sexta-feira, fevereiro 24, 2012

O Nazarenão passou no teste...





América e ABC, o clássico do futebol norte-rio-grandense, começou na noite de ontem a decisão do primeiro turno do Campeonato Potiguar de 2012...

Mas, vamos por partes... não muitas, mas todas bem interessantes.

Saímos de Natal, eu e Antônio Machado, por volta das 18 horas...

Viajem tranquila, papo ameno e olhos atentos no esquema montado pela Polícia Militar em conjunto com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Rodoviária Federal, no sentido de coibir qualquer ação violenta por partes dos idiotas, organizados ou não.

Em alguns pontos da estrada percebemos viaturas da PM...

Incidentes, nenhum.

Quando chegamos ao Posto de Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, havia uma barreira que não impedia o transito, mas forçava a diminuição da velocidade...

Postados de um lado e do outro da estrada, policiais militares apoiavam os policiais rodoviários e estes, sinalizavam para que a velocidade fosse reduzida...

Ninguém foi parado, mas eu e o Antônio Machado tivemos nossa primeira surpresa...

Augusto Varella e outro rapaz que não consegui identificar, vestiam suas camisas vermelhas e a cada carro que passava, distribuíam um panfleto, onde pediam paz aos torcedores...

O que mais me impressionou foi o fato de nenhum deles ao entregar o panfleto, fazer qualquer alusão ao América...

Não diziam nada a não ser: “boa viajem, bom jogo e paz”.

Cumprimentei rapidamente Augusto e este me acenou com a mão, desejando um bom trabalho.

Comecei a relaxar...

Aquilo era sinal de algo de bom.

Quando chegamos ao Nazarenão, encostamos próximos ao portão destinado a imprensa e que seria usado pela delegação do ABC...

Lá estavam alguns seguranças do América, pessoal de apoio com o dirigente Ricardo Bezerra à frente...

Deci ficar e ver o que ia acontecer...

Não demorou muito e o ônibus do ABC chegou.

Esperei o que é de praxe, mas vi algo a mais.

Ricardo Bezerra recebeu a delegação do ABC com cordialidade, simpatia, respeito e atenção.

Cumprimentou Flávio Anselmo, o treinador Leandro Campos, sua comissão e todos os jogadores alvinegros.

Coisa de gente de bem, coisa de gente civilizada e educada.

Entrei então no estádio e dei uma longa volta para sentir o clima...

Nenhuma hostilidade...

A torcida do América foi exemplar.

Alguns com quem conversei, fizeram questão de afirmar que o Nazarenão podia receber qualquer um, pois ninguém seria molestado ali.

E, não vi ninguém sendo maltratado, constrangido ou ameaçado...

Vi o normal...

Vaias ao adversário e comentários jocosos.

Durante o jogo, a torcida do América vibrou, incentivou, sofreu, mas manteve a urbanidade.

Já a torcida do ABC, não foi em grande número, mas não era desprezível...

Torceu em paz sem ser molestada e sem provocações desnecessárias.

Foi uma noite para não ser esquecida.

Foi à noite em que o acanhado, pequenino, mas aconchegante e bem cuidado estádio Nazarenão de Goianinha, teve seu momento de glória...

Recebeu o maior clássico do Estado do Rio Grande do Norte sem nenhum incidente entre torcedores.


Um comentário:

Bruno Lopes disse...

Pena que pessoas como Marcos Lopes não admitam, não sei se por opinião própria ou "teleguiada", que o Nazarenão teve condições de receber todos os jogos da Série C (ele atestou categoricamente que não teria), tem condições de receber clássicos (outra bandeira que ele vêm defendendo, não se sabe o porquê ou a troco de quê) e terá condições de receber todas as partidas do América na Série B.