sexta-feira, setembro 27, 2013

Pode parar... a bola é minha!

Imagem: Reuters/Regis Duvignau

Como os clubes quebram...



Uma das muitas maneiras de se quebrar um clube...

Neste caso, o clube é o Náutico.

A situação é seguinte:

O Náutico pegou por empréstimo junto ao Palmeiras o jogador Maikon Leite.

No contrato assinado entre as duas partes, o Náutico ficou responsabilizado pelo pagamento do atleta e concordou que em caso de aparecer alguma proposta para o exterior, Maikon seria liberado sem maiores problemas.

Tudo certo, tudo preto no branco...

Bem, deveria ser assim, mas não é o que está acontecendo.

Praticamente rebaixado para a Série B – só a matemática ainda acredita em sua permanência -, o clube pernambucano não paga seus jogadores a 60 dias...

Aí começam os problemas...

Quando completar o ciclo dos 90 dias, Maikon poderá requerer na justiça a liberação do vínculo empregatício...

Maikon então, estará livre do Náutico e também do Palmeiras.

No entanto o Náutico não estará livre do Palmeiras...

Por não ter pago os salários do jogador e ter dado causa a liberação do atleta, o Náutico será responsabilizado judicialmente pelo prejuízo causado ao clube paulista...

Resultado: a equipe pernambucana terá que pagar o valor da multa rescisória de Maikon Leite ao Palmeiras...

Valor?

106 milhões de reais.

Só que o pepino ainda é maior...

Como além de não pagar os salários de Maikon, o Náutico que também impediu sua transferência para o Qatar, segundo reza o contrato, ficará na obrigação de quitar os valores que o atleta teria a receber junto ao Palmeiras até o fim do ano...

Algo em torno dos 500 mil reais.

Tudo isso ainda pode vir acrescido de alguns processo por perdas e danos, tanto por parte do Palmeiras, com por parte de Maikon Leite.

Viram?

Entendem agora porque os cartolas se arrepiam todos quando se fala numa legislação que os obrigue arcar com seus próprios bens em relação as lambanças que fazem?

O pior é que depois, vão para a frente das câmeras ou agarram microfones de emissoras de rádio para dizer que a culpa é das cotas, do preconceito, das fases da lua, das tábuas de maré e etc.

Tudo isso, devidamente reverberado pela imprensa desinformada e comprometida com um bairrismo estupido e burro.

Já não dava mais...

Imagem: Mundo Deportivo/Pepe Morata

Uma sugestão e uma dúvida cruel...



Nesta sexta-feira de nenhuma notícia relevante, me surgiu uma ideia:

Diante da mania de ser diferente, de estar sempre na contramão da história, porque os dirigentes do futebol brasileiro tão reticentes em relação a adequação ao calendário europeu – aliás, que já nem é mais europeu, pois mais da metade do planeta o seguem -, não adotam o CALENDÁRIO MAIA?

Assim, manteríamos a nossa latinidade e o nosso atraso secular com um tipo de charme tão ao gosto dos resistentes decadentes.

Por outro lado, desde ontem estou imaginando a angustia que está vivendo a defesa do Palmeiras sem saber se Max joga ou não.

quinta-feira, setembro 26, 2013

Ryan Hargrave, sob as ondas de Namotu, nas Ilhas Fiji...

Imagem: Stuart Gibson/Red Bull Illume

Covardia, desrespeito ao dinheiro do clubes e outros interesses explicam a falta de apoio dos cartolas ao Bom Senso FC...



De Vitor Birner.

Os dirigentes de clubes não manifestaram, ao menos até agora, apoio ao Bom Senso FC.

Eis uma situação bizarra, lamentável e simbólica de como o gestores das grandes instituições do futebol cuidam do time que você ama.

Eles deveriam ser os maiores críticos do calendário da CBF.

Pagam fortunas de salários, investem dezenas de milhões de reais na contratação e formação de profissionais para as equipes que ‘cuidam’, sabem da queda de rendimento e aumento de lesões geradas pela falta de pré-temporada, têm noção da perda de qualidade do produto final de seu trabalho por causa disso e mesmo assim mantêm o sepulcral silêncio.

Eles adoram falar em profissionalismo, dizem que o futebol “hoje em dia é um negócio”, sempre citam a importância do marketing, mas apoiam quem danifica, pois reelegem os presidentes de federações estaduais e da CBF, o objeto milionário que montaram.

Seria mais ou menos como se você tivesse uma fábrica, gastasse milhões para fazer o melhor produto e concorrer em alto nível, alguém de fora fizesse algo que baixa a qualidade dele e a sua empresa ficasse ao lado de quem prejudicou aquilo que ela oferece ao público.

Resumindo, é uma grande, sem graça e irritante piada de mau gosto.

Realmente o valor do dinheiro no planeta futebol tupiniquim tem valor e tratamento diferente do que vemos no restante da sociedade.

Por que estes mesmos cartolas não tratam a grana de seu negócios pessoais como fazem com a dos times de futebol?

Quando o assunto é administração dos clubes e seriedade, continuamos na idade da pedra.