A repercussão do incidente no
Maria Lamas Farache sob a ótica de três importantes membros da imprensa
brasileira.
O primeiro é Paulinho...
O blog do Paulinho é um dos mais
acessados do Brasil...
Nele, o jornalista traz a
informação de uma grave denúncia, que segundo ele, chegou ao seu conhecimento,
logo no primeiro parágrafo...
Depois, se posiciona claramente a
favor da punição do ABC FC e chega a lançar um desafio ao promotor José Augusto
Peres Filho.
Eis o
que diz Paulinho em seu blog:
O Brasil inteiro foi testemunha da deplorável “organização”, que
poderia ter resultado em mortes, da partida entre ABC e Palmeiras, com a
certeza de venda de ingressos a mais do que a capacidade do estádio permitia,
além de inúmeros relatos de ingressos falsificados, inclusive com acusações de
dirigentes do ABC envolvidos.
Além das punições na CBF e no STJD, que, tudo indica, devem acontecer,
há ainda a necessidade de Ação na Justiça comum, invocando o Código de Defesa
do Consumidor, no mínimo.
Esta é a atitude que se espera do promotor José Augusto Peres Filho, ou
de seus consortes, que, meses atrás, ingressou na Justiça contra o América de
Natal exatamente pelo não cumprimento da referida legislação.
Na ocasião, mesmo agindo corretamente, o promotor foi acusado de
fazê-lo por ser torcedor fervoroso do ABC.
Chegou a oportunidade, agora, de novamente fazer a coisa certa, e
acabar, de uma vez por todas, com a suspeita.
A segundo é Juca Kfouri...
No texto postado em seu blog, o
jornalista faz um paralelo entre o que aconteceu em Natal e me Curitiba...
Porém, não se posiciona em relação
a punição aos clubes envolvidos, mas cobra uma ação por parte do torcedores em
relação a CBF.
Juca, só comete um equívoco...
Juca afirma que aqui em Natal, os
jogos estão sendo realizados em palcos precários...
No caso do ABC, a afirmação passa
longe da verdade.
Eis o que disse Juca Kfouri:
No país que receberá a próxima Copa do Mundo, seus dois principais
campeonatos, em cidades sede do Mundial do ano que vem, viveram cenas de alta
periculosidade.
Em Natal, no Rio Grande do Norte, no sábado, houve superlotação do
estádio Frasqueirão, torcedores esmagados e árbitro escrevendo na súmula que
houve perigo de morte.
Mas não lhe ocorreu não realizar o jogo entre ABC e Palmeiras,
simplesmente o Palmeiras, um dos grandes clubes do futebol mundial.
Em Curitiba, no Paraná, neste domingo, a polícia deu tiros de bala de
borracha e o alambrado do estádio da Vila Capanema cedeu.
Tanto em Natal quanto em Curitiba houve atraso para começar ou
recomeçar os jogos, no caso curitibano o maior clássico do futebol paranaense,
o Atletiba.
É possível que nesta segunda-feira a CBF se manifeste com indignação e
prometa providências e punições.
Mas os torcedores que passaram por maus bocados nos dois estádios têm
dois caminhos que a cidadania exige: acionar civilmente a CBF, organizadora dos
dois campeonatos, os da Série A e B nacionais, e criminalmente o presidente da
entidade.
Quem tem recorrido à Justiça se valendo das garantias do Estatuto do
Torcedor, mais dia, menos dia, tem se dado bem.
E é preciso que a CBF se dê mal para que o torcedor brasileiro, um dia,
só se dê bem, e possa ir a um estádio de futebol sem correr risco de vida.
As autoridades dirão que os incidentes aconteceram exatamente em palcos
que estão sendo usados precariamente porque Natal está erguendo a Arena das
Dunas e Curitiba reformando a Arena da Baixada para a Copa do Mundo.
Já o leigo pergunta: até a Copa não será possível organizar jogos com
um mínimo de segurança nos limites de cada estádio disponível?
Ou será preciso que torcedores morram para que se faça o óbvio?
Que belo cartão de visitas para o mundo que pensa em nos visitar, hein?
O terceiro é Mauro Beting...
Mauro, reclama da arbitragem, mas
ao mesmo tempo justifica a atitude do árbitro, alegando segundo seu pensamento,
um certo clima de tensão...
Mauro faz duras críticas às
autoridades do Estado e a direção do ABC e cobra providências...
Porém, exalta a instituição ABC
FC e elogia a paixão do torcedor alvinegro.
Eis o que escreveu Mauro Beting:
O desfalcado Palmeiras teve contra o ainda recuperável ABC um lance de
gol mal anulado.
Dois pênaltis não marcados a favor.
E teve um penal marcado contra difícil de ser apitado para um
visitante.
Erros, porém, até compreensíveis naquele ambiente desfavorável ao bom
jogo e à segurança geral.
É o que conta e até justifica (SIC) a favor da
arbitragem que mais mediou que apitou.
Mais ajustou e acomodou o placar e o jogo à segurança que as
autoridades de Natal, do Rio Grande do Norte e do ABC, pelo visto e pelo
exagerado e graças a Deus não esmagado, não fizeram a menor questão de se
preocupar.
Não estive no Frasqueirão.
Mas quem esteve garante que não podia ter jogo.
Gente com a isenção que faltou às autoridades não necessariamente
responsáveis que liberaram antes e durante o jogo o estádio que não teve
cabimento pra tanta gente e tamanha paixão.
Não podia.
Não devia.
E não pode passar batido o que se passou em campo e, principalmente,
fora dele.
Em qualquer divisão.
E com um ABC que não precisa disso.
Basta a enorme paixão de seu torcedor que ama na melhor acepção de
amador.
Não de gente que até é profissional, mas que não passa de ser apenas
remunerada.
E irresponsável ao criar o clima que não tem divisão.
Nem justificativa.