Arte Digital: Fernando Amaral
Esperei em vão.
Nenhuma homenagem...
Nenhuma palavra...
Nenhum mísero texto num canto
qualquer de jornal...
Nenhuma flor jogada numa calçada...
Nenhuma prece...
Nenhuma lágrima.
Para o mundo, os 7 milhões de
ucranianos vítimas do Moryty Gholodom ou Holodomor, não tem nenhum
significado...
A página arrancada da história da
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, jamais repercutiu com a intensidade
devida, nos Estados Unidos, na Inglaterra, na França e nos demais parceiros do
comunismo na luta para derrotar o Nacional Socialismo no século passado.
O pacto de silêncio sobre os crimes
do aliado vermelho foi mantido mesmo quando a aliança se partiu...
Ingleses, americanos e franceses,
não poderiam admitir, assim como não admitem até hoje, que para derrotar um
monstro, se uniram a outro...
Talvez por isso, minha espera
tenha sido em vão.
Logo mais, em Kyiv, cidade onde
se localiza a ravina de Babi Yar, local onde outro povo – os judeus - foi
massacrado sem nenhuma compaixão pelos Einsaztgruppen a serviço das SS da
Alemanha Nacional Socialista, as seleções da Espanha e da Itália vão decidir a Eurocopa
2012 e, certamente não ouvirei e nem
verei nenhuma menção ao Holodomor.
As 7 milhões de pessoas mortas
pela fome genocida imposta pelos comunistas comandados pelo camarada Joseph
Stalin, cujo objetivo era quebrar a resistência do campesinato ucraniano à coletivização
de suas terras e destruir os ideais de uma Ucrânia livre e independente, ainda “vagam”
pelos campos e cidades a espera do reconhecimento de seu sofrimento.
7 milhões de seres humanos que
morreram lentamente entre 1932 e 1933...
7 milhões de homens e mulheres,
mas principalmente, velhos e crianças que foram “competentemente” eliminadas
pelos asseclas do camarada Stalin.
Genrikh Yagoda, chefe da OGPU
(antecessora da NKVD e depois, KGB)...
Vyacheslav Molotov, Ministro de
Relações Exteriores e, responsável pela Campanha de Requisição das Colheitas dos
camponeses ucranianos...
Stanislav Kosior, Secretário-Geral
do Partido Comunista na Ucrânia e, responsável pelas estatísticas enviadas
diretamente a Stalin sobre o crescimento do número de mortos.
Lazar Kaganovitch, Líder do Partido Comunista
da Ucrânia, membro do Politiburo e homem de destaque na coletivização das
fazendas em território ucraniano...
Estes e tantos outros, cantados
em prosa e verso por Máximo Gorki, o escritor, dramaturgo, romancista e
contista que sem nenhum escrúpulo, emprestou seus talentos a União Soviética.
Com a frase abaixo, encerro minha
solitária e singela homenagem aos 7 milhões de esquecidos pela história e pelos
que a contaram depois de 1945.
“a insatisfatória evolução das
sementeiras em numerosas regiões, prova que a fome ainda não levou à razão
muitos kolkhozianos”.
Stanislav Kosior.
Um comentário:
Fernando,
Minha visitinha aqui no seu blog Vou acreditar que vc não conhece a verdeira história da luta do povo soviético contra os tzares da vida e dos cachoeiras "soviéticos" escondidos dentro e fora do governo soviético após a revolução.
Aqueles bandidos, traidores do povo que escondiam até alimentos para destruir a revolução, estragar alimentos e etc numa situação critica do início do século xx e vc ainda bota a culpa no STALIN? vc queria o que? que STALIN se entregasse aos paises imperialistas? Alguns milhares morreram naquela luta e assim será até o final da luta de classe.
Passaria a tarde inteira escrevendo aqui sobre os ratos pós revolução. A revolução ainda não acabou.
"A HISTÓRIA CONTINUA.....
Vc acha que se o Brasil fizesse uma revolução socialista, do povo, menos de 7 milhões iria para o paredão? VC acha que aqule povo do agro-negócio iriam produzir mais para o povo? ora, ora...; só no RGN: os Alves, os Maias e os Rosados iriam pra casa chorar?
O governo socialista soviético desmanchou-se por dois motivos:
a) não fuzilaram aqueles que se esconderam um bom tempo e depois do golpe voltaram para assaltarem o patrimônio do povo construidos em decadas.
b) Acreditaram demais que sozinhos poderiam num capitalismo mundial, sangrento, corrupto e etc, tocar aquela revolução.
A luta de classe ainda não acabou e ela continua viva até em Estádios de futebol.
Ou será que o verdadeiro corinthiano vai ver o jogo lá no Pacaembu na final da libertadores?
Abraços.
* Estamos sempre, por aqui, dando uma olhadinha no seu blog.
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