domingo, julho 01, 2012

Minha Homenagem às vítimas do Holodomor – Um genocídio de proporções gigantescas que o mundo fez questão de esquecer.

Arte Digital: Fernando Amaral


Esperei em vão.

Nenhuma homenagem...

Nenhuma palavra...

Nenhum mísero texto num canto qualquer de jornal...

Nenhuma flor jogada numa calçada...

Nenhuma prece...

Nenhuma lágrima.

Para o mundo, os 7 milhões de ucranianos vítimas do Moryty Gholodom ou Holodomor, não tem nenhum significado...

A página arrancada da história da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, jamais repercutiu com a intensidade devida, nos Estados Unidos, na Inglaterra, na França e nos demais parceiros do comunismo na luta para derrotar o Nacional Socialismo no século passado.

O pacto de silêncio sobre os crimes do aliado vermelho foi mantido mesmo quando a aliança se partiu...

Ingleses, americanos e franceses, não poderiam admitir, assim como não admitem até hoje, que para derrotar um monstro, se uniram a outro...

Talvez por isso, minha espera tenha sido em vão.

Logo mais, em Kyiv, cidade onde se localiza a ravina de Babi Yar, local onde outro povo – os judeus - foi massacrado sem nenhuma compaixão pelos Einsaztgruppen a serviço das SS da Alemanha Nacional Socialista, as seleções da Espanha e da Itália vão decidir a Eurocopa 2012   e, certamente não ouvirei e nem verei nenhuma menção ao Holodomor.

As 7 milhões de pessoas mortas pela fome genocida imposta pelos comunistas comandados pelo camarada Joseph Stalin, cujo objetivo era quebrar a resistência do campesinato ucraniano à coletivização de suas terras e destruir os ideais de uma Ucrânia livre e independente, ainda “vagam” pelos campos e cidades a espera do reconhecimento de seu sofrimento.

7 milhões de seres humanos que morreram lentamente entre 1932 e 1933...

7 milhões de homens e mulheres, mas principalmente, velhos e crianças que foram “competentemente” eliminadas pelos asseclas do camarada Stalin.

Genrikh Yagoda, chefe da OGPU (antecessora da NKVD e depois, KGB)...

Vyacheslav Molotov, Ministro de Relações Exteriores e, responsável pela Campanha de Requisição das Colheitas dos camponeses ucranianos...

Stanislav Kosior, Secretário-Geral do Partido Comunista na Ucrânia e, responsável pelas estatísticas enviadas diretamente a Stalin sobre o crescimento do número de mortos.

 Lazar Kaganovitch, Líder do Partido Comunista da Ucrânia, membro do Politiburo e homem de destaque na coletivização das fazendas em território ucraniano...

Estes e tantos outros, cantados em prosa e verso por Máximo Gorki, o escritor, dramaturgo, romancista e contista que sem nenhum escrúpulo, emprestou seus talentos a União Soviética.

Com a frase abaixo, encerro minha solitária e singela homenagem aos 7 milhões de esquecidos pela história e pelos que a contaram depois de 1945.

“a insatisfatória evolução das sementeiras em numerosas regiões, prova que a fome ainda não levou à razão muitos kolkhozianos”.

Stanislav Kosior.


Um comentário:

Anônimo disse...

Fernando,
Minha visitinha aqui no seu blog Vou acreditar que vc não conhece a verdeira história da luta do povo soviético contra os tzares da vida e dos cachoeiras "soviéticos" escondidos dentro e fora do governo soviético após a revolução.
Aqueles bandidos, traidores do povo que escondiam até alimentos para destruir a revolução, estragar alimentos e etc numa situação critica do início do século xx e vc ainda bota a culpa no STALIN? vc queria o que? que STALIN se entregasse aos paises imperialistas? Alguns milhares morreram naquela luta e assim será até o final da luta de classe.
Passaria a tarde inteira escrevendo aqui sobre os ratos pós revolução. A revolução ainda não acabou.
"A HISTÓRIA CONTINUA.....
Vc acha que se o Brasil fizesse uma revolução socialista, do povo, menos de 7 milhões iria para o paredão? VC acha que aqule povo do agro-negócio iriam produzir mais para o povo? ora, ora...; só no RGN: os Alves, os Maias e os Rosados iriam pra casa chorar?
O governo socialista soviético desmanchou-se por dois motivos:
a) não fuzilaram aqueles que se esconderam um bom tempo e depois do golpe voltaram para assaltarem o patrimônio do povo construidos em decadas.
b) Acreditaram demais que sozinhos poderiam num capitalismo mundial, sangrento, corrupto e etc, tocar aquela revolução.
A luta de classe ainda não acabou e ela continua viva até em Estádios de futebol.
Ou será que o verdadeiro corinthiano vai ver o jogo lá no Pacaembu na final da libertadores?
Abraços.
* Estamos sempre, por aqui, dando uma olhadinha no seu blog.