quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Ainda sobre a possível renúncia de Ricardo Teixeira....



Não basta somente trocar o presidente da CBF. Essa é apenas uma etapa.

Por Alberto Murray

A saída de Ricardo Teixeira da CBF muito mais do que o fim de uma etapa, é o início de outra, cujos desafios são enormes. 

A renúncia do presidente da CBF está longe de ser a solução para os problemas sérios, institucionais, do futebol do Brasil. 

Isolada, a simples mudança do homem que preside a entidade muda muito pouco.

A resignação de Teixeira deve vir na esteira de alterações profundas que devem ocorrer na estrutura do esporte mais popular do Brasil. 

Claro que é importantíssimo que as contas da CBF sejam transparentes, que os contratos com os patrocinadores tornem-se públicos, que as relações com a classe política sejam pautadas pela correição mútua. 

São aspectos morais, regras de governança corporativa, que devem ser observadas.

Mas novas medidas administrativas também são prementes. 

É necessário redefinir todo o arcabouço do futebol. Rever calendários, repensar os estaduais, a Copa do Brasil e o Brasileirão, as seleções de base e a própria seleção principal. 

É necessário dar ênfase à criação de uma Liga Nacional, dirigida pelos próprios clubes, a quem caberia à organização livre e soberana dos torneios nacionais. 

A CBF teria a atribuição de cuidar apenas das seleções nacionais, da base até a principal. 

Deveria ter, também, projetos sociais amplos ligados ao futebol, o que poderia realizar em cooperação com os níveis de governo. 

Esses mesmos projetos poderiam servir para descobrir talentos.

O ideal seria que o novo presidente tivesse a sensibilidade de compreender a necessidade de ampla reformulação e convocar eleições, para que gente nova assumisse essas atribuições.

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