É comum ouvir, ler e ver rasgados
elogios as torcidas de Paysandu e Remo de Belém do Pará e do Santa Cruz de
Recife...
Comungo com eles.
Elas comparecem sempre, bradam
uns...
Lotam estádios, apontam outros...
Incentivam seus times estejam
onde estiveram, dizem todos.
Afirmações absolutamente
verdadeiras, não se pode negar.
Paysandu, Remo e Santa Cruz, são
clubes privilegiados...
Seus torcedores são exemplos de
fidelidade.
Porém, há o outro lado da
moeda...
Na prática, que resultado esses
torcedores, presentes, apaixonados e fiéis, trouxeram para seus clubes?
Porque esses clubes estão
quebrados?
Por que o Paysandu passou tanto
tempo nas sombras?
E, mesmo agora, na Série B, está
fadado a lutar apenas e tão somente pela permanência...
Qual a razão do Remo estar
alijado de todas as competições nacionais?
E, por que o Santa Cruz patina a
alguns anos na Série C?
Torcida nos estádios representa
de alguma forma entrada de recursos nos caixas dos clubes.
Torcidas presente em grande
número nos estádios, pela lógica fria do mercado, representa a possibilidade de
mais e melhores patrocinadores...
Isso acontece?
Se acontece, algo está errado com
o modelo de gestão...
Se não acontece, algo está muito
errado com o modelo de gestão.
Enfim, Paysandu, Remo e Santa
Cruz, deveriam ser analisados com acuidade por quem conhece o futebol negócio...
Deveriam os analistas
especialistas no assunto, elucidar definitivamente tal mistério...
Caso contrário, os torcedores de
Paysandu, Remo e Santa Cruz podem acabar mostrando que o futebol brasileiro,
gerido da forma como está, é um buraco sem fundo...
Um setor onde se pode despejar
dinheiro massivamente sem que se consiga obter nenhum resultado que não seja
sempre o do desequilíbrio entre o que se recebe e o que se gasta.