Imagem: World Soccer
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
terça-feira, outubro 21, 2014
Adolescente de 15 anos, morre em partida de futebol em Lancashire, Inglaterra...
Melissa Smith, 15 anos, morreu
durante um jogo do Cadley FC, sua equipe, contra o Euxton Girls, em Lancashire,
Inglaterra, pelo campeonato sub-16 da cidade...
Melissa caiu repentinamente no
gramado, dentro da grande área de seu time...
Não havia ninguém ao seu lado, o
jogo estava concentrado no campo do adversário.
“Quando a goleira do Cadley
começou a pedir ajuda, percebi que era grave e alertei o árbitro que estava de
costas e ele, rapidamente interrompeu o jogo e autorizou a entrada dos
médicos...”, disse Mick Walsh, técnico do Euxdon Girls.
Melissa foi atendida no gramado,
com o uso de um desfibrilador e posteriormente encaminhada ao Hospital Royal
Preston, que horas depois, a declarou morta.
"Ela estava conosco havia cinco
anos e era querida por todos... companheiras e professores e membros da
comissão técnica... estamos todos profundamente chocados...”, afirmou Steve
Flynn, presidente do Cadley.
A polícia de Lancashire informou
que vai aguardar o resultado da autópsia para dar prosseguimento as
investigações para apurar responsabilidades.
domingo, outubro 19, 2014
A CBF substituiu as coleiras de couro, por coleiras de ouro...
Leio no blog do Paulinho a
seguinte notícia...
Há algum tempo, as 27 Federações nacionais recebem uma mensalidade que
é discriminada como “ajuda de custo”.
R$ 100 mil cada, num total de R$ 2,7 milhões.
Agora, tirante o valor descrito, Marin decidiu que os presidentes
destas entidades terão direito a um “salário” pago pela Casa Bandida: R$ 15 mil
mensais.
Ou seja, mais R$ 405 mil.
Somados, os valores, anualmente, correspondem a exorbitante quantia de
R$ 37.465.000, levando em consideração os doze meses de “ajuda” e os treze (13º
incluso) de salários.
A notícia espanta?
Não...
No Brasil nada mais causa
espanto...
Perdemos o pudor e cada
indecência é justificada com veemência.
A CBF substituiu a coleira de couro pela de ouro e, com isso, garantiu
“rabinhos abanando”, sorrisos largos e poder perpetuado.
Enfim, alguém importante reconhece...
"Não é hora mais de fazer um jogo
pensando que tem uma baita equipe. Tem que ter muito mais transpiração, raça,
força, garra do que qualidade. Porque se tivesse qualidade estava no G-4."
Roberto Fernandes, treinador do
América.
E assim caminha o futebol brasileiro...
"Um presidente vem, quebra o
clube e, quando sua gestão acaba, ele vai para a sua casa, para a praia e deixa
o problema para o próximo.”
“Sem regulamentações sérias, o
futebol é o terreno mais fértil que existe para fazer qualquer tipo de
falcatrua”
“É só no futebol, por exemplo,
que um empregador que deve milhões para funcionários pode contratar mais gente,
prometendo outros milhões, que também não vai pagar, e não acontece nada.”
Fernando Prass, goleiro do
Palmeiras.
O América está a um passo de começar um namoro com a Série C e o ABC, com ciúme, joga seu charme...
Vamos dividir em partes...
Não iguais, pois são situações
diferentes.
Parte um...
O América está com os pés na
Série C...
Só as mãos o seguram na Série
B...
Porém, os pés escorregam e as
mãos mesmo que crispadas na maçaneta, talvez não tenham força para arrastar o
corpo, agora, pesado, de volta para o aconchego da segunda divisão.
Vencer o Bragantino era o
sonho...
Empatar, a meta mais realista...
Entretanto, os rubros perderam e
ao perderem viram o adversário se distanciar seis pontos...
Pior, deixaram o Oeste escapar
cinco.
A turma insiste que são
necessários 17 pontos para ficar...
Eu digo que neste momento, o
mais lúcido é correr atrás de oito ou nove pontos e, torcer para que o Oeste não
consiga mais que um ou no máximo dois pontinhos, nas oito partidas restantes.
Sou sincero...
Na conta dos 17 pontos,
será preciso 5 ou 6 vitórias ou então, 5 vitórias e 2 empates...
Não consegue.
Portanto, americanos, a esperança
é o Oeste não avançar...
Nem um passo, se possível.
Parte dois...
O ABC acreditou que a vitória
sobre o Cruzeiro faria tremer o Luverdense...
Não fez...
O Luverdense jogou como jogaria
em qualquer circunstância...
Fechadinho, encolhidinho e
esperando a chance de beliscar um golzinho...
Beliscou...
O ABC, quando teve a
chance, não aproveitou...
Xuxa, perdeu um pênalti...
Pênalti que daria ao alvinegro uma
folguinha para respirar, colocar a camisa para dentro do calção e voltar a
correr atrás dos pontos necessários para ficar longe da zona de rebaixamento.
Entretanto, a situação do
alvinegro, que é preocupante, não é desesperadora, pelo menos, por enquanto...
Correm atrás de suas camisas
pretas e brancas, o América, seu maior rival e o Icasa...
Um a cinco casas de distância e o
outro, a seis...
Entre eles, está o Oeste,
juntinho...
Não creio que por pior que seja a
campanha do ABC, seu time ruim, possa ser tão ruim, a ponto de ser ultrapassado
pelos três ou por dois dos concorrentes num espaço tão curto de tempo.
sábado, outubro 18, 2014
O futebol britânico e os 100 anos da Primeira Guerra Mundial...
Em 1914, milhões de homens e
mulheres perderam suas vidas nos campos de batalha da Europa...
Este ano é o ano do centenário do
início da Grande Guerra...
A Grã Bretanha e seu Império,
mobilizaram 9 milhões de homens, muitos voluntários...
Ao fim da guerra, o império
britânico havia perdido 960 mil homens e contabilizava 2 milhões de feridos,
entre eles, inválidos permanentes.
Entre os mortos e feridos, haviam
atletas de todos os esportes...
Porém, o futebol britânico teve
perdas irreparáveis, como as do Heart of Midlothian Football Club, da
Escócia...
A equipe considerada à época uma
das melhores do mundo, perdeu nos campos de batalha quase todos seus jogadores,
titulares e reservas...
O Heart, nunca mais conseguiu
retomar a hegemonia que lhe pertencia.
Este ano, o país rememora a
guerra e homenageia aqueles que dela participaram.
O Milwall FC, clube da Segunda
Divisão, fundado em 3 de outubro de 1885, tomou a decisão de deixar marcada na
história sua homenagem...
Os dirigentes do Milwall,
conseguiram junto ao exército britânico uma autorização especial para que no
dia 8 de novembro próximo, sua equipe entre em campo para enfrentar o
Brentford, usando as cores dos uniformes camuflados da tropas britânicas...
A iniciativa visa perpetuar na
memória de seus jovens torcedores o respeito e admiração aos homens que doaram
suas vidas pela pátria e honrar aqueles que continuam a lutar pela Grã
Bretanha.
A renda da partida será doada
integralmente o Headley Court, centro de reabilitação de militares feridos em
combate...
O vídeo acima, é o primeiro de
uma série de homenagens do Milwall aos soldados de ontem e de hoje.
sexta-feira, outubro 17, 2014
Refleções sobre a imprensa esportiva brasileira e seus desvios, nem sempre éticos...
A Imprensa pode comentar a violência dos estádios com isenção?
Por Juan Silvera
Comunicação, Esporte e Cultura
Blog do Grupo de Pesquisa Esporte e Cultura (Faculdade de Comunicação
Social/UERJ)
Cadastrado junto ao CNPQ
Qual o grau de responsabilidade
que a imprensa esportiva em geral tem perante as atitudes do torcedor no que
tange à violência desencadeada por resultados adversos, erros de arbitragem e
outros componentes “naturais” que desagradam e frustram as expectativas dos
mesmos?
Assistindo ao videoteipe da
transmissão da partida válida pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de
Londres 2010 entre as seleções de Brasil e Coreia do Sul, esta foi prejudicada
em duas oportunidades em que a arbitragem deixou de marcar faltas grosseiras
contra o time do Brasil, faltas estas cometidas dentro da grande área, o que
caracterizaria penalidade máxima.
A primeira falta ocorreu aos 15
minutos do primeiro tempo – o zagueiro Juan levantou exageradamente o pé e
acertou a cabeça do atacante asiático.
Aos 3 minutos do Segundo tempo,
Sandro derruba Bokyung Kim na área, falta mais clara que a primeira, mas o juiz
da República Tcheca, nas duas oportunidades, mandou continuar o jogo, fatos que
certamente mudariam o desenlace da partida.
Após pesquisar na mídia da época,
somente encontrei um artigo do jornalista Carlos Padeiro, da Uol (Universo on
Line), comentando os erros do juiz Pavel Kralovec.
Os outros comentaristas apelaram
para a dúvida de interpretação e os fatos foram esquecidos.
Dúvida é prerrogativa exclusiva
do árbitro que tem frações de segundo para decidir e um só ângulo de visão.
A imprensa tem à sua disposição
tempo e recursos tecnológicos para dissipar dúvidas.
O auxilio tecnológico vai desde o
número de câmeras de grande alcance com altíssima definição e câmera lenta (na
Copa do Brasil 2014 foram 34 câmeras) a recursos espetaculares de computação
gráfica, que permitem o esclarecimento de qualquer lance praticamente em tempo
real.
Num segundo momento, os mesmos
jornalistas fizeram severas críticas ao técnico da equipe chinesa de ginástica
que insinuou ter havido favorecimento ilícito a favor do Brasil na decisão da
medalha de ouro, na modalidade argolas.
Foi chamado entre outros
adjetivos de “mau perdedor “, o que me leva à reflexão de que se existe mau e
bom perdedor, teria de ter também mau e bom ganhador.
Uma decisão que nos favorece
sempre leva em consideração fatores humanos.
Isenta o árbitro que não conta
com o “replay” ou estava no momento do lance numa posição desfavorável ou com a
visão obstruída, já os erros que nos prejudicam trazem à tona a péssima preparação
dos árbitros iluminando a falta de caráter de quem cometeu a falta; isto, se o
autor não estiver vestindo a amarelinha, com ela falta de caráter vira
malandragem, expertise.
Puxando pela memória, lembro-me
de alguns exemplos históricos como os gols convertidos com a mão (uma de Deus)
de Maradona contra a Inglaterra no estádio Azteca, em 22 de junho de 1986,
pelas quartas de final da Copa do México, e outro do Túlio Maravilha contra a
Argentina pelas quartas de final Copa América de 1995 no estádio Atilio Paiva
de Oliveira, em 17 de julho de 1995, na cidade de Rivera, Uruguai.
O primeiro é lembrado até hoje
como falta de caráter e entra em pauta diversas vezes ao ano, numa tentativa de
nunca apagar da memória do torcedor tremenda falcatrua (na Web encontrei mais
de 210.000 citações), falta de espírito esportivo, deslealdade e péssimo
exemplo para as gerações de atletas em formação.
O outro (o do Túlio) virou uma
peça do folclore, amplamente festejado até por ter sido cometido contra um
arquirrival.
Na transmissão da Globo Galvão
Bueno diz: “Ele foi malandro” “Os argentinos vão chorar durante um mês” “Túlio
é Maravilha até com o braço” isso reforça a frase de sua autoria:
“Ganhar é bom, mas ganhar da
Argentina é melhor ainda”.
Mauricio Torres no programa
Galeria Gol comenta “…se com o pé ele desperdiça, com o braço ele é brilhante!
Maravilha de braço!”.
A ajeitada “manual” que o francês
Thierry Henry realizou antes do passe para o gol de Gallas nas eliminatórias da
Copa do Mundo da África do Sul, que tirou a Irlanda da competição, foi
catalogada como vergonha nacional para os Blues. Irlanda Roubada, diz a
manchete do blog de Juca Kfouri e continua:
“A Irlanda foi vergonhosamente
garfada em Paris e perdeu vaga na Copa de 2010 para a França graças a um gol
que nasceu de uma matada com a mão de Henry. Tão clara que o francês merece ser
punido com a proibição de embarcar para África do Sul”.
Já na ajeitada do Fabuloso Luís
Fabiano contra a Costa de Marfim, na Copa da África do Sul, o mesmo jornalista
escreveu:
“Luís Fabiano acaba de fazer um
gol de Pelé, simplesmente com três chapéus!!!
Aos 5. (E com uma matada no
braço, admitamos…)” e no final da matéria ao dar nota ao elenco brasileiro
escreve:
“Luis Fabiano; fez dois gols, um
com três chapéus (que anula um braço…) nota 8”, já Tadeu Schmidt no programa
Fantástico parafraseia o Hino Nacional e diz:
“Puxa no braço, Luís Fabiano!
Domina no braço essa desgraçada!”,“É o gol conseguimos conquistar
com braço forte.”, “Luís Fabiano é o Jabulani cheia da semana”.
A entrada “criminosa” de Maradona
em Batista, do Brasil, na Copa de 1990 na Itália contrasta com a “precipitação”,
de Felipe Mello, ao “atingir” Robben, da Holanda, no jogo de despedida do
Brasil nas quartas de final da Copa de 2010, segundo os comentários da
imprensa.
A imprensa tem a obrigação de
comentar todas estas ações e tratá-las com igualdade e imparcialidade, do contrário
é um incentivo à ideia de que levar vantagem é bom e a desabilita a criticar a
violência nos estádios com isenção, além de outorgar-lhe uma dose de culpa pela
mesma.
Na Taça Sul-Americana, éramos quatro... Agora, um.
As oitavas de final da Taça
Sul-Americana de 2014, começaram com quatro equipes brasileiras...
Nas quartas de final, teremos
uma:
O São Paulo.
Cabe a gora ao tricolor paulista,
limpar a barra do futebol brasileiro, que definitivamente, não assusta mais
ninguém.
Esses foram os resultados.
O São Paulo, no Chile, venceu o
Huachipato por 3 a 2...
Na partida no Brasil, o São Paulo
venceu os chilenos por 1 a 0...
Seguiu em frente.
O Bahia, no Peru, perdeu por 2 a
0, para o Universidad César Vallejo...
Como havia vencido em Salvador,
pelo mesmo placar...
Foi para as cobranças de pênaltis...
Perdeu por 7 a 6.
O Goiás, em casa, venceu o Emelec
do Equador por 1 a 0...
Como no Equador havia sido
derrotado por pela mesma contagem, decidiu a vaga nos pênaltis...
Perdeu por 6 a 5.
No Barradão, o Vitória que
empatou com o Atlético Nacional, na Colômbia, foi derrotado por 1 a 0 e foi
eliminado sem maiores burocracias.
quinta-feira, outubro 16, 2014
Rafael Sobis em entrevista ao Globo.com, conta como é o mundo real dos boleiros no Brasil...
Em entrevista para o Globo.com,
Rafael Sobis, abriu o verbo e disse com muita coragem o que todo mundo sabe e
fingi não saber...
Eis um trecho da longa
entrevista...
"Muitas vezes minha maior vergonha
é estar em aeroporto com uniforme do clube.
O jogador tem seus defeitos.
Eu estou aqui falando do outro
lado, mas jogador gosta de furar fila. Jogador é um bando de mal-educado que
ganha dinheiro.
Isso pela ignorância.
Falam palavrão no avião,
sentem-se os donos das coisas.
E disso tenho muita vergonha.
Se falar com eles sobre um
jornal, 90% não vão saber.
Não pode sentar num banco e conversar sobre
eleições.
Eles não estão nem aí.
Não pegam um livro, não leem um jornal.
Pegam
o jornal de esportes, veem o que estão falando deles.
Se falam bem, já vai andar
com o vidro aberto.
Muito do que está no futebol hoje
é culpa do jogador.
Jogador só pensa nele.
Se está bem, fazendo gol, mas o time
perde de 2 a 1, está tudo bem.
É assim que vai.
E vai ser muito difícil mudar.
É difícil cobrar porque é uma
ignorância que vem de baixo.
Não estudou, não teve educação,
sofreu, teve problema com os pais.
Não é tão simples.
Quando chega lá em cima,
tem um dom que é jogar futebol e começa a ganhar dinheiro.
Como eu vou chegar para ele e
falar que futebol não é isso, que ele tem de investir dinheiro, viver outras
coisas.
O futebol te prende de um jeito
que não evolui.
Aí eles falam que está tudo certo.
Mas, por dentro, estão
pensando:
Vai para a p…, quer cuidar da minha vida.
Tenho uma menininha para
pegar agora, tenho um camarote.
Tem uns que escutam, outros não.
Quando forem
mais velhos, vão entender.
Eu tive muitos conselheiros:
Fernandão, que é meu pai, Clemer, Iarley.
Eu procurei fazer o que pediam, mesmo
sem saber se daria certo.”
A entrevista na íntegra pode ser
lida aqui:
Copa da África de Nações: o Marrocos está inclinado a não sediar o torneio com medo do vírus ebola...
A Confederação Africana de
Futebol está enfrentando um sério problema para realizar a fase final do
Campeonato Africano de Nações – o equivalente à Eurocopa e a Copa América.
O Marrocos, temendo o surto do
vírus Ebola que se propaga pelo continente africano, havia enviado através do
Ministério do Esporte do país, um documento sugerindo à CAF que cancelasse o
torneio inicialmente marcado para 2015...
No documento, os marroquinos
sugeriram que a fase final fosse postergada para 2016.
Entretanto, o governo marroquino,
mudou de posição...
“Como a CAF rejeitou todos os
nossos argumentos e sugestões, somos forçados por motivo de segurança dos
nossos cidadãos, a considerar o cancelamento da fase final da AFCON 2015, em
nosso território. Estamos preparados para assumir todas as consequências que
virão após a difícil decisão que estamos sendo forçados a tomar.”
O documento, ainda não retira em definitivo
do território marroquino a hospedagem do torneio, mas coloca a CAF contra a
parede...
“Nós combinamos de nos encontrar
e discutir todas as opções técnicas ligadas ao adiamento... entendemos a as
dificuldades da CAF, mas não podemos ser irresponsáveis e desconsiderar o
último relatório da Organização Mundial de Saúde, que contém números alarmantes
sobre a extensão e propagação do vírus.”
A CAF já trabalha com a
possibilidade da África do Sul, sede do torneio em 2013, assumir o lugar do
Marrocos, no próximo ano...
O Sudão, já demonstrou o
desejo de sediar a competição.
Caso os sul-africanos sejam os
substitutos dos marroquinos, em 2015, terão duas Copas Africanas em seguida,
pois em virtude da desistência da Líbia em função da guerra civil no país, a
África do Sul, foi escolhida para sediar a AFCON 2017.
América e ABC foram dignos e honrados... já o Atlético Mineiro, foi fantástico.
Ah, o velho e bom futebol...
Ao terminar o primeiro tempo no
Maracanã, comecei a adiantar o trabalho...
Isto é, escrevi sobre o que
estava vendo e sobre o que estava ouvindo.
Deixei tudo prontinho para
finalizar quando os árbitros dessem por terminados os confrontos aqui no Arena
das Dunas, lá no Maracanã em Minas Gerais, no Mineirão.
Ao fim das partidas, pensei...
Muda tudo...
Mudei.
Enquanto no Arena das Dunas o
Cruzeiro, no primeiro tempo, confirmou sem muito suor sua melhor condição, no
Maracanã, o Flamengo suou, mas não venceu a marcação bem estruturada que
Roberto Fernandes montou para tentar parar o adversário...
Em Natal, a tranca bem montada,
segurou o Cruzeiro por 31 minutos...
Um chute indefensável de William
derrubou a porta com tranca e tudo e, onze minutos depois, Henrique completou o
serviço, ampliando o marcador...
No Rio, Paulinho escapou dos
marcadores e partiu para cima...
Foi com vontade, mas precisou de
apoio e chamou Isac...
Isac foi, mas o Isac é o Isac e o
que era para ser doce, azedou.
Em Minas, no Mineirão, o
Corinthians assanhado abriu o marcador logo que a bola rolou...
Vinte minutos depois, o galo
empatou e passados sete minutos, Guilherme virou.
Apitos soprados, jogadores
recolhidos ao vestiário, fui buscar um sanduíche e abastecer de Coca-Cola, a
caneca vazia, mas no caminho pensei...
O América vai precisar sair,
mesmo que não tenha ficado grudado na parede, o ABC tem que evitar a goleada e
o Atlético, não sei se terá força para ampliar e não sofrer nenhum gol.
Fim do intervalo, bola rolando...
Aos 15 minutos em Natal, Rodrigo
Silva diminuiu...
No Rio, três minutos depois,
Gabriel, gelou a torcida americana e em Minas, aos 29, Guilherme marcou o
terceiro do Atlético...
E agora?
O América vai murchar, o ABC vai
crescer e o Atlético, vai conseguir o impensável?
O América não murchou, o ABC
cresceu e empatou com Xuxa e, o Atlético foi que foi para cima do Corinthians...
A expulsão de Lázaro – exagerada –
não matou o América...
Os rubros estavam decididos a
fazer o seu melhor e não se deixaram abater...
Em Natal, o ABC acreditou que era
possível e em Belo Horizonte, o Atlético, também.
Quando o Flamengo perdeu por expulsão,
Marcelo, o América mesmo sem ter maior posse de bola, correu e deu trabalho...
Ah, Isac, você bem que podia ter
tentado cruzar...
Ah, Pimpão, aquela bola era
carinho e não porrada.
No Arena das Dunas, Alvinho fez o
terceiro e o Cruzeiro certamente se espantou...
Enquanto América se despedia com
altivez e o ABC sonhava com mais um golzinho, no Mineirão, os atleticanos que
já venciam por 3 a 1, acreditavam...
No fim, deu o que a lógica dizia
que iria dar no Maracanã e no Arenas das Dunas, mas o imponderável visitou o
Mineirão...
Entretanto, nem os torcedores do
América e nem os torcedores do ABC têm motivos para se chatear...
O América fez uma campanha extraordinária
na Copa do Brasil...
Já o ABC, beneficiado pelas
circunstâncias, cresceu e foi grande quando precisou ser.
A única coisa que deve estar pesando na cabeça
de alvirrubros e alvinegros é não conseguir entender qual a razão de suas
equipes terem sido tão grandes onde eram para ser menores e tão menores onde devem ser grandes.
Sim, não posso esquecer...
Nas Minas Gerais, o Galo foi
imenso, foi forte e vingador.
No fim das contas, a
quarta-feira, apesar dos pesares, pode ser considerada como positiva.
quarta-feira, outubro 15, 2014
ABC e América na Copa do Brasil...
A lógica e a razão dizem que as três
partidas que serão disputadas logo mais à noite pelas quartas de final da Copa
do Brasil, indicam que Cruzeiro, Flamengo e Corinthians devem estar na semifinal
com o vencedor de Santos e Botafogo...
Entretanto, não é prudente,
descartar o improvável, o imponderável...
Em Natal o ABC que tão bem se
comportou na Copa e tanto decepcionou na Série B, vai tentar o feito de virar o
jogo contra o Cruzeiro, líder da Série A e considerado por muitos a melhor
equipe brasileira, mesmo quando incompleta.
A derrota em Belo Horizonte por 1
a 0, deixa margem para o sonho e, como sonhar não é pecado, que sonhem então os
alvinegros.
No Rio de Janeiro, o América enroscado
no pântano da zona de rebaixamento da Série B, mas um tanto aliviado com o
favor que lhe fez o Santa Cruz do vizinho Estado de Pernambuco ao derrotar
ontem à noite o Bragantino por 2 a 0, entra em campo disposto a confirmar sua
ótima campanha na Copa do Brasil e repetir o feito épico contra o Fluminense,
quando derrotou em pleno Maracanã, o soberbo tricolor por 5 a 2, depois de ter
perdido em Natal por 3 a 0...
É possível?
Sim...
O futebol que tem lógica, mas que
ainda não conseguiu se livrar de inesperado, diz em um de seus famosos clichês,
que o jogo só acaba quando o árbitro levanta os braços e aponta para o centro do
gramado indicando o término do embate.
Assim é a realidade do futebol brasileiro, mas serve para o resto do mundo, também...
No Brasil os clubes se dividem
assim:
Os que nunca jamais e em tempo
algum irão representar o país no Mundial de Clubes...
Os que levarão séculos para conquistar
o título brasileiro da primeira divisão...
Os que por muitos anos irão
brigar para um dia, talvez quem sabe, participar da fase eliminatória da Taça
Libertadores da América...
Os que por atalhos chegarão a
fase preliminar da Sul-Americana...
Os que eventualmente empurrados pelas
circunstância irão ganhar a Copa do Brasil e os que sempre estarão se
engalfinhando com seus rivais locais, na briga pelo título estadual.
A Copa do Nordeste é a
competição mais equilibrada, mas mesmo assim, não é e nem será fácil, levar a
taça para casa.
O esporte é o caminho mais fácil para transformar uma nulidade em celebridade... alguns em políticos.
Como o esporte constrói um
deputado
Por José Cruz
Nos últimos dois anos, a
Secretaria de Esporte do Distrito Federal turbinou – no bom sentido, claro – a
campanha eleitoral do secretário Júlio César Ribeiro (PRB) à Câmara
Legislativa.
Com 29 mil votos, ele foi
consagrado nas urnas em primeiro lugar para deputado distrital.
Júlio, vindo de São Paulo, o
advogado Júlio César (foto) está há apenas dois anos em Brasília.
Chegou indicado pela Igreja
Universal para ser secretário de Esporte e garantir apoio dos fiéis e da
bancada evangélica ao governador Agnelo Queiroz, que não se reelegeu.
Promessa
“Vim para tornar o esporte de Brasília referência nacional”,
afirmou o secretário.
E disse isso como se na cidade
não tivesse gente capaz para tanto.
Porém, seu desempenho na
Secretaria mostrou como cargos públicos se transformam em trampolim para
desconhecidos chegarem à política e ali se perpetuarem.
Além do apoio evangélico, boa
parte dos votos de Júlio César veio do programa “Compete Brasília”, que doa
passagens para atletas da cidade.
As 300 passagens liberadas em
2011 saltaram para 2.500 em 2013.
Na prática, o programa “Compete
Brasília” é uma forma de usar o dinheiro público para conquistar o atleta
desprotegido, fora de um contexto maior de política de esporte de longo prazo.
O que fazem não é “incentivo”,
mas garantia de voto disfarçado de esmola.
Está clara a pobreza do nosso
esporte, propícia para a ação de oportunistas e “criativos” gestores.
Aleluia!
Júlio César também contou com o
apoio de quem trabalha nas “Vilas Olímpicas”, centros desportivos comunitários,
11 em toda capital da República.
Mas o governo local nunca
realizou concurso público para profissionais de vários segmentos, como a
educação física, manutenção, técnicos desportivos, por exemplo.
Quem está ganhando com contratos
para prestações de serviços?
É outra história.
O que se sabe é que as Vilas
Olímpicas se tornaram cabides de empregos para eleitores em potencial.
E assim é Brasil afora, onde
governos e prefeituras usam o bem público para ancorar seus objetivos
políticos.
Suspeitos objetivos políticos.
Assinar:
Postagens (Atom)