quinta-feira, julho 05, 2012

SC Corinthians Paulista 2x0 CA Boca Juniors...



O Corinthians venceu de forma invicta a Taça Libertadores da América...

De forma invicta e incontestável, diga-se de passagem.

Ontem, cozinhou o Boca Juniors até que ficasse macio e pronto para ser devorado.

O Boca, a bem da verdade, um time meia-boca, não foi páreo para a consistente, bem armada e taticamente disciplinada equipe comandada por Tite...

Aliás, poucos treinadores no Brasil conhecem tão bem como “dançar conforme a música”...

Tite não inventa...

Se é preciso segurar, segura...

Sé é necessário ousar, ousa...

E assim, como quem não quer nada, vai conquistando tudo.

Agora, não poderia encerrar este texto sem confessar minha admiração pela torcida corintiana...

Perto dela, todas as outras são vergonhosamente infiéis.




Relax...


Imagem: AFP/Francisco Leong

Rubens Guilherme tomou as rédes em suas mãos...



Quem imaginou que Rubens Guilherme manteria tudo com dantes...

Enganou-se.

Incluam-me nessa.

A demissão de Ricardo Morais mostrou que o presidente não quer conviver com nenhum tipo de fantasma...

Rubens Guilherme assumiu e assumiu com todas as letras.


Assistentes de linha, treinam para apurar a visão em lances na linha do gol...


Imagem: Action Images

ABC e a dança dos técnicos...



Márcio Goiano caiu...

Sinceramente?

Nem era para ter vindo.

A imagem que faço dele, é de um treinador que se encaixa muito bem na A3 e na A2 de São Paulo e quem sabe na Série C.

Ademir Fonseca chega para assumir o lugar de Márcio Cardoso...

Conheço Ademir...

Mantivemos contato e uma relação bastante amistosa no período em que esteve em Natal à frente do América.

Confesso que a pessoa de Fonseca me é simpática...

Como treinador, torci muito para que ele decolasse e, ainda continuo torcendo...

Se é que me entendem.

terça-feira, julho 03, 2012

Casillas pede ao árbitro que termine a partida em respeito aos adversários... Atitudes assim, deviam ser propagadas.


Um lance para ser visto e revisto...


Flavio Anselmo alega questões pessoais e deixa o futebol do ABC...



Flavio Anselmo deixou a vice-presidência de futebol do ABC FC...

Os motivos

Os motivos de sua saída segundo ele mesmo, foram três:

Sua saúde, sua família e a retomada de seus negócios pessoais.

Sobre sua saúde, confesso que fiquei surpreso ao saber que Flavio irá se submeter a uma cirurgia...

Não sabia nada sobre este assunto e nem deveria...

Meus contatos com dirigentes são ocasionais e normalmente formais...

Não tenho intimidade com nenhum deles.

No entanto, desejo a Flavio, sucesso e pronto restabelecimento.

Em relação a sua família, imagino que sua esposa e sua filha já estavam mesmo cobrando dele esta decisão.

E, por fim, voltar ao comando de seus negócios de forma mais efetiva é certamente uma atitude sensata.

O histórico

Se nos detivermos exclusivamente nos dados estatísticos do período em que Flavio esteve à frente do futebol do ABC, não há como negar que sua passagem foi vitoriosa.

Flavio assumiu a função em dezembro de 2009 com o clube na Série C...

Em 2010, o ABC conquistou o título estadual, classificou-se para a Copa do Brasil do ano seguinte, ficou com o vice-campeonato da Copa do Nordeste e foi campeão brasileiro da Série C – primeiro título nacional de uma equipe norte-rio-grandense...

Este foi o ano de ouro do clube e é claro, Flavio ganhou notoriedade e prestigio junto à torcida.

No ano de 2011, no primeiro semestre, ABC levantou a taça de bicampeão estadual e foi eliminado na segunda fase da Copa do Brasil num jogo polêmico em São Januário no Rio de Janeiro frente ao Vasco da Gama, futuro campeão da competição.

No segundo semestre na Série B, o ABC terminou em décimo primeiro lugar, garantindo sua permanência, mas curiosamente, o clube chegou às ultimas rodadas correndo o sério risco de voltar para a Série C.

A campanha na Série B arranhou a imagem de Flavio e ele, passou a ser criticado por contratar em demasia e com resultados discutíveis.

Em 2012, a perda do campeonato estadual para o rival América, desclassificação na Copa do Brasil para o Vitória na segunda fase e o claudicante desempenho da equipe na Série B, gerou ainda mais descontentamento entre os conselheiros do clube e a torcida, antes dócil e amiga, passou a hostilizá-lo de forma aberta.

Flavio, cada ve mais isolado passou a contar o apoio incondicional do presidente do clube, Rubens Guilherme, do ex-dirigente e homem forte do clube, Paiva Torres,de alguns conselheiros e três ou quatro jornalistas com ele mantinha relação de amizade e que permaneceram leais ao amigo.

Mesmo assim, o clima foi se tornando denso e pesado...

Os membros da gestão anterior com quem Flavio nunca se deu bem, promoveram uma guerra surda de bastidores e foram aos poucos aproveitando os erros cometidos para fragilizar sua posição...

As criticas na imprensa pipocaram e alimentaram ainda mais a insatisfação da torcida.

Por todo lado choviam cobranças...

Contratações equivocadas, salários altos, ações trabalhistas e a má campanha foram minando a antes sólida posição do dirigente...

Nas redes sociais as acusações de falta de transparência eram diárias.

Flavio no início, evitou o embate...

Entretanto, a pressão interna, os resultados pouco convincentes, a cobrança constante da imprensa e a criticas de torcedores nas redes sociais – algumas absolutamente injustas e descabidas – acabaram por levar Flavio a usar toda e qualquer oportunidade diante de um microfone a desabafar e desafiar seus críticos...

Era o começo do fim...

 O próprio Flavio acabou por não suportar e jogou a toalha.

O desenlace 
 
Ontem, entregou o cargo, reafirmou sua paixão pelo clube, se disse satisfeito consigo mesmo em relação ao tempo que passou na direção do ABC, falou do seu firme proposito de levar as barras da justiça alguns de seus detratores, agradeceu ao presidente Rubens Guilherme pela amizade, lealdade e confiança nele depositada, pegou suas coisas e foi cuidar de sua saúde, do fortalecimento de seu convívio familiar e da gestão de suas empresas.

Se estatisticamente Flavio tem o que comemorar, pessoalmente, creio que nem tanto...

As criticas justas, Flavio nunca conseguiu responder...

As agressões e as acusações morais o abalaram...

A perda de popularidade junto à torcida o decepcionou e o afastamento de alguns amigos, lhe trouxe mágoa e desapontamento...

Entretanto, Flavio Anselmo não errou só...

Não se tornou senhor absoluto, pegando o cetro e se fazendo soberano...

Alguém lhe deu o cetro e pôs a coroa sobre sua cabeça.

Com a saída de Flavio, o presidente Rubens Guilherme passa a acumular a presidência e a vice-presidência de futebol do alvinegro... 

Rubens se diz preparado para o desafio e eu, não tenho porque duvidar.


segunda-feira, julho 02, 2012

Hope Solo...


A defesa mais bonita até aqui, não foi feita por nenhum homem, mas sim, por uma mulher...

Hope Solo, a goleira dos Estados Unidos na partida contra a seleção do Canadá, mostrou que é mesmo a melhor goleira do mundo.

Logo depois do lance, uma defensora do Canadá evitou o gol das americanas, tirando a bola na linha do gol...

Mas, o melhor mesmo é público presente num amistoso entre duas equipes de futebol feminino.




Minha primeira taça de campeão...


Imagem: Jose Antonio Garcia Sirvent

Gatos não voam...



Como disse o ET em seu blog, há um gato no telhado do estádio Maria Lamas Farache...

Assim como os gatos, Márcio Goiano não sabe voar.

E quem não sabe voar, costuma cair dos telhados, dos muros, das falésias e todos os lugares altos aqui ou em qualquer lugar.



Bonito pescoço...


Imagem: EFE/Kerim Okten

O Baraúnas de Mossoró começa bem a Série D...



O Baraúnas foi ao Ceará e voltou com ótimo resultado: empatou com a equipe do Horizonte em 0x0, pela Série D...

Para o Horizonte o empate foi um péssimo resultado...

A vitória sobre o Ypiranga em Pernambuco por 3x1 colocava o time cearense como favorito.

Com o empate, o Baraúnas ganha moral para receber em Mossoró no próximo fim de semana o Petrolina de Pernambuco.


A vedete de Kyiv...


Imagem: Getty Images

Um paralelo entre 1970 e 2012...



Depois do jogo, tomei um café, ascendi um cigarro e pensei: a Itália disputou a final, não contra a Espanha, mas sim, contra a Alemanha...

Foi contra os alemães que os italianos fizeram sua melhor apresentação...

Melhor?

Não, não...

Na verdade, fizeram mais que isso...

Jogaram muito além do esperavam e talvez, muito além do que podiam...

A partida contra a Alemanha foi a final, antes da finalíssima.

Mas o custo de abater um gingante foi alto demais...

Fisicamente destroçados, os italianos não foram páreo para o gigante seguinte.

Com este pensamento na cabeça, acabei por lembrar que havia acontecido algo semelhante com a seleção italiana e foi então, que voltando no tempo, acabei no México em 1970.

Na Copa do Mundo de 1970, a Itália chegou à fase final como integrante do Grupo 2 e classificou-se para as quartas de final em primeiro lugar com 4 pontos...

Vencendo a Suécia, e obtendo dois empates com Uruguai e Israel.

Na Eurocopa de 2012, a Itália integrou na fase final, o Grupo C.

Os italianos ficaram em segundo lugar com 5 pontos...

Com uma vitória sobre a Irlanda e dois empates contra a Espanha e a Croácia.

O motivo dos italianos terem somado 4 pontos em 70 e 5 em 2012, tendo feito campanha idêntica, é de fácil explicação: em 70 as vitórias ainda valiam apenas dois pontos.

No México, nas quartas de final, a Itália eliminou os mexicanos por 4x1...

Garantiram sua passagem para a semifinal, ganharam a antipatia de uma nação inteira e tiveram pela frente a Alemanha, na época, favorita.

Na Polônia/Ucrânia a Itália precisou nas quartas de final, dos pênaltis para eliminar a Inglaterra por 4x2.

Em 1970, as semifinais ficaram para a história como uma das maiores partidas já disputadas num mundial...

Os 4x3 impostos pelos italianos na seleção de Maier, Beckenbauer, Overath, Müller, Seeler e Vogts, foram memoráveis...

Assim que a bola rolou, Boninsegna abriu o marcador para os italianos aos 7 minutos... 

No segundo tempo, quando o juiz se prepara para encerrar a partida, Schnellinger aos 45, empatou para a Alemanha.

Na prorrogação, Müller aos 4 minutos do primeiro tempo, botou a Alemanha na frente, mas aos 8, Burgnich empatou.

No etapa final, aos 4 minutos, Riva virou para a Itália e aos 10, novamente Müller igualou.

No entanto, os alemães nem tiveram tempo de comemorar...

Rivera, um minuto depois, marcou o gol que eliminaria a Alemanha.

Albertosi, Riva, Rivera, Boninsegna, Sandro Mazzola e Faccheti, fizeram em 70, o que Pirlo, Buffon, Bonucci, Cassano e Montolivo, repetiram diante da Alemanha de Neuer, Özil, Kedirah, Hummels e Kroos... 

Jogaram a final, antes da finalíssima.

E, como ontem, chegaram destroçados diante de um gigante chamado Brasil.

Como curiosidade, naquele jogo de 1970, os alemães tinham em suas fileiras, um filho de poloneses: Grabowisk.

Na semifinal de 2012, a Itália venceu a Alemanha por 2x1...

A Azurra marcou dois gols ainda no primeiro tempo e os alemães diminuíram aos 45 do segundo. 

Neste jogo, dois filhos de poloneses, naturalizados alemães, estavam em campo; Podolski e Klose.

Ao concluir minhas lembranças, sorri ao me lembrar de que depois de eliminar a os alemães nas duas finais antecipadas, os italianos, foram goleados por Brasil e Espanha...

4x1 em 1970 e, 4x0 em 2012.


Lágrimas...


Imagem: Picture Alliance

Espanha 4x0 Itália - Ainda resta alguma dúvida?



Imagem: Getty Images



Fora a os italianos, não consegui entender a torcida de alguns contra a Espanha…

Ou melhor, entendi sim...

O velho recalque nunca falha nessas horas.

Ver os espanhóis conseguirem o feito de vencer consecutivamente, uma Copa do Mundo e duas Eurocopas, é demais para o fígado de alguns compatriotas...

Mesmo aqueles que propagam aos quatro ventos amar o jogo bonito e a técnica, não suportam ver que o Brasil pode ser alcançado e até mesmo ser desbancado a qualquer momento.

Mas, felizmente o futebol bem jogado venceu...

Venceu, convenceu e mostrou que ainda vai dar o que falar.

Durante o jogo, alguém reverberando um comentário de um dos analistas televisivos disse:

- “É verdade, esse excesso de toques da Espanha deixa o jogo chato”...

Pensei comigo; chato para quem cara pálida?

Depois, dei um sorriso e continuei a conversar comigo mesmo...

A Espanha não toca a bola, passa a bola...

Faz a bola rolar de pé em pé e com isso, transforma o adversário numa presa fácil do desgaste físico...
Os onze jogadores de vermelho, fazem os onze jogadores de qualquer cor, correrem de um lado para o outro como meninos numa disputa de “bobinho”...

Por coincidência ou não, logo depois, numa troca de passes rápidos e precisos, a bola chegou a Fábregas... 

Este por sua vez, cruzou para David Silva de cabeça abrir o marcador.

Esses passes são mesmo chatos...

Que o diga Buffon.

Depois disso, a Itália ficou com a bola, mas como os italianos não são chatos, não souberam como fazê-la chegar ao gol de Casillas.

Pensei então; esses espanhóis são mesmos uns chatos: quando estão com a bola, transformam seus adversários em baratas tontas a correr atrás dela e, quando o adversário tem a bola, fica como barata tonta, tentando encontrar uma brecha para fazê-la chegar ao gol.

O tempo passou e a Itália, tentava, mas não conseguia...

Repentinamente, a Espanha resolveu não ficar tocando de lá para cá e sim, sair em velocidade e num único passe resolver o problema...

Foi exatamente o que fez Xavi...

Viu Jordi Alba correr em direção ao gol e passou a bola em linha reta para que o jovem lateral esquerdo superasse Buffon e ampliasse o marcador para 2x0.

No segundo tempo, os italianos com ar de derrotados, perderam Thiago e com ele as esperanças...

Se com onze perdiam, imagine com dez.

Nada mais havia para ser feito a não ser esperar o fim do jogo.

No entanto, antes do apito final, a Espanha fez seu terceiro gol através de Fernando Torres e, logo a seguir, Torres, numa demonstração de companheirismo, percebeu a entrada pelo meio da área de Mata e ao invés de chutar, passou-lhe a bola para este encerrasse a goleada.


domingo, julho 01, 2012

Havia uma macaca no meio do caminho, mas ela foi gentil e abriu passagem...


Charge: Mário Alberto

Minha Homenagem às vítimas do Holodomor – Um genocídio de proporções gigantescas que o mundo fez questão de esquecer.

Arte Digital: Fernando Amaral


Esperei em vão.

Nenhuma homenagem...

Nenhuma palavra...

Nenhum mísero texto num canto qualquer de jornal...

Nenhuma flor jogada numa calçada...

Nenhuma prece...

Nenhuma lágrima.

Para o mundo, os 7 milhões de ucranianos vítimas do Moryty Gholodom ou Holodomor, não tem nenhum significado...

A página arrancada da história da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, jamais repercutiu com a intensidade devida, nos Estados Unidos, na Inglaterra, na França e nos demais parceiros do comunismo na luta para derrotar o Nacional Socialismo no século passado.

O pacto de silêncio sobre os crimes do aliado vermelho foi mantido mesmo quando a aliança se partiu...

Ingleses, americanos e franceses, não poderiam admitir, assim como não admitem até hoje, que para derrotar um monstro, se uniram a outro...

Talvez por isso, minha espera tenha sido em vão.

Logo mais, em Kyiv, cidade onde se localiza a ravina de Babi Yar, local onde outro povo – os judeus - foi massacrado sem nenhuma compaixão pelos Einsaztgruppen a serviço das SS da Alemanha Nacional Socialista, as seleções da Espanha e da Itália vão decidir a Eurocopa 2012   e, certamente não ouvirei e nem verei nenhuma menção ao Holodomor.

As 7 milhões de pessoas mortas pela fome genocida imposta pelos comunistas comandados pelo camarada Joseph Stalin, cujo objetivo era quebrar a resistência do campesinato ucraniano à coletivização de suas terras e destruir os ideais de uma Ucrânia livre e independente, ainda “vagam” pelos campos e cidades a espera do reconhecimento de seu sofrimento.

7 milhões de seres humanos que morreram lentamente entre 1932 e 1933...

7 milhões de homens e mulheres, mas principalmente, velhos e crianças que foram “competentemente” eliminadas pelos asseclas do camarada Stalin.

Genrikh Yagoda, chefe da OGPU (antecessora da NKVD e depois, KGB)...

Vyacheslav Molotov, Ministro de Relações Exteriores e, responsável pela Campanha de Requisição das Colheitas dos camponeses ucranianos...

Stanislav Kosior, Secretário-Geral do Partido Comunista na Ucrânia e, responsável pelas estatísticas enviadas diretamente a Stalin sobre o crescimento do número de mortos.

 Lazar Kaganovitch, Líder do Partido Comunista da Ucrânia, membro do Politiburo e homem de destaque na coletivização das fazendas em território ucraniano...

Estes e tantos outros, cantados em prosa e verso por Máximo Gorki, o escritor, dramaturgo, romancista e contista que sem nenhum escrúpulo, emprestou seus talentos a União Soviética.

Com a frase abaixo, encerro minha solitária e singela homenagem aos 7 milhões de esquecidos pela história e pelos que a contaram depois de 1945.

“a insatisfatória evolução das sementeiras em numerosas regiões, prova que a fome ainda não levou à razão muitos kolkhozianos”.

Stanislav Kosior.