quarta-feira, julho 10, 2019

Quando a vida beira a arte: o hollywoodiano tetracampeonato mundial da Itália...

Imagem: Autor Desconhecido

Quando a vida beira a arte: o hollywoodiano tetracampeonato mundial da Itália

Por: Dyego Lima

09 de julho de 2006.

Há exatos 13 anos, Fabio Grosso estava parado na meia-lua da grande área do Estádio Olímpico de Berlim.

A bola, estática na marca do pênalti.

Ele, com as mãos na cintura, a encarava.

Um pouco além, Barthez, imóvel na linha do gol, era o inimigo que o separava da glória.

Grosso parecia tranquilo.

Fez até questão de ignorar as quase 70 mil pessoas presentes no estádio, todas com as atenções voltadas para o lateral.

Sem olhar uma vez sequer para o adversário à sua frente, Grosso partiu lentamente em direção a bola...

Esse foi o último ato de um roteiro que, no final, apontou a Itália como tetracampeã da Copa do Mundo.

A adversária era a França e a conquista aconteceu na Alemanha.

Há uma relação entre eles futebolisticamente falando, mas se lembrarmos de toda a questão política que envolveu os três países no passado, tudo fica ainda mais significativo.

No entanto, este texto vai além da relação antiga de três nações e de uma cobrança de pênalti numa final de campeonato: o caminho italiano até o título foi um verdadeiro filme de Hollywood.

E em homenagem ao aniversário dessa vitória, vamos relembrar como se desenrolou esse script.

O escândalo pré-Mundial

Depois da eliminação polêmica para a Coréia do Sul nas oitavas de final do Mundial de 2002, a seleção italiana estava disposta a se vingar, mas perdeu nomes importantes para a Copa de 2006. Maldini e Vieri não iriam para a disputa na Alemanha e o elenco, tido como velho e sem jovens promessas, chegava como incógnita e sem favoritismo.

No entanto, antes mesmo do torneio iniciar, o cenário, que já não era dos melhores, ficou pior.

Em maio daquele ano, véspera do Mundial, veio à tona um dos maiores escândalos da história do futebol italiano: o Calciopoli.

Naquela temporada, 2005-06, Juventus e Milan disputavam ponto a ponto o título nacional.

Foi quando surgiram gravações telefônicas, ainda da temporada passada, que mostravam Luciano Moggi e Antonio Giraudo, principais diretores da ‘Juve’, influenciando os chefes da arbitragem nacional.

Eles tinham poder de escolher quem iria apitar os jogos da equipe de Turim e de seus adversários, além de ditar qual comportamento eles deveriam ter durante as partidas.

A Juventus acabou campeã naquele ano, mas o título foi pouco comemorado, justamente porque torcedores e jogadores sabiam da iminente punição que viria.


A Juventus sofreu as sanções mais pesadas: teve revogado seus títulos das temporadas 2004-05 e 2005-06, foi rebaixada para a Série B de 2006-07, além de começar a disputa com -9 pontos.

Após investigações, novos telefonemas incriminaram outros clubes.

Assim, Fiorentina, Milan, Lazio, Reggina e Arezzo também foram punidos.

Tudo isso conturbou ainda mais o ambiente na seleção.

Porém, os torcedores italianos conheciam bem aquele cenário: pouco antes da disputa da Copa de 1982, um escândalo parecido, nomeado de Totonero, estourou no país.

O resultado daquele Mundial?

Itália tricampeã do mundo.

Seria o destino aprontando de novo?

Eles acreditavam que sim!

1° fase e o surgimento de Materazzi

Marcello Lippi, um dos maiores vencedores do futebol europeu, era o responsável por tentar gerir todo aquele caos.

E para melhorar o ânimo de seus comandados, usou toda aquela situação como combustível para chegar à final em Berlim.

Movidos pelo lema “um por todos e todos por um”, iniciaram sua caminhada em solo alemão.

Recheado de jogadores renomados, o time-base era formado por: Buffon; Zambrotta, Canavarro, Nesta e Fabio Grosso; Gattuso, Camoranesi, Perrotta e Pirlo; Totti e Luca Toni.

No primeiro compromisso, a Itália teve como adversária a seleção de Gana, que já contava com nomes importantes como Essien, Asamoah Gyan e Muntari.

Em partida morna, os gols de Pirlo e Iaquinta, um em cada etapa, foram suficientes para garantir os três pontos.

Na sequência, outro duro oponente: os Estados Unidos. Gilardino fez o primeiro dos italianos, mas poucos minutos depois, o zagueiro Cristian Zaccardo fez um gol contra.

O primeiro dos únicos dois gols que a Itália sofreria no torneio.

Como se já não fosse o bastante, outro duro baque viria: De Rossi, nome de confiança de Lippi, deu uma cotovelada no rosto de McBride e foi expulso.

Como punição, só poderia retornar numa eventual final.

Os italianos sofriam uma importante perda.

O placar não foi mais alterado e o jogo terminou 1 a 1.

Para encerrar a fase de grupos e tentar selar a classificação, mais um teste de fogo para a ‘Azzurra’.

Dessa vez, contra a República Tcheca de Peter Cech, Nedved e Milan Baros.

Foi quando mais uma adversidade surgiu.

Alessandro Nesta, vice-campeão da Champions League de 2005, e que conquistaria o título da competição em 2007, ambos com o Milan, vinha fazendo uma ótima Copa e formando uma sólida dupla de zaga com Cannavaro, mas uma lesão o obrigou a sair de campo.

E para não mais voltar nesse Mundial.

Para a sorte de Lippi e dos italianos, esse problema veio acompanhado de uma solução.

Como substituto, o escolhido foi Marco Materazzi, jogador da Inter de Milão, mas que havia passado boa parte da carreira jogando nas divisões inferiores do país.

Estava longe de ser uma unanimidade naquele elenco.

O que ninguém tinha ideia era de que ali se iniciava a saga de um dos personagens que marcariam aquela Copa e que se envolveria num episódio que entraria para a história do futebol.

Para surpresa de muitos, foi de Materazzi, de cabeça, o gol que abriu o placar contra os tchecos.

O sempre importante Filippo Inzaghi, na segunda etapa, fez mais um e garantiu o avanço dos italianos para a próxima fase.

A tensão no mata-mata

Nas oitavas de final, o adversário da vez seria a Austrália, que havia eliminado o Uruguai ainda na repescagem por uma vaga na competição, e que na fase de grupos, fez uma dura partida contra o Brasil.

O jogo era nervoso.


À medida que o tempo passava, menos as equipes queriam atacar.

A Itália que o diga, uma vez que Materazzi acabou sendo expulso (pois é, olha que coisa) no início do segundo tempo.

Tudo indicava uma prorrogação e os italianos já começavam a ver o seu maior trauma se aproximar: a disputa de pênaltis.

Eles jamais venceram uma em Copas do Mundo.

Foi quando uma luz no fim do túnel surgiu: já nos acréscimos, Grosso recebeu no lado esquerdo e invadiu a área contra a marcação de Lucas Neil.

Em lance controverso, o juiz assinalou pênalti.

Coube a Francesco Totti bater e garantir o avanço para a próxima fase.

Nas quartas, era hora de encarar a Ucrânia, que fez sua parte ao avançar em um grupo com Espanha, Tunísia e Arábia Saudita, mas que sofreu para furar a retranca suíça nas oitavas, conquistando a vaga apenas nos pênaltis.

Na disputa, os suíços erraram todas as cobranças, e mesmo sendo eliminados, conseguiram a façanha de saírem do Mundial sem sofrer gols.

Foi a partida mais tranquila da ‘Azzurra’ no torneio.

Um 3 a 0 tranquilo, com um gol de Zambrotta e dois do centroavante Luca Toni, que já vinha sendo cobrado por não marcar.

Só mais um passo antes da tão sonhada final.

E se vida dos italianos na competição já não vinha sendo um mar de rosas, não seria agora que viria a ser.

Dessa vez, uma missão mais que indigesta: bater os donos da casa.

Em campo, seis títulos mundiais, três para cada lado.

Um deles decidido entre os dois, com vitória italiana em 1982.

A Alemanha queria revanche.

A Itália, vingar a Copa de 1990, quando os alemães venceram jogando na “bota”.

Como apontavam os prognósticos, a partida foi equilibrada, tanto que o zero permaneceu no placar no tempo normal.

Na prorrogação, a superioridade da equipe de Marcello Lippi refletiu no placar.

Primeiro com Grosso, após linda jogada de Pirlo.

Depois, uma aula de contra-ataque que escancarou as habilidades individuais: roubada de bola de Canavarro, passe de Totti, drible e assistência de Gilardino, finalização fenomenal de Del Piero.

Superando todas as desconfianças, a Itália chegava à final da Copa do Mundo.

O apogeu do Bad Boy, o adeus melancólico e a glória máxima

Se a Itália era “intrusa” naquela final, a França confirmava o favoritismo.

E crescendo ao longo da competição, tendo eliminado Espanha, Brasil e Portugal.

Com uma geração espetacular, contava com o retorno do ídolo Zinedine Zidane, que deixou a aposentadoria para disputar o Mundial. Essa final seria, de fato, a última partida de sua brilhante carreira.

Os italianos queriam vingança após as eliminações na Copa de 1998 e na Eurocopa de 2000.

Já para os franceses, a chance da consagração.

Ingredientes para um grande jogo não faltavam.

Levar um gol é ruim. Logo no início da partida, pior.

Se é numa final, então....

Logo aos cinco minutos de jogo, o francês Malouda recebeu passe dentro da área e foi derrubado.

Por quem?

Ele mesmo: Marco Materazzi.

Pênalti para a França.

Na cobrança, um show. Zidane deu uma leve cavadinha na bola.

Ela subiu mansinha, tocou de leve o travessão e, em seguida, o fundo do gol. 1 a 0.
Poucos minutos depois, a resposta italiana.

Escanteio cobrado por Pirlo e um zagueiro subiu mais que todos na área e mandou para o fundo do gol.

Seu nome?

Marco Materazzi.

É a redenção do italiano, deixando o jogo em igualdade mais uma vez.

E ela seguiria até o fim do tempo regulamentar.

Era na prorrogação que o maior plot twist do nosso enredo estava guardado.

E envolvia os dois personagens da partida até aqui.

Foi um tempo extra morno, com as equipes se expondo pouco.

Na melhor chance, mais uma vez Zidane apareceu: uma cabeçada forte que parou numa emblemática defesa do goleiro Buffon.

Foi quando uma cena chocante aconteceu.

Após ser provocado por Materazzi, Zidane perdeu a índole do homem frio que demonstrava ser: se virou e acertou uma cabeçada no peito do rival.

O árbitro argentino Horácio Elizondo não viu o lance, mas, ao ser avisado pelo quarto árbitro, não titubeou e expulsou Zidane.

O ídolo francês ia de herói a vilão.

Principal nome da equipe na competição, deixava os companheiros sozinhos em momento crucial.

No último jogo de sua carreira, um adeus melancólico.

Já Materazzi atingiu seu ápice de importância no grupo italiano.

O Bad Boy tomou o caminho contrário e foi de vilão a herói, com direito a tirar da partida o principal jogador rival.

De reserva a personagem principal dessa história.
O empate persistiu e não havia outra saída.

A Copa do Mundo de 2006 seria decidida nas cobranças de pênaltis.

Mais uma vez, a Itália teria que enfrentar o seu pior pesadelo.

Pirlo abriu a disputa para os italianos e marcou.

Wiltord converteu para os franceses.

Materazzi, debaixo de sonora vaia, também fez.

Trezeguet, responsável por anotar a cobrança que eliminou a Itália da Euro de 2000, perdeu.

De Rossi, voltando de suspensão (olha só, quem apostaria que ele voltaria a jogar nesse Mundial?), fez 3 a 1 Itália.

Abidal, Del Piero e Sagnol marcaram as cobranças seguintes.

4 a 3 no placar.

Caiu nos pés de Fabio Grosso a responsabilidade de converter a última cobrança italiana.

A que garantiria o título.

Outro importante nome nessa trajetória, era justo que tudo acabasse com ele.

E assim foi: ele partiu em direção a bola lentamente, e com classe, disparou um chute no ângulo superior esquerdo do goleiro Barthez.

A Itália, superando todas as desconfianças, se sagrava tetracampeã mundial.

Assim como em 1982, passando por cima das polêmicas.

Assim como o Brasil, 24 anos após a conquista do tri.

Pela primeira vez na história, vencendo uma disputa de pênaltis em Copas do Mundo.

Esse sim é um belo roteiro de Hollywood.

Ospina contra Agüero...

Imagem: The Guardian

Bastou o América guardar os uniformes e o disse me disse começou...



Bastou o América guardar seus uniformes para que começassem a pipocar invenções e até hilárias sugestões...

Imagem quando o ABC encerrar suas atividades este ano, a quantidade de disse me disse que vai brotar no terreno fértil da falta do que fazer.

Montrose FC: Sede e o Estadio Link Park... Quarta Divisão da Escócia

 Imagem: Jason Cairnduff/Action Images

Imagem: Jason Cairnduff/Action Images 

Tenista italiano é multado após desejar que o Wimbledon explodisse...

Imagem: Autor Desconhecido

11 mil reais o italiano Fabio Fognini terá de pagar à organização de Wimbledon por ter dito que gostaria que uma bomba caísse no torneio de tênis...

Fonte: Máquina do Esporte

segunda-feira, julho 08, 2019

Série D: O América perde para o Jacuipense e renova por mais um ano com a quarta divisão...



O fim começou a se desenhar na semana passada, quando no Estádio Arena das Dunas, vermelho, vermelhusco, vermelhão, o América foi incapaz de marcar um mísero gol...

Ironicamente, o gol que não marcou aqui, marcou lá...

E, que golaço fez Kaike!

Infelizmente, contra.

Foi assim que aos 34 minutos do primeiro tempo, tudo desabou...

Depois, o de sempre – correr, corre, uma ou outra chance perdida e tome sufoco nos contra-ataques do adversário.

No fim, mais uma decepção...

Mais um sonho que se esfumaça, diante da dura realidade de mais um ano da quarta divisão.

E agora?

Máquinas desligadas, luzes apagadas, portas fechadas e um imenso vazio de 5 meses pela frente...

Só o "negócio" futebol suporta algo assim.

Copa Africana de Nações: Madagascar faz história ao derrotar a RD Congo nos pênaltis (4 a 2) após empatar em 2 a 2 no tempo regulamentar...

Imagem: Mohamed Abd El Ghany/Reuters 

Copa América: O Brasil cumpre sua obrigação ao vencer o Peru por 3 a 1, no Maracanã...

Imagem: Víctor R Caivano/AP

O Brasil cumpriu seu papel, venceu o Peru e conquistou sua nona Copa América...

Tudo dentro do previsto, tudo o que manda a obrigação.

Foi uma Copa América medíocre...

De nível baixíssimo.

Copa Africana de Nações: Argélia 3x0 Guiné...

 
Imagem: Ariel Schalit/AP

Copa do Mundo de Futebol Feminino: as meninas dos Estados Unidos são tetracampeãs...

Imagem: Maddie Meyer/FIFA/FIFA via Getty Image

As americanas conquistaram seu quarto título mundial...

Seguem, portanto, reinando no esporte que as mulheres abraçaram e transformaram em seu.

Ontem, diante das holandesas as sobrinhas do Tio Sam iniciaram como sempre...

Alta intensidade, jogo veloz e forte pressão.

Porém, encontraram uma adversária bem plantada que fechava os espaços normalmente usados por Rapinoe e Heath e não deixavam Lavelle pensar...

A treinadora Wiegman havia estudado detalhadamente como suportar o início das americanas.

Segurar as adversárias, não foi suficiente...

Superiores tecnicamente e muito bem preparadas fisicamente, as jogadoras americanas, mesmo encontrando um forte esquema defensivo, foram senhoras da partida.

No fim, o placar de 2 a 0 não contou a história do jogo...

Não fosse a goleira Veenendaal, da Holanda, o resultado poderia ter sido bem mais elástico.

domingo, julho 07, 2019

Vida de segurança não é fácil... "Caça" ao homem nu durante o ICC Cricket World Cup...

Imagem: Lee Smith/Action Images via Reuters

Série C... ABC lota o Maria Lamas Farache, comemora um gol de Walysson, derrota o Treze e finalmente vai ter uma semana de paz...



Foi um dia para lá de especial para o ABC...

A torcida correspondeu, apareceu e deu vida as arquibancadas do Maria Lamas Farache num dia em que mostrar vitalidade foi fundamental para seguir brigando pela permanência na Série C.

Não vi o jogo, portanto não dá para dizer quem jogou bem, ou mal...

Aliás, na atual conjuntura, tanto faz, se a vitória virá com inspiração, transpiração ou pela conjunção dos astros.

O importante é vencer...

Fugir, como o diabo foge da cruz, da zona do rebaixamento.

E foi o isso que aconteceu ontem...

O ABC venceu e devolveu ao seu torcedor a esperança.

Mas o melhor foi a reestreia de Wallyson...

Mesmo sem jogar a bastante tempo, o atacante teve boa participação no jogo e em resposta a confiança da torcida em seu futebol marcou o segundo gol da vitória alvinegra.

Derrotar o Treze, adversário direto na luta contra o rebaixamento por 2 a 0, melhorando seu saldo de gols e se aproximando do Globo no número de vitórias traz alívio e acalma o ambiente turbulento das últimas semanas...

Não poderia ter sido melhor, não é mesmo?

Ah... o Globo continua o mesmo...

Cada vez mais próximo de começar uma relação super séria com a Série D.

Belisario Betancur, o homem que disse não à FIFA...

Imagem: Autor Desconhecido

Belisario Betancur, o homem que disse não à FIFA

Por Pedro Henrique Brandão/Universidade do Esporte

‘La Mano de Dios’ poderia ter acontecido em Cali ou Medellín e a Argentina poderia ter sido bicampeã do mundo em Bogotá, mas a Colômbia não sediou a Copa do Mundo de 1986, porque Belisario Betancur, presidente colombiano na época, teve coragem de dizer não à FIFA para priorizar necessidades de seu povo.

Em 1974, a Colômbia foi indicada como sede da Copa do Mundo que seria realizada em 1986.

Misael Pastrana Borrero era o homem na cadeira da presidência colombiana e apenas confirmou a vontade da poderosa FIFA, que prolongava seus tentáculos pelo mundo.

Desde a década de 60, a Colômbia passava por uma crise social gravíssima com a guerrilha armada e o narcotráfico assolando o país com uma onda avassaladora de violência.

Mesmo neste cenário, Pastrana Borrero firmou pacto com a FIFA para sediar o Mundial, doze anos mais tarde.

Porém, quando chegou o ano de 1986, o presidente colombiano atendia pelo nome de Belisario Betancur.

Entre 1982 e 1986, Betancur governou a Colômbia em seu período mais conturbado na história, a interação entre a guerrilha armada e o narcotráfico gerava acontecimentos como a tomada do Palácio de Justiça em plena Bogotá.

A ação coordenada pelo grupo armado M19 e financiada por Pablo Escobar, deixou 99 mortos e o clima de terror no ar.

Foi assim que Belisario Betancur negou sediar a Copa do Mundo de 1986.

Preferiu resolver os problemas de seu país, cuidar de seu povo e, como disse em seu histórico discurso que anunciou o veto à Copa, elegeu prioridades:

“Como preservamos o bem público, como sabemos que o desperdício é imperdoável, anuncio a meus compatriotas que o Mundial de Futebol de 1986 não será realizado na Colômbia, mediante democrática consulta sobre quais são nossas reais necessidades. Não se cumpriu a regra de ouro, na qual o Mundial deveria servir à Colômbia, e não a Colômbia à multinacional do Mundial”.

A crise econômica era outro grande problema na Colômbia nos anos 80.

Entre as exigências da FIFA, estavam 12 sedes com estádios de capacidade mínima de 40 mil lugares, que contassem com modernos sistemas de iluminação e que estivessem localizados em cidades equipadas com aeroportos, ferrovias e rodovias – soa familiar ao brasileiro de 2014.

Betancur justificou a desistência se referindo às exigências da FIFA:

“Aqui temos outras coisas para fazer, e não há sequer tempo para atender às extravagâncias da FIFA e de seus sócios. (Gabriel) García Márquez nos compensa totalmente o que perdemos de vitrine com o Mundial de futebol”.

A decisão do presidente colombiano levou a Copa do Mundo ao México, que aproveitou a estrutura existente desde a Copa de 1970, e fez do Estádio Azteca o solo sagrado onde Pelé e Maradona foram campeões do mundo.

Não foi fácil para Belisario Betancur dizer não à FIFA em 1986, como não é fácil para ninguém, até hoje, dizer não à federação máxima do futebol que controla o esporte mais popular e, consequentemente, mais rentável do planeta.

As três últimas Copas são exemplos de países que deveriam ter investido seus bilhões em outras coisas e não em estádios, países que precisavam ter seus Betancur com a coragem necessária para peitar a FIFA e dizer: “aqui temos prioridades, fica para a próxima!”.

Copa do Mundo de Futebol Feminino: Na disputa pelo terceiro lugar a Suécia bate a Inglaterra por 2 a 1...

 Imagem: Joosep Martinson/FIFA/FIFA via Getty Images

Imagem: Richard Seller/PA

Copa América: Argentina vence o Chile por 2 a 1 na disputa pelo terceiro lugar...

Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Arturo Vidal disse antes da partida do Chile diante da Argentina que o terceiro lugar da Copa América 2019 não tinha nenhuma importância...

Nada mais distante da realidade, como se viu depois.

Foi uma batalha interminável de pontapés e empurrões – num desses confrontos, o árbitro Diaz de Vivar expulsou Messi e Medel, quando no máximo deveriam ter recebido o cartão amarelo...

No fim venceu a Argentina por 2 a 1.

Copa Africana de Nações: Com um gol de Lorch, a África do Sul elimina o Egito de Salah e avança para a semifinal

Imagem: Ariel Schalit/AP 

Bahia dá exemplo de transparência e respeito ao seu torcedor...



Comunicado

Sobre Rodrigo Becão e Luis Fernando

O Esporte Clube Bahia comunica duas transferências de atletas formados no clube para o futebol europeu.

Após um ano de empréstimo ao CSKA Moscou-RUS, o zagueiro Rodrigo Becão foi negociado à Udinese-ITA. Pela operação, o Esquadrão receberá cerca de R$ 7 milhões e manteve 15% dos direitos do atleta.

Além disso, o volante Luis Fernando, do time que vem disputando o Brasileirão de Aspirantes, foi comprado pelo Naestved Boldklub-DIN. O Tricolor receberá cerca de R$ 700 mil e manteve 30% dos direitos do atleta.

Copiado do Site do Bahia EC

Copa Africana de Nações: Quartas de Final - Nigéria 3x2 Camarões...

Imagem: Mohamed Abd El Ghany

Dirigente do Blooming foi assassinado, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia...


Nelson Mauriel Álvarez, vice-presidente do Club Blooming, foi assassinado...

Segundo o diário “Página Sete”, motociclistas cercaram o dirigente e dispararam contra ele.

A autoridade informou também que as investigações para determinar a motivação do crime estão em andamento e que já existem vários detidos suspeitos de ter participado do assassinato.

Álvarez era dono de uma empresa de marketing...

Assumiu a vice-presidência e a diretoria de marketing do Blooming após aportar recursos para saldar dívidas do clube e investir na construção de um novo estádio.

quinta-feira, julho 04, 2019

Phill Neville, treinador da Inglaterra, recebeu suas jogadoras com um sorriso e pediu para que não chorassem, pois não tinham nada do que se envergonhar...

Imagem: Marc Atkins/Getty Images 

O dia em que o Brasil adiou a independência dos EUA...

Imagem: Mike Powell/Allsport

O dia em que o Brasil adiou a independência dos EUA

Pedro Henrique Brandão Lopes

Na Copa do Mundo de 1994, há exatos 25 anos, a Seleção dos Estados Unidos enfrentou o Brasil pelas oitavas de final no dia 4 de julho, o feriado da independência americana, e apesar de terem feito jogo duro, perderam e abriram o caminho do Tetra do Brasil.

“Quando o juiz apitou, tive a certeza de que o Brasil seria campeão do mundo”.

É assim que Bebeto se recorda do final da partida entre Estados Unidos e Brasil na Copa do Mundo de 1994. No Stanford Stadium, na tarde de 4 de julho, feriado da independência americana, a seleção americana entrou em campo para enfrentar o Brasil, tricampeão do mundo e dono da escola mais técnica do planeta.

No escaldante verão californiano, ao pino do meio-dia e diante de 84.147 pessoas que foram torcer não apenas por um time, mas para declarar todo seu nacionalismo no feriado da independência, o Brasil encontrou uma Seleção dos Estados Unidos que foi montada pela federação americana que contratou todos os jogadores 1 ano antes da Copa do Mundo.

Uma equipe, portanto, muito entrosada apesar do futebol nos Estados Unidos ainda engatinhar. A atmosfera criada pela data, a retranca americana e principalmente, o calor, equiparou os times em campo.

A (injustamente) contestada seleção dirigida por Carlos Alberto Parreira, sofreu muito para passar pela retranca armada pelos americanos, que tinham apenas o objetivo de segurar o empate e tentar a proeza de eliminar os tricampeões do mundo nas penalidades.

O que já estava muito difícil ficou ainda pior quando o meia Leonardo, perdeu a cabeça e deu uma violenta cotovelada em Tab Ramos.

O jogador americano saiu do gramado direto para o hospital. Imediatamente o árbitro inglês Philip Don, expulsou Leonardo e o Brasil ficou com um homem a menos aos 43 minutos da etapa inicial.


Por conta do diagnóstico de Ramos, que teve a sequência da carreira ameaçada pelas fraturas no crânio, Leonardo foi excluído da Copa do Mundo.

Com um jogador a menos os Estados Unidos se soltaram na partida e o gol dos americanos quase aconteceu, na verdade faltou a tal malandragem aos americanos que não souberam cadenciar o jogo.

Infinitas vezes menos técnicos, os americanos se apoiavam no entrosamento e na obediência tática.

Porém, aos 28 minutos, Romário encontrou uma brecha na estratégia dos donos da casa e passou milimetricamente para Bebeto, o camisa 7 arrumou o corpo e bateu no único lugar possível para aquela bola vencer o goleiro americano, para marcar o 1 a 0.

Na comemoração, Bebeto fala o “eu te amo” mais famoso da história do futebol mundial para agradecer o passe de Romário.

Depois da euforia pelo gol, os brasileiros precisaram segurar a pressão americana por mais 20 minutos para alcançar a vaga e seguir em busca no Tetra que viria 13 dias depois na decisão contra a Itália.

Quarenta e quatro anos depois, o Peru volta a disputar uma final de Copa América...

Imagem: Fernando Bizerra/EPA

Real Madrid e Barcelona disputam Alex Morgan...

Imagem: The Independent

A chegada do Real Madrid ao futebol feminino como o mais novo membro da Liga Iberdrola já causa o primeiro embate com seu rival da Catalunha...

Alex Morgan é o motivo.

A atacante americana passou a fazer parte de lista de Florentino Perez, presidente do Real Madrid, juntamente com Marta e Ada Hegerberg...

Porém, não será fácil para a equipe de Madrid vencer o Barcelona na briga pela atacante.

Morgan em várias ocasiões já demonstrou sua predileção por vestir a camisa azulgrana...

Não será a primeira sua primeira passagem pela Europa, pois já conquistou a Champions League feminina jogando pelo Olympique Lyon.

Copa do Mundo de Futebol Feminino: Jackie Groenen marca o gol da vitória da Holanda sobre a Suécia na semifinal...

Imagem: Richard Heathcote/FIFA via Getty Images

Espanha terá sua primeira árbitra assistente na LaLiga (Primeira Divisão)...

Imagem: Autor Desconhecido

Guadalupe Porras Ayuso fará história na próxima temporada, convertendo-se na primeira árbitra assistente da LaLiga (Primeira Divisão da Espanha) ...

Nascida em Badajoz a pioneira passa a ser referência para as mulheres espanholas que sonham em arbitrar partidas de futebol na primeira divisão.

quarta-feira, julho 03, 2019

Pena que poucos entenderam o gesto de Alex Morgam ao comemorar seu gol... Ela foi brilhante.

Imagem: Catherine Ivill/Fifa via Getty Images

Quando Alex Morgan comemorou seu gol saboreando uma imaginária xícara de xá...

Ela contou para o mundo a história da formação de seu país e lembrou aos súditos da rainha o que os separou.

Copa América: Brasil, melhor, elimina a Argentina...

Imagem: Autor Desconhecido

 Em seus melhores momentos o foi Brasil ousado, mais com a cara do futebol do Brasil...

Por isso, venceu.

A Argentina, decepciona; não é mais como antes, apesar de ter tentado incorporar velhos espíritos na segunda etapa...

Falhou.

Mas não devemos cultivar ilusões:

A Copa América é como os campeonatos estaduais...

Não é parâmetro para absolutamente nada.

Copa Africana de Nações: Sadio Mané, na partida em que Senegal derrotou o Quênia por 3 a 0...

Imagem: Hassan Ammar/AP 

Wimbledon 2019 chegou e trouxe consigo enormes surpresas! Início do terceiro Grand Slam do ano é marcado pelo desfile das zebras por Londres

Imagem: The Independent

Wimbledon 2019 chegou e trouxe consigo enormes surpresas!

Início do terceiro Grand Slam do ano é marcado pelo desfile das zebras por Londres

Por Dyego Lima/Universidade do Esporte

O final de junho e o início de julho é um período aguardado com carinho e ansiedade, todos os anos, pelos fãs de tênis ao redor do mundo.

É nessa época do ano que Wimbledon é disputado.

Além de ser o torneio mais antigo e prestigiado do circuito, traz consigo o charme e o glamour das vestimentas brancas, item obrigatório para os atletas, além da grama bem cortada e cuidada das quadras do complexo de All England Club, em Londres.

O Grand Slam, terceiro dentre os quatro disputados ao longo do calendário anual, é o único realizado nesse tipo de piso.

Ontem, dia 01 de julho, foram iniciadas as chaves principais masculina e feminina da 52° edição do torneio na era aberta.

A 133° de todos os tempos.

Em números, é só mais uma dentre tantas já realizadas.

Porém, para alguns dos tenistas, ela será guardada com apreço na memória.

A zebra passeou pela Inglaterra e ajudou a promover momentos marcantes para os chamados “azarões” nesta primeira rodada de disputas.

Vamos a eles:

          Segunda-feira

- Pela chave masculina, o italiano Thomas Fabbiano, número 89 do mundo, travou uma dura batalha de 3h27min com o grego Stefanos Tsitsipas, sexto no ranking da ATP, revelação do tênis atual, semifinalista do Australian Open de 2019 e um dos candidatos ao título do torneio. O placar ficou em 3 sets a 2, com parciais de 6/4; 3/6; 6/4; 6/7 (8/10) e 6/3. Um dos patrocínios de Tsitsipas afirma que “O impossível não existe”! É o que Thomas Fabbiano agora pensa. Na próxima rodada, o italiano, que nunca passou da terceira rodada de um Grand Slam, vai encarar o veterano croata Ivo Karlovic, de 40 anos.

- Outra revelação que se deu mal logo de cara foi o alemão Alexander Zverev, 5° do mundo e atual campeão do ATP Finals, torneio que reúne os oito melhores do ranking mundial. Acabou derrotado, de virada, por 3 sets a 1 pelo tcheco número 124 do ranking, Jiri Vasely, com parciais de 4/6; 6/3; 6/2 e 7/5 em 2h34min de partida. Foi só a segunda vez na carreira que Vasely derrotou um top 5. Após a triunfo, o tcheco afirmou: “Minha confiança está abaixo de zero no momento”. Na próxima rodada, ele irá enfrentar o uruguaio Pablo Cuevas, número 45 do ranking.

- Na chave feminina, as surpresas foram ainda maiores. A japonesa de 21 anos Naomi Osaka, atual número 2 do mundo, vencedora de dois Grand Slams e primeira asiática na história a se tornar número um do ranking mundial não foi párea para a cazaque Yulia Putintseva. Derrota por 2 sets a zero, em 1h37min, com parciais de 6/7 (4/7) e 2/6. Alcançando a maior vitória da carreira, Putintseva contou: “Eu só preciso aproveitar esse momento que venci uma das melhores jogadoras”. Na próxima rodada, a cazaque enfrenta a suíça número 81 do mundo Viktorija Golubic.  

- Fechando a segunda-feira, um dos acontecimentos mais impressionantes não só da história do tênis, mas dos esportes em geral. A norte-americana Cori Gauff, de apenas 15 anos e número 313 do ranking, já havia feito história ao se tornar a mais jovem da história a alcançar a chave principal de Wimbledon. O sorteio não foi lá muito amigo e promoveu um duelo de juventude x experiência: a colocou frente a frente com seu ídolo de “infância”, compatriota e vencedora de sete Grand Slams, dentre eles cinco do torneio britânico: Vênus Willians. No entanto, a garota não só não se intimidou como chocou: em 1h21min, fez um duplo 6/4 e venceu com autoridade. Em entrevista pós-jogo, Gauff deu a seguinte declaração: “Ela me disse para continuar assim. Eu agradeci a ela por tudo que fez. Eu não estaria aqui se não fosse por ela. Vênus me inspirou e sempre quis dizer a ela, mas nunca tinha sido capaz de fazê-lo”. Na continuação de sua histórica saga, a norte-americana irá encarar a eslovaca Magdalena Rybarikova.

          Terça-feira

- A bruxa continuou solta no dia de hoje e voltou a atacar mais uma revelação do tênis masculino. O austríaco Dominic Thiem, número 4 do mundo e finalista em Roland Garros em 2018 e 2019 foi surpreendido, e de virada, com direito a pneu, perdeu para o norte-americano Sam Querrey, número 65 do ranking. Em 2h32min, as parciais foram de 7/6 (7/4); 6/7 (1/7); 3/6 e 0/6. Na próxima rodada, Querrey enfrentará o russo Andrey Rublev, número 79 do mundo.

- Se faltava cair um experiente entre os homens, não falta mais. O tcheco Thomas Berdych, que já foi quarto no ranking mundial e finalista de Wimbledon em 2010, não resistiu ao norte-americano de apenas 21 anos, Taylor Harry Fritz, que em apenas 1h35min, fez 3 a zero. As parciais foram de 6/4; 6/4 e 6/3. Essa pode ter sido a última partida de Berdych no circuito mundial. Já Fritz, em grande fase, encara o alemão Jan-Lennard Struff na próxima rodada.

- Pelo lado feminino, uma brasileira surpreendeu o mundo. Bia Haddad Maia, atual 121 do mundo, fez um duplo 6/4 em 1h31min e derrotou a espanhola Garbine Muguruza, ex-número 1 do ranking e vencedora de dois Grand Slams, incluindo Wimbledon 2017. Ela possui também um vice na grama sagrada em 2015. Na próxima fase, a jovem de 23 anos enfrentará uma tenista da casa: a britânica Harriet Dart, número 182 do mundo.

- Fechando as surpresas da primeira rodada de competições, a russa Maria Sharapova, uma das tenistas mais renomadas do mundo, não resistiu a uma lesão. Ex-número 1 do mundo e dona de cinco títulos e cinco vices de Grand Slams, ela deixou o mundo de boca aberta ao derrotar Serena Willians na Final de Wimbledon de 2004 com apenas 17 anos. A mais jovem campeã da história do torneio. Enfrentando a francesa Pauline Parmentier, Sharapova ganhou o primeiro set por 6/4 e perdeu o segundo por 6/7 (4/7). Quando o set decisivo apontava 0/5 para Pauline, Sharapova se viu obrigada a abandonar a partida por uma contusão no cotovelo. Classificada, Parmentier irá enfrentar a espanhola Carla Suarez-Navarro, atual 31 do mundo.

Com o torneio ainda em seu início, aguardemos quais surpresas Wimbledon 2019 ainda nos reserva.

Copa Africana de Nações: Madagascar 2x0 Nigéria...

Imagem: Giuseppe Cacace/AFP/Getty Images

Capitã do Young Boys e da seleção suíça de futebol feminino encontrada sem vida no lago de Como, na Itália...

Imagem: Autor Desconhecido

Desaparecida desde sábado, depois de ter mergulhado nas águas no lago de Como, na Itália, a jogadora do Young Boys Bern e da seleção suíça de futebol feminino Florijana Ismaili foi encontrada nesta terça-feira sem vida a 204 metros de profundidade pelas autoridades italianas.

Capitã do Young Boys, Ismaili tinha 24 anos.

De acordo com o 'Corriere della Sera', o trágico desaparecimento da jogadora aconteceu na manhã de domingo, quando a atleta suíça e uma colega de equipe decidiram alugar um barco inflável para passear no lago.

Segundo o testemunho de sua amiga, Ismaili jogou na água em determinado momento, e não mais voltou à tona.

Imediatamente mobilizadas para o local, as equipes de resgate usaram mergulhadores na tentativa de encontrar a jogadora, mas como estes apenas podiam mergulhar até aos 50 metros acabaram por colocar em ação um veículo autônomo capaz de superar os 200 metros.

Foi quando o corpo de Ismaili acabou encontrado.

segunda-feira, julho 01, 2019

Série D... América 0x0 Jacuipense - Então, América, como é que fica?

Imagem: Globoesportecom

O Esporte Clube Jacuipense foi o primeiro time, que mesmo mantendo cuidados com sua defesa, não se acovardou diante do América, jogando em Natal...

Veio para beliscar e, não fosse pelo Everton, teria beliscado.

O empate em 0 a 0 foi péssimo...

Deixar para resolver lá em Riachão do Jacuípe, cidadezinha de ‎33 403 habitantes, situada a 186 km de distância de Salvador, no acanhado Estádio Municipal Eliel Martins, com capacidade para 5.000 torcedores, não foi a melhor das opções.

Portanto, quando disserem que vai dar certo, desconfie...

No fundo, quem diz, está tentando passar uma segurança que não tem.

Da mesma forma desconfie de quem afirma que não há motivo para desespero... 

Há sim.

Afinal, o sonho maior é rubro...

O Jacuipense não tem a mesma tradição do América, não sofrerá nenhum abalo em suas estruturas, caso não suba.

Certamente, Riachão do Jacuípe não vai ficar de luto em caso de derrota...

Vão sentir, mas não tanto como por aqui.

Talvez tenha sido essa a razão da quietude da maioria dos americanos na internet e da insegurança perceptível daqueles que se manifestaram nas redes sociais...

Foi susto grande.

Aliás, o que mais assustou a torcida do América não foi o resultado ruim...

Mas o medo de estar diante da real possibilidade de descobrir que tudo não passou de mais uma doce ilusão.

Copa Africana de Nações: Egito 2x0 Uganda...

Imagem: Amr Abdallah Dalsh/Reuters

Por sorte, não morreu... tomara sirva de lição e ele aprenda a pensar.

Imagem: Pedro Vitorino

Final da Eurocopa Sub-21 - Espanha 2x1 Alemanha...

Imagem: Denis Doyle/UEFA/UEFA via Getty Images

Fernando Redondo e suas peculiaridades com a Copa do Mundo...

Imagem: Brunskill/Getty Images

Fernando Redondo e suas peculiaridades com a Copa do Mundo

Por Marcos Vinicius/Universidade do Esporte

Todo jogador de futebol tem um sonho: jogar ao menos uma copa do mundo.

É o ápice para todo atleta.

E se eu te falar que um jogador argentino que responde pelo nome de Fernando Redondo, rejeitou jogar não uma, mas duas Copas do Mundo, você acreditaria?

Na Copa do Mundo de 1990, que aconteceu na Itália, o ex-meio-campista, que na época atuava no Argentinos Juniors, preferiu prosseguir a sua formação acadêmica em economia, ao invés de disputar a competição.

Em entrevista ao portal La Nacion, Redondo relembrou do fato, e a justificativa para preferir os estudos a seleção foi que, era apenas a pré-convocação para Copa do Mundo, e que tinha de fazer uma escolha, porque não daria para jogar a Copa e estudar ao mesmo tempo.

Nos bastidores, o que se fala é que havia uma divergência do jogador com a metodologia defensiva de Carlos Bilardo, entretanto, Redondo desmente o fato, mas deixa a "pulga atrás da orelha" se realmente não foi por uma escolha ou por ter divergências com os métodos de Bilardo, que conseguiu o vice campeonato daquela Copa.

Porém, ele não concluiu a graduação, porque se transferiu para o modesto Tenerife da Espanha, em uma das maiores lambanças da diretoria do Argentinos Juniors, que esqueceu de renovar com o craque argentino, deixando o jogador sair a custo zero.

Passaram oito anos da primeira recusa e a Copa do Mundo aconteceu novamente no continente europeu, o país sede daquela vez foi a França.

A história se repetiu, mas em um contexto bem diferente da primeira ocasião.

Daniel Passarela era o treinador em 1998 e exigiu que todos os jogadores que fossem convocados e tivessem cabelos longos, cortassem para ficar com os cabelos curtos aos moldes do treinador.

Redondo que tinha acabado de vencer a Champions League pelo Real Madrid, sendo apelidado de "El Príncipe", se recusou a cortar suas longas madeixas e não se submeteu ao autoritarismo de Passarela, que não o convocou, dando a desculpa que o "El Príncipe" não queria jogar na lateral esquerda.

Só que verdade seja dita, Passarela fazia da Albiceleste seu quartel general, sendo ele o comandante e os jogadores seus soldados.

Com esse modo tirânico de comandar a Argentina, o máximo que Passarela conseguiu foi chegar nas quartas de final daquele Mundial, quando perdeu para a Holanda por 2 a 1.

Mesmo com a recusa em jogar as edições de 1990 e 1998, Fernando Redondo, ainda assim conseguiu jogar uma Copa do Mundo, em 1994, em que o Brasil chegou ao tetra, e a Argentina não passou das oitavas sendo eliminada pela Romênia de Hagi, por 3 a 2, jogo que encerrou a única participação de Fernando Redondo, "El Príncipe", em Copas do Mundo.