segunda-feira, abril 13, 2020

Rússia oferece hospedagem para torneios cancelados por coronavírus...

Imagem: Sputnik

O ministro do Esporte da Rússia, Oleg Matitsin, ofereceu seu país para sediar os torneios que foram cancelados em todo o mundo devido à pandemia de coronavírus e expressou "esperança" de que o esporte ensine a "solidariedade" que o caracteriza em " tempos tão complicados para toda a sociedade.

"Espero que a solidariedade do esporte mundial, diante da crise dos coronavírus, esteja pronta para nos ajudarmos mutuamente", disse Matitsin em uma entrevista coletiva realizada na agência Rossiya Segodnya...

Nesse sentido, e dadas as restrições impostas em todo o mundo, a Rússia se oferece para sediar os mais de "1.000 eventos esportivos "que não puderam ser realizados.

Espanha 1982... Paolo Rossi elimina da Copa do Mundo uma das melhores seleções que o Brasil já montou...

Imagem: Colaimages/Alamy

Morreu Peter Bonetti, ídolo do Chelsea nos anos 60 e 70...

Imagem: Mirrorpix/Getty Images

Estrela do Chelsea nas décadas de 1960 e 1970, o ex-goleiro Peter Bonetti morreu neste domingo, aos 78 anos...

O comunicado do clube, informa que Bonetti enfrentava uma doença não especificada há alguns anos.

Bonetti, foi um inovador defendendo o gol do Chelsea, foi um dos primeiros a usar luvas... 

Com estatura inferior a 1,80, era preciso nas saídas do gol e hábil ao jogar cobrindo os zagueiros.

Peter Bonetti fez parte da seleção inglesa entre anos 60 e 70...

Disputou duas Copas do Mundo: a de 1966, quando a Inglaterra venceu – e 1970.

Bonetti fez apenas 7 jogos pelo time inglês...

Mas não por falta de qualidade, e sim, porque o titular se chamava Gordon Banks.

Título das carreira de Peter Bonetti

Chelsea 
Copa da Liga Inglesa: 1965
Copa da Inglaterra: 1970
Recopa Europeia: 1971

Inglaterra
Copa do Mundo: 1966

 Imagem: Popperfoto/via Getty Images

domingo, abril 12, 2020

Kevin Keegan e goleiro Maik Taylor... Fulham FC - Temporada 1998/1999.

Imagem: Andy Budd/Action Images 

Treinadores ingleses pedem testes para poder voltar a jogar...

Imagem: The Scottish Sun

Treinadores Premier League pedem teste para voltar a jogar...

A Associação Inglesa de Treinadores de Futebol (LMA) reconheceu que existem prioridades antes do retorno da competição, mas para o presidente Richard Bevan (foto), o retorno só deve acontecer depois que todos os jogadores forem avaliados.

Tottenham Hotspurs 2x3 Coventry City... Final da Copa da Inglaterra de 1987 - Houchen marca para o Coventry, enquanto ao fundo, Ardilles observa.

Imagem: PA - PA Archive/Press Association Ima 

Na Espanha a volta do futebol poderá acontecer entre o final de maio e o início de junho...


A Liga espanhola ainda não tem uma data para recomeçar...

Mas tudo indica que será entre o final de maio e o início de junho.

Tanto a Liga quanto a Federação e a Associação dos Futebolistas Espanhóis (AFE) mantiveram contatos para ver os protocolos que as equipes terão que seguir para que a competição seja retomada...

A cautela tem marcado as declarações dos dirigentes.

Lee Bowyer e Kieron Dyer vestiam a mesma camisa, mas não gostavam muito um do outro...

Imagem: Laurence Griffiths/Getty Images

A empresa organizadora da International Champions Cup, torneio de pré-temporada realizado nos Estados Unidos e nos países asiáticos, suspende torneio...


A empresa organizadora da International Champions Cup, torneio de pré-temporada realizado nos Estados Unidos e nos países asiáticos, anunciou que vê a disputa do torneio "inviável" no próximo verão devido à crise do coronavírus...

A declaração foi divulgada site oficial da Relevent Sports por meio de carta assinada pelo CEO da empresa, Daniel Sillman.

"Caros fãs, estamos devastados com a morte de tantas pessoas por conta do maldito COVID-19, e nossos pensamentos se voltam para todos os afetados nesses tempos difíceis", disse ele...

"A saúde e a segurança em nossos jogos são sempre a coisa mais importante. A falta de clareza sobre quando o distanciamento e o confinamento social terminarão e a situação incerta do calendário do futebol, com a possibilidade de as ligas europeias e as competições da UEFA só retornarem em agosto, tornam inviável o planejamento da Copa dos Campeões Internacionais deste verão ", acrescentou.

sábado, abril 11, 2020

Mané e Salah observam, enquanto a defesa do Tottenham se enrola...

Imagem: Andrew Powell/Liverpool FC via Getty Images

Willy Sagnol fala sobre sua decepção com Zidane na final da Copa de 2006...

Imagem: Autor Desconhecido

Em entrevista à ‘Radio Montecarlo’, Willy Sagnol, ex-jogador da seleção francesa relembrou o jogo da final do Mundial 2006, diante da Itália...

"Tenho a melhor e a pior lembrança desse jogo. Lembro-me do pênalti do Zidane. Quando você faz que ele fez, cobrando a penalidade como o Panenka, na Euro de 76, o risco é enorme. O meu primeiro pensamento era de que ele estava completamente louco. Marcou e eu fiquei muito feliz", disse o ex-lateral-direito.

Willy Sagnol admite que no final da partida não quis ouvir o pedido de desculpas que Zidane fez ao grupo – sobre ter sido expulso ao aceitar a provocação de Materazzi – e que se refugiou no banheiro para fumar "250 cigarros em dez minutos"...

"Entrei no vestiário, depois de perder o jogo, e tinha ali, alguém a falar e a pedir desculpas, mas eu não conseguia ouvir. Estava decepcionado, recolhido no meu próprio mundo (…) não queria aceitar as suas desculpas, nem conversar com ele. Não era o momento para isso. Tive de ir ao banheiro fumar 250 cigarros em dez minutos. Foi dessa forma que eu fugi de tudo o que estava a acontecendo", revelou.

O momento foi de tal forma significante para os dois jogadores que até ficaram sem se falar durante dois anos...

Só um pedido da mulher de Willy Sagnol é que mudou tudo.

"Não nos falávamos a quase dois anos. Em 2008, depois do Campeonato da Europa, me casei. A minha esposa disse para eu convidá-lo. Liguei. Ele não podia chegar a tempo, na festa, mas fiquei feliz por vê-lo chegar na manhã seguinte. Comemos alguma, tivemos uma boa conversa e tudo voltou à normalidade entre nós", concluiu.

Imagem: Autor Desconhecido

Sir Kenny Dalglish, ídolo do Liverpool, testa positivo para o covid-9... porém permanece assintomático.

Imagem: Kieran McManus/BPI Rex Shutterstock

Adidas se une à Carbon na produção de máscaras contra covid-19...

Imagem: Autor Desconhecido

Adidas se une à Carbon na produção de máscaras contra Covid-19

Ao todo, serão fabricadas 18 mil máscaras por semana em impressoras 3D

Por Redação do Máquina do Esporte

A Adidas anunciou, nesta quarta-feira (8), um movimento em parceria com a empresa de tecnologia Carbon para fabricar máscaras faciais, que estão em falta em todo o mundo e são uma das principais armas no combate à pandemia do coronavírus.

Ao todo, serão fabricadas 18 mil máscaras por semana com a ajuda de impressoras 3D.

A parceria entre as duas marcas existe desde 2017, quando se associaram com o objetivo de cocriar e desenvolver tênis esportivos de alto desempenho, impressos em 3D.

Desde o fim de março, a Carbon passou a alterar toda a produção em suas fábricas localizadas na Califórnia, nos EUA, concentrando o trabalho no desenvolvimento de suprimentos médicos para socorristas e profissionais da saúde.

De acordo com a empresa, as estruturas de grade impressas em 3D podem reduzir drasticamente o uso de material, acelerar o tempo de impressão e melhorar o conforto de pacientes e profissionais de saúde.

Além disso, a Carbon compartilhou arquivos de impressão com toda a sua rede global para que qualquer pessoa com acesso a uma impressora e material da marca possa criar protetores faciais e atender às necessidades em sua área local.

A Adidas, por sua vez, está apoiando e ajudando nos esforços da Carbon para doar as máscaras para organizações de saúde dos EUA, socorristas e comunidades carentes que têm uma necessidade maior e não possuem acesso aos suprimentos adequados.

A marca alemã ainda divulgou que fez doações para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Fundação para o Desenvolvimento da Juventude da China, hospitais na Coreia do Sul e, também à Cruz Vermelha.

Segundo a empresa, esforços emergenciais adicionais estão sendo feitos a favor de colaboradores e consumidores em todo o mundo e durarão até o fim da pandemia.

Norman Hunter (76) campeão do mundo pela Inglaterra em 1966 encontra-se hospitalizado depois de ter testado positivo para o covid-19

Imagem: Autor Desconhecido

Mesut Özil versus José Mourinho...

Imagem: Autor Desconhecido

A admiração de Mesut Özil por José Mourinho quase todo mundo conhece...

Trabalharam juntos no Real Madrid e o meio campista alemão acabou fã dos métodos do treinador.

Contudo, esse respeito não foi o bastante para evitar uma discussão mais acalorada entre ambos...

O fato aconteceu durante o intervalo da partida entre o Real Madrid e o La Corunha.

- "Acha que fazer dois passes bons é suficiente? Acha que é assim tão bom que acertar 50 por cento dos passes é suficiente?", perguntou Mourinho, a Özil, segundo lembra o jornal Marca e que faz parte da autobiografia do alemão...

- "Quero que você jogue como sabe jogar, quero que vá na bola como um homem. Sabe como é que se disputam as bolas divididas? Não? Então vou te ensinar", prosseguiu, Mourinho.

Foi quando Özil reagiu...

- "Se você é assim tão genial, vá jogar! Aí está a camisa, veste-a e boa sorte", respondeu o jogador.

- "Vais entregar agora? Você é um covarde. Quer ficar sozinho ou prefere mostrar aos teus companheiros, aos torcedores e a mim o que pode fazer? Você é um chorão, vai tomar um banho. Não precisamos de você", concluiu Mourinho.

No livro, Özil acabaria por reconhecer:

- "Naquele momento odiei Mourinho, mesmo sabendo que o adorava".

sexta-feira, abril 10, 2020

Art Football - Parte 1...

Arte: Danniel Gonchar

Jogadores da Premier League criam fundo para doação de dinheiro para o Serviço Nacional de Saúde (NHS), o sistema público de saúde britânico...


Jogadores que disputam a Premier League anunciaram a criação e um fundo para auxiliar o Serviço Nacional de Saúde (NHS), o sistema público de saúde britânico...

O projeto #PlayersTogether foi anunciado por alguns dos principais nomes da seleção da Inglaterra, como Harry Kane (Tottenham), Jordan Henderson (Liverpool) E Marcus Rashford (Manchester United) em seus Twitters pessoais.

 A ideia é que jogadores da Premier League façam doações destinadas ao NHS...

O dinheiro será utilizado a pelo sistema de saúde da que melhor contribuir no combate ao covid-19.

"Ao longo da semana passada, nós mantivemos inúmeras conversas com a ideia de criar um fundo de contribuição que poderá ser usado para distribuir dinheiro para onde é mais necessário nesta crise do Covid-19, ajudando aqueles que lutam por nós na linha de frente do NHS, bem como em outras áreas importantes da saúde. Este é um momento crítico para o nosso país e para o NHS, e estamos determinados a ajudar da maneira que pudermos. Podemos confirmar que, depois de extensas conversas entre um grande número de jogadores de todos os clubes da Premier League, criamos nossa própria iniciativa coletiva de jogadores, o #PlayersTogether, e fizemos uma parceria com o NHS Charities Together (NHSCT) para ajudá-los com a distribuição de fundos de forma rápida e eficiente para onde eles são mais necessários", diz o documento divulgado nessa quinta-feira (9).



Imagens de um jogo entre o Newcastle United (camisas listradas) e o Liverpool, em 1901... (vídeo enviado pelo jornalista José Vanilson Julião).

Estádio Sarriá... Antonio Cabrine, Claudio Gentile e Zico - 1982.

Imagem: Colorsport/Shutterstock

Trailer do documentário “Sadio Mané: Made in Senegal”, lançado pela Rakuten TV e pelo Canal+...

All-American Soap Box Derby... Akron - Ohio

Imagem: Phil Long/AP

Wimbledon será ressarcido pelo cancelamento da edição 2020 por conta do novo coronavírus...


100 milhões de libras é o valor que Wimbledon receberá pelo cancelamento da edição 2020...
   
O torneio de tênis possui seguro contra pandemia.

Fonte: Máquina do Esporte

quinta-feira, abril 09, 2020

O céu "ardia" sobre o Great America Ball Park... Cincinnati - Ohio.

Imagem: Jamie Sabau/Getty Images 

A Accor Hotels envia maiores esclarecimentos sobre o acordo com o Paris Saint-Germain...



Recebi da assessoria de imprensa da Accor por meio da assessora, Sthefany Oliveira o posicionamento oficial da empresa em relação a postagem “Paris Saint-Germain terá cota reduzida por conta do covid-19”, publicada ontem (08) no blogue...

Abaixo os esclarecimentos da Accor Hotels:

"A Accor pagou toda a temporada de 2019/2020 ao PSG, de acordo com os vínculos contratuais entre o Grupo e o Clube. O Grupo está muito orgulhoso de estar associado ao PSG. Para a próxima temporada, a Accor permanecerá ao lado do seu parceiro enquanto leva em consideração o desenvolvimento dessa dramática situação e a retomada da temporada."

As novas regras que serão aplicadas ao futebol a partir de junho...


A International Football Association Board (IFAB) divulgou nessa quarta-feira as novas regras que serão aplicadas no futebol a partir de 1 de junho...

As alterações serão obrigatórias para as competições e jogos disputados a partir de 1 de junho próximo, porém com a possibilidade de duas hipóteses serem aplicadas nas competições de 2019/2020 que tenham jogos após o primeiro dia de junho: ou terminar a temporada aplicando as leis anteriores ou adotar desde logo as novas regras.

O regulamento respeitará o calendário europeu...

Como no Brasil as competições estarão em andamento, a CBF pleiteia junto a FIFA poder colocar em prática as novas determinações em meio aos seus campeonatos.

Substituição
Com a intenção de acelerar o jogo, os jogadores que forem substituídos terão de sair de campo obrigatoriamente pela linha mais próxima, não exatamente pelo centro, a não ser que o árbitro autorize o atleta.

Cartões para a comissão
Os membros da comissão técnica poderão ser advertidos com cartão amarelo.
Até então, o árbitro só tinha duas opções: advertência verbal ou expulsão.

Bola ao chão
A bola ao chão agora não terá disputa.
A bola será ‘dada’ apenas ao último jogador a tocar na bola antes da paralisação.
Se for dentro da área, o goleiro ficará com a bola.
A ideia é amenizar o que jogadores usem a desculpa do fair play para devolver a bola ao adversário em um local longe da jogada inicial.

Tiro de meta
Os jogadores poderão tocar na bola e dar sequência a partida mesmo de dentro da área após a cobrança do tiro de meta.
Não será mais necessário esperar a bola ultrapassar o espaço demarcado.

Mão na bola
O toque de mão ou braço na bola será considerado faltoso mesmo quando sem intenção ou involuntário. Isso valerá para toques que barram uma finalização ou passe e, também para gols ou lances que originem uma jogada de gol.
Em qualquer desses casos, o árbitro terá de marcar a infração.
A ideia é tornar esse tipo de lance menos interpretativo.
O toque de mão ou braço na bola só não deverá ser marcado nos casos já previstos, que atentam sobre braço junto ao corpo, proximidade entre o chutador e o marcador, aliado a velocidade do chute.

Cobrador de pênalti
Se um cobrador de um pênalti precisar de atendimento médico, ele poderá regressar ao campo para cobrar a penalidade.
Antes, esse jogador era obrigado a aguardar o reinício do jogo.

Cara ou coroa
O vencedor da disputa escolherá a bola ou o campo.
Antes dessa mudança, o vencedor só podia escolher o campo.

Vantagem no cartão amarelo e vermelho
O árbitro não precisa mais aplicar os cartões antes das cobranças das eventuais faltas.
O homem do apito poderá dar vantagem a uma cobrança rápida e deixar para mostrar o cartão após a conclusão do lance.

Barreira
Nas cobranças de faltas, os jogadores do time detentor da cobrança terão de ficar pelo menos a um metro dos atletas adversários que compuserem a barreira.
Isso para evitar empurrões em cima daqueles que estão ali para interceptar o chute.

Cobrança de pênaltis
O goleiro não precisará mais ter os dois pés em cima da linha de fundo até o momento da batida na bola.
Bastará apenas um pé.
O outro poderá ser usado para o impulso do arqueiro.

Recuo para o goleiro
Após recuo de bola ou cobrança de lateral de um time para o seu goleiro e esse goleiro errar a tentativa de um chute, ele poderá, então, pegar a bola com as mãos.

Comemoração
Os árbitros deverão aplicar cartão amarelo em caso de exagero na comemoração de um gol mesmo que o lance tenha sido anulado.

Com informações da Gazeta Esportiva

Copa do Mundo de 1982... Falcão, Junior e Zico comemoram o gol de Sócrates contra a Itália.

Imagem: Colorsport/Shutterstock 

1947: o ano que (quase) congelou o futebol inglês... As imagens são da partida Chelsea versus Blackpool.

Imagem: Central Press/Getty Images

1947: o ano que (quase) congelou o futebol inglês

O inverno europeu mais rigoroso em 40 anos, levou o Reino Unido a pensar em parar o futebol, porém, o frio não apenas não paralisou a disputa, como aquele campeonato terminou de forma quente e com a quebra do jejum de 24 anos sem títulos do Liverpool

Por Pedro Henrique Brandão Lopes/Universidade do Esporte

O futebol inglês ficou paralisado durante a Segunda Guerra Mundial.

Desde o campeonato de 1940, que foi interrompido na terceira rodada em razão da eclosão do conflito, até a decisão de retomar a disputa no verão de 1946, os ingleses ficaram longos seis anos sem sua grande criação e paixão esportiva.

Após a guerra, além de destruída em infraestrutura, a Inglaterra também estava arrasada animicamente, mesmo saindo como uma das vencedoras, a miséria havia tomado conta de grande parte da população.

A história mostra que ninguém sai de uma guerra imune aos seus efeitos colaterais e não foi diferente com os britânicos.

Para levantar o ânimo das pessoas e retornar à normalidade, nada como mexer com o histórico de atleta das pessoas, por isso, logo no ano seguinte ao fim da guerra, o Campeonato Inglês foi retomado.

Porém, quando a temporada se aproximava da metade, o clima virou para um rigoroso inverno.

Foram 55 dias consecutivos de neve no Reino Unido, as temperaturas eram as menores registradas desde 1910 e convivendo ainda com a destruição da Segunda Guerra, as pessoas precisaram enfrentar um longo período de reclusão para se preservarem do frio cortante daquele inverno.

O governo interveio e paralisou a atividade industrial.

Com as fábricas fechadas, a paralisação se estendeu para ferrovias e estradas, a energia elétrica passou a ser racionada e o desabastecimento tornou-se ser rotina dos britânicos.

A vida não era das mais fáceis naqueles dias e o principal entretenimento do povo estava ameaçado.

As nevascas deixavam os gramados em estado impraticável para o futebol, além disso, o frio tornava humanamente impossível a permanência nas arquibancadas de qualquer estádio e o desemprego impedia que os trabalhadores comprassem os ingressos.

Até março o inverno foi cruel, mas a aproximação da primavera melhorou o cenário.

Foi quando o governo ordenou que a atividade industrial fosse retomada a todo vapor.

Para isso, porém, era preciso contar com 100% da força de trabalho das pessoas e, nesse contexto, os esportes populares foram considerados como “distrações desnecessárias”.

Os esportes que mais concentravam as massas eram futebol, hóquei no gelo, rúgbi union, rúgbi league e as corridas de carros, cavalos e cachorros.

Por isso, no dia 12 de março de 1947, o Ministério do Interior reuniu os dirigentes dessas modalidades e determinou a realização de jogos apenas aos finais de semana.

O críquete, também muito popular no país, foi deixado de fora da proibição, pois era um esporte considerado dos idosos, ou seja, de pessoas fora da faixa etária de força de trabalho.

A decisão não foi bem recebida entre a população e os dirigentes como Will Cearns, presidente do West Ham e, também, diretor do estádio de corridas de cachorro de Wimbledon, que reclamou, como recordou o Jornal The Guardian:

“O efeito moral sobre as pessoas poderia ser desastroso. A ideia toda é inacreditável. Acredito que a opinião contra o banimento dos esportes no meio da semana será tão forte que nunca entrará em vigor”.

Mesmo sob protestos dos torcedores e dos dirigentes, a proibição de jogos durante a semana vigorou e, com isso, organizadores precisaram readequar as disputas ao novo calendário disponível.

Poderia parecer fácil remarcar o restante das datas aos fins de semana, mas como o inverno havia sido bastante rigoroso, muitos jogos já tinham sido adiados e naquele momento era imprescindível que as datas no meio da semana estivessem livres para que a disputa se encerrasse até o início de maio, como era tradicional.

Os dias que antecederam e as semanas seguintes à reunião com o Ministério do Interior, foram de nevascas intensas e causaram mais adiamentos por falta de condições dos gramados encharcados.

Foram sete rodadas consecutivas com jogos remarcados em função do clima ruim.

Outro grande problema enfrentado pela Football League, era o desnivelamento da tabela.

Havia diferenças que chegavam a oito rodadas como no caso do Blackpool, que havia disputado 34 jogos, enquanto o Sheffield United havia jogado apenas 26 partidas.

Por tudo isso, aquela temporada de 73 atrás se aproxima muito da situação atual da Premier League, paralisada em razão da pandemia do novo coronavírus, e colocou um dilema na continuidade da competição.

Em 1947, porém, havia a alternativa — que não há hoje — de jogar com portões fechados durante a semana, mas isso não era atrativo para os clubes que dependiam financeiramente quase que exclusivamente das bilheterias e vinham do duro inverno com públicos menores que o de costume e, portanto, com os cofres abalados.

Outra opção era suspender a disputa e declarar um campeão, ou seja, o mais bem colocado àquela altura. Isso, porém, seria muito injusto por conta do desnivelamento de rodadas entre as equipes, além de influenciar na forma de como decidir os rebaixamentos e os acessos.

Uma terceira alternativa era esticar a temporada até o início do verão, ou seja, ao invés de acabar no início de maio, o campeonato deveria se estender até meados de junho.

Dessa maneira, por unanimidade, prorrogar o final da temporada foi a decisão tomada entre clubes e dirigentes da liga.

Porém, há uma diferença substancial daquela oportunidade para os dias atuais: não sabemos quando a pandemia vai passar e, além disso, em 1947 os finais de semana estavam livres para jogos.

Por isso, atualmente, o Liverpool torce pelo fim da temporada 2019/2020 para ser declarado campeão num cenário muito diferente de 1947, pois os times disputaram a mesma quantidade de jogos e a diferença do líder para o vice-líder é grande.

Entretanto, se o cancelamento da temporada tivesse sido a solução do dilema de 73 anos atrás, o Liverpool não teria comemorado o fim do incômodo jejum de 24 anos sem conquistas, o segundo maior da história dos Reds.

Foi na base de uma imensa reviravolta, porém, que o Liverpool buscou o título da temporada 1946/47.

Tudo começou antes mesmo da temporada iniciar com uma excursão dos Reds aos Estados Unidos, a ida a América serviria como preparação nos jogos contra adversários locais, mas acabou servindo para que os jogadores pudessem aproveitar uma vantagem do outro lado do Atlântico: a boa alimentação.

A guerra e o inverno fizeram um racionamento de comida vigorar na vida dos ingleses, mas na América, o abastecimento estava normalizado e a delegação do Liverpool se alimentou como nenhum outro clube da Inglaterra.

Ao fim da viagem, os jogadores tinham ganho em média cerca de seis quilos e estavam mais fortes e saudáveis do que os subnutridos britânicos.

Apesar de não ser um dos favoritos ao título, aquele Liverpool contava com figuras como Bob Paisley, nome lendário no clube como treinador e que atuava como zagueiro, era treinado por George Kay, que comandou os Reds por quase duas décadas, foi também a temporada de estreia de Billy Liddell, um dos maiores ídolos do clube, e na frente, uma dupla responsável por gols e mais gols: Jack Balmer e Albert Stubbins.

Stubbins viveria uma fase goleadora na retomada dos jogos adiados e terminaria como artilheiro da competição.

O primeiro goleador no pós-guerra, feito que lhe garantiu outra honraria: ser o único esportista na capa de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, o lendário disco dos Beatles.

Quando o Ministério do Interior ordenou que os jogos durante a semana não fossem realizados, o Liverpool estava na segunda colocação.

O Wolverhampton liderava com quatro pontos de vantagem e uma partida a menos.

Empatado em pontos e atrás do Liverpool apenas no critério desempate, o Blackpool ocupava o terceiro lugar.

Na perseguição aos três vinha um grupo com Middlesbrough, Manchester United e Stoke City.

A arrancada dos Reds, porém, não aconteceu logo no início do novo calendário, pelo contrário, na verdade os primeiros jogos mostraram uma certa oscilação.

A data que pode ser mencionada como o ponto de virada na temporada do Liverpool, é o dia 7 de abril de 1947, quando venceu o Preston por 3 a 0.

Daí em diante, o Liverpool emendou uma sequência de oito partidas com sete vitórias e um empate.

Mas como as vitórias valiam apenas dois pontos, mesmo essa sequência invicta não foi suficiente para que o time da terra dos Beatles despontasse.

Ainda mais com a boa fase e as campanhas de recuperação dos adversários mais próximos na classificação como Wolverhampton, Manchester United e Stoke City, que no final de abril disputavam palmo a palmo a liderança.

A derrocada do Stoke começou quando as desavenças entre o lendário Stanley Matthews e o treinador Bob McGrory atingiram o ponto de o jogador pedir para ser vendido.

Em 10 de maio, foi disputada uma partida entre Reino Unido e um selecionado do resto da Europa, no Hampden Park.

O negócio foi fechado na manhã dessa partida, faltando apenas três jogos para o fim da participação do time na competição.

O desfalque enfraqueceu um concorrente pelo título.

No final de semana de 17 maio, o campeonato estava mais do que embolado.

A diferença entre o líder e o quarto lugar era de apenas um ponto.

O Wolverhampton somava 53 pontos, Liverpool e Stoke empatados na segunda colocação com 52 pontos além do Manchester United com a mesma pontuação, mas com uma partida a mais.

Aquela rodada deixou tudo ainda mais embaraçado na briga pela taça.

Os Red Devils foram a 54 pontos e empataram com o Wolverhampton, enquanto o Liverpool com um empate foi a 53 e se manteve na cola da liderança.

Mais uma semana se passou até que iniciasse a rodada de 24 de maio.

Nela o Liverpool bateu o Arsenal em pleno Highbury, numa virada espetacular por 2 a 1.

Com o resultado, os Reds assumiram a liderança até que o Wolverhampton venceu o Huddersfield e pulou para 56 pontos, mesmo número de pontos que atingiu o Manchester United em sua partida de despedida da competição.

Para completar o fim disputado de campeonato, o Stoke chegou a 55 pontos ao vencer o Aston Villa.

Sem chances de erguer a taça, o Manchester United era carta fora do baralho.

Porém, Liverpool, Stoke e Wolverhampton poderiam comemorar o primeiro título do pós-guerra. Para o Wolves bastava vencer o confronto contra o Liverpool, enquanto os outros precisariam vencer e torcer por uma combinação de resultados.

Mais de 50 mil torcedores lotaram as arquibancadas do Molineux, no último dia de maio.

Um domingo ensolarado e quente como o campeonato havia se tornado, clima perfeito para a torcida dos Wolves comemorar o título em casa.

No primeiro turno, em Anfield, o Wolverhampton goleou por 5 a 1.

No Molineux, porém, a história foi diferente e o Liverpool venceu por 2 a 1 com sua dupla de ataque decidindo o jogo ainda na primeira etapa e o goleiro Cyril Sidlow evitando a reação dos Wolves.

Os goleadores Balmer e Stubbins anotaram os gols que garantiram a liderança dos Reds por apenas um ponto de vantagem.

Depois de uma reação memorável na competição, restava ao Liverpool apenas esperar o último jogo da temporada para levantar a taça.

A partida que o Liverpool aguardava, porém, não seria jogada pelos Reds, que encerraram a temporada na vitória sobre os Wolves, mas pelo Stoke contra o Sheffield United, em jogo atrasado que seria disputado apenas em 14 de junho.

Com 55 pontos, o Stoke City foi a Bramall Lane para enfrentar os donos da casa.

Uma vitória simples daria o inédito título ao Stoke, mas a venda de Stanley Matthews diminuiu a força dos Potters.

Sem ter nada a ver com isso e com uma partida heroica de seu capitão Jack Pickering, o Sheffield venceu por 2 a 1, sendo o tento decisivo anotado justamente por Pickering, que aos 38 anos fez sua única partida na temporada e definiu o campeão: o Liverpool.

Cinematograficamente, no mesmo horário da partida do Bramall Lane, o Liverpool jogava o Merseyside derby, o clássico contra o Everton.

Quando o apito final soou no jogo do Stoke com a vitória do Sheffield, os Reds venciam o arquirrival por 2 a 1 e ainda faltavam 10 minutos para o fim da partida.

A festa que ainda duraria alguns dias, explodiu entre os torcedores e pouco se deu atenção ao que ainda acontecia no clássico.

Um gesto bastante emocionante foi a forma como a notícia do título foi dada a William McConnell, presidente do Liverpool, apaixonado pelo clube desde a infância e que integrava diretoria desde 1929.

Internado em razão de um câncer terminal, McConnell recebeu a bola da partida do Bramall Lane, que decretou o final do jejum de seu time do coração como prêmio.

O título deu forças para que o dirigente saísse do hospital para cumprir seu último desejo que era levar de carro aberto o troféu da sede da Football League até Anfield.

Em agosto, William McConnell morreu aos 59 anos de uma vida inteiramente devotada ao Liverpool.

Em 14 de junho de 1947, com uma enorme festa e depois de muitas agruras, encerrou-se a mais longa temporada da história do futebol inglês, a primeira do pós-guerra com o país ainda se reconstruindo, com um frio glacial quase congelando o Reino Unido junto do futebol inglês e com o Liverpool quebrando um jejum de quase um quarto de século.

Apenas 70 dias depois, a nova temporada foi iniciada e o jogos de meio de semana foram retomados.

O Liverpool não repetiu o bom desempenho e amargou oito temporadas na segunda divisão além de outro jejum, dessa vez, de 17 anos, que pode até ser assunto por aqui, mas isso é história para outra oportunidade.

Gary Stevens, do Everton, chuta sob o olhar de Soren Lerby... Copas das Copas 1984/1985 - Everton 3x1 Bayern de Munique.

Imagem: ANL/Shutterstock 

Ronaldinho e seu irmão Assis deixam a prisão e se hospedam num hotel em Assunção...

Imagem: Palmaroga Hotel

O site Máquina do Esporte publicou que Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis pagaram fiança no valor de 1,6 milhão de dólares para deixarem a prisão no Paraguai e irem para um hotel no país...

Após deixar o presídio Ronaldinho e Assis se hospedaram no Palmaroga Hotel, em Assunção, em Assunção.

Sem permissão para deixar o país, os irmãos ficam a disposição da Justiça paraguaia...

O hotel passa a ser o endereço oficial dos dois, até que seja encontrada outra solução.

Imagem: Palmaroga Hotel