quarta-feira, dezembro 30, 2015

Cruzando a escuridão...

Imagem: Getty Images

A Primeira Liga afirma ter fechado com a Globo e anuncia cotas iguais...

A Primeira Liga ou Liga Sul/Minas/Rio, se propõem a dar um passo bastante importante na questão da divisão das cotas de TV...

Gilvan Pinho Tavares, presidente da Primeira Liga, confirmou que a liga fechou contrato com a Rede Globo de televisão...

O montante pago pela emissora carioca giraria em torno de R$ 80 milhões, número não confirmado oficialmente.

Após o anuncio, entidade sinalizou que a cota recebida de emissora será dividida igualmente entre os clubes participantes...

O campeão e o vice do torneio receberão, ainda, uma premiação de valor não divulgado.

Apesar da Globo não confirmar oficialmente, a liga divulgou que a princípio, os jogos serão exibidos pelo SporTV, enquanto a Globo mostraria apenas os encontros mais importantes do torneio...

ESPN, Esporte Interativo e a Rede Record apresentaram propostas.


Como uma lança...

Imagem: Laurence Griffiths/Getty Images 

Sou fã dos clubes ingleses...

Everton dará o melhor presente de Natal a menino que já passou por 15 cirurgias no cérebro

Por Leandro Stein

Denver Fay tem apenas nove anos, mas já enfrentou batalhas duríssimas ao longo de sua curta vida.

O garoto passou por 15 cirurgias no cérebro desde o nascimento, por sofrer de hidrocefalia e da síndrome de Arnold-Chiari – doenças que causam a compressão de seu sistema nervoso.

Mas, apesar das dificuldades, o menino não vai para a mesa de operações há dois anos.

E recebeu neste Natal um grande presente para seguir em frente.

Entrega especial do Everton, clube pelo qual o inglesinho torce.

Denver ganhou uma carta ao lado do irmão Kyle, de 10 anos – também fanático pelos Toffees, e o grande companheiro do caçula em sua caminhada.

Ambos mal puderam conter as lágrimas ao descobrir o que viverão.

Ambos foram convidados pelo Everton para acompanhar o próximo jogo do clube pela Copa da Liga Inglesa, contra o Manchester City.

Além de assistirem à partida em lugar especial no Goodison Park, os garotos também irão se encontrar com alguns dos protagonistas da equipe: Lukaku, Baines e Jagielka.

“Querido Kyle, é tempo para um pouco da magia do Natal. Por tudo o que você é e por tudo o que você faz, esse presente é especial para um fantástico azul. Você tomou conta de seu irmão nos dias mais escuros, você o fez gargalhar e sorrir com seu jeito especial. Você é um menino muito especial e generoso, sua mãe e seu pai são muito orgulhosos de você”, dizia o conteúdo, escrito pela família.

“Denver, por tudo o que você tem atravessado, você tem sempre mantido um sorriso, você faz os nossos corações se sentirem felizes, assim como você nos empurrou neste caminho – você não tem tido uma estrada fácil, mas luta por cada passo com força e orgulho”.

Ao final, a surpresa.

Que deverá render cenas ainda mais bonitas na visita ao estádio.


Sem perdão...

Imagem: Oli Scarff/AFP/Getty Images

Assim nasceu o pênalti...

É pênalti!

Por Aírton de Farias

Quando o futebol surgiu na Inglaterra, no século XIX, não existia o pênalti, a denominada “falta máxima” do football.

Segundo uma versão mais tradicional, o pênalti apareceria em 1890, inventado pelo irlandês William McCrum, durante um match do campeonato do condado de Armagh, na Irlanda do Norte.

McGrum era dono de uma fábrica de tecidos e adorava ser o goalkeeper de seu time, o Milford Football Club.

Um dos problemas do football em seu princípio era o das faltas muito próxima às traves, que geravam discussões e brigas.

Numas dessas discussões durante um jogo, para resolver o problema, Mc- Crum contou 12 jardas (cerca de 11 metros), marcou com tinta branca um lugar na grama, pôs a bola ali e sugeriu que um adversário a chutasse, um direct free kick, com ele debaixo do travessão, sem ninguém mais no meio.

Propôs essa solução sempre que acontecesse um foul ou hands na grande área ou the box. Surgia, assim, o “chute da morte”, como o pênalti foi inicialmente chamado na Irlanda.

Se a ideia do pênalti é atribuída ao irlandês McCrum, sua oficialização aconteceria em virtude de uma polêmica no futebol inglês.

Em 1891, os clubes Stoke e Notts County disputavam, em Trenton Bridge, uma partida das quartas de final da Taça da Inglaterra.

Perto do final do jogo, o Notts ganhava por 1 x 0, quando um de seus zagueiros tirou com a mão, dentro da área, uma bola que ia adentrar a meta.

O juiz marcou a infração, determinando tiro direto do local em que acontecera o toque.

Para evitar o tento adversário, os onze jogadores do Notts County fizeram uma quase intransponível barreira sobre a linha do gol.

O Stoke protestou, mas a arbitragem nada fez.

Na cobrança, um chute violento, mas que foi contido pelo corpo dos atletas do Notts.

Pouco depois, o juiz apitou o final da partida.

Indignados com a derrota, os dirigentes do Stoke protestaram junto a Federação Inglesa (FA), pedindo a anulação do jogo ou a decretação do empate.

A Federação confirmou a vitória do Notts, mas, ante a repercussão, resolveu levar o caso à International Board, o organismo responsável por gerir as leis do jogo.

Em reunião a 2 de junho de 1891, em Glasgow (Escócia), a International Board modificou as regras quanto a infrações dentro da grande área.

Nesses casos, ficaria estabelecida a cobrança de um tiro livre de 12 metros (anos mais tarde foi reduzido a 11 metros), ficando no lado atacado apenas o goleiro, na defesa das redes.

A nova regra foi bastante criticada de início, pois sendo o football um esporte para cavalheiros, não era digno ou nobre aproveitar-se da grande vantagem representada pelo pênalti para fazer um tento – tanto que havia equipes que se recusavam a cobrá-lo.

Ainda nos primeiros tempos, o pênalti podia ser cobrado de qualquer ponto, desde que distante 11 metros do gol.

Quanto a William McCrum, o destino não foi dos melhores.

Morreu só, pobre, abandonado pela esposa.

Nos últimos anos da sua vida, entregue ao vício do álcool, usou a fortuna da família para pagar dívidas de jogo nos cassinos de Monte Carlo. Faleceu numa pensão de Armagh, nas vésperas do Natal de 1932.

Em 1988, a cidade de Milford, sua cidade natal no condado de Armagh, homenageou o inventor do pênalti com um busto e uma placa informativa, com o referendo da Footbal Association Board.

O pênalti, fomentador de “heróis e vilões” do futebol, foi adotado como forma de desempate em jogos no ano de 1952, na Copa da Iugoslávia.

Isso, porém, não era ainda oficializado pela FIFA.

Até 1970, todos os jogos eliminatórios que não apresentassem vencedor teriam uma partida desempate a ser marcada posteriormente ou se saberia o ganhador por meio de um sorteio.

Em 1968, Yosef Dagan, membro da Federação de Futebol de Israel, enviou uma carta à FIFA propondo a criação/oficialização da decisão por pênaltis, por critério de justiça.

A carta se relacionava à eliminação de Israel dos Jogos Olímpicos daquele ano diante da Bulgária, nas quartas-de-final através de sorteio após o empate de 1 x 1.

Em 1970, a Football Association Board oficializou as cobranças de pênaltis como forma de decidir qual o vencedor após um confronto empatado.

Mas demorou 12 anos para que acontecesse uma primeira decisão por pênaltis numa Copa do Mundo: na Espanha, em 1982, nas semifinais, num jogo vencido pelos alemães por 5 x 4 sobre a França.

Fonte: Blog do Juca Kfouri

A coreografia dos treinadores...

Imagem: Lindsey Parnaby/AFP/Getty Images

Brasil, meu Brasil brasileiro...

CGU encontra indícios de fraude de R$ 1 milhão na Confederação de Basquete

Por Guilherme Amado

Para o Globo

A Controladoria-Geral da União fechou uma auditoria na Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e encontrou um festival de problemas: 37 irregularidades, que podem significar fraudes de R$ 1,04 milhão.

Entre 2011 e 2014, a CBB, por exemplo, não conseguiu comprovar a qual despesa se referia o gasto de R$ 268 mil, repassados ao programa Brasil no Esporte de Alto Rendimento — Brasil Campeão.

Com viagens, hospedagem e alimentação, a bagunça foi ainda maior.

Num período em que a seleção sub-19 jogava em Orlando, foram gastos R$ 18 mil com hospedagem e alimentação no Brasil.

Fora os pagamentos de despesas sem comprovação, sobre preço e a falta de explicação para viagens internacionais feitas por integrantes da CBB e não explicadas pelo presidente da confederação, Carlos Nunes.

terça-feira, dezembro 29, 2015

Sabe aquele pênalti que mudaria a história do jogo? Pois é... o Oscar perdeu.

Imagem: Tony O'Brien/Reuters

Tite, treinador do Corinthians, abriu o verbo na CBN...

Tite, treinador do Corinthians concedeu entrevista ao programa “Quatro em Campo” da rádio CBN de São Paulo...

Na conversa com os jornalistas Paulo Massini e André Sanches (repito, jornalista), Tite não poupou palavras, disse o que pensa e mandou alguns recados.

Abaixo a transcrição do que disse Tite:

“A corrupção me incomoda… mais do que incomodar, ela fere, ela machuca. A corrupção… ela mata. Não é só o assassino, não é só o atentado que mata.

A corrupção mata o sonho, a educação de uma criança, ela mata a igualdade social…

Então, daqui a pouco, se nós tivermos a grana destes corruptos… que tem que ir para a cadeia! A impunidade é outra coisa que… quando eu vejo que punição acontece eu abro um sorriso no meu íntimo…

Paga! Se fez, vai pagar…

Se eu tiver feito errado, eu vou pagar aquilo que é meu.

Eu pago, eu estou dizendo, não em termos financeiros… naquilo que a Lei determina… a Lei é igual para todos…

Então, de ter estas pessoas… e nós estamos num momento social muito legal…
que a gente não está mais aceitando este tipo de conduta…

Nós estamos muito mais rebeldes, nós estamos muito mais na busca do correto.

Ele é no âmbito das pessoas que comandam o futebol… ele deva ser no âmbito dos técnicos de futebol…

Se tiver técnico corrupto, que ganha bola a respeito de jogador, vaza! Abre a boca, diz que é… se tem conluio com empresário, assuma e diga!

Nós temos que ter, nas diversas áreas… se tiver comentarista, se tiver pessoal da imprensa que come bola para elogiar e fazer lobby com diretor, que venha para fora…

Se tem dirigente que vai contra os princípios do clube ou duma entidade privada, que é a CBF, que exponha!

Eu ouvi um, de delação premiada, que devolveu US$ 9,2 milhões… aí eu fico pensando: ele devolveu isso daí… ele está com um lastro… vai que devolveu tudo que ele tem, né?

Punição! Eu também torço, porque me causa uma indignação… não só como técnico, antes como pessoa, como ser humano. ”

Fonte: Blog do Paulinho.

Nada feliz, não é treinador?

Imagem: Trivela

O Brasil que os brasileiros permitem ser...

Até quarta-feira chegar!

Por Roberto Vieira

Pessoas morrem nas filas dos hospitais.

Arrastões.

Poluição na Baía da Guanabara.

Drogas.

Ocupação de comunidades.

Balas perdidas.

O Rio de Janeiro continua lindo.

O Rio de Janeiro continua sendo um retrato do Brasil.

Um Brasil que faliu.

Diante do país analfabeto do ano 2016.

Diante do Brasil corrupto do ano 2016.

Diante do Brasil do toque de recolher.

Resta ao fã do esporte a tristeza.

Agosto será mês da velha amnésia coletiva.

O antigo pacto entre governo e bandidos celebrado.

Todo mundo quieto!

Temos visitas!!

O povo bailando com cachaça, alucinógenos e circo.

Medalhas, medalhas, medalhas.

Seremos durante duas semanas o país do futuro.

Como na Copa do Mundo.

Até quarta-feira chegar…

Fonte: Blog do Juca Kfouri.

Para o árbitro foi falta...

Imagem: Ray Green/Getty Images

ABC e América começam a divulgar seus novos contratados...

ABC e América começam a divulgar os novos contratados...

O mesmo de todo ano, sem tirar e nem por.

Análise, comentário?

Agora?

Nem pensar!

Por enquanto é só uma lista de nomes, alguns conhecidos, outros, não...

Só isso...

Esperemos.

Deixa a bola rolar, vejamos o que cada um fará com ela em movimento...

Só então, dizer alguma coisa será possível.

Nos braços da felicidade...

Imagem: Eddie Keogh/Reuters

Não falta dinheiro para o esporte; o que falta é fiscalização e gestão comprometida...

O TCU informa que entre 2010 e 2014 os esportes olímpicos e paraolímpicos receberam R$ 7,7 bilhões de todas as fontes, como orçamento, Lei de Incentivo, Lei Piva, etc, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União)...

Pequena parte desse montante é de patrocínios privados.

A previsão de investimentos no período 2015/2016 é de mais R$ 4,92 bilhões.

No mesmo relatório, órgão opina...

“A liderança exercida pelo ME na política de esporte de rendimento é limitada. O ME mostrou-se, em nível de organização, aquém do que seria desejável, dado o seu papel de protagonismo no desporto brasileiro. O órgão conta estrutura deficiente frente a todas as suas atribuições e, dessa forma, não apresenta capacidade operacional de atuar de forma satisfatória como coordenador das ações do sistema esportivo e como responsável pelo controle de grande parte dos recursos públicos aplicados no esporte de rendimento”.

“… Além disso, a crise de credibilidade das entidades esportivas afasta patrocinadores, diante de casos de desvios de recursos amplamente noticiados pela mídia”.

“Os controles existentes (no Ministério) são insuficientes para mitigar os riscos verificados, conforme as seguintes evidências: o passivo de prestações de contas sem análise; e a existência de discrepâncias entre os valores informados pelos órgãos/entidades diligenciados”, entre outros".

“Complementa-se que foi observado baixo nível de transparência das informações pertinentes à gestão de recursos pelas entidades do SND (Sistema Nacional do Desporto), em desacordo com o que dispõe a Lei 9.625/98 (Lei Pelé) e em prejuízo ao controle social.

Pelo que se percebe, não falta dinheiro...

O que falta é fiscalização e uma gestão comprometida.

segunda-feira, dezembro 28, 2015

Os homens voam atrás da bola...

Imagem: Jornal Record

Eduardo Uram, parceiro de Alex Fabiano manda e manda muito...

Eduardo Uram, que segundo dizem por aqui, é parceiro de Alex Fabiano, o homem que mandou e desmandou no ABC durante a última gestão do clube, é dono dos boleiros...

Tão grande que se a tal parceria apregoado por aqui for de fato papo firme como diriam os membros da velha Jovem Guarda, não será nada fácil exorcizar sua presença por essas bandas.

Segundo o blog do Perrone, o empresário Eduardo Uram tem hoje ligação com pelo menos nove jogadores do Palmeiras...

O São Paulo, que já chegou a ter pelo menos sete atletas dele, contou com dois (Bruno e Edson Silva) na temporada 2015.

No Corinthians, só aparece Rodriguinho...

No Santos, ninguém.

Já no Rio de Janeiro, são sete no Fluminense, seis no Flamengo e no Botafogo, cinco...

O Vasco da Gama é o único que não emprega ninguém de Uram.

Se homem deita e rola entre os grandes, imagina o que ele consegue um nível mais abaixo.

Um abraço num fim de tarde...

Imagem: Autor Desconhecido

Sente-se, arrume a cadeira, pegue um café e curta os 19 minutos desse vídeo com os gols mais bonitos de 2015... Vale a pena.

Acabou o intervalo...

Imagem: Getty Images e Antonio Olmos para The Guardian

Sem estrelas o céu não tem graça...

O futebol começou a perder seu encanto quando os jogadores perderam espaço para os dirigentes e se tornaram mercadoria nas prateleiras de agentes...

Por quase nada...

Imagem: Marcelo Hernandez/Photosport

Boxing Day - o futebol jogado no Natal na Inglaterra...

Como o fim da caça à raposa criou a tradição do futebol natalino na Inglaterra

Por Ubiratan Leal

Até no hemisfério norte, as duas semanas que englobam as comemorações de Natal e Ano Novo são de descanso.

Os campeonatos param e jogadores estrangeiros têm a possibilidade de voltar a seus países e passar as festas com suas famílias.

Na Espanha, ainda há alguns jogos das seleções autonômicas, mas não vai muito além disso.

A exceção é o Reino Unidos.

Na Inglaterra e Escócia, essas duas semanas têm um perfil oposto.

Ao invés de parar, o futebol acelera. 

São rodadas a cada dois ou três dias.

Como boa parte da vida dos britânicos, essa característica também é motivada pela tradição.

Nos países da Comunidade Britânica, 26 de dezembro também é feriado, o chamado Boxing Day.

A origem da celebração é da Idade Média, em que a elite usava o dia após o Natal para presentear os funcionários e pessoas de classes mais baixas.

O nome se deve ao uso de uma caixa (a Christmas Box) para se depositar as doações.

Desde aquela época, o Boxing Day – que pode ser mudado para o dia útil seguinte caso caia em um sábado ou domingo – é um feriado importante para ingleses e países que tiveram forte influência destes.

Com o tempo, algumas tradições foram se incorporando a esse dia.

As pessoas passaram a usar o Boxing Day para encontrar membros da família que não viram em 24 e 25 de dezembro e trocar mais presentes.

Além disso, as lojas já programam suas grandes liquidações para 26 de dezembro.

Uma terceira tradição é o esporte.

No princípio, o Boxing Day era um dia tradicional para os ingleses praticarem a caça à raposa.

Aos poucos, essa “modalidade” (não dá para chamar isso de esporte, né?) perdeu espaço até o ponto de ser proibida.

Com isso, outros esportes passaram a organizar eventos e competições em 26 de dezembro para manter a tradição.

Assim, surgiram as rodadas do Boxing Day em futebol, rúgbi union e rúgbi league, além de importantes páreos nos hipódromos do Reino Unido.

Desde o final do século 19, havia jogos de futebol em 25 e 26 de dezembro.

A tradição era realizar dérbis locais nessas datas, sendo que o dia 26 era a partida de volta do dia anterior.

A rivalidade tornava os duelos bastante atrativos e o público era melhor que a média do ano.

Em 1957, foi realizada a última rodada de Natal no Campeonato Inglês, mas a do Boxing Day permaneceu no calendário.

A maratona é desgastante e tem uma vida própria dentro do andamento do futebol inglês.

Vários clubes não a suportam e caem de rendimento nesse período.

Outros equacionam melhor sua condição física e conseguem uma sequência de resultados interessantes.

Nessas semanas, é comum as equipes usarem reservas em jogos menos importantes para poupar os titulares.

Essas complicações geram muitas contestações.

Personalidades importantes do futebol inglês – como Alex Ferguson, ex-técnico do Manchester United – pedem o fim das rodadas de fim-de-ano pelo desgaste que proporcionam aos elencos.

Sven-Goran Eriksson é outro partidário da pausa nas duas últimas semanas do ano.

Segundo o sueco, todos os técnicos e dirigentes são a favor do descanso, mas ninguém toma atitude.

Eriksson até tentou ser flexível.

Quando era técnico da seleção inglesa, a propunha a criação de uma pausa de inverno, como ocorre na Alemanha.

A ideia do sueco era aproveitar as duas últimas semanas de dezembro, mas ele até admitia manter a tradição e levar a parada para a primeira quinzena de janeiro.

Nada aconteceu.

O motivo é simples.

Os ingleses são muito agarrados a suas tradições e o Boxing Day, por pior que seja para os jogadores, é muito bom financeiramente.

A audiência da televisão está entre as mais altas da temporada e a média de público nos estádios cresce nessas quatro rodadas.

Desse modo, dificilmente o futebol inglês deixará de ter as rodadas de final de dezembro e começo de janeiro.

Uma maratona de futebol desgastante para clubes e jogadores, mas que acerta em cheio o desejo do inglês que quer ver futebol para curtir sua folga de fim-de-ano.

domingo, dezembro 27, 2015

Futebol e cerveja... Chivas Guadalajara.

Arte: Pablo Canépa

O primeiro jogo de futebol do mundo - Hallam FC 0x2 Sheffield - 1860...

Imagem: Hallam FC


No Reino Unido muito antes da criação dos campeonatos nacionais...

Antes mesmo da unificação das regras do futebol...

Aconteceu o primeiro duelo entre equipes de futebol.

No dia 26 de dezembro de 1860, há 155 anos, o Sheffield enfrentou Hallam FC...

A partida foi realizada no Sandygate Estrada (foto), inaugurado em 1804 e pertencente ao Hallam FC.

O resultado foi 2 a 0 para o Sheffield.

As duas equipes, a partir de então, se tornaram fundamentais para o desenvolvimento do esporte.

Edjúnior José do Bomfin, atleta paraolímpico do América Tigres, convocado para a seleção brasileira de basquete em cadeiras de rodas para a disputa das Paraolimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro...

Imagem: Canindé Pereira

Era nos "campinhos" que éramos felizes...

Imagem: Autor Desconhecido


Quando craque surgia nos “campinhos”

Por José Cruz

Marcar “encontro no campinho” era sinal de “vai ter futebol”.

Todos descalços. 

A regra não era escrita, mas na palavra.

Ali, acredite, surgiram craques.

Com o tempo, vieram as “peladas'', os campinhos ganharam grama, artificial, inclusive, e chegamos às modernas “escolinhas'' de futebol.

Mas, em algumas cidades os “campinhos'' resistem.

Não sei hoje, mas a regra “combinada'', lá no Sul era assim:

1 – Os dois melhores jogadores não podem estar no mesmo time. Eles, tiram par ou impar e escolhem os companheiros.

2 – Ser escolhido por último é uma grande humilhação; sinal que ninguém o desejava.

3 – Um time joga sem camisa.

4 – O pior de cada time vira goleiro, a não ser que tenha alguém que goste de “catar”.

5 – Se ninguém aceita ser goleiro, adota-se um rodízio: cada um cata até sofrer um gol.

6 – No caso de pênalti, sai o goleiro ruim e entra um bom, para tentar pegar a cobrança.

7 – Os piores de cada lado jogam na zaga.

8- O dono da bola joga no mesmo time do melhor jogador.

9 – Não tem juiz.

10 – As faltas são marcadas no grito: se você foi atingido, grite como se tivesse quebrado uma perna e conseguirás a falta.

11 – Se você está no lance e a bola sai pela lateral, grite “nossa'' e pegue a bola o mais rápido possível para fazer a cobrança (esta regra também se aplica no caso de “escanteio'').

12 – Lesões como destroncar o dedão do pé, ralar o joelho, sangrar o nariz e outras são normais.

13 – Quem chuta a bola pra longe tem que busca-la.

14 – Lances polêmicos são resolvidos no grito ou, dependendo, no tapa.

15 – A partida acaba quando todos estão cansados, quando anoitece ou quando a mãe do dono da bola manda ele ir pra casa.

16 – Mesmo que o jogo esteja 15 x 0, a partida só acaba depois de um acordo: “quem fizer o primeiro, ganha''.

Lembrou tua infância, então, fostes uma criança normal …

Autor desconhecido

Colaboração de Aldyrio Vieira

sábado, dezembro 26, 2015

Futebol e cerveja... Peñarol de Montevidéu.

Arte: Pablo Canépa

Campeonato Potiguar ficou reduzido a oito participantes...

O Campeonato Estadual ficou reduzido a dois clubes profissionais, um time empresa e 5 times semiprofissionais...

Ótimo!

Talvez seja mesmo o ideal.

Por que?

É curto e se é curto, acaba rápido.         

Pênalti convertido...

Imagem: Alejandro Pizarro/Photosport

O Rio Olímpico e a saúde abandonada...

O Rio de Janeiro olímpico agoniza na UTI sem dinheiro para pagar hospitais públicos...

Que venham as Olimpíadas!

Afinal, qual a razão de preservar o interesse público, se o interesse do público não está voltado para quem morre à míngua no hall de entrada de um hospital.

Pênalti defendido...

Imagem: Ramon Monroy/Photosport

Júlio Terceiro foi a melhor notícia de fim de ano...

O América repatriar Júlio Terceiro foi a melhor notícia deste fim de ano...

Profissional dedicado e comprometido Júlio será um exemplo e ser seguido...

Honesto e decente, Júlio será o anteparo aos desvios dos maus caráteres e dos sem caráter.

sexta-feira, dezembro 25, 2015

1914 - Fußball und Krieg/Football and War... Feliz Natal.

1914 - Frohe Weihnachten/Merry Christmas...

Imagem: Autor Desconhecido


Há 101 anos algo milagroso aconteceu na noite de Natal ao longo da Frente Ocidental.

Depois de meses de luta amarga, os soldados de ambos os lados se reuniram em terra de ninguém em um show espontâneo de paz e boa vontade.

Eis o que aconteceu naquele dia histórico – e por que ele marcou o fim de uma era.

Em dezembro de 1914, a guerra estava entrando em uma nova fase: um cerco prolongado acontecia em trincheiras estáticas ao longo de uma frente de 750 km.
Durante os quatro meses anteriores, os soldados estavam morrendo em um ritmo terrível, e não havia um fim para a guerra à vista.

Mas, durante o Natal, as coisas de repente ficaram calmas, pelo menos por um tempo.

“Nós não atirar”

Na noite antes do Natal, um capitão britânico servindo na Rue du Bois ouviu um sotaque estrangeiro do outro lado do fosso, dizendo:

“Não atire depois da meia noite e nós também não o faremos” e, em seguida: “Se você for inglês, saia e converse com a gente, nós não vamos disparar”.

Tropas da Comunidade de Nações que lutavam na Bélgica e França começaram a ouvir sons estranhos vindos de toda a terra de ninguém; soldados alemães estavam cantando músicas natalinas.

As tropas aliadas aplaudiram e comemoraram, gritando por mais.

Os soldados de ambos os lados começaram a cantar em uníssono, trocando versos em línguas alternadas.

Escrevendo em seu diário na época, o sargento major do regimento, George Beck, fez a seguinte observação:

“Alemães gritaram para nós e nos pediram para jogar futebol com eles, e também para não disparar e eles iriam fazer o mesmo. Às 2h (do dia 25) uma banda alemã passou ao longo de suas trincheiras tocando ‘Home Sweet Home’ e ‘God Save the King’, que soou grandioso e fez todo mundo pensar nas nossas casas”.

No dia seguinte, alguns soldados se atreveram a espiar além da terra de ninguém.
Pedaços de pinheiros podiam ser vistos em observância da ocasião.

Alguns alemães, em um esforço para levar a uma paz temporária, içaram lanternas acima das trincheiras.

Se tiros não fossem disparados, seria tomado como um sinal de trégua.

Em um ponto, um alemão foi ouvido gritando:

“Nós bom. Nós não atirar”.

Os grandalhões confraternizam

Então, com muito cuidado e grande coragem, soldados alemães e aliados desarmados saíram de suas trincheiras para ficar no topo de suas defesas.

Perto de Neuve Chapelle, um soldado irlandês descaradamente atravessou a terra de ninguém onde foi recebido não com fogo de metralhadora, mas com um charuto.

Seu ato de bravura inspirou outros em sua tropa a fazer o mesmo.

Cenas semelhantes começaram a se repetir em outros lugares, com soldados caminhando em direção a trincheira do outro, ou simplesmente se encontrando no meio caminho.

E quando eles se encontraram, os militares trocaram saudações de Natal da melhor forma que podiam.

Eles começaram a dar presentes uns aos outros sob a forma de lembranças, cigarros e alimentos como carne, vinho, conhaque, pão preto, biscoitos, presunto e até mesmo de barris de cerveja.

Eles mostraram fotografias da família e entes queridos que estavam em casa.

Alguns soldados até começaram a jogar futebol com bolas improvisadas.

Notavelmente, cenas semelhantes ocorreram em dezenas de pontos distintos desde o Mar do Norte até a fronteira com a Suíça.

Os brigadistas do coronel George Laurie, depois de saberem o que estava acontecendo, o avisaram do ocorrido.

“Acredita-se possível que inimigo possa estar contemplando um ataque durante o Natal ou Ano Novo. Vigilância especial será mantida durante este período”.

No entanto, o coronel Laurie deu ordens para não atirar no inimigo no dia seguinte, a não ser que eles atirassem primeiro.

Às 20h30 da véspera de Natal, ele sinalizou para o quartel-general da brigada.

“Os alemães têm iluminado suas trincheiras, estão cantando canções e nos desejando um Feliz Natal. Elogios estão sendo trocados, no entanto, estou tomando todas as precauções militares”.

Ele ainda acrescentou que nenhum tiro havia sido disparado desde 20h.

Laurie passou a descrever como os soldados de ambos os lados estavam se misturando.

Os alemães, escreveu ele, eram “homens finos, limpos e bem vestidos. Eles nos deram bonés, crachás de capacete e uma caixa de charutos. Um deles afirmou que a guerra terminaria em três semanas, já que haviam derrotado a Rússia!”.

O quartel-general da brigada respondeu às 00h35 do Dia de Natal dizendo que comunicação alguma, de qualquer tipo, poderia ser realizada com o inimigo e que eles não estavam autorizados a se aproximar das trincheiras sob pena da abertura de fogo.

Mais tarde, o coronel relembrou:

“Você não tem ideia do quão agradável tudo parecia com nenhuma bala de fuzil ou cartuchos voando ao nosso redor”.

Em seu diário, o tenente Kurt Zehmisch, do regimento Saxony 134, escreveu que “Nenhum tiro foi disparado”.

Após o evento, os soldados estavam ansiosos para compartilhar o que tinha acontecido com seus entes queridos.

Henry Williamson, na época um cabo de 19 anos da London Rifle Brigade que sobreviveu à guerra para se tornar um escritor, enviou uma carta do front para a mãe dele.
“Na minha boca está um cachimbo presentado pela princesa Maria. No cachimbo tem tabaco alemão. Ha ha, você diz, (isso) é de um prisioneiro ou foi encontrado em uma trincheira. Ah, não! (O cachimbo) veio de um soldado alemão. Sim, um soldado alemão vivo em sua própria trincheira. Maravilhoso, não é? ”.

A trégua também permitiu que as tropas de ambos os lados recolhessem e enterrassem seus mortos, o que também não era pouca coisa.

Era cruel para um militar saber que os restos mortais de companheiros ainda estavam a céu aberto.

Bolsões de resistência
Mas a trégua não foi honrada em todos os lugares.

Em um incidente que só veio à tona recentemente, três soldados – dois britânicos e um alemão – foram mortos, apesar da paz temporária.

Ao contrário da maioria dos relatos, nem todos os setores ao longo da linha de frente que separava as tropas aliadas dos alemães estavam exalando calma e tranquilidade.

Pelo menos 250 soldados morreram no dia de Natal, incluindo 149 soldados da Comunidade de Nações, embora a maioria deles tenha sucumbido a ferimentos infligidos anteriormente.

No caso dos três soldados mortos, tudo começou de madrugada, quando militares britânicos da Brigada de Guardas atiraram em uma lanterna alemã enquanto ela estava sendo içada – uma declaração de recusa em reconhecer a trégua proposta.

“Havia muita comoção acontecendo na linha de frente alemã, a cerca de 140 metros de distância. Depois de alguns momentos, havia objetos acesos acima do parapeito alemão, que pareciam lanternas chinesas para nós”, conta o cabo Clifford Lane, do regimento H Company Hertfordshire.

“Os alemães estavam gritando para a nossa trincheira. Recebemos ordem para abrir fogo rápido, o que fizemos. Os alemães não responderam ao nosso fogo e continuaram com suas celebrações”.

O britânico conta que a Brigada de Guardas era a mais disciplinada do exército e por isso atendeu às ordens superiores e ignorou a trégua.

“Eu me arrependi muito depois, porque teria sido uma boa experiência”.

Assim, com alguns trechos da frente em um estado de trégua temporária e outros não, os soldados foram colocados em grande perigo.

No setor de Lane, um franco-atirador alemão acertou Percy Huggins, que estava servindo de sentinela auditivo em um posto avançado a apenas 20 metros do lado inimigo.

Em retaliação, o sargento Tom Gregory assumiu o cargo, conseguiu localizar o atirador, e o matou.

Alguns momentos depois, enquanto procurava por mais snipers, ele próprio foi baleado e morto por um segundo atirador alemão.

Curiosamente, o evento inspirou os britânicos a “estudar a arte do sniping”.

O último suspiro de uma era morta

Assim foi a Trégua de Natal de 1914.

Em alguns lugares, ela continuou por mais de um dia.

Mas quando generais souberam do acontecido, garantiram que isso nunca ocorreria novamente.

E, apesar de tentativas esporádicas em anos posteriores, ela nunca se repetiu.

Um século depois, é fácil descartar todas as lembranças e homenagens como sendo excessivamente sentimentais e piegas.

O que é muitas vezes esquecido, no entanto, é o que a paz temporária representava no esquema maior das coisas.

Há uma razão muito boa para uma trégua nunca mais ter acontecido nesta guerra e nas guerras subsequentes – e muito disso tem a ver com a natureza mutável da estratégia militar, o novo papel dos soldados e como eles se engajam com o inimigo e os altos riscos envolvidos nas nações industrializadas em uma guerra sem compromisso.

Os políticos e líderes militares já não conseguiam mais tolerar tal confraternização em face a exércitos de massa existentes em uma época de fervor revolucionário.

Era uma questão de controle.

A Trégua de Natal de 1914 também pode ser vista como o último suspiro do romântico século XIX, o gesto final de uma era que contou com soldados “cavalheirescos” e heróis galantes que podiam enfrentar seus adversários cara-a-cara.

Os soldados profissionais da Primeira Guerra Mundial foram substituídos por recrutas sem nenhum senso de tradição militar.

Campos de batalha, assim como as fábricas, tinham se transformado em locais de trabalho industrializados.

Guerras não eram mais definidas por movimento e batalhas decisivas.

Em vez disso, se tornaram uma batalha de atrito na qual exércitos de milhões eram lançados contra outros exércitos de milhões.

Enquanto isso, nos lares dos militares, multidões se reuniam para fornecer apoio material com sua força industrial.

Finalmente, os soldados não tinham realmente aprendido a odiar uns aos outros.

Muitos deles viam-se como peões em um jogo que não entendiam, lutando contra um inimigo por razões que não eram imediatamente óbvias.

A trégua de 1914 aconteceu apenas alguns meses após o início das hostilidades.

Muitas dessas tropas eram verdes, ainda não tinham sido ensanguentadas pelos horrores que estavam por vir.

No Museu Imperial da Guerra, em Londres, historiadores como Alan Wakefield dizem que a amargura e o ódio ainda não tinham tomado conta de ninguém.

“A guerra ainda não tinha ficado, como se diz, tão suja nessa fase”, disse Wakefield. “Foi em 1915, na verdade, que chegaram coisas como gás venenoso. Dirigíveis Zeppelin bombardearam Londres, alemães afundaram o navio Lusitânia com vítimas civis. E a máquina de propaganda ainda não se alimentava com isso e criava esse tipo de ódio entre as duas forças”.

A guerra começou a se tornar uma atividade vingativa e altamente impessoal muito depois do Natal.

E, ao contrário da Segunda Guerra Mundial, em que os fatores ideológicos eram evidentes para quase todo mundo, a Grande Guerra foi para muitos um conflito estranho, um desperdício, algo sem sentido.

O início da Primeira Guerra Mundial marcou o verdadeiro início de uma nova era, mas foi a Trégua de Natal de 1914 que puxou a cortina final sobre a que estava morrendo.

Fonte: Hype Science

quinta-feira, dezembro 24, 2015

Futebol e cerveja... Nacional de Montevidéu.

Arte: Pablo Canépa

Números do Arena das Dunas em 2015...

Amigo Fernando,

Segue anexo uma estatística sobre os números da Arena das Dunas no ano de 2015 feito por esse seu aluno que lhe tem apreço.

Como você é um cara que gosta de detalhes, divido com você esse meu trabalhinho anual.

Somado com os números de 2014 posso dizer que, embora o número de jogos tenha sido menor (51 em 2014 contra 38 em 2015), a média de gols de 2015 foi excelente (3,07 - 2015 - versus 2,49 - 2014).

Observei que esse ano os placares foram mais elásticos.

Quanto aos jogos dos dois clubes tradicionais do Estado há uma grande diferença gritante uma vez que o ABC pouco tem mandado seus jogos na Arena.

Na soma dos anos o ABC tem 08 vitórias, 07 empates e 04 derrotas, enquanto que o América tem 36 vitórias, 08 empates e 14 derrotas.

Os maiores artilheiros da "era Arena das Dunas" são Max com 22 gols, Adriano Pardal com 15 gols, Rodrigo Pimpão com 10 gols e Marta com 07 gols.

Já foram realizados 89 jogos no novo estádio.

O gol número 01 foi de Adalberto (América) contra o Confiança/SE em 26.01.2014, o gol número 100 foi de Paulinho (América) contra a Portuguesa/SP em 19.09.2014 e o gol 200 por Kayke.   

Enfim, é isso. Detalhes que nem sempre são percebidos pelo torcedor e, o que é pior, não se sabe se a Federação ou mesmo a administração da Arena está cuidando de ter esses dados históricos para um dia poder contar a vida do estádio.

Também não sei se o Frasqueirão ou os antigos Castelão e Machadão possuem seus registros.

Grande abraço do seu aluno/amigo,

Aproveito para desejar um Feliz Natal e um Novo Ano de paz e conquistas.

Kolberg Luna Freire

Número de Jogos no Arena das Dunas EM 2015

Jogos
Campeonato Estadual: 09
Copa do Nordeste: 04
Copa do Brasil: 02
Série A: 01
Série B: 04
Série C: 09
Copa Caixa Torneio Internacional de Futebol Feminino: 08
Amistosos: 01

Jogos do América FC

Jogos: 25
Vitórias: 18
Empates: 03
Derrotas: 04


Jogos do ABC FC
Jogos: 06
Vitórias: 01
Empates: 05
Derrotas: 00

Gols Marcados em 2015

 117
Média de gols no Ano: 3,7

Maiores Artilheiros

Max (América)  13 gols
Marta (Brasil)    07 gols
Adriano Pardal (América) 06 gols
Tiago Potiguar (América) 06 gols
Cascata (América) 04 gols
Daniel Costa (América) 04 gols
Álvaro (América) 03 gols
Kayke (ABC/Flamengo) 03 gols
Andressa Alves (Brasil)  03 gols
Beatriz (Brasil)  03 gols
Sinclair (Canadá) 03 gols

Curiosidades

Gol nº 200: 02.09.2015 - Kayke na partida Flamengo/RJ e Avaí/SC
Gol nº 98 (ultrapassa Pelé): 09.12.2015 - Marta Brasil e Trinidad e Tobago

O toque no único espaço possível...

Imagem: Issei Kato/Reuters

Feliz Natal...

Mamãe Noel

Por Luiz Guilherme Piva

Pinçado do blog do Juca Kfouri

Era o que ele mais gostava quando era menino.

Tinha um senhor que morava no fim da rua que no Natal enchia um caminhão-baú de bonecas e bolas, estacionava na praça, formava duas filas, de meninos e meninas, e distribuía tudo pra criançada.

Ele passava a semana anterior ansioso, vigiando da janela, contando horas e dias.

Quando ganhava a dele, vinha correndo eufórico, gargalhando, gritando, feliz como se tivesse ganhado o mundo inteiro.

Era a única coisa que ele ganhava. Viúva, pobre, mesmo tendo só ele de filho, que Natal eu poderia lhe dar?

Foram dez anos seguidos. Sei por causa das bolas que até hoje estão guardadas no quarto dele aqui em casa: em cada uma está escrito o ano em que ele a ganhou.

Nunca jogou com elas. Nem deixou que pegassem. Estão intactas. Passava pano, acariciava, ajeitava no lugar, mas não usava nem pra quicar.

Quando ele era rapazinho, o senhor faleceu e acabou a festa do caminhão-baú.

Meu filho foi estudar, trabalhar, viajou, ganhou algum dinheiro, mora longe, e só vem aqui pra me ver quando é Natal. Talvez porque não tenha ninguém, nem esposa nem filhos.

Ele vai até o quarto, pega as bolas, confere, diz “lembra, mãe?”. Ele, já um senhor, e eu, já bem velha, nos abraçamos. Fingimos não chorar.

Quase quarenta anos já esse ritual. Ele fica ali com as bolas um tempo, depois vai pra rua, anda nas redondezas e, depois de uns dias, logo depois do Natal, vai embora.

Este ano telefonou dizendo que não vem. Não explicou direito por quê. Falou de exames, doença leve, coisa à toa. Eu disse que entendia. Mas senti – mãe não se engana – que é coisa séria. Pela voz dele meu coração vislumbrou o fim de uma longa história.

Dele e minha.

Resolvi que vou abrir a varanda, chamar dez meninos desses que zanzam pela rua, fazê-los formar uma fila e dar a eles as dez bolas, com um beijo e um abraço em cada um.

O que eu mais quero é vê-los correr pela rua gargalhando, gritando, felizes como se tivessem ganhado o mundo inteiro.

Já era...

Imagem: Andy Hall/The Guardian