América e ABC, o clássico do
futebol norte-rio-grandense, começou na noite de ontem a decisão do primeiro
turno do Campeonato Potiguar de 2012...
Mas, vamos por partes... não muitas,
mas todas bem interessantes.
Saímos de Natal, eu e Antônio
Machado, por volta das 18 horas...
Viajem tranquila, papo ameno e
olhos atentos no esquema montado pela Polícia Militar em conjunto com o Corpo
de Bombeiros e a Polícia Rodoviária Federal, no sentido de coibir qualquer ação
violenta por partes dos idiotas, organizados ou não.
Em alguns pontos da estrada percebemos viaturas da PM...
Incidentes, nenhum.
Quando chegamos ao Posto de
Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, havia uma barreira que não impedia
o transito, mas forçava a diminuição da velocidade...
Postados de um lado e do outro da
estrada, policiais militares apoiavam os policiais rodoviários e estes,
sinalizavam para que a velocidade fosse reduzida...
Ninguém foi parado, mas eu e o
Antônio Machado tivemos nossa primeira surpresa...
Augusto Varella e outro rapaz que
não consegui identificar, vestiam suas camisas vermelhas e a cada carro que
passava, distribuíam um panfleto, onde pediam paz aos torcedores...
O que mais me impressionou foi o
fato de nenhum deles ao entregar o panfleto, fazer qualquer alusão ao América...
Não diziam nada a não ser: “boa viajem,
bom jogo e paz”.
Cumprimentei rapidamente Augusto
e este me acenou com a mão, desejando um bom trabalho.
Comecei a relaxar...
Aquilo era sinal de algo de bom.
Quando chegamos ao Nazarenão,
encostamos próximos ao portão destinado a imprensa e que seria usado pela
delegação do ABC...
Lá estavam alguns seguranças do
América, pessoal de apoio com o dirigente Ricardo Bezerra à frente...
Deci ficar e ver o que ia acontecer...
Não demorou muito e o ônibus do
ABC chegou.
Esperei o que é de praxe, mas vi
algo a mais.
Ricardo Bezerra recebeu a
delegação do ABC com cordialidade, simpatia, respeito e atenção.
Cumprimentou Flávio Anselmo, o
treinador Leandro Campos, sua comissão e todos os jogadores alvinegros.
Coisa de gente de bem, coisa de
gente civilizada e educada.
Entrei então no estádio e dei uma longa
volta para sentir o clima...
Nenhuma hostilidade...
A torcida do América foi
exemplar.
Alguns com quem conversei,
fizeram questão de afirmar que o Nazarenão podia receber qualquer um, pois
ninguém seria molestado ali.
E, não vi ninguém sendo
maltratado, constrangido ou ameaçado...
Vi o normal...
Vaias ao adversário e comentários
jocosos.
Durante o jogo, a torcida do América
vibrou, incentivou, sofreu, mas manteve a urbanidade.
Já a torcida do ABC, não foi em
grande número, mas não era desprezível...
Torceu em paz sem ser molestada e sem provocações desnecessárias.
Torceu em paz sem ser molestada e sem provocações desnecessárias.
Foi uma noite para não ser
esquecida.
Foi à noite em que o acanhado,
pequenino, mas aconchegante e bem cuidado estádio Nazarenão de Goianinha, teve
seu momento de glória...
Recebeu o maior clássico do Estado do Rio Grande do Norte sem nenhum incidente entre torcedores.
Recebeu o maior clássico do Estado do Rio Grande do Norte sem nenhum incidente entre torcedores.
Um comentário:
Pena que pessoas como Marcos Lopes não admitam, não sei se por opinião própria ou "teleguiada", que o Nazarenão teve condições de receber todos os jogos da Série C (ele atestou categoricamente que não teria), tem condições de receber clássicos (outra bandeira que ele vêm defendendo, não se sabe o porquê ou a troco de quê) e terá condições de receber todas as partidas do América na Série B.
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