segunda-feira, julho 30, 2012

O Brasil nas olímpiadas 2012...



Depois de um início atípico, o Brasil volta ao normal e já no segundo dia, cai para a oitava posição no quadro de medalhas nas olimpíadas.

A frase acima não significa menosprezo, apenas constata a dura realidade de um país cuja politica esportiva é falácia pura e simples.

Não faço parte daqueles que veem no quadro geral de medalhas algo que defina a realidade esportiva de um país.

Talvez, no máximo, reflita setorialmente esta realidade.

É preciso ter em mente que cada país tem características culturais, econômicas e geográficas bastante distintas.

Comungo com a mesma opinião do advogado Alberto Murray que pelos fortes laços que o ligam ao olimpismo – Murray é neto de Sylvio Magalhães Padilha – que diz:

“Em Jogos Olímpicos não há país vencedor. Não é um torneio que indique um vencedor. Na Carta Olímpica não há previsão a esse respeito. O que existe são os campeões olímpicos de cada modalidade”.

A utilização do quadro de medalhas como afirmação nacional é meramente politico.

Murray afirma e eu concordo que é muito melhor para um país ter participado de muitas finais e ter ganhado poucas medalhas do que outro que conquistou três ou quatro medalhas em uma ou duas modalidades.

Em outra ocasião, Alberto Murray mostra seu pensamento a respeito do desenvolvimento do esporte e diz:

“Não se constrói uma nação sem uma política de base que proporcione a massificação do esporte, desde o primário, até a Universidade, passando pelos clubes (centros formadores de atletas) e pelas forças armadas. Ou seja, sem envolver todos os segmentos da sociedade”.

Não existe por parte das escolas públicas um investimento em esporte e nas escolas particulares, a estrutura montada, serve muito mais como forma de angaria recursos, seja pela mensalidade mais cara, seja pela cobrança de taxas dos alunos por esporte praticado.

Já as universidades, são uma piada de péssimo gosto.

Nossos atletas olímpicos são em sua maioria, ilustres desconhecidos da população...

Seu sucesso é quase sempre fruto do esforço pessoal e do apoio de seus familiares.

A mídia passa ao largo dos esportes olímpicos e com isso, ajuda a manter a população distante e desinteressada.



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