Respeito ao homem...
Por Jaeci Carvalho.
"Meu coordenador seria
Parreira mesmo, mas meu treinador seria Vanderlei Luxemburgo, para mim o papa
dos técnicos"
Rio – Estou acompanhando a Copas
das Confederações de forma diferente, nos bastidores, perto dos dirigentes,
junto dos torcedores, longe dos jogadores.
Convivo, principalmente nos dias
de jogos, com José Maria Marin e Marco Polo del Nero, respectivamente,
presidente e vice da CBF, além de presidentes de federações, como o mineiro
Paulo Schettino.
Participei de jantares, almoços e
homenagens para poder escrever melhor e mais embasadamente.
Assim, posso tirar conclusões,
fazer críticas e elogios.
Marin, por exemplo, é doce,
amável e, aos 80 anos, tem vontade tremenda de acertar e ver o Brasil campeão.
Quando a CBF tirou o amistoso
Brasil x França do Mineirão porque os franceses não abriam mão de exibir seus
patrocinadores, fiquei uma arara com o presidente, mas ele me garantiu que
compensará BH com um grande jogo antes da Copa do Mundo.
Acredito nele e em Del Nero, a
quem também fiz duras críticas – e voltarei a fazê-las quando errarem.
Sempre aos cargos, nunca à
pessoa.
Tem gente que se sente acima do
bem e do mal.
Que perseguiu o ex-presidente
Ricardo Teixeira e agora persegue Marin.
Aliás, perseguição desumana.
Marin demitiu Mano Menezes e
chamou de volta Parreira e Felipão, dois campeões do mundo.
Bem ou mal, o Brasil voltou a
vencer os grandes e está na final da Copa das Confederações.
Isso comprova que a dupla
Marin-Del Nero acertou.
Ela conseguiu mais patrocinadores
para a Seleção, enchendo ainda mais os cofres da CBF, que não depende de um
centavo do governo federal.
Portanto, o que é gasto na
entidade, que é privada, é da conta dela e de seus mandantes, de mais ninguém.
Pagando impostos em dia, ela não
precisa dar satisfação.
Ou por acaso alguém entra numa
instituição privada e exige algo de seus dirigentes?
Marin tem sido honesto ao receber
salário e até revelar quanto ganha.
É o presidente e, como qualquer
executivo, tem tal direito.
Pior seria se escondesse e
fizesse negócios escusos.
Ao contrário, os contratos da CBF
com os patrocinadores estão aí para quem quiser ver, exceto determinadas
cláusulas de confidencialidade, peculiares a grandes contratos.
Exigência muito mais da parte dos
parceiros do que da entidade.
Portanto, não adianta meter o
bedelho na casa dos outros.
Tem gente que persegue, é
mesquinha, agride a moral e não respeita sequer a idade das pessoas.
O povo não é bobo e sabe muito
bem que dá ibope ou não.
O presidente e seu fiel amigo Del
Nero têm fixação na vitória no Mundial do ano que vem.
Não querem passar pelo dissabor
de ver o time perder mais uma Copa em casa.
Por isso não medem esforços em
dar à Seleção o que há de melhor.
Meu coordenador seria Parreira
mesmo, mas meu treinador seria Vanderlei Luxemburgo, para mim o papa dos
técnicos.
Cada brasileiro tem sua
preferência e eles, como dirigentes e torcedores, também têm.
Percebi que são receptivos a
críticas construtivas.
Mas a vida pessoal deles não me
interessa.
Digo o mesmo dos presidentes de
federações.
Todos sabem que sou contra a
existência delas, mas conheci muita gente honrada e boa.
O grande problema de nós,
jornalistas, é acharmos que podemos tudo.
Uma pessoa pública está sujeita a
críticas e elogios.
Mas todos têm família, filhos,
netos, e não se justifica agressão ao ser humano.
Já cometi exageros e erros
também, faz parte, mas a gente vai amadurecendo e repensando coisas e
comportamentos.
Marin e Del Nero têm meu apoio,
pois, independentemente de quem seja o técnico ou da situação da Seleção, quero
vê-la vencer.
Sou brasileiro e, acima de tudo,
torcedor.
Serei um crítico ferrenho toda
vez que errarem, mas na vida pessoal não entro e não me meto.
Do blog:
Não fosse eu um cinquentão,
ficaria impressionado com o texto acima...
Porém, sei como se move a
imprensa “amiga” ...
Consta que o jornalista autor
desse meloso texto, é amigo íntimo de Rodrigo Paiva, assessor de imprensa da
CBF.
Ah, adorei a parte que ele diz:
“Estou acompanhando a Copas das
Confederações de forma diferente, nos bastidores, perto dos dirigentes, junto
dos torcedores, longe dos jogadores”.
“Convivo, principalmente nos dias
de jogos, com José Maria Marin e Marco Polo del Nero, respectivamente,
presidente e vice da CBF, além de presidentes de federações, como o mineiro
Paulo Schettino”.
“Participei de jantares, almoços
e homenagens para poder escrever melhor e mais embasadamente”.
“Assim, posso tirar conclusões,
fazer críticas e elogios”.
Mais cínico, impossível...
Como diz um ditado popular americano:
“não existe almoço ou jantar gratuito”.
A intenção do texto é atacar Juca Kfouri, Paulinho, Victor Birner e tantos outros que marcam de perto o Marin e o Del Nero...
Simples assim.