Imagem: Brunskill/Getty Images
Fernando
Redondo e suas peculiaridades com a Copa do Mundo
Por Marcos
Vinicius/Universidade do Esporte
Todo jogador
de futebol tem um sonho: jogar ao menos uma copa do mundo.
É o ápice
para todo atleta.
E se eu te
falar que um jogador argentino que responde pelo nome de Fernando Redondo,
rejeitou jogar não uma, mas duas Copas do Mundo, você acreditaria?
Na Copa do
Mundo de 1990, que aconteceu na Itália, o ex-meio-campista, que na época atuava
no Argentinos Juniors, preferiu prosseguir a sua formação acadêmica em
economia, ao invés de disputar a competição.
Em entrevista
ao portal La Nacion, Redondo relembrou do fato, e a justificativa para preferir
os estudos a seleção foi que, era apenas a pré-convocação para Copa do Mundo, e
que tinha de fazer uma escolha, porque não daria para jogar a Copa e estudar ao
mesmo tempo.
Nos
bastidores, o que se fala é que havia uma divergência do jogador com a metodologia
defensiva de Carlos Bilardo, entretanto, Redondo desmente o fato, mas deixa a
"pulga atrás da orelha" se realmente não foi por uma escolha ou por
ter divergências com os métodos de Bilardo, que conseguiu o vice campeonato
daquela Copa.
Porém, ele
não concluiu a graduação, porque se transferiu para o modesto Tenerife da
Espanha, em uma das maiores lambanças da diretoria do Argentinos Juniors, que
esqueceu de renovar com o craque argentino, deixando o jogador sair a custo
zero.
Passaram oito
anos da primeira recusa e a Copa do Mundo aconteceu novamente no continente
europeu, o país sede daquela vez foi a França.
A história se
repetiu, mas em um contexto bem diferente da primeira ocasião.
Daniel
Passarela era o treinador em 1998 e exigiu que todos os jogadores que fossem
convocados e tivessem cabelos longos, cortassem para ficar com os cabelos
curtos aos moldes do treinador.
Redondo que
tinha acabado de vencer a Champions League pelo Real Madrid, sendo apelidado de
"El Príncipe", se recusou a cortar suas longas madeixas e não se
submeteu ao autoritarismo de Passarela, que não o convocou, dando a desculpa
que o "El Príncipe" não queria jogar na lateral esquerda.
Só que
verdade seja dita, Passarela fazia da Albiceleste seu quartel general, sendo
ele o comandante e os jogadores seus soldados.
Com esse modo
tirânico de comandar a Argentina, o máximo que Passarela conseguiu foi chegar
nas quartas de final daquele Mundial, quando perdeu para a Holanda por 2 a 1.
Mesmo com a
recusa em jogar as edições de 1990 e 1998, Fernando Redondo, ainda assim
conseguiu jogar uma Copa do Mundo, em 1994, em que o Brasil chegou ao tetra, e
a Argentina não passou das oitavas sendo eliminada pela Romênia de Hagi, por 3
a 2, jogo que encerrou a única participação de Fernando Redondo, "El
Príncipe", em Copas do Mundo.
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