sábado, fevereiro 11, 2012

O ídolo do ídolo...



Ídolos têm ídolos?

Quase sempre, mas poucos, depois de tornarem ídolos, confessam.

Lionel Messi tem um e não esconde de ninguém...

Pablo Aimar.

Há uma história que poderia ter ficado conhecida apenas no mundo do futebol argentino.

Felizmente, transpôs fronteiras.

Quando Pablo Aimar chegou ao River Plate, Daniel Passarela era o diretor técnico do time e logo, usando uma expressão tipicamente argentina o classificou de “Pelotero”.

Talvez, “pelotero” seja algo como o nosso “boleiro”, mas não é bem assim.

Enquanto o “boleiro” é um misto de gênio e pilantra, para os argentinos, o “pelotero” é o amante incondicional do jogo, apenas do jogo.

Passarela costumava dizer que Aimar odiava as traves, pois elas significavam o fim do campo, o fim do jogo.

Aimar segundo Passarela nunca jogou para ganhar, ele nunca foi um competidor...

Aimar joga por jogar, simplesmente pelo prazer de estar ali.

Para ele não nunca importou contra quem ia jogar, aonde ia jogar ou que campeonato ia disputar.

Tanto fazia ser um coletivo, um amistoso ou a final de um mundial.

Foi isso que me ver em Aimar um modelo a seguir, disse Messi certa vez.

Muitos o julgaram de forma injusta, pois Aimar não tinha gana de fazer gols, mas sempre adorou ser aquele que desmontava defesas e depois, entregava a bola para que outro a empurrasse para as redes.

Perguntem a Javier Saviola...

Saviola não conta os gols que fez graças aos passes sempre precisos de Aimar.

Não foi a toa que o mítico Enzo Francescoli certa vez ao terminar um treino disse: “cuidem bem delem, pois ele joga e faz jogar”.

Porém, Messi ao continuar a falar de Pablo Aimar, acendeu uma luz sobre seu próprio comportamento...

Ele é discreto, tranquilo e distante do mundo das badalações...

Não o procurem nas fotos das festas realizadas após as vitórias...

Não vão encontra-lo.

Aimar sempre amou o jogo e a bola e, por isso, nunca lhe incomodou a falta de reconhecimento...

Aimar só chorou quando as lesões interromperam momentos importantes em sua trajetória...

Porém, se enganam os que pensam que essas lágrimas eram lamentações por contratos milionários perdidos...

Para ele, as lesões tornavam seus dias vazios, longe da bola.

Hoje, aos 32 anos, ele continua discreto, feliz e ainda zomba das traves.

Texto baseado no artigo de Juan Gimenéz Garcia da Revista Don Balón.







Um comentário:

MÚSICA F. C. ! A VOZ DAS ARQUIBANCADAS. disse...

Que texto ! Realmente nota dez.

Cordialmente,
José Leonardo.