesmo pequenino para os padrões do basquete, Tucker já virou o rei das enterradas.

O Harlem Globetrotters nasceu em 1927 pelas mãos de Abe Saperstein e, inicialmente, era constituído apenas por jogadores negros.

O nome Harlem, tinha a intenção de mostrar que os jogadores eram afrodescendentes, mas na verdade, seus primeiros componentes eram todos de Chicago e não de Nova Iorque...

O Globetrotters era para dar a impressão que eles já haviam viajado o mundo inteiro.

Judeu, nascido em Londres, Saperstein, revolucionou o entretenimento no esporte americano.



sábado, fevereiro 18, 2012

Escapei do pontapé, agora, levanto e vou atrás da bola...



Imagem: Getty Images

Tudo por dinheiro...



O que se pode dizer de um homem que é capaz de envolver um filho menor em suas falcatruas?

O que se pode pensar de alguém que é capaz de permitir o depósito na conta de uma filha de onze anos, de dinheiro suspeito?

Enfim, se esse homem foi capaz de expor sua filha a algo tão deplorável, é licito pensar que ele é sim, capaz de qualquer coisa.

Mas, antes de escorraça-lo, lembre-se meu caro leitor...

Este homem, só chegou aonde chegou por permissão explicita e implícita de todos aqueles que ocuparam ou ocupam cargos de mando em nosso futebol.

Essa gente poderia ter dito não...

Mas, essa gente beijou sua mão, lambeu seus sapatos e foi incapaz de vomitar diante do cheiro produzido pelas fezes que ele afirmou expelir despudoradamente, diante das denuncias que surgiram contra ele.



Vamos embora, essa nós ganhamos...



Imagem: Action Images

Um gomo de laranja, vale cinco cestas básicas...



O TJD – Tribunal de Justiça Desportiva – condenou o ABC a pagar cinco cestas básicas, pelo gomo de laranja atirado por um torcedor alvinegro para dentro do campo no jogo ABC e América...

Faz sentido...

Afinal, laranja é um alimento e se não faz, bem que poderia fazer parte da lista que compõe a cesta.




A seleção de Zâmbia é recebida com festa em Lusaka



Imagem: Getty Images - AFP - Joseph Mwenda

Morre mais uma vítima do acidente que tirou a vida de Clistenes Juny de Souza Alves...



Esaú Eslei de Araújo, que conduzia o veículo que capotou na BR 304 na noite do dia 8 de fevereiro, próximo passado, após colidir com um cavalo, faleceu ontem no hospital de Parnamirim.

Esaú era comentarista esportivo da 93,7 FM, Rádio Resistência de Mossoró e se dirigia para Goianinha, onde ele, e mais quatro colegas iriam cobrir o jogo entre o América e Potiguar.

No acidente, morreu também, Clistenis Juny de Souza Alves, auxiliar de arbitragem que viajava com o grupo.







sexta-feira, fevereiro 17, 2012

3,2,1... Bummmmmm!


Charge: Gustavo Duarte

Ronaldo, nos campos foi um fenômeno: fora deles, um fiasco...



Ronaldo já foi um fenômeno com a bola nos pés, agora, ex-atleta e dublê de empresário e cartola, Ronaldo está se especializando em dizer besteiras fenomenais.

Primeiro, logo que assumiu o posto de “porta bandeira” da Copa do Mundo de 2014, Ronaldo na ânsia de defender os absurdos investimentos feitos com dinheiro público na construção dos estádios que vão servir de palco para os jogos do mundial disse a seguinte pérola:

“Uma Copa do Mundo se faz com estádios e não com hospitais”...

Numa clara critica a aqueles que indignados com o roto sistema de saúde brasileiro – me incluo entre eles – lamentavam as ninharias repassadas pelo governo à saúde...

Agora, com a iminente retirada estratégica de Ricardo Teixeira do trono de imperado do futebol brasileiro, Ronaldo, pupilo, volta à carga e declara ao repórter Bruno Cortes da SPORTV o seguinte:

“Foi o cara que trouxe a Copa do Mundo ao Brasil. A gente deve muito a ele”.

A gente quem, meu caro fenômeno?

O salto de Isinbayeva...


Imagem: Diário AS

A excelente matéria da revista Runner's World Brazil, sobre a atleta Simone Alves...



A revista Runner’s, publicou uma excelente matéria, assinada pela repórter Patrícia Julianelli sobre a fundista brasileira Simone Alves, flagrada em setembro de 2011 no exame antidoping pelo usa da substância Eritropoietina.

A matéria expõe a fragilidade do controle do doping no Brasil e mostra à dura e cruel realidade no surgimento de um atleta neste país.

A matéria é longa, mas certamente vai interessar a aqueles que desejam conhecer melhor o enorme fosso que separa o discurso oficial, repleto de pompa e mentiras, da realidade sem maquiagem ou retoques.



O drama de Simone

Flagrada no antidoping, a maior fundista brasileira desde Carmem de Oliveira hoje vende lingerie para sobreviver. Na primeira entrevista após a divulgação do exame, ela alegou inocência e disse que foi vítima de uma sabotagem.

Por Patricia Julianelli

Introdução:

O sorriso fácil logo conquista a clientela. Vendedora de mão cheia, ela tem freguesia fiel. Simone migrou do interior da Bahia para ganhar a vida na capital paulista. Conta que já fez de tudo: foi animadora de circo, manicure, babá, empregada doméstica... Hoje, vende lingerie de porta em porta. Aos 27 anos, com seus 42 kg e 1,53 metros de altura, conta com a ajuda do marido, Carlos, que carrega a mochila abarrotada de sutiãs. Ela poderia ser um dos milhares de nordestinos anônimos que tiram seu sustento do comércio informal. Mas é Simone Alves da Silva, até poucos meses atrás apontada como a maior fundista brasileira desde Carmem de Oliveira.

Simone foi do céu ao inferno em 2011. A sequência de conquistas começou antes da virada, em 31 de dezembro de 2010. Naquela tarde, a atleta apontava na Avenida Paulista para se tornar a brasileira mais rápida da história da São Silvestre: fecha os 15 km em 50min25, na segunda colocação, pertinho da campeã. Os olhos do país se voltavam para a garota de Jacobina que alguns meses depois viria a quebrar dois recordes sul-americanos, marcas estas em poder de Carmem de Oliveira desde 1993.

Em maio, ela crava 15min18s85 nos 5 000 metros, deixando para trás os 15min22 de Carmem. Em agosto, faz 31min16s56 nos 10 000 metros, pulverizando os 31min47. No dia 4 de setembro, madrinha da tradicional prova Duque de Caxias, em sua cidade natal, a atleta é recebida com passeata e salva de palmas. Dorme com a sensação de que a vida não poderia estar melhor. Mas acorda do sonho no dia seguinte.

O drama de Simone – A casa caiu.

No dia 5 de setembro, Simone Alves recebe o comunicado oficial da Confederação Brasileira do Atletismo, a CBAT: testara positivo para Eritropoietina Recombinante (EPO, a sigla mais famosa do submundo do esporte de alto rendimento) no exame antidoping feito no Troféu Brasil de Atletismo (no dia do recorde dos 10 000 metros, em 3 de agosto). "O baque foi imenso, cheguei a desmaiar três vezes. Pensei em me matar. Não comia, ficava jogada na cama", conta Simone.


A Eritropoietina é um hormônio produzido principalmente pelos rins e que estimula a produção de glóbulos vermelhos, responsáveis pelo transporte de oxigênio. "Em esportes de longa duração, é usada em sua forma injetável (feita em laboratório) para levar mais oxigênio ao músculo e retardar a fadiga", afirma o médico do esporte Eduardo De Rose, presidente honorário da Federação Internacional de Medicina Esportiva e responsável pela área antidoping do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).

Simone jura inocência e afirma ter sido vítima de um complô para assumir a culpa antes que a notícia se espalhasse e respingasse na reputação do alto escalão do atletismo. De Adauto Domingues, seu então treinador, a quem recorreu de imediato, diz ter ouvido: "Sua bandida, quer f... com minha carreira, ferrar com meu nome, com o do Marilson [Gomes dos Santos, a outra estrela treinada por Adauto]? Assume logo, liga pra CBAT e diz quem aplicou". Adauto reconhece que pediu à atleta que fosse a público, mas afirma que chegou a oferecer seu apoio. "Eu disse pra ela: 'Se você me contar quem fez isso, vou com você a público, fico junto. Você paga, volta e aprende com o erro'. Eu disse pra ela o mesmo que digo a meus três filhos: 'Errou, tem que pagar'", afirma. O apoio estava condicionado a uma confissão de culpa, que Simone não estava disposta a fazer.


Da CBAT, Simone recebeu orientação semelhante. "O atleta sabe que se indicar quem forneceu a substância, pode ter a pena reduzida. É a delação premiada. Ajuda a tirar de circulação quem fornece", afirma Thomaz Mattos da Paiva, presidente da Agência Nacional Antidoping (ANAD), da CBAT. De Cristiano Laurino, médico ortopedista do clube de atletismo BM&F, que cuidava da atleta, Simone diz ter ouvido: “Se der positivo a contraprova, você vai à imprensa falar que a gente não tem nada a ver com isso?" O fisioterapeuta Rodrigo Iglesias, também da BM&F, afirma que todos foram pegos de surpresa com a notícia. "Não tínhamos noção, a equipe é unida, trabalha limpo. Mas os atletas são esclarecidos, ninguém é bobinho. Se isso [doping] acontece no esporte, é bem longe da BM&F", afirma.


O comunicado oficial do dia 5 de setembro era o resultado da amostra A. Se não concordar, o atleta tem o direito de pedir a contraprova (ou seja, a análise da amostra B). Dificilmente o resultado é diferente, até porque é a mesma urina dividida pelo atleta em dois potinhos, A e B (veja mais detalhes no quadro Sob Controle). "Em 99,99%, dá a mesma coisa”, diz Thomaz. Até o resultado da amostra B, o processo segue apenas internamente, em sigilo, e a CBAT não pode se pronunciar sobre o caso. Mas a RUNNER’S WORLD soube do resultado da amostra A e divulgou a má nova em primeira mão em seu site no dia 4 de outubro. A partir dessa notícia, não só os envolvidos no caso, mas todo o atletismo sofria um abalo.


O drama de Simone – Por entre os dedos.

Simone pede a contraprova e novamente testa positivo para EPO. (No dia 14 de outubro, a atleta é suspensa até o julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBAT, marcado para ocorrer no dia 23 de janeiro, em Manaus desta edição de RW). Com aquele resultado da contraprova, a CBAT pôde publicar uma nota oficial sobre o caso. Simone viu, uma a uma, suas conquistas se esvaindo.


O recorde sul-americano dos 10 000 metros, Simone perdeu já com o positivo na amostra A. "De acordo com o Código Mundial Antidoping, todos os resultados da atleta são anulados a partir do dia que ela apresenta um resultado analítico adverso", afirma De Rose. Caso a atleta seja inocentada, o recorde retorna a ela. Os Jogos Pan-americanos, em Guadalajara, no México (de 14 e 30 de outubro), Simone viu pela TV. "Só algumas partes porque a dor era grande. Quando via o pessoal no pódio, cantando o hino nacional, chorava mais que uma criança", afirma.


Pouco antes, já havia ficado de fora do Mundial do Daegu, na Coreia do Sul. O corte da equipe da BMF às vésperas da competição gerou boatos de que ela pedira dispensa após anúncio da IAAF de um rígido controle antidoping (por sangue) no Mundial. Ela nega. BM&F e CBAT também inocentam a atleta dessa suspeita. "Ela teve um estiramento muscular na panturrilha esquerda, no músculo sóleo [que vai até o calcanhar]. Ficou de fora porque não teríamos tempo para tratá-la", afirma o fisioterapeuta Rodrigo.


O resultado da contraprova também acarretou outra consequência imediata: Simone não pertencia mais ao quadro de atletas da BM&F. "Há uma cláusula no contrato que prevê desligamento imediato em caso de doping e o atleta sabe disso. Recebe orientação, é alertado. Damos todo apoio, até a contraprova", afirma Laurino. Simone conta que lhe foi oferecida ajuda psicológica e orientação para lidar com a imprensa. O contrato foi rescindido e sua principal fonte de renda – 2 300 reais que recebia mensalmente do clube – secou.


Ao anunciar o desligamento de Simone, o clube lançou a iniciativa "Exames Antidoping Fora de Competição", em parceria com a CBAT. Vai realizar exames em 20 a 40 atletas por ano, escolhidos por sorteio ou suspeitas. "Quem tiver recordes, estiver se destacando, faz pelo menos um por ano. Assim, com o teste podendo acontecer a qualquer momento, o atleta sabe que não pode tomar nada nunca", afirma Sérgio Coutinho Nogueira, diretor técnico do clube.

Simone passou a vender lingerie para pagar o aluguel de 600 reais da casa de três cômodos (quarto, sala e cozinha) que divide com o marido em Santo André, na Grande São Paulo. E onde, provisoriamente, espremem-se com a mãe e o padrasto, Celso. "Simone estava no Jornal Nacional. Larguei tudo e vim para São Paulo. Não arredei mais o pé daqui", afirma dona Lenita. Como vendedora, a ex-atleta tira entre 1 000 e 2 000 reais por mês. Entre tantas perdas, a maior foi o apoio do técnico. Para Simone, mais que treinador, Adauto Domingues era seu melhor amigo, um segundo pai.


"Sofri muito. Pensei: 'Não tenho ninguém, e agora? '", conta. Adauto se diz sensibilizado ("ela é uma pessoa muito querida, realmente talentosa, disciplinada"), mas pondera o caso com menos emoção e mais realismo. "Claro que ficaria feliz se ela fosse inocente. Mas a situação dela é complicada, é uma substância injetável..." Para Adauto, ficou um questionamento maior, sobre a validade de um método de treinamento até então considerado vitorioso. "Fiquei frustrado. Tanto da Simone, como de outros atletas, faço um banco de dados com procedimentos e resultados. Achei que tinha criado um mecanismo que levava ao rendimento. Agora reavalio. Talvez não valha mais a pena guardar nada..."

O drama de Simone – Teoria da sabotagem.

Para cuidar de seu caso, Simone conta com os advogados Marcelo Muoio e Solange Correia, especialistas em direito desportivo. "Eles não cobram nada. O julgamento estava demorando. Ficamos com medo de gastar toda nossa reserva em honorários e não dar em nada." Reserva essa entre 35 000 e 40 000 reais, fora o carro popular (Celta) que ganhou na prova Dez Milhas Garoto (em Vitória) e que pretende vender. Simone continua na mesma casa que alugou ao ser contratada pela BM&F, em 2009. Chegou a ganhar uma bolada com o recorde dos 5 000 metros: ficou com 80 000 reais e Adauto, com 40 000. A maior premiação da sua carreira. Comprou uma casa pra mãe em Jacobina e ajudou a irmã a montar um salão de beleza.

Desde o comunicado oficial, Simone partiu em busca de dados que comprovassem sua inocência. "Se eu não usei a EPO, alguém trocou minha urina, é a única hipótese que eu vejo. Alguém quis me prejudicar. Alguém com muita inveja dos meus resultados", afirma. De fato, esse seria o único argumento plausível; embora olhado com desconfiança por dirigentes pela frequência com que é usado em casos de flagra. Como a EPO é injetável, não pode ser ingerida por comprimidos ou cápsulas, então não existe a hipótese de contaminação na farmácia de manipulação ou algo do gênero.


Um exame antidoping negativo próximo ao exame positivo poderia comprovar a tese da atleta? Talvez, se fosse muito próximo. Simone testou negativo na prova Dez Milhas Garoto, quatro dias depois do Troféu Brasil. Mas poderia ter tomado a substância antes do Troféu, a tempo de ela metabolizar e não aparecer na urina coletada na prova da Garoto, dias depois. E ela não tem um exame antidoping logo antes. E mesmo se tivesse, o laboratório não divulga que tipo de EPO foi encontrado na sua urina, se de uma geração que "dura" até 72 horas ou uma que leva até sete dias para deixar de ser detectada, por exemplo. E isso ainda depende da dose ingerida e do metabolismo do atleta. Simone realizou apenas seis controles antidoping no ano passado, todos em competições oficiais.



Após quebrar a cabeça reconstituindo seu exame no dia do Troféu Brasil, com a ajuda de um médico do esporte e do advogado, chegou à tese de defesa usada no Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), da CBAT, em Manaus.


O exame deveria ser invalidado, pois não foi realizado de acordo com as normas da Agência Nacional Antidoping (ANAD) e da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), entidades que, com a Agência Mundial Antidoping (WADA), regulam os controles no Brasil e no mundo. Simone alega que no dia do Troféu Brasil, teve seu teste antidoping interrompido para dar uma entrevista ao vivo para a televisão. Ela afirma que estava com dificuldade para completar os 90 ml exigidos e, diante da demora, foi retirada da sala e levou consigo o pote com a urina (em quantidade insuficiente). "Com uma tampinha que não fechava direito, foi tudo derramando", afirma. Teria deixado o pote no chão, perto da grade, dado entrevista por cerca de meia hora, voltado para a sala, tomado água e isotônico, completado o mesmo pote, distribuído à urina entre as amostras A e B e lacrado.

O drama de Simone – As pedras no caminho.


Que Simone saiu da sala de controle (onde é feito o exame antidoping) para dar a entrevista, não restam dúvidas. Em um vídeo disponível na internet, a repórter do canal SporTV (da TV Globo), afirma em entrevista ao vivo: "Ela foi para o doping e estava demorando. A gente teve que tirar ela do doping para participar do 'Tá na Área'". Pelo que a RW apurou, isso aconteceu e não foi à primeira vez nas pistas brasileiras. "Às vezes, por falta de experiência do coletor, a Rede Globo em cima, aquela pressão...", afirma Martinho Nobre dos Santos, superintendente técnico da CBAT.


Mas Simone não diz apenas que saiu da sala de controle no meio do processo de coleta para dar entrevista. Ela afirma que saiu com o pote de urina em mãos. A IAAF diz que, quando o volume de urina do atleta é insuficiente (caso de Simone), ele deve receber um kit para amostra parcial, despejar a urina em um frasco com uma numeração e lacrar esse frasco (que é retido pelo oficial). Ao retornar à sala, o atleta vê se o lacre está íntegro e aí sim se aproveita aquela amostra (ela é misturada à nova amostra colhida no seu retorno). Simone diz que saiu com a amostra em mãos, em um pote sem lacre. Com sua resposta oficial, Ana deixa em aberto se permitiu a saída de Simone da sala de controle, se ela saiu com a amostra de urina em mãos, se a amostra continha ou não lacre e também se acompanhou a atleta do lado de fora.


Além de supervisionado por Ana Carolina, o exame de Simone foi acompanhado pelo fisioterapeuta Rodrigo Iglesias, também convocado pela defesa. Ele afirma não se lembrar exatamente do que se passou naquele Troféu Brasil. Em um primeiro contato com a RW, disse que o frasco ficou na mão da Simone. No segundo, que Adauto (o técnico) segurou enquanto ela dava entrevista e depois ele (Rodrigo) segurou enquanto o Adauto era entrevistado (e então o frasco foi devolvido a Simone). "Não lembro, mas se peguei, já fiz isso para outros atletas", diz Adauto, que questiona: "Quem contaminaria a amostra?" Essa é a dúvida de dirigentes que olham a tese de Simone com desdém. "A pessoa se apega a qualquer coisa para escapar. Mas se a CBAT não cumpre as determinações [de suspender o atleta], pode ser desfiliada da IAAF", afirma Martinho.


Simone afirma que quiseram prejudicá-la. Mas no dia 3 de agosto (data do exame), ela também o fez, cometendo, segundo De Rose, um deslize. "Existe uma pergunta no formulário que o atleta preenche após o exame, que é: 'Todas as condutas realizadas estão dentro das regras? ' O atleta assina e tem um campo para seus comentários. Se houvesse questionamento, teria que fazer logo após a coleta, e não após o resultado positivo no antidoping", diz. "Não fiz comentário porque jamais imaginaria que o exame traria problema", afirma Simone.



Uma espécie de último recurso seria o exame de DNA pela análise da urina (que testou positivo e permanece no laboratório). A questão é que, se houve uma contaminação da amostra, ela poderia conter o DNA de dois atletas – o que não seria muito útil a Simone. Se mostrasse que a urina é só de outro atleta, Simone seria absolvida. Se a urina fosse só de Simone, acabaria qualquer argumentação da defesa. Simone diz que pensou em fazer o exame, mas que foi desaconselhada pelo advogado Marcelo: “Disseram que era muito caro, a gente partiria pra briga com laboratório”. Já Marcelo afirma que não houve interesse real por parte dela. "Ficou de pensar, conversar com a família..." Entramos em contato com o laboratório canadense Institut Armand-Frappier, onde a amostra de Simone foi analisada e continua guardada. Eles se recusaram a informar o preço do exame de DNA, limitaram-se a dizer que “testes de DNA são desnecessários porque os frascos são lacrados, o que garante segurança total do procedimento".


Se comprovada a culpa de Simone, a regra prevê dois anos de suspensão do atletismo para a EPO como pena mínima. Isso porque essa substância, no caso de atletas, só visa o rendimento. "Na medicina, é usada para tratar paciente renal crônico, o que é totalmente incompatível com a vida de um atleta", explica De Rose. Mas Simone pode pegar uma pena ainda maior: entre quatro e seis anos, no total, por ser reincidente.


Em 2009, a atleta testou positivo para o estimulante Oxilofrina em exame realizado no Circuito Fluminense de Corridas (Volta Redonda) e levou um gancho de 90 dias. Justificou que tomou um remédio para dor de dente ("Estava com dois dentes abertos, passei a noite chorando de dor, nem dormi antes da prova"). "A Oxilofrina é menos grave porque pode ser encontrada em um medicamento para tratar uma doença e só eventualmente usada para doping", diz De Rose. Simone cumpriu o gancho, mas ainda questiona o controle. "Uma hora e quarenta depois da prova, fui abordada pela doutora Carol para o antidoping. Deu tempo de tomar banho, tomar o analgésico... Avisei a doutora Carol que tinha tomado o remédio". Doutora Carol é Ana Carolina Siqueira, a mesma oficial que lhe aplicou a coleta no Troféu Brasil.


O drama de Simone – Sistema capenga.

A tese de Simone não é de toda fantasiosa. Não porque a atleta estava evoluindo e não tinha motivos para trapacear, como ela alega. Mas porque o sistema antidoping no Brasil apresenta brechas. Para dirigentes, sair da sala para uma premiação ou entrevista é uma exceção. Mas converse com um atleta e ele se lembrará de pelo menos um evento em que saiu da sala de controle com a coleta inconclusa.


Já em competições internacionais, atletas dizem que tal fato é raridade. "Há uma logística bem elaborada e que torna essa situação muito rara. Por exemplo: a imprensa não tem acesso às cercanias da sala antidoping. Se acontece, é uma exceção e sempre de acordo e acompanhada do oficial", afirma Rafael Trindade, membro da comissão antidoping da IAAF nos últimos quatro anos (e desde janeiro de 2011, na Confederação Brasileira de Triatlo). Claudinei Quirino, prata na Olimpíada de Sidney (2000) no revezamento 4 x 100 metros rasos, confirma. "Fiquei na sala o tempo todo, o controle é muito rígido. Eu nunca presenciei alguém sair para dar entrevista."


Gente do universo do atletismo de ponta achar normal o fato de um atleta sair da sala com seu pote de urina nas mãos e esse poder passar de mão em mão é assustador. O próprio Adauto disse que já pegou o frasco de urina da vários atletas. Rafael Trindade afirma que isso é mais raro acontecer, mesmo no Brasil, mas que o meio não dá muita importância ao fato. "Já vi até no Troféu Brasil, no Rio de Janeiro. Mas entendem que se a urina fica com o atleta ou acompanhante, está segura e que o atleta é o maior interessado em cuidar da sua amostra. Já em provas internacionais, nunca vi isso [sair com a urina em mãos], porque a estrutura é melhor", afirma.


O atleta pode ser o maior interessado em cuidar da sua amostra, mas há atletas bem e mal-intencionados. Um atleta dopado poderia ou não aproveitar essa brecha para trocar sua urina contaminada por uma limpa? “Se o atleta encontra alguém do lado, pode trocar, fazer uma fraude”, diz Claudinei, indignado.


No Desafio Internacional Olímpico de Atletismo, no Ibirapuera (São Paulo), Simone bateu o recorde sul-americano dos 5 000 metros. Nesse 20 de maio, não houve controle antidoping, nem para Simone, nem para nenhum outro atleta. "Todas as provas nacionais e internacionais com a chancela da CBAT são obrigadas a fazer o controle. E também as de rua com premiação superior a 20 000 reais. Já o Desafio, uma prova estadual e de pista, foi organizado pela Federação Paulista de Atletismo (FPA), que não solicitou antidoping", explica Martinho. Tanto a CBAT como as federações argumentam que os altos custos impedem testes em todas as provas do calendário. E, segundo Esmeralda de Jesus, vice-presidente da FPA, "aquele era apenas um evento inaugural, fizeram uma provinha para abrir a pista para o GP Internacional no domingo".

Não havia a obrigatoriedade, mas um recorde sul-americano em uma "provinha" sem antidoping é sinal de que algo precisa ser revisto. E, infelizmente, pode servir de estímulo para atletas usarem substâncias proibidas.

O drama de Simone – Tempos difíceis.

Simone nasceu no Morro do Chapéu, município baiano com cerca de 35 000 habitantes, mas, aos 3 anos, mudou com a mãe e os três irmãos para Jacobina (com cerca de 80 000). Nunca parou quieta. Vivia correndo, mas sempre atrás da bola. Handebol, vôlei, futebol, era só chamar. Até que uma tragédia familiar veio mudar seu gosto por esportes e sua história de vida. "Meu irmão se envolveu com coisas erradas e foi assassinado aos 18 anos. Drogas, vinganças, essas coisas... Ele adorava correr e ia participar da primeira prova de rua, a Duque de Caxias, em Jacobina. Era o sonho da vida dele. Pensei: 'Vou correr essa prova pra ele'", conta. Aos 13 anos, Simone treinou uma semana e fez os 10 km. "Fiz em 45 minutos. Ganhei meus primeiros 50 reais, um troféu e não parei mais."


Para a estreia na São Silvestre, em 1998, contou com uma vaquinha dos amigos para pagar a passagem: a turma do comércio se reuniu e cada um deu 1, 5, 10, 50 reais... "Vim de ônibus clandestino, foram três dias de viagem." Fez os 15 km em 1h13. "Para outra São Silvestre, comprei um bode e fiz um bingo. Uma vez, o dinheiro foi pouco, vendi dois botijões de gás que estavam cheios", conta a mãe. Em 2010, tornar-se-ia a brasileira mais rápida da história da competição. "Depois daquele ano, parei de ter medo das quenianas e etíopes. Pensei: 'Não são pessoas surreais'", conta. Com o vice, afirma ter recebido uma proposta para turbinar ilegalmente os resultados. "Médico famoso, de atleta de triatlo, me ligou e disse: 'Você ficou a 15 segundos da vitória. Podemos tirar isso aí'." Mas diz não ter dado ouvidos ao doutor.


Simone conta que tinha uma vida sofrida em Jacobina, mas que soube o que era mesmo passar dificuldades em São Paulo, cidade que adotou em 2001. "Minha filha, você vai pra lá, não tem lugar pra ficar, não tem nada...", alertou a mãe. Ela veio e conheceu o técnico Adauto nesse mesmo ano. Enquanto números mais expressivos e contratos não pipocavam, trabalhou para poder treinar.


Conta que, com frequência, ficava sem o dinheiro da condução e dormia literalmente debaixo da ponte. "Em cima de jornal, de cobertor. Quantas vezes tive que dormir em cemitério depois de trabalhar e treinar? E também no banheiro de ginásio. Eu subia em cima do vaso pra ninguém ver e dormia lá." Conta que chegou a dar um pique extra para escapar de um trauma maior. "O segurança de um ginásio tentou abusar de mim. Ficou correndo na quadra atrás de mim e me tranquei no quarto. Só saí quando vi o movimento de gente", conta.

Faltava dinheiro para o básico. "Cheguei a comer minhoca por uma semana, porque não tinha mais mistura em casa. Pegava e fritava", diz, com os olhos cheios d'água. Às vezes, faltava força para chegar aos treinos ministrados por Adauto na USP (Universidade de São Paulo). "Desmaiava porque só tomava chá. Tive anemia profunda." Sensibilizado, o treinador levou a garota para morar com ele e a esposa – e ela ficou lá por dois anos. "Mas eu ajudava, cuidava do filho dele sem cobrar nada. Não reclamo, mas fiz minha parte", diz.


Foi em um dos treinos de Adauto, em 2006, que Simone conheceu o também atleta Carlos e de uma vez só ganhou marido e um teto definitivo. Mas foi em 2009, por intermédio de Adauto, que ela conseguiu o contrato com a BM&F. E a vida dentro e fora das pistas deslanchou de vez.


Com o salário do clube, pôde alugar uma casa em Santo André, perto do local de treinos, em São Caetano do Sul, São Paulo ("Gastava 3 horas para chegar lá, a pé, e passei a gastar só 25 minutos", conta), e também parar de vender lingerie e começar a se alimentar e dormir direito. Passou a receber acompanhamento de nutricionista, fisioterapeuta, ortopedista. O volume de treino aumentou e o lado psicológico foi trabalhado.


"Com tudo isso, não é para melhorar?", indaga o marido, revoltado com as suspeitas acerca da evolução da esposa. Muita gente ficou de orelha em pé com a ascensão de Simone. Nem tanto nos 5 000 metros (ela bateu o recorde com 15min18, em 2011, mas já tinha um 15min49, em 2010), mas nos 10 000 metros: depois de ter como melhor marca em 2010 um 33min25, ela disparou no Troféu Brasil e fez os 10 000 metros em 31min16, dando uma volta na segunda colocada. "Estou no atletismo há 14 anos. Finalmente minha vida estava melhorando e por isso os resultados estavam aparecendo. Não precisava usar alguma coisa", afirma Simone.

O drama de Simone – Para sempre corredora.

Hoje Simone treina de 40 minutos à uma hora por dia – principalmente no parque Celso Daniel (leva 12 minutos correndo até lá). "Não parei totalmente, só na hora do choque. Eu e Carlos acordamos lá pelas 7h da manhã, damos esse trote e à tarde vendemos as lingeries, de onde tiramos o pão de cada dia. Vendemos em casa, vamos até os fregueses ou no salão da minha irmã, na lojinha", afirma. Ela conta que seu volume semanal gira em torno de 130 km, diferente dos 180 de época de pico de treino. Mesmo assim, uma quilometragem respeitável.


Até o fechamento desta edição de RW, Simone aguardava o julgamento no STJD. Disse ter ouvido de um dirigente do atletismo, sarcástico: "Você tem alguma medalha olímpica para reverter à situação?" Pois seus treinos diários de corrida também eram impulsionados pela esperança de conquistar uma. "Esse sonho ninguém me tira. Vou brigar para tentar fazer o índice para a Olimpíada. É até abril, daria tempo, né?"



Ainda não havia escolhido o treinador do eventual retorno. "Só tenho certeza de que não será o Adauto. Não quero o mal dele, mas é ele lá e eu cá. É fácil pra quem vê o Adauto lá, bonzinho, legal. Na hora que eu bati o recorde, eu era a melhor pessoa do mundo e, hoje, eu sou a pior pessoa. Pra que ter uma pessoa dessa? Não quero não! Na volta, vou trabalhar pra melhorar e despertar o interesse de algum clube."


Antes do veredicto final, Simone só tinha uma certeza: jamais deixaria de correr. "A corrida não é só dinheiro. É minha alegria, onde conheci muitas pessoas boas, é o que mais gosto de fazer. Eles podem me fazer parar de competir, mas jamais de correr."



quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Amigo, levanta que você está atrapalhando...



Imagem: Picture Alliance

ABC 2x1 Corintians de Caicó... ABC vai para a decisão...



ABC e Corinthians de Caicó fizeram no Maria Lamas Farache um jogo que alternou momentos bons e momentos pobres...

O ABC abriu o marcador aos 5 minutos do primeiro tempo...

Jerson chutou de longe e o goleiro David, mal posicionado não conseguiu evitar o gol alvinegro.

Neto Maranhão de falta marcou o gol de empate do Corintians e Leo Gamalho, aos 40 minutos ampliou para o ABC, depois de receber um cruzamento preciso de Renatinho que havia aproveitado uma lambança do lateral direito Ely Soares do Corintians para retomar a bola e dar sequencia a jogada.

Na segunda etapa, o Corintians bem que tentou mudar o resultado, mas esbarrou nas boas defesas do goleiro Camilo...

Em resumo, eu diria que a equipe caicoense, merecia melhor sorte e que o goleiro Camilo, foi a melhor figura do time do ABC.


O cara tem estilo até para tomar gol...



Imagem: Getty Images

América 3x1 Santa Cruz... o América é finalista.



Longe de Goianinha, só pude acompanhar o jogo entre América e Santa Cruz através de informações fragmentadas...

Bem, o América venceu por 3x1.

Junior Xuxa, Isac e Soares de pênalti, marcaram os gols que classificaram o América para a final do primeiro turno.

Alvinho, marcou o gol do Santa Cruz.

Os americanos obviamente festejam e, eles têm razão...

A arrancada dos rubros nas últimas partidas do turno voltou a reacender as esperanças dos torcedores na conquista do título estadual.

Já o Santa Cruz, reclama...

Reclama do pênalti marcado a favor do América...

Reclama de um pênalti não marcado a seu favor...

Reclama da expulsão de Geriel e, reclama de um gol anulado pelo árbitro Pablo Ramon.



Eu quero quatro com cobertura de chocolate...


Imagem: Getty Images

O dilema de Ricardo Teixeira...



A situação é a seguinte:

Se renunciar, Ricardo Teixeira sabe que o cetro irá para as mãos de José Maria Marin – aquele senhor que na final da Copa São Paulo de Futebol Junior, colocou no bolso, uma das medalhas que seria entregue a um dos atletas do Corinthians – e, ao que parece, não é bem o que ele gostaria que acontecesse...

Mas, existe outra saída...

Ricardo pede licença e, mesmo que não pretenda mais voltar, pode escolher seu sucessor...

Pois bem, já se sabe que o escolhido é Fernando Sarney.

Seja lá como for o futebol brasileiro estará em péssimas mãos.

Entretanto, para a família Sarney será a vitória das vitórias...

Os Sarney continuam firmes e fortes em seu feudo: o Maranhão...

Mantém emparedado e refém, o Partido dos Trabalhadores e passam a ter o comando do esporte de maior clamor popular do país...

Enfim, nada muda e tudo continua como dantes nas verdejantes, ensolaradas e belas terras de Parador.

O texto acima foi escrito com base nas informações publicadas por Juca Kfouri.



O dia dos gorros...



Imagem: Getty Images

Ainda sobre a possível renúncia de Ricardo Teixeira....



Não basta somente trocar o presidente da CBF. Essa é apenas uma etapa.

Por Alberto Murray

A saída de Ricardo Teixeira da CBF muito mais do que o fim de uma etapa, é o início de outra, cujos desafios são enormes. 

A renúncia do presidente da CBF está longe de ser a solução para os problemas sérios, institucionais, do futebol do Brasil. 

Isolada, a simples mudança do homem que preside a entidade muda muito pouco.

A resignação de Teixeira deve vir na esteira de alterações profundas que devem ocorrer na estrutura do esporte mais popular do Brasil. 

Claro que é importantíssimo que as contas da CBF sejam transparentes, que os contratos com os patrocinadores tornem-se públicos, que as relações com a classe política sejam pautadas pela correição mútua. 

São aspectos morais, regras de governança corporativa, que devem ser observadas.

Mas novas medidas administrativas também são prementes. 

É necessário redefinir todo o arcabouço do futebol. Rever calendários, repensar os estaduais, a Copa do Brasil e o Brasileirão, as seleções de base e a própria seleção principal. 

É necessário dar ênfase à criação de uma Liga Nacional, dirigida pelos próprios clubes, a quem caberia à organização livre e soberana dos torneios nacionais. 

A CBF teria a atribuição de cuidar apenas das seleções nacionais, da base até a principal. 

Deveria ter, também, projetos sociais amplos ligados ao futebol, o que poderia realizar em cooperação com os níveis de governo. 

Esses mesmos projetos poderiam servir para descobrir talentos.

O ideal seria que o novo presidente tivesse a sensibilidade de compreender a necessidade de ampla reformulação e convocar eleições, para que gente nova assumisse essas atribuições.

O Union Española do Chile tem uma torcida tranquila...



Imagem: Action Images

Quanto a Globo paga pelos direitos de transmissão ao 12 maiores clubes brasileiros...




O colunista Lauro Jardim, da revista VEJA, divulgou a lista com os valores pagos pela rede Globo aos 12 maiores clubes brasileiros pelos direito de transmissão de seus jogos...

01- CR Flamengo 75.245 milhões

02- SC Corinthians Paulista 72.645 milhões.

03- São Paulo FC 56.395 milhões.

04- SE Palmeiras 50.495 milhões.

05- CR Vasco da Gama 45.695 milhões.

06- Cruzeiro EC 40.355 milhões.

07- Clube Atlético Mineiro 39.855 milhões.

08- Grêmio FPA 39.855 milhões.

09- Fluminense FC 39.555 milhões.

10- SC Internacional 38.655 milhões.

11- Botafogo FR 35.555 milhões.

12- Santos FC 32.995 milhões.


quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Dias frios...



Imagem: Getty Images

Ricardo Teixeira: o crepúsculo do ditador...



Ricardo Teixeira manobra e deixa tudo pronto para um possível “exilio”...

Transferiu sua mulher e sua filha para Miami...

Fechou sua fábrica de laticínios e demitiu funcionários de sua fazenda...

Está vendendo algumas propriedades...

Comprou um apartamento para cada um dos três filhos...

Nomeou seu irmão Guilherme, com registro em cartório, o novo responsável pela nova sede da CBF...

Demitiu seu tio, Marco Antônio Teixeira da secretaria geral da CBF e pagou a ele, 1.816.169,02 reais pela rescisão de seu contrato e mais, 1.300.000,00 a título de gratificação.

A decisão de renunciar ainda é mera especulação, mas os indícios são fortes e segundo Juca Kfouri, as redações dos principais veículos do país, já tem pronto seu “obituário” como cartola mor do futebol brasileiro.

Ainda segundo Juca, as informações vindas da Polícia Federal e passadas pelo Ministério da Justiça à presidência da republica: fecharam definitivamente as portas do Palácio do Planalto para Teixeira.

Outro fato que deverá pesar para que Teixeira deixe o cargo é a certeza que seu sonho de presidir a FIFA está acabado...

Teixeira não tem mais a menor possibilidade de vencer Michel Platini numa disputa.




Frio na Alemanha...



Imagem: Kicker

Cuidado com as redes sociais...



Stefano Celozzi, zagueiro italiano de 23 anos que joga no VfB Suttgart, não foi relacionado para a partida contra o Bayern de Munique pela Copa da Alemanha...

Porém, como é de praxe na Europa, o clube lhe ofertou dois ingressos no setor VIP do estádio; um para ele e o outro para sua noiva.

Acontece que Celozzi, resolveu oferecer aos seus amigos do Facebook, os dois ingressos...

A ideia pode ter parecido muito boa para Celozzi, mas o Sttugart, não gostou.

Fred Bobic, manager do clube, convocou Celozzi para uma reunião, ouviu suas explicações e ordenou que o zagueiro se apresentasse ao time B, para a disputa do restante da terceira divisão.

O representante do jogador, Dirk Hebel, disse que o jogador havia apenas quis dar uma alegria aos seus amigos, pois como sua noiva estava doente, ele optou por ficar em casa com ela.



Frio na Inglaterra...



Imagem: Getty Images

O treinador tinha razão...



O treinador do Bayer 04 Leverkusen, Robint Dutt, tinha razão ao afirmar que vencer o Barcelona nos dois jogos da oitavas de final da Liga dos Campeões seria um milagre...

Jogando em casa, no Bay Arena, o Bayer 04 Leverkusen não foi adversário para o Barcelona...

Perdeu por 3x1.

Alexis Sanchez duas vezes e Lionel Messi marcaram para o Barcelona e, Kadlec, marcou para o Bayer.

O Barcelona não contou com Xavi e Piquet.

Agora, os alemães vão a Barcelona cumprir tabela.




terça-feira, fevereiro 14, 2012

Copa Africana de Nações: Zâmbia derrota a Costa do Marfim nos pênaltis e é a campeã...



Imagem: AP Photo - François Mori

Treinador sim, vendedor de ilusão, não.



Robint Dutt, treinador do Bayer Leverkusen, adversário do Barcelona nas oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, não vende ilusões, é realista.

“Eliminar o Barcelona nestes dois jogos, será um milagre”.



Soca, puxa e segura...



Imagem: Getty Images - Valerio Pennicino 

Rubens Guilherme e Alex Sandro Melo esperam um milagre...



Lendo o blog do gringo, me deparei com as expectativas de Rubens Guilherme, presidente do ABC e de Alex Sandro Melo, presidente do América, em relação à presença de público nos jogos das semifinais do primeiro turno do Campeonato Potiguar que serão disputadas amanhã no Maria Lamas Farache, entre ABC e Corintians de Caicó e em Goianinha, entre América e Santa Cruz...

Segundo o Dionísio Outeda, Rubens Guilherme espera cerca de oito a dez mil torcedores e Alex Sandro Melo, 4 mil...

Ambos estão cumprindo a risca seu papel...

Precisam arrecadar e suas declarações tem o claro objetivo de levar a campo o maior número possível de adeptos das duas equipes.

Agora, pessoalmente, considero que as expectativas de ambos estejam muito mais no campo do desejo do que da realidade.

Se o ABC colocar 5 mil e o América uns 2.500, já será motivo de comemoração.



É para chutar para lá...



Imagem: Getty Images

Camilo Calazans, o pioneiro...



Será cremado hoje, em São Paulo, o corpo do economista Camilo Calazans...

O sergipano Camilo Calazans, 84 anos, morreu no último sábado em Campinas, SP, onde residia, em decorrência de um câncer.

Poucos devem lembrar, mas foi durante a gestão de Camilo Calazans que o Banco do Brasil firmou o primeiro contrato entre uma estatal e o esporte no Brasil.

Em 1986, Calazans apostou no marketing esportivo e firmou uma vitoriosa parceria com a seleção brasileira de basquetebol.

A época, Heleno Fonseca era o assessor de marketing do banco.

Um ano depois, o basquete brasileiro se sagraria campeão dos jogos Pan-Americanos, ao vencer a fortíssima seleção dos Estados Unidos por 120 a 115.

O ineditismo de Camilo Calazans foi o ponto de partida nas relações entre as estatais e o esporte olímpico brasileiro.

Hoje, graças à aposta de Calazans, sete estatais (Banco do Brasil, Caixa Econômica, Correios, Petrobras, Infraero, Eletrobrás e Casa da Moeda) mantêm parcerias com o esporte brasileiro.

Fica aqui o registro histórico e minha humilde homenagem a um homem cuja visão estava à frente de seu tempo.



Eita povo feio...



Imagem: AP Photo

Para reflexão de profissionais e estudantes...



“Creio que chegou a hora de produzir e difundir os dados econômicos que podem gerar apreciações fundamentadas sobre a dinâmica de nosso futebol como negócio. O jornalismo deveria contribuir com essa tarefa e entender que não se trata de repetir dados, que a tarefa é analisar como foram produzidos (análise crítica da elaboração) e qual seu significado (mediante comparações que nos ajudem a pensar)”.

“Tenho a impressão de que os alunos de jornalismo não estão muito predispostos a estudar metodologia de pesquisa, estatística e economia. Creio que há uma rejeição não refletida sobre as disciplinas com base ou aporte substancial da matemática, da lógica e da teoria da argumentação. Se esse for o caso, os diplomados pelos cursos de comunicação perderão importância no mercado e, ainda, no campo do reconhecimento social e legal”.

Professor Doutor Hugo Rodolfo Lovisolo.

Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e do Mestrado em Desenvolvimento Social da UNISUAM

Tem alguma coisa errada comigo: estou vendo vultos coloridos a minha volta...



Imagem: Getty Images

Luís Suárez, o uruguaio que insiste em ser idiota, deixa o Liverpool na "saia justa"...




Imagem: World Soccer


Luís Suárez, atacante uruguaio que joga no Liverpool da Inglaterra, parece ser um idiota absolutamente convicto...

No último sábado no Old Trafford em Manchester, durante os cumprimentos de praxe antes da partida entre Manchester United e Liverpool, as câmeras flagraram Luís Suárez evitando a mão estendida de Patrice Evra.

A recusa de Luís Suárez em cumprimentar Evra, repercutiu muito mal em todo o país.

Suárez foi punido em outubro do ano passado, com base em testemunhos e num documento de 115 páginas pelo comitê disciplinar da Football Association com oito jogos de suspenção por dirigir insultos racistas a Evra, durante o encontro entre Liverpool e Manchester United no Anfield Road, estádio do Liverpool.

O incidente provocou uma dura declaração do treinador do Manchester, Sir Alex Ferguson...

“Foi uma desgraça para o Liverpool. O jogador nunca mais deveria vestira a camisa do clube, pois sua atitude mancha a bela história do Liverpool”.

Kenny Dalglish, ex-jogador e atual técnico do Liverpool tentou defender seu jogador, acusando Ferguson de fazer uma tempestade num copo d’água, mas no domingo, diante da forte reação dos meios de comunicação e da opinião publica inglesa, Suárez e Dalglish emitiram uma nota se desculpando.

Suárez admitiu o erro e pediu desculpas, enquanto Dalglish afirmou ter sido precipitado e se desculpou com Alex Ferguson.

Na nota, ambos pedem desculpas ao Manchester United pela atitude grosseira cometida nas dependências do clube.

A reação Manchester foi conciliatória: a direção do clube aceitou o pedido de desculpas e evitou novas declarações.

Entretanto, ontem, o Liverpool foi surpreendido com a visita de representantes do Banco Standard Chartered, patrocinador do clube...

Os representantes do Banco tiveram uma dura conversa com a direção do Liverpool e deixaram claro que não estavam nada satisfeitos com Luís Suárez...

“Ficamos muito decepcionados com o incidente de sábado e discutimos nossas preocupações com o clube”, declarou um dos representantes do Standard Chartered.

Acontece que o Standard Chartered paga ao Liverpool, 20 milhões de euros anuais para ostentar sua marca na camisa do clube...

O contrato tem a duração de quatro anos e o valor total é de 80 milhões de euros.

Segundo a imprensa inglesa, os representantes do banco ameaçaram retirar o patrocínio, pois não querem que as atitudes de Luís Suárez respinguem na reputação da instituição.

Para piorar, a FSG, potencial patrocinador dos direitos de nome do futuro estádio do Liverpool – está em discussão à construção de um novo estádio ou a reconstrução do Anfield Road –, solicitou uma reunião de emergência com o proprietário do clube, John W Henry e o presidente do clube, Tom Werner.


Se segura que lá vem bordoada...



Imagem: Getty Images - AFP - Sanogo Issouf