sábado, julho 13, 2013

Palmeiras 4x1 ABC... oito rodadas e menos pontos que as reticências que somos brigados a colocar quando o assunto é o futuro dos alvinegros na Série B.



Foi uma semana de broncas, cobranças, ameaças, choro e ranger de dentes...

O objetivo, é claro, era mudar o rumo...

Rumo que sem prumo pode acabar no indesejado retorno a Série C.

Acompanhei a distância, não fiz nenhuma intervenção...

Mas sentia que tudo aquilo era tempo perdido...

Afinal, o adversário seguinte era o Palmeiras, no Pacaembu, em São Paulo.

Não deu outra...

Ontem, no Pacaembu, em São Paulo, o resultado foi Palmeiras 4, ABC 1.

Tenho que concordar com os que afirmam que o ABC foi bem até os 18 minutos...

Foi sim, mas aos 19, Wesley abiu o marcador para os donos da casa...

Apenas 4 minutos depois, Luís Felipe ampliou...

E então, o ABC sumiu.

Sumiu e deu sorte...

Foi para o vestiário com os dois gols tomados num curtíssimo espaço de tempo...

Poderia ter levado mais um.

No segundo tempo, a equipe alvinegra, por 10 minutos deu a entender que tornaria para o Palmeiras a segunda etapa mais apertada...

O Palmeiras não entendeu assim.

A “reação” durou 10 minutos...

Depois, o Palmeiras voltou a dominar e aos 17, num pênalti duvidoso, marcou o seu gol de número 3...

Daí para frente, o quarto, era só uma questão de tempo.

Aos 30 minutos, ele veio...

Serginho fechou o placar, mas fechou por que o Palmeiras também freou...

Diminuiu o ritmo...

Porém, não devemos confundir, diminuir o ritmo, com desistir de marcar mais um...

Os palmeirenses bem que tentaram...

Não conseguiram e, aos 47 minutos, quando todo mundo já olhava para a porta do vestiário, Gilcimar marcou o tal gol de honra...

Gol que não serve para nada, ou melhor, serve para tornar o mico, menos mico.

Enfim, ao término da oitava rodada, o ABC tem menos pontos que as reticências que todos somo obrigados a colocar quando o assunto é o futuro do clube na Série B.


quinta-feira, julho 11, 2013

Romário: mandato exercido com responsabilidade.



Senhor Presidente

Prezados Colegas Deputados

Depois de algum tempo, volto a esta tribuna para denunciar um fato que, no meu entender, é de extrema gravidade.

Na noite da última terça-feira (9), o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Senhor José Maria Marin, foi recepcionado aqui em Brasília por mais ou menos 25 parlamentares.

Não estranho esse fato. Afinal, é comum e próprio da democracia o encontro entre deputados e senadores com autoridades de órgãos privados.

O problema, é que a reunião-jantar tratou, também, de um tema que está em discussão nesta Casa ainda de forma preliminar, mas envolve um duro golpe nas finanças públicas do nosso país.

Refiro-me à proposta em elaboração pelo Ministério do Esporte para anistiar uma dívida em torno de R$ 3 bilhões dos clubes de futebol.

Essa dívida, para quem não acompanha o assunto, é para com o INSS, Imposto de Renda e Fundo de Garantia. Ao longo dos últimos 20 anos, os clubes de futebol não repassaram ao fisco os valores devidos. A dívida cresceu e se tornou gigantesca pelo acúmulo de juros, principalmente.

Agora, por iniciativa do Ministério do Esporte, está em elaboração uma medida provisória para anistiar os clubes devedores.

Este assunto, foi discutido há mais ou menos dois meses na Comissão de Turismo e Desporto, da qual sou presidente.

Naquela ocasião, vários deputados que acompanham o assunto participaram da reunião com o diretor de Futebol do Ministério do Esporte, Antônio José Carvalho do Nascimento Filho, o Toninho.

E nunca mais, o assunto voltou a ser tratado nesta Comissão de Turismo e Desporto, o foro legítimo para tal.

No entanto, meus colegas trocaram o nosso ambiente de trabalho para se reunir fora da Câmara dos Deputados, na calada da noite com um cartola que representa a desmoralização da gestão esportiva, o Senhor Marin.

Lembro que Marin é um dirigente que teve íntima ligação com a ditadura militar brasileira. Roubou medalha, terreno público, além da acusação de roubo de energia do vizinho, mas, hoje, é recebido com pompas por deputados que, por respeito à ética, declino citar seus nomes, por enquanto.


Porém, tal reunião contou com a presença de pessoas estranhas ao corpo parlamentar, como o lobista da CBF, Vandenbergue Machado e outros, que opinam sobre tema que não lhes compete.

Em sua investida em Brasília, nesta quarta-feira o Senhor Marin também visitou o presidente desta Casa, o excelentíssimo senhor deputado Henrique Eduardo Alves.

E entregou ao representante maior do Legislativo brasileiro convite para que seja o chefe da delegação num amistoso da Seleção, em setembro próximo, nos Estados Unidos.

O que significa essa ação oportunista de José Maria Marin ao Parlamento Brasileiro, com convites e reuniões?

É uma ousada tentativa para silenciar a Câmara dos Deputados com a troca de favores e benefícios?

Ou Marin já está apresentando a fatura da CBF por ter concedido centenas de ingressos a parlamentares, durante os jogos da Seleção Brasileira na Copa das Confederações?

Precisamos repudiar esse comportamento, pois ele sugere nos intimidar diante do poder do futebol. 

Já basta o que fazia o presidente anterior, Sr. Ricardo Teixeira.

Não podemos silenciar nem nos dobrar quando um personagem que não honrou os princípios democráticos na história do Brasil, nem uma das maiores entidades esportivas do mundo, agora se aproxima do Legislativo para ter benefícios ilegais, imorais e altamente suspeitos.

Não fosse por isso, é preciso considerar que a proposta dos clubes, com apoio da CBF e do Ministério do Esporte para perdoar a dívida de mais de R$ 3 Bilhões é discutida fora do âmbito devido.

E, pior, essa proposta de anistia do fisco acabará premiando o caloteiro de ontem, onerando significativa e moralmente o cofre público e o contribuinte em geral. Muitos deles aproveitaram o calote para enriquecer ilicitamente, é claro que não me refiro a todos, nem as atuais gestões.

Sabemos que a presidente Dilma Rousseff prepara um rigoroso corte no Orçamento da República para tentar fazer frente à crise econômica que nos ronda.

E é num momento assim e diante do rigor que o governo quer impor às contas públicas que os cartolas querem ser anistiados do calote que impuseram ao fisco?

É difícil entender que essa proposta tenha o apoio do Ministério do Esporte!

É difícil entender que essa proposta volte a ser discutida de forma escondida e sem levar em conta o recado das ruas, das recentes manifestações que clamaram contra os abusos do Poder.

É mais difícil entender que órgão do próprio governo, o Ministério do Esporte, e representantes populares, os senhores deputados, abracem essa causa da anistia aos clubes de futebol no momento em que o Palácio do Planalto pede rigor nos gastos públicos e agilidade na arrecadação dos impostos para enfrentar a ameaça inflacionária e evitar que a crise econômica se agrave, com desastrosa repercussão na rotina da população em geral.

Será que este Parlamento já esqueceu que há poucos dias fomos surpreendidos por passeatas de jovens implorando por um País mais digno, mais honesto e com os poderes da República menos corruptos?

E é essa resposta que damos a essa juventude, recebendo e abraçando um cartola altamente suspeito de atos de corrupção, de gestão suspeita frente à CBF? E, pior, um cartola que nos remete à lembrança de uma ditadura que ainda lutamos para esquecer!!!

É neste sentido que apelo aos Colegas Parlamentares para que repudiem essa ação ousada e suspeita de José Maria Marin sobre o Congresso Nacional.

Mais: que repudiem a proposta que possivelmente virá do Executivo para anistiar caloteiros que não honraram o recolhimento de impostos de seus clubes e, agora, querem tratamento privilegiado, diferente daqueles que a lei impõe aos brasileiros em geral.

É neste panorama que volto a apelar ao Senhor Presidente da Câmara dos Deputados para que aprove e instale, o quanto antes, a CPI da CBF, da qual sou o autor do pedido.

Às justificativas que apresentei por ocasião do protocolo de pedido da CPI, acrescento agora fatos novos que não podem ser ignorados. Ao contrário, esta Casa tem obrigação política e institucional para investigar as denúncias que relacionei, pois elas envolvem, também, uma querida instituição intimamente vinculada à cultura esportiva, a nossa Seleção Brasileira.

Aschwin Wildeboer, o nadador espanhol de ascendência holandesa é o novo "queridinho" da natação...

Imagem: Mundo Deportivo/JC Moran 

Brasil: 18º colocado no ranking de presença de público nos estádios...

Imagem: Ranking da Pluri Consultoria


Cansado de ser tratado como gado, o torcedor brasileiro abriu mão de ir aos estádios...

Cansado de jogos ruins e times chinfrins, o torcedor brasileiro deixou de acreditar na imprensa comprometida com o entretenimento e resolveu ficar em casa...

Cansado de dirigentes incompetentes, falastrões e contadores de lorota, o torcedor resolveu cuidar de aproveitar seu fim de semana com coisa mais útil...

Enfim, hoje, ocupamos a 18º posição em relação ao ranking de presença de público nos estádios...

Nossa média é de 12.971 espectadores...

Ficamos abaixo até da segunda divisão da Alemanha e da Inglaterra.

Perdemos para a Austrália e, os Estados Unidos, já colocam uma boa diferença.

Por fim, Alemanha, Inglaterra, Espanha, México e Itália, somam as maiores médias do planeta.

No entanto, se considerarmos apenas a taxa de ocupação média dos nossos estádios, caímos para a 19º posição...

Superamos apenas os australianos e levamos um belíssima surra de quase todos os outros.

O mito do país do futebol só restou para a imprensa do entretenimento e para seus ávidos admiradores.

Para piorar: tivemos uma queda de 13% em relação ao ano passado.


Para ler o estudo completo, siga o link abaixo.