Imagem: George Karbus/Red Bull Illume
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
sábado, setembro 28, 2013
sexta-feira, setembro 27, 2013
Como os clubes quebram...
Uma das muitas maneiras de se
quebrar um clube...
Neste caso, o clube é o
Náutico.
A situação é seguinte:
O Náutico pegou por empréstimo
junto ao Palmeiras o jogador Maikon Leite.
No contrato assinado entre as
duas partes, o Náutico ficou responsabilizado pelo pagamento do atleta e
concordou que em caso de aparecer alguma proposta para o exterior, Maikon seria
liberado sem maiores problemas.
Tudo certo, tudo preto no
branco...
Bem, deveria ser assim, mas não é
o que está acontecendo.
Praticamente rebaixado para a
Série B – só a matemática ainda acredita em sua permanência -, o clube
pernambucano não paga seus jogadores a 60 dias...
Aí começam os problemas...
Quando completar o ciclo dos 90
dias, Maikon poderá requerer na justiça a liberação do vínculo empregatício...
Maikon então, estará livre do Náutico
e também do Palmeiras.
No entanto o Náutico não estará
livre do Palmeiras...
Por não ter pago os salários do
jogador e ter dado causa a liberação do atleta, o Náutico será responsabilizado
judicialmente pelo prejuízo causado ao clube paulista...
Resultado: a equipe pernambucana
terá que pagar o valor da multa rescisória de Maikon Leite ao Palmeiras...
Valor?
106 milhões de reais.
Só que o pepino ainda é maior...
Como além de não pagar os salários
de Maikon, o Náutico que também impediu sua transferência para o Qatar, segundo
reza o contrato, ficará na obrigação de quitar os valores que o atleta teria a
receber junto ao Palmeiras até o fim do ano...
Algo em torno dos 500 mil reais.
Tudo isso ainda pode vir
acrescido de alguns processo por perdas e danos, tanto por parte do Palmeiras,
com por parte de Maikon Leite.
Viram?
Entendem agora porque os cartolas
se arrepiam todos quando se fala numa legislação que os obrigue arcar com seus
próprios bens em relação as lambanças que fazem?
O pior é que depois, vão para a
frente das câmeras ou agarram microfones de emissoras de rádio para dizer que a
culpa é das cotas, do preconceito, das fases da lua, das tábuas de maré e etc.
Tudo isso, devidamente
reverberado pela imprensa desinformada e comprometida com um bairrismo estupido
e burro.
Uma sugestão e uma dúvida cruel...
Nesta sexta-feira de nenhuma
notícia relevante, me surgiu uma ideia:
Diante da mania de ser diferente,
de estar sempre na contramão da história, porque os dirigentes do futebol
brasileiro tão reticentes em relação a adequação ao calendário europeu – aliás,
que já nem é mais europeu, pois mais da metade do planeta o seguem -, não adotam
o CALENDÁRIO MAIA?
Assim, manteríamos a nossa
latinidade e o nosso atraso secular com um tipo de charme tão ao gosto dos
resistentes decadentes.
Por outro lado, desde ontem estou
imaginando a angustia que está vivendo a defesa do Palmeiras sem saber se Max
joga ou não.
quinta-feira, setembro 26, 2013
Covardia, desrespeito ao dinheiro do clubes e outros interesses explicam a falta de apoio dos cartolas ao Bom Senso FC...
De Vitor Birner.
Os dirigentes de clubes não
manifestaram, ao menos até agora, apoio ao Bom Senso FC.
Eis uma situação bizarra, lamentável
e simbólica de como o gestores das grandes instituições do futebol cuidam do
time que você ama.
Eles deveriam ser os maiores
críticos do calendário da CBF.
Pagam fortunas de salários,
investem dezenas de milhões de reais na contratação e formação de profissionais
para as equipes que ‘cuidam’, sabem da queda de rendimento e aumento de lesões
geradas pela falta de pré-temporada, têm noção da perda de qualidade do produto
final de seu trabalho por causa disso e mesmo assim mantêm o sepulcral silêncio.
Eles adoram falar em
profissionalismo, dizem que o futebol “hoje em dia é um negócio”, sempre citam
a importância do marketing, mas apoiam quem danifica, pois reelegem os
presidentes de federações estaduais e da CBF, o objeto milionário que montaram.
Seria mais ou menos como se você
tivesse uma fábrica, gastasse milhões para fazer o melhor produto e concorrer
em alto nível, alguém de fora fizesse algo que baixa a qualidade dele e a sua
empresa ficasse ao lado de quem prejudicou aquilo que ela oferece ao público.
Resumindo, é uma grande, sem
graça e irritante piada de mau gosto.
Realmente o valor do dinheiro no
planeta futebol tupiniquim tem valor e tratamento diferente do que vemos no
restante da sociedade.
Por que estes mesmos cartolas não
tratam a grana de seu negócios pessoais como fazem com a dos times de futebol?
Quando o assunto é administração
dos clubes e seriedade, continuamos na idade da pedra.
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