Charge: Mário Alberto
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
quarta-feira, outubro 22, 2014
O ABC é goleado em Santa Catarina e já sente o bafo de seus perseguidores...
Em Joinville, o ABC voltou a
decepcionar...
Perdeu por 3 a 0 para o agora, vice-líder, Joinville.
No início, logo de cara, mostrou que não tinha como ir além de suas limitações,
técnicas e de comando...
O alvinegro precisava pelo menos
de um empate.
Fugir das redondezas da zona de
rebaixamento era primordial, essencial...
Horas antes o América havia
vencido...
O Icasa idem...
Esses resultados encurtaram a
distância entre a luz e a escuridão.
Por sorte, o Oeste perdeu e o
Bragantino, também...
Portanto qualquer pontinho era
imperativo.
Mas nenhum ponto foi
conquistado...
Ao contrário, o ABC foi goleado e
com isso, deixa de estar ameaçado e passa a ser fustigado...
Como esperar apoio do torcedor,
como encontrar desculpas para justificar uma queda tão vertiginosa...
Trocar o comando faltando sete
jogos, é se colocar nas mãos de qualquer treinador esperto, rodado, acostumado com os labirintos do mundo da bola...
Qualquer um dirá: “eu vou, mas
cocem o bolso, pois não saio de casa por menos que um montão.”
Triste situação.
terça-feira, outubro 21, 2014
O América em noite de gala, volta a vencer o Vasco, 39 anos depois...
Em 1975, o Vasco perdeu para o
América, no Rio de Janeiro...
1 a 0 em pleno estádio de São
Januário.
O pequeno público presente – 4.046
– calou-se depois que Washington aos 20 minutos marcou o gol rubro...
Calados estavam e calados ficaram
diante da gigantesca zebra que passeou soberana no relvado vascaíno...
Calados e chocados, voltaram para
casa.
Eu, tinha 18 anos, estava prestes
a completar 19 e por pouco não fui ao jogo...
Estava tudo combinado, mas meu
pai me chamou à Brasília e lá se foi o programa previamente marcado com os
amigos.
Em Brasília, soube do resultado,
fiquei chocado, na verdade irritado, inconformado, arrasado...
Aos 18 anos, o futebol vive em
você e uma derrota não esperada se torna um drama gigantesco.
Esse foi o time do América que
silenciou São Januário em 75...
Valdir Appel; Ivan (Carmindo), Queiróz,
Odélio (Mário Braga) e Zeca; Olímpio, Washington e Pedrada; Humberto Ramos,
Élcio e Ivanildo.
Técnico: Sebastião Leônidas.
Esse foi o time do Vasco que se
curvou ao América de Natal pela primeira vez em sua história...
Mazarópi; Toninho, Moisés, Renê e
Deodoro; Alcir Portela, Gaúcho (Uiliam) e Ademir; Freitas, Jair Pereira e Luís
Carlos.
Técnico: Mário Travaglini.
Passados 39 anos e quase um mês, estou
eu no Rio Grande Norte, não como um visitante, mas como um residente...
Vivendo em Natal, cidade que
escolhi para morar, trabalhar e onde criei meu filho...
Lugar onde sou feliz e fiz
amigos...
Natal, hoje, minha casa, meu lar.
39 anos depois, uma nova derrota
do Vasco para o América...
Engraçado, não me senti chocado,
irritado, inconformado ou arrasado...
Na verdade, compreendi que não
foi uma derrota do Vasco, mas uma vitória do América - o tempo e a maturidade nos dão sabedoria para separar o joio do trigo...
Uma grande vitória, uma indiscutível
vitória.
Uma vitória construída por
Roberto Fernandes, entre um aeroporto e outro...
Conversando, incentivando,
inflamando e podando os galhos secos e ruins.
Uma vitória de Rodrigo Pimpão,
que grande gol...
Uma vitória de Alekito, que ao
entrar foi tratado com deboche, mas quando a bola rolou, mudou o ritmo da
partida e veloz, fez o América correr.
Ah, esse América estranho...
Que se agiganta contra os poderosos
e claudica contra seus iguais e inferiores.
Os três pontos conquistados
diante do Vasco, aproximaram os rubros de Oeste e de ABC...
Diminuíram a distância do
Bragantino.
Porém, o Icasa chegou mais
perto.
A luta daqui por diante será
ainda maior...
Nenhum deslize, nenhum erro,
nenhuma apatia poderá ser tolerada.
Quanto ao Vasco, pouco ou nada
mudou...
Continua onde estava...
Vai voltar à primeira divisão...
Infelizmente, não por seus
méritos, mas pelo demérito de seus adversários...
Se o futebol fosse feito de
justiça, o melhor seria o Vasco não subir...
Mais um ano na Série B, seria de
grande valia para que os torcedores do Vasco deixassem de ser ingênuos e
crédulos e exigissem o Vasco de volta.
Logo mais, América e ABC dão continuidade a triste série: Todo Ano é a Mesma Agonia...
Logo mais o América entra em
campo para enfrentar o Vasco...
O jogo em virtude do horário de
verão*, começa aqui em Natal, às 18:30.
Em Joinville, Santa Catarina, às
19:30, horário de Brasília, o ABC joga contra o Joinville...
As equipes do Rio Grande do Norte
precisam vencer, mas também, precisam torcer para que o Bragantino perca para
Sampaio Corrêa no Maranhão, que o Oeste seja derrotado pelo América Mineiro, em
Itápolis, sua casa e que o Icasa não consiga derrotar o Ceará em Juazeiro do
Norte.
O problema dos americanos é o
maior...
Se vencer e todos os outros
vencerem, nada muda...
Vai continuar na mesma
situação.
Se perder e todo mundo vencer...
Cai para 18º posição, fica dois
pontos atrás do Icasa e vê ABC e Oeste se distanciarem 8 pontos e o Bragantino
9.
Para o América, só melhora, se
conseguir derrotar o Vasco e, ou Oeste ou o ABC, seja derrotado.
*Este ano no Brasil o horário de
verão vai vigorar entre os meses de outubro e fevereiro...
Os dez estado das regiões, sul, sudeste
e centro oeste, mais o Distrito Federal, o adotam...
As regiões norte e nordeste, não
alteram seus relógios.
As torcidas organizadas matam, reinam e ninguém faz nada...
São Paulo registrou em 2014, 3
mortes em 7 confrontos entre torcidas organizadas este ano...
Os dados acima foram apresentado
pelo jornalista Ricardo Perrone em seu blog.
Parece pouco, mas na verdade é um
número alarmante se levarmos em conta que uma partida de futebol tem como premissa, o entretenimento das pessoas...
Pessoas que em tese deveriam
estar se divertindo, curtindo com seus amigos o prazer de torcer por sua equipe
preferida, mas que deixam suas casas tomadas por um ódio irracional, dispostas a
causar dor e sofrimento.
Ações que reprimam os confrontos
não passam de balela e aqueles que acabam detidos, são liberados quase que
imediatamente...
Os clubes apoiam.
Odílio Rodrigues, presidente do
Santos, defende publicamente o auxílio às organizadas, principalmente com
transporte para que seus torcedores acompanhem o time...
O dirigente santista se recusou a
assinar um acordo com o Ministério Público cortando a ajuda.
O Corinthians afirma que o auxílio
foi cortado, mas Mário Gobbi, presidente do clube, sentou à mesa com
uniformizados e escutou calado o ultimatum para que Mano Menezes fosse demitido...
Tudo isso, depois de invadirem o
CT do clube e organizarem um protesto onde ameaças não faltaram.
O Palmeiras cortou a ligação com
as organizadas do clube, mas o efeito até aqui, foi nenhum...
Os membros das torcidas
organizadas palmeirenses, desafiam as autoridades e provocam seus adversários
sem que ninguém responda por tal atitude.
Até quando isso vai durar?
Impossível dizer...
No Brasil, faz tempo, o respeito
às leis e aos seus agentes deixou de existir.
Adolescente de 15 anos, morre em partida de futebol em Lancashire, Inglaterra...
Melissa Smith, 15 anos, morreu
durante um jogo do Cadley FC, sua equipe, contra o Euxton Girls, em Lancashire,
Inglaterra, pelo campeonato sub-16 da cidade...
Melissa caiu repentinamente no
gramado, dentro da grande área de seu time...
Não havia ninguém ao seu lado, o
jogo estava concentrado no campo do adversário.
“Quando a goleira do Cadley
começou a pedir ajuda, percebi que era grave e alertei o árbitro que estava de
costas e ele, rapidamente interrompeu o jogo e autorizou a entrada dos
médicos...”, disse Mick Walsh, técnico do Euxdon Girls.
Melissa foi atendida no gramado,
com o uso de um desfibrilador e posteriormente encaminhada ao Hospital Royal
Preston, que horas depois, a declarou morta.
"Ela estava conosco havia cinco
anos e era querida por todos... companheiras e professores e membros da
comissão técnica... estamos todos profundamente chocados...”, afirmou Steve
Flynn, presidente do Cadley.
A polícia de Lancashire informou
que vai aguardar o resultado da autópsia para dar prosseguimento as
investigações para apurar responsabilidades.
domingo, outubro 19, 2014
A CBF substituiu as coleiras de couro, por coleiras de ouro...
Leio no blog do Paulinho a
seguinte notícia...
Há algum tempo, as 27 Federações nacionais recebem uma mensalidade que
é discriminada como “ajuda de custo”.
R$ 100 mil cada, num total de R$ 2,7 milhões.
Agora, tirante o valor descrito, Marin decidiu que os presidentes
destas entidades terão direito a um “salário” pago pela Casa Bandida: R$ 15 mil
mensais.
Ou seja, mais R$ 405 mil.
Somados, os valores, anualmente, correspondem a exorbitante quantia de
R$ 37.465.000, levando em consideração os doze meses de “ajuda” e os treze (13º
incluso) de salários.
A notícia espanta?
Não...
No Brasil nada mais causa
espanto...
Perdemos o pudor e cada
indecência é justificada com veemência.
A CBF substituiu a coleira de couro pela de ouro e, com isso, garantiu
“rabinhos abanando”, sorrisos largos e poder perpetuado.
Enfim, alguém importante reconhece...
"Não é hora mais de fazer um jogo
pensando que tem uma baita equipe. Tem que ter muito mais transpiração, raça,
força, garra do que qualidade. Porque se tivesse qualidade estava no G-4."
Roberto Fernandes, treinador do
América.
E assim caminha o futebol brasileiro...
"Um presidente vem, quebra o
clube e, quando sua gestão acaba, ele vai para a sua casa, para a praia e deixa
o problema para o próximo.”
“Sem regulamentações sérias, o
futebol é o terreno mais fértil que existe para fazer qualquer tipo de
falcatrua”
“É só no futebol, por exemplo,
que um empregador que deve milhões para funcionários pode contratar mais gente,
prometendo outros milhões, que também não vai pagar, e não acontece nada.”
Fernando Prass, goleiro do
Palmeiras.
O América está a um passo de começar um namoro com a Série C e o ABC, com ciúme, joga seu charme...
Vamos dividir em partes...
Não iguais, pois são situações
diferentes.
Parte um...
O América está com os pés na
Série C...
Só as mãos o seguram na Série
B...
Porém, os pés escorregam e as
mãos mesmo que crispadas na maçaneta, talvez não tenham força para arrastar o
corpo, agora, pesado, de volta para o aconchego da segunda divisão.
Vencer o Bragantino era o
sonho...
Empatar, a meta mais realista...
Entretanto, os rubros perderam e
ao perderem viram o adversário se distanciar seis pontos...
Pior, deixaram o Oeste escapar
cinco.
A turma insiste que são
necessários 17 pontos para ficar...
Eu digo que neste momento, o
mais lúcido é correr atrás de oito ou nove pontos e, torcer para que o Oeste não
consiga mais que um ou no máximo dois pontinhos, nas oito partidas restantes.
Sou sincero...
Na conta dos 17 pontos,
será preciso 5 ou 6 vitórias ou então, 5 vitórias e 2 empates...
Não consegue.
Portanto, americanos, a esperança
é o Oeste não avançar...
Nem um passo, se possível.
Parte dois...
O ABC acreditou que a vitória
sobre o Cruzeiro faria tremer o Luverdense...
Não fez...
O Luverdense jogou como jogaria
em qualquer circunstância...
Fechadinho, encolhidinho e
esperando a chance de beliscar um golzinho...
Beliscou...
O ABC, quando teve a
chance, não aproveitou...
Xuxa, perdeu um pênalti...
Pênalti que daria ao alvinegro uma
folguinha para respirar, colocar a camisa para dentro do calção e voltar a
correr atrás dos pontos necessários para ficar longe da zona de rebaixamento.
Entretanto, a situação do
alvinegro, que é preocupante, não é desesperadora, pelo menos, por enquanto...
Correm atrás de suas camisas
pretas e brancas, o América, seu maior rival e o Icasa...
Um a cinco casas de distância e o
outro, a seis...
Entre eles, está o Oeste,
juntinho...
Não creio que por pior que seja a
campanha do ABC, seu time ruim, possa ser tão ruim, a ponto de ser ultrapassado
pelos três ou por dois dos concorrentes num espaço tão curto de tempo.
sábado, outubro 18, 2014
O futebol britânico e os 100 anos da Primeira Guerra Mundial...
Em 1914, milhões de homens e
mulheres perderam suas vidas nos campos de batalha da Europa...
Este ano é o ano do centenário do
início da Grande Guerra...
A Grã Bretanha e seu Império,
mobilizaram 9 milhões de homens, muitos voluntários...
Ao fim da guerra, o império
britânico havia perdido 960 mil homens e contabilizava 2 milhões de feridos,
entre eles, inválidos permanentes.
Entre os mortos e feridos, haviam
atletas de todos os esportes...
Porém, o futebol britânico teve
perdas irreparáveis, como as do Heart of Midlothian Football Club, da
Escócia...
A equipe considerada à época uma
das melhores do mundo, perdeu nos campos de batalha quase todos seus jogadores,
titulares e reservas...
O Heart, nunca mais conseguiu
retomar a hegemonia que lhe pertencia.
Este ano, o país rememora a
guerra e homenageia aqueles que dela participaram.
O Milwall FC, clube da Segunda
Divisão, fundado em 3 de outubro de 1885, tomou a decisão de deixar marcada na
história sua homenagem...
Os dirigentes do Milwall,
conseguiram junto ao exército britânico uma autorização especial para que no
dia 8 de novembro próximo, sua equipe entre em campo para enfrentar o
Brentford, usando as cores dos uniformes camuflados da tropas britânicas...
A iniciativa visa perpetuar na
memória de seus jovens torcedores o respeito e admiração aos homens que doaram
suas vidas pela pátria e honrar aqueles que continuam a lutar pela Grã
Bretanha.
A renda da partida será doada
integralmente o Headley Court, centro de reabilitação de militares feridos em
combate...
O vídeo acima, é o primeiro de
uma série de homenagens do Milwall aos soldados de ontem e de hoje.
sexta-feira, outubro 17, 2014
Refleções sobre a imprensa esportiva brasileira e seus desvios, nem sempre éticos...
A Imprensa pode comentar a violência dos estádios com isenção?
Por Juan Silvera
Comunicação, Esporte e Cultura
Blog do Grupo de Pesquisa Esporte e Cultura (Faculdade de Comunicação
Social/UERJ)
Cadastrado junto ao CNPQ
Qual o grau de responsabilidade
que a imprensa esportiva em geral tem perante as atitudes do torcedor no que
tange à violência desencadeada por resultados adversos, erros de arbitragem e
outros componentes “naturais” que desagradam e frustram as expectativas dos
mesmos?
Assistindo ao videoteipe da
transmissão da partida válida pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de
Londres 2010 entre as seleções de Brasil e Coreia do Sul, esta foi prejudicada
em duas oportunidades em que a arbitragem deixou de marcar faltas grosseiras
contra o time do Brasil, faltas estas cometidas dentro da grande área, o que
caracterizaria penalidade máxima.
A primeira falta ocorreu aos 15
minutos do primeiro tempo – o zagueiro Juan levantou exageradamente o pé e
acertou a cabeça do atacante asiático.
Aos 3 minutos do Segundo tempo,
Sandro derruba Bokyung Kim na área, falta mais clara que a primeira, mas o juiz
da República Tcheca, nas duas oportunidades, mandou continuar o jogo, fatos que
certamente mudariam o desenlace da partida.
Após pesquisar na mídia da época,
somente encontrei um artigo do jornalista Carlos Padeiro, da Uol (Universo on
Line), comentando os erros do juiz Pavel Kralovec.
Os outros comentaristas apelaram
para a dúvida de interpretação e os fatos foram esquecidos.
Dúvida é prerrogativa exclusiva
do árbitro que tem frações de segundo para decidir e um só ângulo de visão.
A imprensa tem à sua disposição
tempo e recursos tecnológicos para dissipar dúvidas.
O auxilio tecnológico vai desde o
número de câmeras de grande alcance com altíssima definição e câmera lenta (na
Copa do Brasil 2014 foram 34 câmeras) a recursos espetaculares de computação
gráfica, que permitem o esclarecimento de qualquer lance praticamente em tempo
real.
Num segundo momento, os mesmos
jornalistas fizeram severas críticas ao técnico da equipe chinesa de ginástica
que insinuou ter havido favorecimento ilícito a favor do Brasil na decisão da
medalha de ouro, na modalidade argolas.
Foi chamado entre outros
adjetivos de “mau perdedor “, o que me leva à reflexão de que se existe mau e
bom perdedor, teria de ter também mau e bom ganhador.
Uma decisão que nos favorece
sempre leva em consideração fatores humanos.
Isenta o árbitro que não conta
com o “replay” ou estava no momento do lance numa posição desfavorável ou com a
visão obstruída, já os erros que nos prejudicam trazem à tona a péssima preparação
dos árbitros iluminando a falta de caráter de quem cometeu a falta; isto, se o
autor não estiver vestindo a amarelinha, com ela falta de caráter vira
malandragem, expertise.
Puxando pela memória, lembro-me
de alguns exemplos históricos como os gols convertidos com a mão (uma de Deus)
de Maradona contra a Inglaterra no estádio Azteca, em 22 de junho de 1986,
pelas quartas de final da Copa do México, e outro do Túlio Maravilha contra a
Argentina pelas quartas de final Copa América de 1995 no estádio Atilio Paiva
de Oliveira, em 17 de julho de 1995, na cidade de Rivera, Uruguai.
O primeiro é lembrado até hoje
como falta de caráter e entra em pauta diversas vezes ao ano, numa tentativa de
nunca apagar da memória do torcedor tremenda falcatrua (na Web encontrei mais
de 210.000 citações), falta de espírito esportivo, deslealdade e péssimo
exemplo para as gerações de atletas em formação.
O outro (o do Túlio) virou uma
peça do folclore, amplamente festejado até por ter sido cometido contra um
arquirrival.
Na transmissão da Globo Galvão
Bueno diz: “Ele foi malandro” “Os argentinos vão chorar durante um mês” “Túlio
é Maravilha até com o braço” isso reforça a frase de sua autoria:
“Ganhar é bom, mas ganhar da
Argentina é melhor ainda”.
Mauricio Torres no programa
Galeria Gol comenta “…se com o pé ele desperdiça, com o braço ele é brilhante!
Maravilha de braço!”.
A ajeitada “manual” que o francês
Thierry Henry realizou antes do passe para o gol de Gallas nas eliminatórias da
Copa do Mundo da África do Sul, que tirou a Irlanda da competição, foi
catalogada como vergonha nacional para os Blues. Irlanda Roubada, diz a
manchete do blog de Juca Kfouri e continua:
“A Irlanda foi vergonhosamente
garfada em Paris e perdeu vaga na Copa de 2010 para a França graças a um gol
que nasceu de uma matada com a mão de Henry. Tão clara que o francês merece ser
punido com a proibição de embarcar para África do Sul”.
Já na ajeitada do Fabuloso Luís
Fabiano contra a Costa de Marfim, na Copa da África do Sul, o mesmo jornalista
escreveu:
“Luís Fabiano acaba de fazer um
gol de Pelé, simplesmente com três chapéus!!!
Aos 5. (E com uma matada no
braço, admitamos…)” e no final da matéria ao dar nota ao elenco brasileiro
escreve:
“Luis Fabiano; fez dois gols, um
com três chapéus (que anula um braço…) nota 8”, já Tadeu Schmidt no programa
Fantástico parafraseia o Hino Nacional e diz:
“Puxa no braço, Luís Fabiano!
Domina no braço essa desgraçada!”,“É o gol conseguimos conquistar
com braço forte.”, “Luís Fabiano é o Jabulani cheia da semana”.
A entrada “criminosa” de Maradona
em Batista, do Brasil, na Copa de 1990 na Itália contrasta com a “precipitação”,
de Felipe Mello, ao “atingir” Robben, da Holanda, no jogo de despedida do
Brasil nas quartas de final da Copa de 2010, segundo os comentários da
imprensa.
A imprensa tem a obrigação de
comentar todas estas ações e tratá-las com igualdade e imparcialidade, do contrário
é um incentivo à ideia de que levar vantagem é bom e a desabilita a criticar a
violência nos estádios com isenção, além de outorgar-lhe uma dose de culpa pela
mesma.
Na Taça Sul-Americana, éramos quatro... Agora, um.
As oitavas de final da Taça
Sul-Americana de 2014, começaram com quatro equipes brasileiras...
Nas quartas de final, teremos
uma:
O São Paulo.
Cabe a gora ao tricolor paulista,
limpar a barra do futebol brasileiro, que definitivamente, não assusta mais
ninguém.
Esses foram os resultados.
O São Paulo, no Chile, venceu o
Huachipato por 3 a 2...
Na partida no Brasil, o São Paulo
venceu os chilenos por 1 a 0...
Seguiu em frente.
O Bahia, no Peru, perdeu por 2 a
0, para o Universidad César Vallejo...
Como havia vencido em Salvador,
pelo mesmo placar...
Foi para as cobranças de pênaltis...
Perdeu por 7 a 6.
O Goiás, em casa, venceu o Emelec
do Equador por 1 a 0...
Como no Equador havia sido
derrotado por pela mesma contagem, decidiu a vaga nos pênaltis...
Perdeu por 6 a 5.
No Barradão, o Vitória que
empatou com o Atlético Nacional, na Colômbia, foi derrotado por 1 a 0 e foi
eliminado sem maiores burocracias.
quinta-feira, outubro 16, 2014
Rafael Sobis em entrevista ao Globo.com, conta como é o mundo real dos boleiros no Brasil...
Em entrevista para o Globo.com,
Rafael Sobis, abriu o verbo e disse com muita coragem o que todo mundo sabe e
fingi não saber...
Eis um trecho da longa
entrevista...
"Muitas vezes minha maior vergonha
é estar em aeroporto com uniforme do clube.
O jogador tem seus defeitos.
Eu estou aqui falando do outro
lado, mas jogador gosta de furar fila. Jogador é um bando de mal-educado que
ganha dinheiro.
Isso pela ignorância.
Falam palavrão no avião,
sentem-se os donos das coisas.
E disso tenho muita vergonha.
Se falar com eles sobre um
jornal, 90% não vão saber.
Não pode sentar num banco e conversar sobre
eleições.
Eles não estão nem aí.
Não pegam um livro, não leem um jornal.
Pegam
o jornal de esportes, veem o que estão falando deles.
Se falam bem, já vai andar
com o vidro aberto.
Muito do que está no futebol hoje
é culpa do jogador.
Jogador só pensa nele.
Se está bem, fazendo gol, mas o time
perde de 2 a 1, está tudo bem.
É assim que vai.
E vai ser muito difícil mudar.
É difícil cobrar porque é uma
ignorância que vem de baixo.
Não estudou, não teve educação,
sofreu, teve problema com os pais.
Não é tão simples.
Quando chega lá em cima,
tem um dom que é jogar futebol e começa a ganhar dinheiro.
Como eu vou chegar para ele e
falar que futebol não é isso, que ele tem de investir dinheiro, viver outras
coisas.
O futebol te prende de um jeito
que não evolui.
Aí eles falam que está tudo certo.
Mas, por dentro, estão
pensando:
Vai para a p…, quer cuidar da minha vida.
Tenho uma menininha para
pegar agora, tenho um camarote.
Tem uns que escutam, outros não.
Quando forem
mais velhos, vão entender.
Eu tive muitos conselheiros:
Fernandão, que é meu pai, Clemer, Iarley.
Eu procurei fazer o que pediam, mesmo
sem saber se daria certo.”
A entrevista na íntegra pode ser
lida aqui:
Copa da África de Nações: o Marrocos está inclinado a não sediar o torneio com medo do vírus ebola...
A Confederação Africana de
Futebol está enfrentando um sério problema para realizar a fase final do
Campeonato Africano de Nações – o equivalente à Eurocopa e a Copa América.
O Marrocos, temendo o surto do
vírus Ebola que se propaga pelo continente africano, havia enviado através do
Ministério do Esporte do país, um documento sugerindo à CAF que cancelasse o
torneio inicialmente marcado para 2015...
No documento, os marroquinos
sugeriram que a fase final fosse postergada para 2016.
Entretanto, o governo marroquino,
mudou de posição...
“Como a CAF rejeitou todos os
nossos argumentos e sugestões, somos forçados por motivo de segurança dos
nossos cidadãos, a considerar o cancelamento da fase final da AFCON 2015, em
nosso território. Estamos preparados para assumir todas as consequências que
virão após a difícil decisão que estamos sendo forçados a tomar.”
O documento, ainda não retira em definitivo
do território marroquino a hospedagem do torneio, mas coloca a CAF contra a
parede...
“Nós combinamos de nos encontrar
e discutir todas as opções técnicas ligadas ao adiamento... entendemos a as
dificuldades da CAF, mas não podemos ser irresponsáveis e desconsiderar o
último relatório da Organização Mundial de Saúde, que contém números alarmantes
sobre a extensão e propagação do vírus.”
A CAF já trabalha com a
possibilidade da África do Sul, sede do torneio em 2013, assumir o lugar do
Marrocos, no próximo ano...
O Sudão, já demonstrou o
desejo de sediar a competição.
Caso os sul-africanos sejam os
substitutos dos marroquinos, em 2015, terão duas Copas Africanas em seguida,
pois em virtude da desistência da Líbia em função da guerra civil no país, a
África do Sul, foi escolhida para sediar a AFCON 2017.
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