quinta-feira, abril 19, 2018

Membro da Fifa é preso no Congo por suspeita de corrupção...

Imagem: Autor Desconhecido


Membro da Fifa é preso no Congo por suspeita de corrupção

Constant Omari e mais quatro membros das principais entidades do Congo são suspeitos de desvio de verba pública

Por Estadão Conteúdo, Placar e Veja

O presidente da Federação Congolesa de Futebol e membro do Conselho da Fifa, Constant Omari (foto), foi detido nesta quarta-feira sob suspeita de corrupção no Congo, seu país de origem.

Ele é alvo de acusação de envolvimento em desvio de verba pública.

O esquema começou a ser investigado após um pedido de mais de 3,4 milhões de reais para financiar as equipes do país, o que provocou um desentendimento entre a federação e o governo.

O dirigente de 60 anos faz parte do Conselho da Fifa desde 2015 e foi preso por ordem de Luzolo Bambi, conselheiro especial sobre corrupção do presidente do Congo, Joseph Kabila.

A investigação chegou à conclusão de que ele e mais quatro membros das principais entidades esportivas do país africano são suspeitos de envolvimento em desvio de dinheiro do governo para financiar a seleção nacional e outros clubes do país a participar de competições na África.

Além de Omari, Theobald Binamungu, vice-presidente da federação, Roger Bondembe, diretor financeiro da instituição e Barthelemy Okito, secretário-geral do Ministério do Esporte são os outros suspeitos do esquema.

O quinto acusado é presidente do Comitê Olímpico do Congo, Raymond Ibata, que também foi intimado a depor, mas ainda não foi encontrado.

quarta-feira, abril 18, 2018

Tire esse sorriso dos lábios...

Imagem: Javier Garcia/BPI/Rex/Shutterstock

Clubes da Alemanha geram 4 bilhões de euros...





4 bilhões de euros geraram os clubes profissionais de futebol da Alemanha em 2016/2017; cerca de 3,4 bilhões vieram dos 20 times da Bundesliga.

Fonte: Máquina do Esporte

Oblak, goleiro do Atlético de Madrid...

Imagem: Juan Medin/Reuters

O time de uma cidade de 16 mil habitantes espera o vencedor de Paris Saint-Germain e Caen para disputar a final da Copa da França...





Se vencer o Caen nas semifinais da Copa da França, o que é bem provável, o Paris Saint-Germain vai enfrentar no Stade de France, na finalíssima do torneio, o Veende Les Herbiers Football, clube da terceira divisão...

Aliás, o vencedor do jogo Caen e PSG enfrentaria uma equipe nanica de qualquer maneira.

Les Herbiers e Chambly, equipes que jogam na terceira divisão francesa, acabaram se defrontando em uma das semifinais, em Nantes, Estádio de la Beaujoire...

Vitória do Les Herbier por 2 a 0.

Fundado em 1919, o Veende Les Herbier Football sempre jogou nas divisões regionais...

Somente neste século chegou nos níveis nacionais do Campeonato Francês e precisou esperar 96 anos até alcançar a terceira divisão pela primeira vez.

Localizado numa pequena cidade de 16 mil habitantes e cujo esporte predileto é o ciclismo, o VHF passou a ser a grande sensação...

Situação jamais imaginada por ninguém na cidade.

Curiosamente, apesar de ser finalista da Copa da França, seu objetivo atual é permanecer na terceira divisão...

No momento, três pontos separam o VHF do Chambly, primeiro na zona de rebaixamento.

É um sonho...

O representante de um pequeno vilarejo muito provavelmente estará frente a frente a um dos clubes mais ricos da Europa e do mundo.

Na cidadezinha ninguém está dando importância para resultado, caso se confirmem os prognósticos, todos sabem quem deve vencer...

O que importa é que Les Herbiers, uma comuna situada no Departamento de la Vendée na região do Pays de la Loire, será o centro das atenções nas próximas semanas.

Que me desculpem, mas a Copa da França dá um show de democracia participativa, não há nada parecido no mundo...

Com mais de 7 mil times profissionais e amadores de 18 divisões, além de representantes de oito territórios franceses pelo mundo, o torneio se estende por 13 meses, de abril a maio do ano seguinte.

Solitária torcida... Hudderfield Town versus Southend United - 1991.

Imagem: Stuart Roy Clarke 

We Are Liverpool: This Means More - Nós Somos Liverpool: Isso Significa Mais... em inglês.

Vasco da Gama lança uniforme comemorativo aos 120 anos de fundação do clube...




Até o fim da temporada o Vasco da Gama vai jogar com uniformes contendo um emblema comemorativo aos 120 anos de fundação do Clube (foto).

A estreia da camisa com o logotipo está prevista para o dia 2 de maio, na partida contra o Cruzeiro, em São Januário, pela Libertadores da América...

O aniversário do clube é em agosto e estão programadas outras ações comemorativas.

Hibernian versus Hearts - Edinburgh, Escócia 1995...

Imagem: Stuart Roy Clarke

Manchester City homenageia a Filosofia Vencedora de Pepe Guardiola... em inglês.



“Nós corremos para manter a bola. Não corremos por correr. E não pressionamos por pressionar. Nós sempre acreditamos que se mantivermos a bola no ataque, estamos perto de marcar o gol”. 

Pepe Guardiola.

“Legado de Guardiola ficará não só para o City, mas para o futebol inglês” 

Liniker

terça-feira, abril 17, 2018

Segurar pelo pescoço não é um bom recurso...

Imagem: Julian Finney/Getty Images

Flamengo arrecada R$ 104,5 milhões em patrocínios...



O balanço financeiro de 2017 mostra que o Flamengo arrecadou com patrocínios um total de R$ 104,5 milhões, estampando em sua camisa as marcas da Caixa, MRV, Adidas, Yes!, TIM, Carabao, Universidade Brasil e Kodilar...

Em 2016, o total de remuneração obtido com patrocínios foi de R$ 78,6 milhões.

Fonte: Lauro Jardim

Arsène Wenger permanece ou não no Arsenal para a temporada 2018/2019...

Imagem: Stuart MacFarlane/Arsenal FC via Getty Images

Os filhos jogam melhor sem os pais...

Imagem: L. Rico


Filhos jogam melhor sem os pais

Na Espanha, 90% dos casos de confusão nas categorias de base são causadas por seus responsáveis

Por Gorka Pérez

Um dos últimos foi protagonizado por uma equipe do País Basco, o Gallarta B (na foto de vermelho e branco), que compete no grupo 5 da Liga B de futebol escolar de Biscaia, província espanhola.

Durante a partida na qual enfrentava o Ikhoba Kirol Kluba no último 3 de março, o público local foi advertido pelo árbitro com um cartão preto (medida implantada em 2012 pelo Governo provincial de Biscaia para castigar o mau comportamento) por lhe insultar continuamente.

A coisa não ficou por aí, e o pai de um dos jogadores do Gallarta B (de 13 e 14 anos nesta categoria) tratou de agredir o trio de arbitragem ao final do encontro, o que fez o clube receber seu segundo cartão preto.

Depois deste episódio, a Federação Biscaína de Futebol (FVF) decidiu castigar com três jogos sem público o Gallarta B, que também perdeu três pontos.

E, desde então, a equipe, que nesse momento estava no fundo da tabela de classificação, viveu de tudo.

Em sua primeira partida sem pais, conseguiu a maior goleada da temporada: 6 a 0 no Trapagarán.

Na segunda, empataram em 0 a 0 contra o Zuazo e neste sábado, no último encontro castigado, perderam para o Ortuella (4 a 0).

“As multas, dependendo da forma como lidamos, podem ser benéficas se fizermos uma reflexão”, reconhece Iñaki Ortega, presidente do CD Gallarta.

“A princípio nos pareceu exagerada, como fiz a FVF ver, sobretudo porque nós imediatamente expulsamos esse pai das instalações e oferecemos todas as facilidades ao árbitro para que seguisse com os jogos programados. Eles estiveram muito confortáveis sem público e, tendo em vista os resultados, talvez as crianças possam dizer aos responsáveis que, sem eles, desfrutam mais do futebol”, afirma Ortega.

“90% dos episódios que encontramos não têm a ver com o mau comportamento dos jogadores, e sim de treinadores, torcedores ou pais”.

Quem disse foi Jaime Pocovi, secretário do Comitê de Competição da Federação de Futebol das Ilhas Baleares (FFIB), arquipélago espanhol.

Faz um ano, uma briga entre os pais das categorias infantis de UE Alaró e UD Collerense apareceu nos telejornais pela brutalidade das agressões.

A Comissão decidiu neste caso impor multas de 750 euros (cerca de 3 mil reais) a ambos os clubes e enviar o vídeo dos culpados à polícia civil.

“O Alaró decidiu retirar-se da competição e nós acordamos de fechar o campo do Collerense ao público por toda a temporada”, recorda Pocovi.

“À vista do ocorrido, decidiu-se levar a cabo uma série de congressos para buscar a melhor maneira de evitar que episódios como estes voltassem a se repetir, e foi tomada a decisão de redigir um Código Ético que serve a todos os clubes. Depois eles poderiam incluir alguma cláusula a mais se necessário”, acrescenta.

Encenação

Nove meses após a briga, os clubes voltaram a se enfrentar.

Com o presidente da FFIB, Miquel Bestard, presente, jogadores, técnicos e pais de ambas as equipes entraram no campo juntos encenando um ato de amizade e desportividade para fechar o conflito.

“Um dos objetivos que nos propomos na hora de planejar este edifício foi separar rápido às crianças dos pais, que assim, com todo o carinho, não incomodarão”.

Foram as palavras de José Martín, encarregado da planta de L’Alquería, as novas instalações esportivas do Valência Basket.

“Posso ser o treinador mais expressivo quando joga minha equipe, mas quando vou ver jogar a meus filhos, não vaio, não agito os braços e não tento os treinar”, assegurou, em um dos discursos que viralizou nas redes sociais, Frank Martin, treinador da equipe de basquete da Universidade de Carolina do Sul, nos Estados Unidos.

O caso do Gallarta B evidenciou que a transformação drástica do meio tem uma influência direta no desempenho esportivo.

Pode ser que, desde cedo, alguém decida utilizar as crianças como exemplo para encher as salas de cinema.

Casos brasileiros

No Brasil, um caso semelhante chamou à atenção em 2014, quando Corinthians e Palmeiras se enfrentaram na final do Campeonato Paulista sub-11, no Parque São Jorge.

A decisão foi marcada pela troca de ofensas entre os pais adversários nas arquibancadas e terminou com bombas e foguetes arremessados em direção ao gramado.

Um dos rojões, que teria sido lançado por um corintiano, explodiu a menos de cinco metros de um grupo palmeirense.

Na época, foram levantadas uma série de questões a respeito da pressão exercida por familiares e treinadores em cima dos jovens jogadores e de como os pais, contaminados pela rivalidade, transmitem esse fanatismo para as crianças.

Cry for home... Greenock Morton fans.

Imagem: Stuart Roy Clarke 

Depois de do vexame diante do PSG a direção do AS Monaco FC vai reembolsar torcedores...




Depois de ver sua equipe esmagada pelo PSG, por 7 a 1...

A direção do AS Mônaco FC decidiu reembolsar os torcedores do clube que compareceram ao setor destinado aos visitantes, no Parc des Princes, em Paris.

A última vez que a equipe monegasca havia sido derrotada por uma diferença de seis gols na Ligue 1, aconteceu em 1974...

“Para nós, foi um cenário catastrófico. Os únicos que estiveram à altura foram os torcedores e eu os agradeço. Impulsionaram a equipe, mas não pudemos fazer nada. Faremos tudo para os fazer se sentirem orgulhosos no próximo jogo”, afirmou o vice-presidente do clube, Vadim Vasilyev.

Alguém quer um beijinho?

Imagem: Andrew Yates/Reuters

Ministério Público do Rio de Janeiro não descarta pedido de anulação da eleição de Rogério Caboclo para a presidência da CBF...


O Ministério Público do Rio de Janeiro não se deu por vencido, segundo o jornalista Lauro Jardim...

O Ministério Público não descarta a possibilidade de entrar com um pedido para anular a eleição para o novo presidente da CBF, que acontece amanhã e tem como candidato único Rogério Caboclo.

A felicidade por estar longe da zona de rebaixamento... Newcastle United FC.

Imagem: Serena Taylor/Newcastle Utd via Getty Images

Reforma do Campo Nou vai custar 639 milhões de euros...

Imagem: Autor Desconhecido

639 milhões de euros é o custo para a reforma do Camp Nou, estádio do Barcelona; conselho da cidade aprovou o projeto, que está previsto para 2023.

Fonte: Máquina do Esporte

segunda-feira, abril 16, 2018

Wilfred Zaha versus Loris Karius...

Imagem: Andrew Fosker/BPI/Rex/Shutterstock

Globo derrota o ABC na estreia da Série C...




Globo surpreende e vence a equipe do ABC pela estreia da Série C

Por PH Dias

A equipe da capital começou com tudo, com a posse de bola e a marcação alta, sufocava a defesa do time do interior do estado.

O problema maior era a deficiência técnica do clube abcdista, com Fessin muito bem marcado, o time abusou de cruzamentos para a área adversária para tentar de alguma forma colocar Leandrão no jogo, que pouco participou.

A única forma que o Globo tinha para assustar era por meio dos contra-ataques rápidos puxados por Romarinho e da cadência do seu camisa dez, Erick, que fizeram o goleiro Edson trabalhar bem em alguns arremates para a sua meta.

O segundo tempo começou com um ABC tentando de todas as formas de chegar ao gol, com o meio de campo bastante povoado, a saída era pelas laterais, só que tanto Jorge Eduardo quanto Fessin, que foi muito bem anulado, não faziam uma jogada mais vertical, e sim tentava a velha bola aérea de sempre, mostrando a falta de Wallyson para essa equipe.

E foi em um contra-ataque rápido que Romarinho conseguiu botar na frente de Samuel e ganhar na corrida para depois ser parado pelo goleiro Edson na grande área.
O próprio Romarinho cobrou e colocou a águia de Ceará-Mirim na frente.

Atrás do placar o time da capital saiu mais para o jogo, mas deixou espaços que quase custaram caro, não fosse a má pontaria do atacante André do Globo.

Ranielle mexeu colocou Rafinha para dar mais movimentação no meio de campo, colocou Lauder para segurar a bola na ponta, mas nada adiantou, a equipe estava dispersa, sem nenhuma criatividade para criar jogadas.

No final, Leandrão conseguiu cabecear em cima do goleiro adversário.

Esse resultado mostra que a equipe abcdista precisa fazer mais para conseguir o acesso.


Todo problema tem uma solução...

Imagem: Stuart Roy Clarke

Dos 20 clubes que disputam a Série A, apenas Palmeiras, Corinthians e Cruzeiro tiveram boa média de público nos campeonatos estaduais...





Na Série A os clubes esperam conseguir atrair muito mais público para suas partidas do que conseguiram nos insossos estaduais...

A exceção de Palmeiras, Corinthians e Cruzeiro, todas as outras equipes participantes da primeira divisão tiveram médias baixas de torcedores presentes em suas partidas nos campeonatos estaduais.

Confira a média de público dos clubes que disputam a Série A nos estaduais:

01 - Palmeiras-SP: 31.194
02 - Corinthians-SP: 29.128
03 - Cruzeiro-MG: 25.863
04 - São Paulo-SP: 19.823
05 - Grêmio-RS: 16.234
06 - Atlético Mineiro-MG: 15.602
07 - Internacional-RS: 14.901
08 – Vasco da Gama-RJ: 13.901
09 - Bahia-BA: 11.579
10 - Vitória-BA: 11.504
11 - Santos-SP: 11.408
12 - Fluminense-RJ: 9.724
13 - Flamengo-RJ: 9.440
14 - Atlético Paranaense-PR: 8.382
15 - Chapecoense-SC: 6.863
16 - Botafogo-RJ: 5.934
17 - Ceará-CE: 5.057
18 - Sport-PE     4.998
19 - Paraná-PR  3.648
20 - América Mineiro-MG: 2.651

A dura vida de repórter esportivo... Wycombe Wanderers x Peterborough United - 1990.

Imagem: Stuart Roy Clarke 

CBF e Netflix negociam cobertura dos bastidores da seleção durante a Copa...




A CBF está negociando com a Netflix para que as imagens dos bastidores da seleção durante a Copa sejam mostradas exclusivamente pelo serviço de streaming...

Segundo o jornalista Athos Moura, as negociações estão bastante adiantadas.

Equipes da Netflix vão acompanhar os jogadores e a comissão técnica durante o dia a dia da seleção na Rússia...

Imagens da concentração, do vestiário e dos treinos farão parte da cobertura.

A mamãe torcedora do Liverpool...

Imagem: Stuart Roy Clarke 

Campeonato paraibano tem queda de público...




Mesmo com o tão decantado programa de notas ficais o Campeonato da Paraíba tem queda de público...

O estadual da Paraíba teve média modesta de 2.604 pagantes e público total de 187.508 espectadores.

Paris Saint-Germain goleia o Mônaco por 7 a 1 e é o Campeão da França na temporada 2017/2018...

Imagem: Christophe Archambault/AFP/Getty Images

A defesa fantástica de Donnarumma que evitou a vitória do Napoli...

domingo, abril 15, 2018

Wolverhampton Wanderers FC está de volta a Premier League depois de 6 anos...

Imagem: Autor Desconhecido

Guardiola já tem uma lista de reforços para a próxima temporada...

Imagem: Autor Desconhecido



Pepe Guardiola venceu ontem o Tottenham por 3 a 1 e está a três pontos do título de campeão da Premier League, a liga de futebol mais importante e rica do mundo...

Porém, o fracasso na Champions League e a derrota inesperada contra o arquirrival do City, o United, aceleraram sua vontade de reforçar seu vestiário para a próxima temporada.

Comenta-se na imprensa inglesa que nomes Jorginho, do Napoli, Weigl, do Dortmund e Eder Militão, do São Paulo, estão na sua lista de reforços...

Mas não é o único setor que o espanhol quer melhorar.

No ataque, Thomas Lemar, do Mônaco, e Ryhad Mahrez, do Leicester, fazem parte dos sonhos de consumo de Guardiola...

Aliás, Mahrez, quase desembarcou em Manchester no ano passado.

Agora, o nome que tem mais causado polêmica é o do jovem atacante Leon Bailey, do Bayer Leverkusen...

Guardiola o quer muito, apesar de ter Agüero e Gabriel Jesus, jogando no mesmo setor em que joga o alemão.

Código de Ética libera CBF para dar viagem e ingresso para político e juiz...




Código de Ética libera CBF para dar viagem e ingresso para político e juiz

Por Rodrigo Mattos

O Código de Ética da CBF libera a entidade para pagar viagens e dar ingressos para agentes públicos, como políticos, policiais e juízes.

A confederação já pagou viagens e ingressos para autoridades públicas, algumas delas que poderiam investigar ou julgar dirigentes da entidade.

O texto contraria o código de Ética da Fifa que proíbe qualquer tipo de benefício que possa gerar suspeita ou conflito de interesse.

Em seu artigo 10, o Código de Ética da confederação trata da relação com a administração pública.

Há proibição de a CBF, federações e clubes oferecerem cortesias e brindes para agentes públicos, citando os termos da Lei Anticorrupção.

Só que logo em seguida o texto abre exceção para viagens e ingressos.

No parágrafo único, afirma-se que as proibições ''não se aplicam à concessão de viagens e hospedagens, pela CBF, pelas Federações, pelas Ligas e pelos Clubes, necessárias ao fomento do futebol brasileiro, que poderão ser oferecidas para entes públicos ou privados, desde que (i) não contrariem as normas éticas das instituições das quais os Beneficiários integrem (ii) sejam concedidas de maneira transparente''.

Em seguida, é liberado que existam convites e ingressos para os agentes públicos.

A CBF já deu passagens e ingressos a juízes e policiais até para assistir a jogos da Copa do Mundo.

Um exemplo é que o ex-diretor da Polícia Federal Fernando Segóvia recebeu ingressos VIPs para vários jogos da seleção, como contou matéria da ''Folha de S. Paulo''.

Já houve viagens pagas a desembargadores na Copa-1998.

É comum a distribuição de ingressos a políticos e autoridades em jogos da seleção.

Dirigentes e ex-cartolas da CBF enfrentam inquéritos na PF como Marco Polo Del Nero, Ricardo Teixeira e José Maria Marin.

Já houve CPIs no Senado em que parlamentares barraram investigações, além de a entidade ter obtido vitórias na Justiça em processos relacionados a acesso a documentos da confederação.

O Código de Ética da Fifa, que serve como parâmetro para as regras nacionais, não prevê nenhuma exceção para a proibição de presentes e benefícios a serem dados ou recebidos por dirigentes.

Em seu artigo 20, o código da Fifa estabelece que só pode ser dado presente ou benefício que tenha valor simbólico e não crie conflito de interesse.

Pelo texto, na dúvida, dirigentes não podem dar presentes e devem evitar comportamento suspeitos.

Na prática, dirigentes da CBF podem ser punidos pelo Código de Ética da Fifa por dar ingressos, já que este vale para todos.

Especialista ouvidos pelo blog que pediram anonimato deixaram claro que há uma contradição entre o texto da CBF e o da federação internacional.

Questionada, a confederação pediu que o presidente da Comissão de Ética da confederação, Carlos Renato de Azevedo Ferreira, explicasse.

Ele informou ao blog que faria uma consulta oficial dentro da comissão sobre se havia contradição entre a liberação para passagens e a proibição de aliciar políticos.

''Quando fomos chamados para presidir a comissão, o código já estava pronto. O código foi feito pela CBF em consultoria com a Ernest & Young.  Já temos um protocolo de sua consulta que seguirá o curso na comissão'', informou Ferreira, que em seguida enviou o documento confirmando aberto de consulta.

''Desde abril de 2015, o código já teve 103 denúncias, enquanto o da Fifa tem dois por mês. Já temos processos julgados como o caso de nepotismo.''

Após a redação inicial, da qual a atual comissão de ética não participou, a CBF modificara o seu código de ética para criar outra exceção relacionada a nepotismo.

Dirigentes estão proibidos de contratar parentes, mas dentro de comissões técnicas isso é permitido.

Assim, o filho de Tite pôde ser contratado para a comissão da seleção.

A Escócia sofre um gol da Inglaterra... Anos 60.

Imagem: Autor Desconhecido

É preciso esfregar, enxaguar e lavar o futebol brasileiro...

Imagem: G1 Globo


Um dia, talvez não muito distante, espero eu, esse grupo que ajunta, empresários, agentes, dirigentes e até mesmo jogadores de futebol, será investigado minuciosamente...

Salvo, pouquíssimas e honrosas exceções, o que há de surgir, em nada será diferente do que estamos presenciando na política.

Mas, uma coisa é certa:

Para que ao final tudo esteja limpo, será preciso, esfregar, enxaguar e lavar com cuidado e por muito tempo...

Um lava-jato no futebol, não resolve.

Desafiando a neve...

Imagem: Christian Hartmann/Reuters 

Presidente do Santos está numa "saia justa"...

Imagem: Autor Desconhecido


O Santos comemorou 106 anos de existência neste sábado (14) num clima bastante tenso...

A revelação pelo blog do Perrone (UOL) que o presidente José Carlos Peres é sócio de uma empresa de marketing, agenciamento de jogadores e intermediação de vendas de atletas causou profundo mal-estar e deixou o dirigente numa saia justa.

Quase...

Imagem: Alex Livesey/Getty Images

Corinthians testa patrocínio inovador da Unilever que só aparece com suor...

Imagem: Globoesporte.com


Corinthians testa patrocínio inovador da Unilever que só aparece com suor

Caso negociações se confirmem, aporte será pontual no espaço principal da camisa

Por Redação do Máquina do Esporte

O Corinthians começou a testar nesta quinta-feira (12) um patrocínio no mínimo inusitado para a camisa de jogo.

Segundo o Globoesporte.com, a marca de um produto da Unilever que só aparece em contato com o suor dos atletas foi testada no treino realizado no CT alvinegro.

De acordo com a publicação, as negociações com a multinacional estão avançadas.

Caso se confirmem, a marca seria estampada no espaço principal da camisa corintiana, mas apenas em um acordo pontual.

O clube continuaria, portanto, sem um patrocínio máster definitivo.

O teste foi realizado no treino desta quinta-feira (12). Três jogadores (o zagueiro Marllon e os laterais Mantuan e Sidcley) vestiram a camisa de jogo durante os trabalhos e foi possível ver a marca teste aparecendo em contato com o suor dos atletas.

A ideia é ver se a tecnologia, de fato, funciona na prática.

Como as negociações ainda não estão 100% confirmadas, ainda não se sabe quando seria a estreia do novo patrocínio.

A intenção do departamento de marketing do Corinthians é que seja o mais rápido possível, mas é improvável que tudo se acerte até a estreia do clube no Campeonato Brasileiro neste domingo (15) diante do Fluminense.

A opção seguinte seria o confronto da próxima quarta-feira (18), contra o Independiente, na Argentina, pela Libertadores.

Vale lembrar que o Corinthians, atual campeão brasileiro e bicampeão paulista, está sem patrocinador máster há um ano, desde que não renovou com a Caixa.

No ano passado, na reta final do Brasileirão, o clube chegou a estampar a marca da Cia do Terno no espaço máster, mas o acordo acabou sendo apenas pontual.

Se a marca da Unilever fechar o acordo, será a sexta a figurar no uniforme do clube paulista.

Atualmente, o Corinthians tem aportes de Universidade Brasil (ombros), Minds e Valle Express (barras das mangas), Foxlux (barra das costas) e Positivo (costas).

sábado, abril 14, 2018

Milan versus Leeds United - Futebol no anos 70...

Imagem: Colorsport/Rex/Shutterstock

Datafolha mostra a queda do interesse dos brasileiros pelo futebol...

Imagem: Robbie Jay Barratt/AMA/Getty Images


Certamente esses são os dados mais preocupantes apontados pelo Datafolha, na pesquisa realizada sobre o futebol no Brasil...

Foram ouvidas 2.826 pessoas em 174 municípios, entre os dias 29 e 30 de janeiro de 2018.

A crescente queda de interesse por futebol no país, o baixo percentual dos que costumam frequentar estádios, somados aos baixíssimos índices de engajamento entre as mulheres é extremamente preocupante...

Abaixo o trecho que trata sobre os dados da crescente queda do interesse pelo futebol.

O crescimento do desinteresse

Um em cada quatro brasileiros (26%) com 16 anos ou mais tem grande interesse por futebol, e uma parte significativa, de 41%, não tem nenhum interesse por futebol. 

Há ainda aqueles que têm interesse médio pelo esporte (23%), e uma parcela de 9% que tem pequeno interesse.

A comparação com pesquisa sobre o mesmo tema realizada pelo Datafolha em 2010 mostra que, neste intervalo, cresceu o desinteresse por futebol (de 31% para 41%), e caiu o percentual dos que têm grande interesse (de 32% para 26%). 

A parcela com médio interesse variou dentro da margem de erro (era de 22%), e o percentual com pequeno interesse também caiu (era de 16%).

Entre os homens, 42% tem muito interesse pelo futebol, ante 12% entre as mulheres. 

O desinteresse total pelo futebol atinge 56% entre as mulheres, enquanto entre os homens fica em 24%. 

Na parcela de brasileiros que estudou até o ensino fundamental, o desinteresse pelo futebol é mais alto (48%) do que entre aqueles que estudaram até o ensino médio (38%) ou superior (35%).

A Copa da Rússia também sofre com a falta de interesse

A Copa do Mundo da Rússia desperta interesse similar entre os brasileiros: 24% têm grande interesse, 23%, médio interesse, 9%, pequeno interesse, e 42% não tem interesse no evento. 

Também é mais alto o grau de grande interesse entre homens (35%) do que entre as mulheres (15%), e o contrário ocorre com o desinteresse pelo evento (54% entre as mulheres, 30% entre os homens).

Quem são e quantos praticam futebol no Brasil

O percentual de brasileiros que pratica futebol é de 20%, sendo que 12% praticam uma vez por semana ou mais, os mais assíduos, e 5%, uma vez por mês ou menos. 

Entre os homens, 38% jogam futebol (24% uma vez ou mais por semana), ante somente 4% entre as mulheres. 

Os mais jovens, na faixa de 16 a 24 anos, são os maiores praticantes (41%, ante 28% na faixa seguinte, de 25 a 34 anos). 

Também há diferença no grau de escolaridade: entre os menos escolarizados, 13% jogam futebol, ante 24% entre os mais escolarizados. 

A análise por renda mostra que na fatia de renda familiar mais baixa, com ganho de até 2 salários, o percentual de praticantes de futebol é mais baixo (16%) dos que nas faixas de renda mais alta (entre quem tem renda familiar de 5 a 10 salários, por exemplo, 29% jogam).

Frequência aos estádios

Também é de 20% o percentual de brasileiros que costumam ver partidas de futebol no estádio, sendo que metade (10%) vai a estádios pelo menos uma vez por mês, e 4%, uma vez por ano. 

Entre os homens, 29% costumam ir a estádios (16% vão pelo menos uma vez por mês), índice que cai para 12% entre as mulheres.

Fonte: Folha de São Paulo com dados do Datafolha

Melhor sair da frente...

Imagem: Tony O'Brien/Action Images via Reuters

Como o futebol alça a bola para a política...

Imagem: The Historical Truth Project


Como o futebol alça a bola para a política

Na América Latina, proliferam os presidentes que foram cartolas de clube, numa demonstração da tênue linha entre política e futebol na região

Ariel Palacio para o El País

A Fifa, com 211 países-membros, é maior que a Organização das Nações Unidas (ONU), integrada por 193 Estados. 

A entidade futebolística mundial também consegue obter obediência total por parte dos países que a compõem, enquanto as Nações Unidas, a duras penas, conseguem ter suas normas acatadas. 

Esse é um dos vários sinais de que os governantes, muitas vezes, levam mais a sério o futebol que a própria política. 

“A política é um mecanismo para conciliar conflitos verdadeiros, enquanto o futebol cria conflitos falsos e os mantém perpetuamente. A política é importante e deve ser levada a sério. O futebol não tem transcendência e por isso deve ser levado muito mais a sério”, afirmou o colunista esportivo espanhol Kiko Llaneras.

A política e o futebol são protagonistas no conflito diplomático entre Reino Unido e Rússia. 

Nem ministros nem integrantes da família real britânica estarão presentes aos jogos da Copa do Mundo na Rússia, numa retaliação à tentativa de assassinato do ex-espião russo Sergei Skripal, em Salisbury, que o governo da primeira-ministra Theresa May diz ter sido encomendado pelo Kremlin, comandado por Vladimir Putin. 

Se a conexão entre a política e os estádios é intensa na Europa, ela é ainda mais forte na América Latina, onde vários cartolas se transformaram em presidentes da República.

Esse é o caso do presidente da Argentina, Mauricio Macri. 

Em 1995, Macri resolveu se afastar da figura do pai, o empresário Franco Macri, ao deixar as empresas familiares e disputar a presidência do clube Boca Juniors, o mais popular do país, com 43% da torcida nacional. 

Macri não era propriamente dito um fanático do futebol. 

Mas a conquista do posto de cartola do Boca lhe serviu de treino para aprender manobras políticas e ter, pela primeira vez, contato com a classe operária. 

Sua gestão foi marcada por um viés empresarial, na ocasião uma novidade no mundo futebolístico argentino. 

Na sequência, Macri criou seu próprio partido político. 

E, em 2007, deixou o Boca para ser prefeito de Buenos Aires.

Do outro lado do Rio da Prata, o atual presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, foi presidente do Club Atlético Progreso em 1989, ano em que esse time conquistou (pela primeira e única vez) o campeonato da Primeira Divisão do Uruguai. 

O clube está no bairro operário de La Teja, em Montevidéu, onde Vázquez nasceu. 

O presidente do Uruguai é torcedor do Progreso desde criança.

No Paraguai, o presidente Horacio Cartes é outro exemplo de cartola que chegou ao poder. Cartes comandou um dos principais clubes do país, o Libertad. 

Em sua gestão, o Libertad voltou à Primeira Divisão do campeonato paraguaio, obteve o tetracampeonato e chegou às semifinais da Libertadores de 2006. 

A holding de Cartes, formada por 25 empresas, é o suporte financeiro do clube. 

Cartes também foi diretor de seleções da Associação Paraguaia de Futebol durante as eliminatórias da Copa de 2010. 

Nesse posto, manteve ótimas e fluidas relações com a diretoria da influente Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), onde os paraguaios, que hospedam a sede da entidade, têm uma influência desproporcional.

Embora a política seja lenta na hora de resolver a miríade de problemas internos do Mercosul, do qual Argentina, Uruguai e Paraguai são sócios fundadores, esses três presidentes se uniram no ano passado para pleitear, perante a Fifa, a realização da Copa do Mundo de 2030. 

Uruguai, Argentina e Paraguai querem organizar juntos a edição centenária desse convescote futebolístico mundial, realizado pela primeira vez em 1930 em Montevidéu.

O Chile tem um novo presidente com passado de cartola, Sebastián Piñera, o maior bilionário de seu país. 

Piñera foi presidente do clube Colo-Colo, mas deu um passo além de Macri, Cartes ou Vázquez. 

Em 2004, ele se transformou no maior acionista individual da empresa que controlava o Colo-Colo. 

Na ocasião, o movimento de Piñera foi visto como uma tentativa de usar o clube como trampolim para a política. 

Em 2010, meses após tomar posse como presidente da República pela primeira vez (2010-2014), depois de acusações de que usava o clube com fins políticos, decidiu vender sua participação ali.

Na Argentina, o futebol foi usado intensamente pela presidente Cristina Kirchner (2007-2015) com fins políticos a partir de 2009, quando ela decretou a estatização das transmissões pela TV dos jogos do campeonato argentino. 

Durante seis anos, até 2015, ela deu mais de US$ 1,3 bilhão aos cartolas, que embolsaram o dinheiro, sem qualquer tipo de fiscalização. 

Paradoxalmente, apesar das grandes transferências de recursos, nesse período os clubes estiveram — em sua maioria — com graves problemas financeiros.

O governo Kirchner não ganhou dinheiro algum com as transmissões dos jogos, já que não autorizou publicidade privada, apenas oficial, com autoelogios ao governo de Cristina, a prefeitos e governadores aliados. 

Na ocasião, a oposição classificou esse esquema de “populismo esportivo”. 

A estatização das transmissões absorvia mais verbas do que os fundos federais destinados à cultura ou ao tratamento e à prevenção da aids.

O futebol já fora usado intensamente com fins políticos na Argentina durante a Copa do Mundo de 1978, quando a ditadura militar do período 1976-1983 colocou toda a máquina de propaganda do regime para exaltar a seleção e expor as pessoas que ignoravam a competição — ou não exibiam um fervoroso interesse pelo futebol — como “traidoras da pátria”.

Devido ao desespero do ditador Jorge Rafael Videla (foto) em vencer a Copa, existem diversas teorias sobre o controvertido jogo no qual a seleção argentina venceu a peruana por 6 a 0 e eliminou o Brasil na fase de quartas de final. 

Os jogadores foram intimidados pelo próprio general, que repentinamente adentrou o vestiário dos peruanos quando eles estavam se vestindo para entrar em campo contra a Argentina (e alguns ainda estavam de cuecas) e fez um discurso sobre a intensa “solidariedade” entre peruanos e argentinos. 

Vários jogadores peruanos deduziram que os militares argentinos poderiam assassiná-los depois do jogo caso o Peru vencesse e que colocariam a culpa do “atentado” em algum grupo guerrilheiro. 

Integrantes da seleção peruana foram a campo tremendo de medo.

O placar de 6 a 0 gerou suspeitas mundiais, mas a Argentina conseguiu chegar à final e vencê-la na disputa contra a Holanda. 

A final foi no Estádio Monumental de Núñez, a dez quarteirões da Escola de Mecânica da Armada, a ESMA, que era o maior centro de torturas de Buenos Aires. 

Hoje, de forma geral, os argentinos preferem recordar a conquista da Copa de 1986, sem as suspeitas de 1978 e sem a sombra de uma ditadura sanguinária. 

A Copa de 1978 teve outro viés muito característico dos eventos esportivos: o superfaturamento. 

O almirante Emilio Massera, um dos integrantes da junta militar que governava a Argentina, prometeu a Videla (foto) que o evento — com a construção e remodelação de estádios, entre outros gastos — custaria US$ 70 milhões. 

Mas o custo final foi de US$ 700 milhões, dez vezes maior.

O vínculo intenso entre o futebol e a política teve seu pontapé inicial na Copa de 1934 na Itália, quando o “duce” Benito Mussolini usou a competição para promover seu regime fascista: o frenesi nos estádios, com milhares de torcedores agitando bandeiras italianas, servia para desviar a atenção dos problemas econômicos e da censura política na Itália da época. 

Ditadores costumam ser obsessivos com o controle dos detalhes. 

Isso não se encaixa com o futebol, esporte de natureza imprevisível e fora do controle de um governo. 

Obcecados com a vitória, os homens de Mussolini ameaçaram de morte os integrantes da seleção caso não conquistassem o troféu. 

Os historiadores esportivos consideram que a seleção italiana, embora contasse com grandes jogadores, foi favorecida de forma pouco discreta pelos árbitros em diversos jogos, especialmente na final contra a Tchecoslovaquia. 

Os jogadores italianos — respirando aliviados pela garantia de sobrevivência — receberam da Fifa a Taça Jules Rimet. 

Foram premiados ainda com uma copa própria, a Coppa del Duce (a Copa do Duce), uma espécie de troféu adicional que tinha seis vezes o tamanho da Jules Rimet.

O escritor uruguaio Eduardo Galeano, autor de As veias abertas da América Latina, era um fanático do futebol, mas alertava que as tensões futebolísticas, ocasionalmente, transbordam dos estádios. 

“Futebol, metáfora da guerra, às vezes se transforma em guerra real”, disse o escritor, a respeito da única ocasião da história mundial na qual o futebol foi protagonista de um conflito bélico, a denominada “Guerra do Futebol”.

Essa guerra explodiu em 1969, quando existia uma crescente tensão entre El Salvador e Honduras devido a ataques de grupos paramilitares contra os imigrantes salvadorenhos do lado hondurenho da fronteira. 

Por trás dos ataques estava a política do presidente de Honduras, López Arellano, de realizar uma reforma agrária para tentar aliviar a crise entre os camponeses de seu país. 

Mas, para não confiscar terras da empresa americana United Fruit Company (que tinha 10% do território do país) ou dos latifundiários hondurenhos, López Arellano decidiu expropriar os sítios dos imigrantes salvadorenhos.

Dezenas de milhares de lavradores salvadorenhos — muitos dos quais estavam havia décadas em Honduras — começaram a ser expulsos de volta para seu país de origem. 

A tensão foi turbinada pelos jornais e rádios de cada país. 

Nesse contexto de ânimos enfurecidos, foi realizado o primeiro jogo entre as seleções de Honduras e El Salvador, em Tegucigalpa, em junho de 1969, para as eliminatórias da Copa do México de 1970. 

Honduras venceu por 1 a 0. 

Torcedores e jogadores de El Salvador foram hostilizados e agredidos pelos hondurenhos.

No segundo jogo, dias depois, em San Salvador, os salvadorenhos venceram por 3 a 0. 

A seleção hondurenha, da janela do hotel, viu como um jovem torcedor de seu país foi apedrejado até a morte na calçada da frente. 

Os hondurenhos tiveram de fugir para casas de pessoas que os receberam de forma secreta. 

No dia seguinte, o Exército salvadorenho os escoltou até o estádio, onde um pano de cozinha substituía a bandeira de Honduras, que jazia queimada no chão.

Um terceiro jogo foi realizado em território neutro, o México, dias mais tarde — e El Salvador venceu de novo, por 3 a 2. 

No mesmo dia, o governo salvadorenho rompeu relações diplomáticas com Honduras, já que López Arellano nada fazia para deter a violência contra os imigrantes salvadorenhos. 

Dias depois, o Exército de El Salvador invadiu Honduras e conseguiu chegar perto de Tegucigalpa, até ser empurrado de novo para seu lado da fronteira.

López Arellano protagonizou cenas pouco marciais ao se esconder dentro dos cofres do Banco Central de Honduras durante as 100 horas que durou a “Guerra do Futebol”

Dali, desde o subsolo blindado — com o conforto de provisões de alimentos adequadas e linhas telefônicas para emitir ordens —, o ditador comandou as batalhas, enquanto as tropas dos dois países se confrontavam.

Seus críticos ironizaram: “No século passado faziam estátuas de presidentes a cavalo, com o sabre, para celebrar vitória na guerra. Neste caso, ficará difícil montar um monumento a um homem dentro de um enorme cofre de banco...”.

A guerra gerou 3 mil mortos e 15 mil feridos em ambos os lados, entre civis e militares. 

Trezentos mil salvadorenhos expulsos de Honduras transformaram-se em refugiados em seu próprio país, criando as tensões que alimentaram a guerra civil de El Salvador dos anos 1970 e 1980. 

Um dos mais famosos correspondentes internacionais da segunda metade do século XX, o polonês Ryszard Kapuściński, foi o autor da denominação “Guerra do Futebol” para esse conflito centro-americano. 

“Os pequenos países do Terceiro Mundo têm a possibilidade de despertar um vivo interesse somente quando se decidem a derramar sangue. É uma triste verdade, mas é assim”, disse. 

Em 2002, em Buenos Aires, ao falar dessa guerra. 

Kapuściński disse, em espanhol, com forte sotaque de Varsóvia: “Foi talvez a guerra mais absurda que já vi. De forma geral, na América Latina, a fronteira entre o futebol e a política é tão, mas tão tênue, que é quase imperceptível!”.

A queima roupa...

Imagem: Peter Cziborra/Action Images via Reuters

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Agora falta pouco para que se conheça os finalistas da Champions League que vão disputar o título de campeão da Europa, em Kyiv, capital da Ucrânia, no dia 26 de maio, um sábado...

Os encontros das semifinais já estão definidos: 

Real Madrid e Bayern de Munique se enfrentam, primeiro em Munique e depois, em Madrid (apenas como curiosidade: nas últimas seis champions que ganhou o Real sempre derrotou um clube alemão)...

Roma e Liverpool jogam a primeira partida em Liverpool e a segunda, em Roma.

Os jogos estão marcados...

Partidas de ida, dias 24 e 25 de abril e as partidas da volta, nos dias 2 e 3 de maio.