quarta-feira, novembro 06, 2013

Não é embate e sim, debate...



O clássico perdeu o foco da motivação

O público pequeno no último sábado no estádio Maria Lamas serviu para mostrar que o clássico envolvendo América e Abc perdeu o foco da motivação. A semana que antecede a partida agora é marcada por temas que envolvem questões de segurança. Aqui para nós, a imprensa adora. O noticiário do futebol perdeu espaço para a Polícia Militar, Ministério Público e vândalos. Fala-se muito pouco, por exemplo, em esquema tático, disputa de artilheiros ou tabu entre as equipes. A pauta mira a falta de espaço para a torcida adversária, a impossibilidade de aquecimento do time visitante no gramado ou sobre o número limitado de ingressos para os oponentes. O verbo proibir passou a ser o mais conjugado. Não pode isso, não pode aquilo e por aí vai. Sem opção, as pessoas de bem optam pela televisão. Ninguém é maluco de sair do conforto do seu lar para uma praça de guerra. É preciso saber motivar o clássico. Os responsáveis, infelizmente, desaprenderam.

O texto acima foi pinçado do blog vermelho de paixão, editado por Sérgio Fraiman...

Antes, é preciso dizer que mesmo sendo um blog de um torcedor e escrito para outros torcedores, o blog acima citado tem sim, qualidades...

Mesmo que aqui ou ali, derrape na natural paixão de seu editor, a maioria das postagens tem teor informativo e verossímil...

Muitos colegas se pautam através de suas informações, me incluo entre eles.

No entanto, a postagem sobre o que Sérgio chamou de a perda do foco da motivação, merece uma reflexão e se me permitem alguns contrapontos.

Deixo claro que o que pretendo é debater e não abrir um combate...

Não sou senhor da verdade...

Não costumo terminar minhas locuções ou escritos com a arrogância do ponto final ou fim de papo...

Toda argumentação, seja ela verbal ou escrita, não se encerra no ponto final...

Fosse assim, a filosofia, a sociologia e todas as ciências humanas estariam ainda engessadas aos primeiros escritos...

Nada teria sido revisto, aperfeiçoado ou rejeitado por novas evidências.

Sérgio afirma que as semanas que antecedem os clássicos entre América e ABC, são agora, marcadas por que questões que envolvem a segurança...

Se a frase terminasse aí, eu, concordaria com ela na totalidade e mais, a reverberaria sem nenhuma correção.

Sérgio está corretíssimo.

No entanto, Sérgio acrescenta com uma pitada de ironia e por que não dizer, com salpicos de “maldade” o seguinte:

“Aqui para nós, a imprensa adora”.

Não adora não, Sérgio...

Pelo menos, a maior parte, posso lhe garantir.

Acontece que jornalismo é divulgar informações e notícias de interesse público e não, tão somente, informações do interesse do público.

Sei que tal frase é difícil de ser entendida por quem não milita na área, mas é assim que a banda toca ou, é assim, que deveria tocar.

Portanto, segurança é o foco, quando existe a mais mínima chance da integridade física ou da vida estarem expostas a riscos.

Noticiar a falta de espaço para uma torcida, está inclusa nas duas mínimas chances citadas à cima...

A falta de ingressos evidenciada pelos jornais, blogs, rádios e tevês, se faz necessária, por duas razões:

Primeira: 

Cobrar dos responsáveis pelo evento, respeito a quem em última instância sustenta em grande parte o dia a dia dos clubes...

Estabelecer com transparência e clareza todos os dados sobre onde, quando e quantos ingressos estarão disponíveis é obrigação de quem organiza e, se tal obrigação não é cumprida, cabe a imprensa exigir que se cumpra.

Segunda:

Evitar que pessoas se desloquem para o local e lá, “batam com a cara na parede”...

Resumindo; não deixar que o desrespeito seja completado com o deboche.

Sobre cadeados a impedir o ir e vir, como não noticiar?

Como deixar passar em brancas nuvens tamanha indelicadeza?

Jornalismo, também é educar ou, deveria ser.

Em relação a escalações, esquemas táticos, disputas de artilheiros e coisas afins, concordo com você...

É preciso dar espaço para tais informações, mas cada coisa a seu tempo...

Infelizmente, o jornalismo esportivo tende a enveredar para o entretenimento e tal postura na maioria das vezes faz do fútil o foco.

Que fique claro, não sou contra...

Afinal, uma noite ou uma tarde num estádio é a busca pela diversão...

Porém, toda diversão precisa terminar com gente satisfeita e não com gente ferida ou morta...

Se a imprensa de Santa Maria no Rio Grande do Sul, tivesse dedicado grande parte de seu espaço a noticiar e cobrar dos proprietários da boate Kiss, aquilo que era da obrigação deles, provavelmente, as pessoas tivessem voltado para casa cansadas, felizes, satisfeitas e não, em caixões.

Infelizmente, o foco era mostrar quem ia tocar, o que ia tocar e que podia rolar de bom na noite.

Você tem razão meu caro Fraiman, ninguém é maluco de sair da casa para uma praça de guerra...

No entanto, pessoas sãs sairão, caso ninguém lhes informe que na praça, além dos bancos, do coreto e das possibilidades de sorrir, estarão desajustados, psicopatas, antissociais e imbecis, dispostos a fazê-las sangrar apenas porque elas ousaram tentar ser felizes.

Por fim, há um equívoco a mais em seu texto, meu caro Fraiman:

Quem motiva, festa, boate, quermesse e clássicos de futebol, são seus promotores, seus assessores de imprensa e seus marqueteiros...

Jornalista notícia, elogia ou critica.

Só e tão somente, só.

Respeitosamente,

Fernando Amaral.

Eu juro que não sou um personagem dos desenhos animados...

Imagem: AP/Fabrizio Giovannozzi

Senador Mario Couto (PSDB/PA), curto e grosso: a CBF é corrupta, as Federações são corruptas...



Depois de ver derrubado seu requerimento que pedia a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar abusos de poder econômico nas eleições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e gastos de obras da Copa do Mundo de 2014.

O senador Mário Couto (PSDB/PA), partiu para um bate-boca com o articulador da retirada das nove assinaturas que inviabilizaram a instalação da CPI, o senador Zezé Perrella (PDT/MG).

“Sei eu que o Senador Perrela procurou alguns Senadores para retirarem as assinaturas dos requerimentos que continham uma formalidade legal sobre o que o povo brasileiro gostaria de saber, que eram as corrupções que existem dentro das federações estaduais e dentro da Confederação”, disse Couto. 

“Seja homem e não se envergonhe. Vossa Excelência é amigo do cara (o presidente da CBF, José Maria Marin) e não quer CPI aqui!”, disse Couto apontando para Perrella.

Couto ainda disse:

“Vou procurar o Ministério Público, a Procuradoria Geral da União, vou até o fim... dane-se o senado”.

Perrella em sua defesa, afirmou que não seria bom abrir uma CPI às vésperas da Copa do Mundo...

“É preciso que o povo brasileiro entenda que, para se fazer uma CPI, são necessárias 27 assinaturas. O Mário Couto conseguiu 33, mas oito ou nove Senadores retiraram as assinaturas (...). Então, há 66 que não querem CPI nesta Casa; há 66 que não querem CPI. Segundo o Senador Mário Couto, 66 não são sérios porque não querem CPI”, argumentou Perrella.

Essa discussão encerra um processo que começou a poucos dias quando o senador Mário Couto protocolou o pedido de abertura da CPI e que contava com a assinatura de 33 parlamentares – acima das 27 necessárias.

Assim que o pedido foi protocolado, uma força tarefa, tendo à frente o senador Perrella e com discreto apoio do governo a quem não interessa ver vasculhados os gastos com a Copa, entrou em ação...

O resultado foi a retirada de 9 assinaturas, que sepultaram as pretensões do senador tucano de ver instalada a CPI.

Os senadores que retiraram suas assinaturas foram os seguintes:

Ivo Cassol (PP-RO), Lobão Filho (PMDB-MA), João Alberto (PMDB-MA), Maria do Carmo Alves (DEM-SE), Cícero Lucena (PSDB-PB), Wilder Morais (DEM-GO), Clésio Andrade (PMDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Paulo Davim (PV-RN).

terça-feira, novembro 05, 2013

Afeganistão: em meio a guerra, os meninos jogam bola em Kandahar...

Imagem: AP/Anja Niedringhaus

Chapecoense 0x0 América...


O América começou com força...

Antes do relógio marcar 30 segundos, Régis chutou e a bola se chocou com a trave.

Sem medo, o América foi para frente...

Rodrigo Pimpão primeiro e, Pardal, depois, perderam ótimas chances.

15 minutos de um América decidido a vencer.

Aos 22 minutos, novamente Adriano Pardal deixa escapar a chance de abrir o marcador.

Jogando fácil e dominando o adversário, o América perde chance atrás de chance.

Entretanto, a insistência arrefeceu, a Chapecoense equilibrou e a partida perdeu um pouco do brilho.

No segundo tempo, a Chapecoense buscou impor seu jogo e manteve o equilíbrio conquistado no fim da primeira fase.

Mesmo assim, o América continuou rondando a área do adversário...

Porém, Adriano Parda, ainda sob efeito da boa partida contra o ABC, resolveu testar a sorte...

Já havia levado um cartão amarelo...

Fez uma falta feia e desnecessária e o árbitro, fingiu que não viu...

Aí, Pardal forçou geral...

Meteu a mão na bola...

Conseguiu, foi expulso.

A partir daí, o América sumiu...

Perdeu o atacante que fazia dupla com Pimpão e perdeu a velocidade.

Acossado, Leandro Sena tentou se resguardar...

Tirou Pimpão, colocou Zé Antônio para tentar fechar a porteira.

Tentou e fechou.

A Chapecoense bateu, empurrou, chutou, mas não quebrou o cadeado...

Leandro Sena com a chave na mão, observava impávido o desespero do adversário...

Impávido enquanto a bola rolou...

Feliz quando ouviu o apito do árbitro encerrar a partida.

Como disse antes, não caí mais, no máximo, tropeça.

Por cartão amarelo, Adriano Pardal e Andrey estão fora da partida contra o América Mineiro

Pelé, o homem que colocou o Brasil no mapa...

Imagem: Autor Desconhecido

O futebol, Recife e a Estrela de David...




Em Recife já houve um time de futebol formado por judeus...

Somente judeus.

O clube nasceu em 8 de setembro de 1922, fundado por um grupo de alunos do Colégio Israelita do Recife, localizado no bairro da Torre. Seu nome completo era Israelita Sport Club...

Suas cores: Azul e Branco.

Seu mascote, um pombo e seu apelido, Estrela de David.

Durante três anos disputou o Campeonato Pernambucano – 1931,32 e 33...

Venceu uma única partida contra o Flamengo do Recife em 1932, por surpreendentes 3 a 2.

O Flamengo que havia conquistado em 1915, o primeiro Campeonato Pernambucano, à época ainda posava entre os grandes e em 32, foi o terceiro colocado.

Como não tinham estádio próprio os jogos do Israelita eram disputados nos campos da Avenida Malaquias e da Jaqueira...

Em 1945, o clube foi extinto, mas em sua curta história, o Israelita SC conquistou por duas vezes a Copa Torre – 1927 e 1941.

Infelizmente, pouco se guardou sobre essa equipe, mas ainda assim uma de suas escalações resistiu ao tempo...

Esse era o time de 1928: Israel Rissin, Miguel Longman, Luiz Cherpark, Rafael Markman e Abraam Boiucansky; José Foigel, Isaac Posternak, Simão Foigel e Jonas Rabin; Samuel Buchatsky e Aron Gorenstein.

Não se sabe ao certo, mas provavelmente, tenha sido a base da formação que venceu a Copa Torre em 1927.

 A Copa Torre foi criada em 1921 por comerciantes do bairro e tinha como propósito substituir a Liga Desportiva da Torre que existiu entre 1911 e 1914.

A competição era disputada por equipes do bairro, mas recebia convidados...

O América, o Flamengo e Santa Cruz, também do Recife foram participantes.

O América conquistou o bicampeonato – 1923/24.

As equipes que que se sagraram campeãs da Copa Torre, foram as seguintes: Torre SC: 1921, 1926, 1928,1929, 1930, 1932, 1940 e 1942. Santa Maria: 1922. América: 1923,1924. Íris SC: 1925, 1931 e 1933. Tramways: 1934,1935,1936,1937,1938 e 1939. Israelita SC: 1927 E 1941.

Fonte: Diário de Pernambuco.

Inspiração: O vídeo acima.

Manfred Müller se desespera, Rummenige se lamenta...

Imagem: Imago