Na verdade, este texto foi
escrito ontem, logo após ler no blog de Marcos Lopes as declarações do senhor
Alexandre Pinto, vice-presidente administrativo e financeiro do ABC.
Liguei para Pedro Neto e confirmei
as declarações, mas o fiz não por duvidar de quem escreveu, mas por saber que
Pedro Neto foi um dos entrevistadores.
Feito isso, escrevi.
Pensei em postar ontem mesmo,
porém, como o assunto não “esfria” e o domingo é insosso em termos de notícias
locais, deixei para postar hoje.
Sorte...
No final da tarde, relendo os
blogs me deparei com e réplica de Gustavo Mendes.
Em um dos trechos de sua resposta, Gustavo acaba corroborando com o
que afirmo no meu texto...
Nada demais, apenas o lógico.
Aliás, a lógica de todo raciocínio honesto - se quem fez não sofreu reprimenda, punição ou demissão, foi em razão de seus superiores terem concordado.
Simples assim.
Abaixo o que escrevi ontem e a
seguir o alguns trechos do e-mail de Gustavo Mendes, respondendo as acusações
contra ele desferidas pelo senhor Alexandre Pinto.
O senhor Alexandre Pinto, acusa...
O vice-presidente administrativo
e financeiro do ABC, senhor Alexandre Pinto, declarou no programa “Esportes em
Debate” da Rádio Globo que o ex-gerente de futebol do clube, Gustavo Mendes,
foi uma verdadeira tragédia para o ABC.
Segundo Alexandre Pinto, Gustavo
Mendes é o responsável pelas cerca de 20 ações trabalhistas que o clube amarga
na justiça do trabalho.
O senhor Alexandre Pinto, afirma
também, que antes o ABC tinha fama de bom pagador.
Pois bem, analisemos:
Como vice-presidente
administrativo e financeiro, o senhor Alexandre Pinto fez seu papel no decorrer
da entrevista.
Fez um discurso de escudo – isto
é, defendeu e atacou...
Atirou sobre Alexandre Pinto a
responsabilidade, mas não explicou como um funcionário, que em tese deveria se
reportar a um superior, exerceu suas funções sem ser questionado sobre seus
atos...
Gustavo Mendes foi funcionário do
clube por cerca de quatro meses, não mais do que isso...
Se durante esse período, cometeu
tantas trapalhadas, certamente o fez por não ser supervisionado...
Se foi, todos os seus atos
receberam o aval da direção do clube...
Afinal, não era Gustavo Mendes
quem assinava em nome do clube os contratos dos atletas, ele negociava, mas
quem assinava, concordando com o que foi negociado por Gustavo Mendes era o
presidente.
Em relação a fama de bom pagador,
o senhor Alexandre Pinto tem razão...
Mas, faltou dizer que essa fama
pertencia ao ex-presidente Judas Tadeu.
Januário costumava contar que
entre os boleiros, quando alguém comentava sobre alguma proposta para jogar no
ABC, era comum se ouvir de quem já havia passado por aqui:
“Vá sossegado, o homem paga”.
Meu filho, mais tarde, depois de
ter rodado pelo mundo da bola, confirmou sem tirar e nem por cada palavra dita
por Januário.
Ah, não sou viúva de Judas e nem
desafeto de ninguém, sou justo.
Só isso.
Resposta de Gustavo Mendes.
Nela, Gustavo Mendes faz o que se
esperava que fizesse: se defende.
No entanto, vai além...
Coloca o que todos deveriam
saber, mas que fingem não saber, seja por má fé ou compromissos diversos.
Eis o que afirma Gustavo Mendes:
“Quando cheguei no clube, havia
atraso de três meses de salários. Que só foram solucionados pouco antes da
minha saída, com o parcelamento em várias notas promissórias (oito para os
atletas, doze para a comissão técnica). Como então fui o responsável pelo fim
da fama de bom pagador, como alega o Sr. Pinto?”
Do blog: Lembro ter sido esse fato
amplamente divulgado na imprensa...
Portanto, Gustavo não está
mentindo.
“Sobre atraso de salários,
convivi no meu período de ABC com a sempre presente promessa de que “a Caixa
assina semana que vem”, o que traria alivio para as finanças do clube. O Sr. Pinto,
vice-presidente, deve saber que o contrato não foi assinado até hoje. Devo ser
responsabilizado por isso também?”
Do blog: Não tenho como afirmar ser
verdade se essas foram as palavras ditas a Gustavo Mendes, mas o tal patrocínio
da Caixa Econômica, era ou ainda é, um fetiche para nossos clubes...
Um assunto que ainda não
resolvido.
“Ao me imputar tamanho fracasso,
o Sr. Pinto me concede um poder de decisão muito acima das minhas funções.
Todas as decisões foram tomadas em conjunto com o vice-presidente de futebol
Bira Marques e o presidente Rubens Guilherme, que assina todos os contratos e
pagamentos”.
Do blog: Certamente esse é o trecho mais
importante...
Confirma a lógica de toda relação
patrão, empregado...
O empregado pode e deve tomar
atitudes e decisões, mas quem finaliza, quem diz sim ou não, é o patrão..
.
Alguém tem alguma dúvida?
Por fim, Gustavo, ironiza e acusa
a direção do ABC de não ter honrado os acordos que firmou...
Eis o que escreve Gustavo:
“O Sr. Pinto se refere a
“contratos mal feitos”. Nessa afirmação, mostra ele todo o seu desconhecimento.
Do ABC e do futebol em geral. A crítica devia ser dirigida à CBF (o contrato
dos atletas é padrão para todos os clubes) ou ao Departamento Jurídico do ABC.
O contrato de imagem dos atletas é padrão no ABC, todos feitos de acordo com os
advogados do clube. E eu não era o responsável pelo feitio dos contratos. Nunca
fui. Talvez o Sr. Pinto deva propor uma mudança radical dos contratos no
futebol brasileiro para atender aos seus anseios. Mesmo assim, se a crítica foi
pelo resultado esportivo dos contratos, devo lembrar que as decisões eram
tomadas em conjunto. E os contratos assinados pelo presidente. Nesse caso,
erramos todos. E acertamos, sempre juntos. Mas o Sr. Pinto não me
responsabiliza por nada de bom.”
“Gostaria que o Sr. Pinto
apontasse qual a ação trabalhista que me tem como responsável. Do que pude
pesquisar (tenho esse cuidado, Sr. Pinto, pesquiso antes de falar), são 13
ações de atletas. Destes, apenas o Raul teve a rescisão tratada por mim. Ele
aceitou receber parcelado os atrasados e os dias trabalhados. O clube, após a
minha saída, não honrou o pagamento. Segundo o Sr. Pinto, sou eu o culpado.
Dito isso, fica para o aprendizado dos neófitos em futebol: o que foi combinado
deve ser pago. Senão, haverá uma ação trabalhista.”
Cabe a você leitor ao terminar de
ler, refletir e se posicionar.
Ah, tomara nenhum dirigente
alvinegro vá para as redes sociais me chamar de tumultuador e “froxo”, pois na verdade
a palavra correta, é frouxo.