quinta-feira, junho 21, 2018

A Espanha acha um gol e vence o bravo Irã...

Imagem: Sergio Perez/Reuters 

A melhor definição para o desalento de Iniesta e Isco na partida da Espanha contra o Irã, na tarde de ontem, na Arena Kazan, encontrei no bloque do Juca Kfouri...

“Iniesta olhava, fuçava, via uma barreira intransponível montada pelo Irã e sentia falta de Lionel Messi. Isco fazia o mesmo e morria de saudades de Cristiano Ronaldo”

Perfeito!

Define a partida em que a Espanha sofreu para vencer o modesto, valente e muito bem armado, Irã...

Carlos Queiroz, montou um forte bloqueio e praticamente anulou as chances da Espanha de criar algum perigo real.

Num jogo em que a bola rondou tanto a área do Irã e da Espanha, causando muito mais frisson que perigo, o gol que definiu a vitória dos espanhóis foi fruto do talento de Iniesta, da sorte de Diego Costa e má sorte dos zagueiros iranianos...

Um lance “injusto” para com o goleiro Beiranvand, que durante toda a partida interveio com precisão e qualidade.

Senegaleses e japoneses dão exemplos de civilidade e cidadania... brasileiros e colombianos, por sua vez, passam vergonha.

Imagem: Autor Desconhecido

Enquanto japoneses e senegaleses fazem mutirão após as partidas de suas seleções para deixar limpo o espaço que ocuparam no estádio, brasileiros e colombianos se esforçam para passar vergonha...

No bom e velho estilo “macho latino” os brasileiros humilharam uma moça russa que imaginando estar entre pessoas que buscavam diversão, acabou, sem saber, sendo humilhada e escrachada da forma mais e vil e mais covarde.

Já os “machos” colombianos, constrangem as mulheres que cruzam seu caminho, com todo o tipo de investida...

Porém, há um quesito em que “machos” e fêmeas colombianos se unem; é quando para mostrar ao mundo o quando são malandros e espertos, postam vídeos e fotos divulgando o grande feito de terem enganado os russos e entrado com bebida alcoólica nos estádios.

Portugal vence com um gol de Cristiano Ronaldo... mas, até onde ele suporta ir sozinho?

Imagem: Victor Caivano/AP

Cristiano Ronaldo foi como sempre decisivo para as pretensões da seleção portuguesa e letal para os sonhos do adversário...

Mas cabe uma pergunta: até quando CR7 vai arrastar o resto de sua equipe?

Porém, para ser justo, é preciso dizer que ontem, Rui Patrício também foi protagonista...

Fez defesas importantes e deve ter findado a partida absolutamente tomado pelo estresse; não foi fácil ver tantas vezes à sua frente as camisas marroquinas a perder um punhado de gols.

E aí, Dinamarca: mais três pontos?

Imagem: Peter Morrison/AP

O Uruguai ainda está longe da mistica que o tornou respeitado, mas avançou...

Imagem: Ryan Pierse/Getty Images

O Uruguai carece de uma melhor transição entre o meio-campo e o ataque...

Cavani e Suárez melhor municiados poderiam brilhar com a intensidade que costumam mostrar em seus clubes.

Ontem, o gol de Suárez surgiu de uma falha gritante do goleiro, da marcação “amadora” dos defensores sauditas e do posicionamento perfeito de uma atacante altamente eficiente...

Entretanto, foi só.

A seleção sul-americana, parece enfadada em ter que disputar partidas contra adversários que não provocam seu espírito combativo...

Talvez, quem sabe, a Rússia mexa com os brios dos que agora vestem a celeste, e os faça voltar a incorporar a mística de bravura e luta que marcou seus antecessores.

E então, Peru: seguem ou param?

Imagem: Adam Pretty/FIFA via Getty Images

As iranianas vão à luta pelo direito de frequentar os estádios de futebol...

Imagem: Hector Vivas/Getty Images


A luta das iranianas pelo direito de assistir futebol nos estádios

A proibição de mulheres na torcida de jogos masculinos foi imposta após a revolução de 1979

Ángeles Espinosa de Dubai para o El País

Há duas décadas as iranianas pedem que se permita sua entrada nos estádios do seu país e agora estão aproveitando a Copa da Rússia para lembrar o mundo disso.

É o que deixam claro seus cartazes.

Mas a reivindicação não é (só) desportiva.

Como aconteceu na vizinha Arábia Saudita com a proibição de dirigir, a exclusão das mulheres nas arquibancadas do Irã tornou-se uma bandeira de sua luta pela igualdade.

“Não poder ir ver seus times favoritos faz com que se sintam como cidadãs de segunda classe”, disse ao EL PAÍS a feminista iraniana Sussan Tahmasebi, lembrando que o futebol é o passatempo nacional do Irã.

“É uma questão de segregação. As iranianas são contra a existência de lugares vetados para elas, mas além disso, no caso dos estádios, a mensagem é de que elas não têm o direito de se divertir”, acrescenta.

A última vez que as mulheres puderam assistir a um jogo de futebol no Irã foi em 5 de outubro de 1981.

Os muçulmanos tinham acabado de tomar o poder após a revolução que derrubou o xá e a proibição de acesso aos estádios em jogos com times masculinos foi mais uma das restrições impostas ao gênero feminino.

Como justificativa para essa medida, as autoridades iranianas apontam o ambiente grosseiro e boca suja nas arquibancadas.

Com mal disfarçado paternalismo, argumentam que o comportamento dos torcedores “não é adequado para mulheres e famílias”, que a medida é para o bem delas.

“Por que punir as mulheres pelo mau comportamento dos homens?”, pergunta-se Tahmasebi destacando o absurdo do argumento.

Se havia alguma dúvida, a classificação do Irã para a Copa de 1998 mostrou que o amor pelo futebol não era exclusivo dos homens.

Animadas com a vitória sobre os EUA, e, também com a abertura promovida pelo recém-eleito presidente Mohamed Khatami, cinco mil mulheres invadiram o estádio Azadi (Liberdade) para receber a seleção nacional que voltava da França.

Elas esperavam que Khatami abolisse a proibição, mas seu reformismo não chegou a tanto.

Algo, porém, havia mudado.

Desde então, tanto as fãs do esporte-rei como as ativistas dos direitos das mulheres não pararam de fazer campanha.

Dentro e fora dos estádios, onde as mais ousadas por vezes conseguem entrar disfarçadas de homem, com perucas e barbas postiças.

Isso foi retratado em Offside, filme de Jafar Panahi, que se inspirou em sua própria filha.

Algumas, chegaram a ser presas na tentativa, como as 35 que tentaram entrar no estádio Azadi em março passado durante a visita de Gianni Infantino, o presidente da FIFA.

Para a decepção das torcedoras, Infantino não levantou a questão publicamente enquanto esteve em Teerã, mas depois afirmou ter tocado no assunto com o presidente Hassan Rohani e que ele afirmou que aboliria o veto.

Além da vontade de fazê-lo, o cálculo político pode ser decisivo.

O que inicialmente era uma reivindicação minoritária tornou-se parte da agenda e não só das mulheres.

A decisão da rival Arábia Saudita de permitir a presença de mulheres nos estádios aumenta a pressão pelo fim de uma medida anacrônica e que, segundo as ativistas, não tem justificação religiosa.

quarta-feira, junho 20, 2018

No Campo de Refugiados de Bidi Bidi, em Uganda, a "felicidade" é redonda e cabe na palma das mãos do menino do Sudão do Sul...

Imagem: Ben Curtis/AP 

Semifinal da Copa do Nordeste: Numa partida ruim, o Sampaio Corrêa venceu por ter sido só um pouquinho melhor...

Vladimir Putin e Mohammed bin Salman petiscando no intervalo...

Imagem: Alexey Druzhinin/AFP/Getty Images 

Era pedir demais para Salah... Rússia atropela o Egito e está classificada para as oitavas de final.

Imagem: Dilan Martinez/Reuters


A Rússia furou o bolão de muita gente, mas também, deixou muito analista de futebol sem entender absolutamente nada, diante de tudo o que aconteceu...

Resumindo: para a maioria a seleção russa não despertava nenhum sentimento, que não fosse o de descrença.

Poucos esperavam que a anfitriã sequer avançasse além da fase de grupos...

Quem pensava assim, já levou um baque quando os russos golearam impiedosamente a Arábia Saudita, por 5 a 0, na abertura do Mundial.

Ontem, a expectativa era que Salah, retornando de contusão, ajudasse o Egito a conseguir seus primeiros pontos...

Não foi isso o que se viu.

Salah é um grande jogador, mas convenhamos: uma coisa é jogar ao lado de Firmino e Sadio Mané e outra, é esperar que seus esforçados companheiros de equipe tenham o mesmo ritmo e a mesma qualidade da turma do Liverpool...

Salah tentou, chegou a marcar seu gol, cobrando uma penalidade máxima, porém, nada mais pode fazer – a Rússia já vencia por 3 a 0.

A marcação em cima, dos russos, não trégua aos egípcios...

E, quando atacou, a seleção de Cheryshev, Dzyuba e companhia foi objetiva e letal quando surgiram as oportunidades de concluir.

Logo mais ao meio dia o Uruguai deve acabar com qualquer pretensão da Arábia Saudita...

Feito isso: russos e uruguaios decidem na última rodada do grupo A quem será o primeiro e quem virá a seguir.

Teto do Colégio San Giuseppe, Turin - Itália...

Imagem: Marco Bertorello/AFP/Getty Images 

Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo, os três mais ricos do futebol...

Imagem: David Ramos/Getty Images

309 milhões de dólares faturou o trio Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo em 2017 com salários e patrocínio; os três são os mais ricos do futebol.

Fonte: Máquina do Esporte

Volgograd Arena...

Imagem: Sergio Perez/Reuters

Japão derrota a Colômbia por 2 a 1...

Imagem: Vadim Ghirda/AP


Carlos Sánchez ao tomar a decisão errada, bloqueando com o braço a bola que fatalmente entraria, acabou com o favoritismo da Colômbia e abriu nova perspectiva para o Japão...

Porque afirmo isso: o lance aconteceu aos 3 minutos de jogo, os sul-americanos teriam além dos 87 minutos restantes, os acréscimos.

Portanto, havia tempo o bastante para colocar a casa em ordem e inverter a situação desfavorável...

Sánchez, não pensou, agiu por impulso ou instinto e acabou deixando sua equipe com um jogador a menos, praticamente o jogo todo.

E o Japão?

Teve que rapidamente se readaptar a nova situação e mudar os planos traçados antes da bola rolar...

A partir da “vantagem” obtida, o Japão buscou a vitória.

No entanto, mesmo tendo sofrido um gol de Quintero, com a colaboração do goleiro nipônico, os japoneses acabaram vencendo com um gol de Osako.

Para os japoneses beneficiados pelo acaso, o dia foi fantástico...

Mas para os colombianos, não será fácil suportar o peso que agora carregam e que não estava nos planos, carregar.

Michael Laudrup...

Imagem: Alamy

Senegal vence a Polônia por 2 a 1 e coloca um sorriso nos rosto dos africanos...

Imagem: Felipe Trueba/EFE


A África está orgulhosa...

Senegal é o motivo.

A equipe do técnico Aliou Cissé estreou com uma excelente vitória sobre a Polônia...

“Nós conseguimos controlar o jogo taticamente e emocionalmente. Essa vitória significa que entramos na competição da melhor maneira possível, mas nós sabemos que será um jogo difícil contra o Japão. Garanto que toda a África está torcendo por nós. Recebi telefonemas de todos os cantos. Nós estamos orgulhosos por representar a África”, disse Cissé na coletiva após o jogo.

Cissé está correto...

Senegal mostrou equilíbrio emocional, surpreendeu a Polônia e venceu com todos os méritos...

A Polônia, decepcionou.

Mesmo tendo uma equipe organizada e fisicamente forte, o futebol apresentado pelos poloneses foi muito aquém do que precisavam ter mostrado para vencer a também organizada e fisicamente forte seleção senegalesa...

O que faltou na Polônia, sobrou no Senegal: alegria e determinação.

A desolação de Guerrero...

Imagem: Autor Desconhecido

Petrobras vai investir 9,8 milhões em 25 atletas visando Tóquio 2020...

Imagem: Autor Desconhecido


9,8 milhões de reais a Petrobras investirá na formação do Time Brasil, com 25 atletas de 15 modalidades diferentes, para Tóquio 2020.

Fonte: Máquina do Esporte

terça-feira, junho 19, 2018

1...2...3...Gol.

Imagem: Simon Hofmann/FIFA via Getty Images

A Inglaterra bate a Tunísia por 2 a 1... Harry Kane, brilha mais uma vez.

 Imagem: Rebecca Blackwell/AP


Imagem: Tim Goode/PA 


Os tunisinos se defenderam bravamente, mas acabaram sucumbindo diante do “matador” Harry Kane...

O único que não conseguiram bloquear.

Na verdade, Harry Kane foi aquele que transformou em gols, duas das muitas chances criadas pelos ingleses...

Só para ter uma ideia, nos 14 minutos que permaneceu em campo, até sair por contusão, o goleiro Hassen, de 23 anos, foi o nome do jogo.

A Inglaterra é uma seleção jovem, mas qualificada...

Rápida e talentosa a equipe inglesa é bastante competitiva.

Num torneio curto como a Copa, competitividade é um fator que não pode ser desprezado...

Aguardemos, então.

Kaliningrado: Torre de energia "Zabivaka" (Aquele que Faz Gol)...

Imagem: Vitaly Nevar/Reuters

Opinião: O VAR não acaba com a injustiça no Futebol...

Imagem: Michael Reagen/Getty Images


Opinião

O VAR não acaba com a injustiça no futebol

Por que corrigir o erro do árbitro e não o de um jogador?

Iñaki Gabilondo para o El País

É justo o resultado?

Sempre me surpreendeu esta insistência de torcedores e jornalistas em averiguar tão profunda questão após um jogo de futebol.

A justiça deve ser exigida nos tribunais.

O futebol é um jogo.

E, no jogo, intervêm fatores aleatórios: o acerto ou o desacerto de qualquer um dos protagonistas, a sorte, a má sorte, o despiste ou o desvio da bola em um montinho no gramado.

Graças a isso, a sua condição indomesticável, os torcedores de um time como o meu, a Real Sociedad, podemos sonhar em um dia ganhar no Santiago Bernabéu ou no Camp Nou.

Perseguir a justiça é uma causa nobre.

Mas persegui-la no futebol é uma grande bobagem.

Imagine se, ao fim de uma partida, se reunisse um júri de sábios para opinar?

“O 1 a 1 é injusto. Vamos convertê-lo em 2 a 1”.

Por outro lado, por que corrigir o erro do árbitro e não o de um jogador?

A falha de De Gea contra Portugal na Copa do Mundo e a do goleiro do Liverpool diante de Benzema, por exemplo, foram tão decisivas como um pênalti mal apitado.

O VAR não deveria lhes dar uma segunda oportunidade?

E se concordarmos que o jogo, sim, pode estar nas mãos de circunstâncias do acaso, mas a arbitragem não, então o VAR é uma fórmula tímida demais.

Teríamos de substituir o ser humano-árbitro por uma parafernália tecnológica de alta precisão que comunicasse aos espectadores suas decisões com vozes, luzes ou buzinas.

Essa é minha opinião.

No entanto, me parece bem o chip instalado na bola para indicar quando ela cruza a linha do gol, por ser inquestionável.

Bélgica derrota o Panamá por 3 a 0...

Imagem: Autor Desconhecido


O Panamá levou cerca de 20 minutos para se arrumar em campo no primeiro tempo...

Enquanto a Bélgica passou todo esse período entre a preguiça e a sonolência.

Não por outra razão o placar permaneceu em branco nos 45 minutos iniciais...

De volta para a segunda etapa, os jogadores belgas, provavelmente pressionados por seu treinador, despertaram.

A partir daí, para o Panamá de nada adiantou ter conseguido um melhor posicionamento de seus atletas, a Bélgica impôs seu talento e chegou fácil, aos 3 a 0...

Sem surpresa ou tropeço na estreia os belgas caminham para as oitavas de final, até aqui, de forma bem tranquila.

Rio Negro: futebol na comunidade de Catalão, próxima de Manaus, Amazonas...

 Imagem: Bruno Kelly/Reuters


 Imagem: Bruno Kelly/Reuters

Suécia vence a Coreia do Sul com gol de pênalti validado pelo VAR...

Imagem: UOL Esporte


A Suécia estreou diante da Coréia do Sul e venceu com um pênalti, confirmado pelo VAR (árbitro de vídeo) ...

Granqvist aos 29 minutos do segundo tempo, cobrou e converteu.

O que eu não entendi foi a necessidade do árbitro de El Salvador, Joel Aguilar, ter que se utilizar da tecnologia para tomar a decisão de marcar a infração...

A penalidade foi tão clara que me pareceu insegurança do apitador recorrer ao auxilio externo.

Em relação a partida, esperava mais qualidade dos suecos, mesmo reconhecendo que foram melhores que seus adversários...

Infelizmente a Coreia não apresentou nenhuma novidade.

Não devem causar nenhum grande estrago nas pretensões de mexicanos e alemães, seus próximos adversários...

Já a Suécia vai ter que suar muito de se tiver a pretensão de ficar mais um pouco na Rússia.

Fan Zone, Moscou...

Imagem: Claudio Villa/FIFA via Getty Images

Romelu Lukaku: A comovente história de uma vida...

Imagem: Sam Robles/The Player's Tribune


O Player’s Tribune é um site onde os jogadores costumam abrir seus corações e falar sobre o que não costumam falar nas entrevistas...

No Trivela uma dessas histórias foi postada.

Humana, demasiadamente humana...

É o que nos conta com uma imensa franqueza, Romelu Lukaku, atacante da seleção da Bélgica.

Tenho algumas coisas a dizer

Eu me lembro do momento exato em que soube que estávamos quebrados. Ainda consigo visualizar minha mãe na geladeira e o olhar no rosto dela.

Eu tinha seis anos de idade e cheguei de casa para almoçar durante o intervalo da escola. Minha mãe me dava a mesma coisa todos os dias: pão e leite. Quando você é uma criança, nem pensa sobre isso. Mas acho que era tudo que podíamos comprar.

Naquele dia, eu cheguei em casa e entrei na cozinha e vi minha mãe na geladeira com uma caixa de leite, como sempre. Mas, naquela vez, ela estava misturando algo. Ela estava balançando, sabe? Eu não entendi o que estava acontecendo. Ela me trouxe o almoço e estava sorrindo, como se tudo estivesse bem. Mas eu percebi na hora o que estava acontecendo.

Ela estava misturando água no leite. Não tínhamos dinheiro suficiente para o resto da semana. Estávamos quebrados. Não apenas pobres, mas quebrados.

Meu pai havia sido um jogador profissional de futebol, mas estava no fim da sua carreira e não havia mais dinheiro. A primeira coisa que perdemos foi a TV a cabo. Acabou o futebol. Acabou o Match of the Day (famoso programa esportivo britânico). Acabou o sinal.

Chegava em casa à noite e as luzes estavam apagadas. Sem eletricidade por duas, três semanas de uma vez.

Eu queria tomar banho, e não havia mais água quente. Minha mãe esquentava a chaleira no fogão, e eu ficava em pé no chuveiro jogando água quente na minha cabeça com um copo.

Houve ocasiões em que minha mãe precisava pedir pão “emprestado” da padaria no fim da rua. Os padeiros nos conheciam, eu e meu irmãozinho, então deixavam que ela pegasse uma fatia de pão na segunda-feira e pagar apenas na sexta.

Eu sabia que tínhamos problemas. Mas, quando ela estava misturando água no leite, eu percebi que já era, sabe? Essa era nossa vida.

Eu não disse uma palavra. Não queria estressá-la. Eu apenas comi meu almoço. Mas eu juro por Deus, eu fiz uma promessa a mim mesmo naquele dia. Era como se alguém tivesse estalado os dedos e me acordado. Eu sabia exatamente o que precisava fazer e o que iria fazer.

Eu não podia ver minha mãe vivendo daquele jeito. Não, não, não. Eu não aceitaria aquilo.

As pessoas no futebol amam falar sobre força mental. Bom, eu sou o cara mais forte que você vai conhecer. Porque eu me lembro de me sentar no escuro com meu irmão e minha mãe, rezando, e pensando, acreditando, sabendo… que um dia aconteceria.

Não contei minha promessa para ninguém por um tempo. Mas, alguns dias, eu chegava em casa da escola e encontrava minha mãe chorando. Então, eu finalmente a disse um dia: “Mãe, tudo vai mudar. Você vai ver. Eu vou jogar futebol pelo Anderlecht e vai acontecer rápido. Vamos ficar bem. Você não precisará mais se preocupar”.

Eu tinha seis anos.

Eu perguntei para o meu pai: “Quando eu posso começar a jogar futebol profissional?”

Ele disse: “Dezesseis anos”

Eu disse: “Ok, dezesseis anos, então”.

Aconteceria. Ponto final.

Deixa eu dizer uma coisa – todo jogo que eu já disputei foi uma final. Quando eu jogava no parque, era uma final. Quando eu jogava no recreio do jardim de infância, era uma final. Eu estou falando sério para caralho. Eu tentava rasgar a bola todas as vezes que eu chutava. Força total. Não estava chutando com o R1, brother. Não era chute colocado. Eu não tinha o novo Fifa. Eu não tinha um Playstation. Eu não estava brincando. Eu estava tentando te matar.

Quando eu comecei a ficar mais alto, alguns dos professores e pais começaram a me estressar. Eu nunca vou esquecer a primeira vez que ouvi um dos adultos dizer: “Ei, quantos anos você tem? Que ano você nasceu?”

E eu fiquei, tipo, o quê? Tá falando sério?

Quando eu tinha 11 anos, eu jogava pela base do Lièrse, e um dos pais do outro time literalmente tentou me impedir de entrar no gramado. Ele disse: “Quantos anos tem essa criança? Onde está o documento dela? Da onde ela veio?”

Eu pensei: “Da onde eu vim? O quê? Eu nasci na Antuérpia. Eu vim da Bélgica”.

Meu pai não estava lá porque ele não tinha carro para me levar aos jogos for a de casa. Eu estava completamente sozinho e precisava me impor. Eu fui pegar meu documento, na minha mala, e mostrei para todos os pais, e eles o passaram de mão em mão, inspecionando, e eu lembro do sangue me subindo à cabeça… e pensei: “Oh, eu vou matar o seu filho mais ainda agora. Eu já ia matá-lo, mas, agora, eu vou destruí-lo. Você vai levar seu filho para casa chorando agora”.

Eu queria ser o melhor jogador de futebol da história da Bélgica. Era esse meu objetivo. Não apenas bom. Não apenas ótimo. O melhor. Eu jogava com muita raiva por causa de muitas coisas… por causa dos ratos que viviam no nosso apartamento…. porque eu não podia assistir à Champions League… pela maneira como os outros pais olhavam para mim.

Eu estava em uma missão.

Quando eu tinha 12 anos, eu marquei 76 gols em 34 partidas.

Eu marquei todos eles usando as chuteiras do meu pai. Quando nossos pés ficaram do mesmo tamanho, nós as compartilhávamos.

Um dia, eu liguei para o meu avô – o pai da minha mãe. Ele era uma das pessoas mais importantes da minha vida. Ele era minha conexão com a República Democrática do Congo, da onde minha mãe e meu pai vieram. Então, eu estava no telefone com ele um dia, e eu disse: “Estou indo bem. Eu fiz 76 gols e ganhamos a liga. Os grandes times estão começando a me notar”.

E geralmente ele queria ouvir sobre os meus jogos. Mas, naquela vez, estava estranho. Ele disse: “Yeah, Rom, yeah, isso é ótimo. Mas você pode me fazer um favor?”

Eu disse: “Sim, qual?”

Ele disse: “Você pode cuidar da minha filha, por favor?”

Eu me lembro de ter ficado confuso. Sobre o que o vovô estava falando?

Eu disse: “A mamãe? Sim, estamos bem. Estamos ok”.

Ele disse: “Não. Você tem que me prometer. Você pode me prometer? Cuide da minha filha. Apenas cuide dela para mim. Ok?”

Eu disse: “Sim, vovô. Entendi. Eu prometo”.

Cinco dias depois, ele morreu. E, então, eu entendi o que ele queria dizer.

Eu fico muito triste pensando nisso porque eu gostaria que ele tivesse ficado vivo mais quatro anos para me ver jogar pelo Anderlecht. Para ver que eu cumpri minha promessa, sabe? Para ver que tudo ficaria bem.

Eu disse para minha mãe que eu conseguiria chegar lá quando tivesse 16 anos.

Eu errei por 11 dias.

24 de maio de 2009.

A final do playoff. Anderlecht versus Standard Liège.

Aquele foi o dia mais doido da minha vida. Mas precisamos retroceder um pouco. Porque no começo da temporada, eu mal estava jogando pelo sub-19 do Anderlecht. O treinador me colocou na reserva. E eu pensava: “Como vou conseguir um contrato profissional no meu 16º aniversário se ainda estou no banco pelo sub-19?”.

Então, fiz uma aposta com o treinador.

Eu disse para ele: “Eu garanto algo a você. Se você me colocar para jogar, eu vou fazer 25 gols até dezembro”.

Ele riu. Ele literalmente riu da minha cara.

Eu disse: “Vamos fazer uma aposta”.

Ele disse: “Ok, mas se você não fizer 25 gols até dezembro, você vai para o banco de reservas”.

Eu disse: “Certo, mas, se eu vencer, você vai limpar todas as minivans que levam os jogadores para casa depois do treino”.

Ele disse: “Ok, fechado”.

Eu disse: “E mais uma coisa. Você tem que fazer panqueca para nós todos os dias”.

Ele disse: “Ok, certo”.

Foi a aposta mais estúpida que o homem já fez.

Eu tinha 25 gols em novembro. Estávamos comendo panqueca antes do Natal, bro.

Que sirva de lição. Você não mexe com um garoto que está com fome.

Eu assinei contrato professional com o Anderlecht no meu aniversário, 13 de maio. Fui direto comprar o novo Fifa e um pacote de TV a cabo. Já era o fim da temporada, então estava em casa relaxando. Mas a liga belga estava doida naquele ano, porque Anderlecht e Standard Liège terminaram empatados em pontos. Então, haveria um playoff de duas partidas para decidir o título.

Durante o jogo de ida, eu estava em casa assistindo à TV como um torcedor.

Então, no dia anterior ao jogo de volta, eu recebi uma ligação do técnico dos reservas.

“Alô?”

“Alô, Rom. O que você está fazendo?”

“Saindo para jogar bola no parque”.

“Não, não, não, não, não. Faça suas malas. Agora mesmo”.

“Por quê? O que eu fiz?”

“Não, não, não. Você precisa sair para o estádio agora. O time principal pediu por você”.

“Yo….o quê? Eu?!”

“Sim. Você. Venha. Agora”.

Eu literalmente corri para o quarto do meu pai. “YO! Levanta, porra. Precisamos correr, cara!”.

“Huh? O quê? Pra onde?”

“ANDERLECHT, CARA”.

Eu nunca vou esquecer. Eu cheguei ao estádio e praticamente corri para o vestiário. O roupeiro disse: “Ok, garoto, que número você quer?”.

E eu disse: “Me dá a 10”.

Hahahahahaha sei lá, eu era muito jovem para ter medo, acho.

E ele: “Jogadores da base usam números acima do 30”.

Eu disse: “Ok, bem, três mais seis é igual a nove, e esse é um número legal, então me dá a 36”.

Naquela noite, no hotel, os jogadores adultos me fizeram cantar uma música para eles no jantar. Eu nem me lembro qual escolhi. Minha cabeça estava girando.

Na manhã seguinte, meu amigo literalmente bateu na porta da minha casa para ver se eu queria jogar futebol e minha mãe disse: “Ele saiu para jogar”.

Meu amigo: “Jogar onde?”

Ela disse: “Na final”.

Saímos do ônibus no estádio, e cada jogador estava usando um terno legal. Menos eu. Eu saí do ônibus usando um terrível agasalho e todas as câmeras de TV estavam na minha cara. A caminhada para o vestiário foi de talvez 300 metros. Talvez uma caminhada de três minutos. Assim que coloquei meu pé no vestiário, meu telefone começou a explodir. Todo mundo havia me visto na televisão. Eu recebi 25 mensagens em três minutos. Meus amigos estavam ficando loucos.

“Bro?! Por que você está no jogo?!”

“Rom, o que está acontecendo? POR QUE VOCÊ ESTÁ NA TV?”

A única pessoa que respondi foi meu melhor amigo. Eu disse: “Brother, eu não sei se vou jogar. Eu não sei o que está acontecendo. Mas continua vendo TV”.

Aos 18 minutos do segundo tempo, o treinador me colocou em campo.

Eu corri no gramado pelo Anderlecht aos 16 anos e 11 dias.

Perdemos a final naquele dia, mas eu já estava no céu. Eu cumpri a promessa para a minha mãe e para meu avô. Aquele foi o momento em que eu soube que ficaríamos bem.

Na temporada seguinte, eu ainda terminava o meu último ano do colégio e jogava na Liga Europa ao mesmo tempo. Eu precisava levar uma grande mochila para o colégio para poder pegar um voo no fim da tarde. Vencemos a liga com folga. Foi…uma loucura!

Eu realmente esperava que tudo isso acontecesse, mas talvez não tão rápido. De repente, a imprensa estava crescendo em torno de mim, e colocando todas essas expectativas nas minhas costas. Especialmente com a seleção nacional. Por algum motivo, eu não estava jogando bem pela Bélgica. Não estava funcionando.

Mas, yo – pera lá. Eu tinha 17 anos! 18! 19!

Quando as coisas corriam bem, eu lia os artigos de jornal e eles me chamavam de Romelu Lukaku, o atacante belga.

Quando as coisas não corriam bem, eles me chamavam de Romelu Lukaku, o atacante belga descendente de congoleses.

Se você não gosta do jeito como jogo, tudo bem. Mas eu nasci aqui. Eu cresci na Antuérpia, em Liège e em Bruxelas. Eu sonhava em jogar pelo Anderlecht. Eu sonhava em ser Vincent Kompany. Eu começava uma frase em francês e terminava em holandês, e colocava um pouco de espanhol e português ou lingala, dependendo do bairro em que eu estivesse.

Eu sou belga.

Somos todos belgas. É isso que faz este país legal, certo?

Eu não sei por que algumas pessoas do meu próprio país querem que eu fracasse. Eu realmente não entendo. Quando fui para o Chelsea e não estava jogando, eu os ouvi dando risada de mim. Quando fui emprestado para o West Brom, eu os ouvi dando risada de mim.

Mas tudo bem. Essas pessoas não estavam comigo quando colocávamos água no nosso cereal. Se vocês não estavam comigo quando eu não tinha nada, vocês realmente não podem me entender.

Sabe o que é engraçado? Eu perdi dez anos de Champions League quando era criança. A gente não podia pagar. Eu chegava à escola e todas as crianças estavam falando sobre a final e eu não sabia o que havia acontecido. Eu me lembro de 2002, quando o Real Madrid jogou contra o Bayer Leverkusen, e todo mundo falava “aquele voleio! Meu Deus, aquele voleio!”.

E eu tinha que fingir que sabia do que estavam falando.

Duas semanas depois, estávamos sentados na aula de computação, e um dos meus amigos baixou o vídeo da internet, e eu finalmente vi Zidane mandar aquela bola no ângulo com a perna esquerda.

Naquele verão, eu fui para minha casa para assistir ao Ronaldo Fenômeno na final da Copa do Mundo. A história de todo o resto daquele torneio eu ouvi das crianças da escola.

Eu lembro que eu tinha buracos nos meus sapatos em 2002. Grandes buracos.

Doze anos depois, eu estava jogando a Copa do Mundo.

Agora, estou prestes a jogar outra Copa do Mundo e meu irmão está comigo desta vez (o texto foi provavelmente escrito antes da convocação final porque Jordan Lukaku, irmão de Romelu, estava na pré-convocação, mas não chegou à lista final). Duas crianças da mesma casa, da mesma situação, que deram certo. Sabe de uma coisa? Eu vou me lembrar de me divertir dessa vez. A vida é curta demais para estresse e drama. As pessoas podem dizer o que quiserem sobre nosso time, sobre mim.

Cara, escuta – quando éramos crianças, não podíamos pagar para ver Thierry Henry no Match of the Day! Agora, estamos aprendendo com ele todos os dias no time nacional (Henry é auxiliar de Roberto Martínez, técnico da Bélgica). Estou junto com a lenda, em carne e osso, e ele está me dizendo tudo sobre como atacar os espaços como ele costumava fazer. Thierry deve ser o único cara no mundo que vê mais jogos do que eu. Nós debatemos tudo. Estamos sentados e tendo debates sobre a segunda divisão da Alemanha.

“Thierry, você viu o esquema do Fortuna Düsseldorf?”

Ele: “Não seja tonto. Claro que vi”.

Isso é a coisa mais legal do mundo para mim.

Eu apenas realmente, realmente gostaria que meu avô estivesse vivo para ver isso.

Não estou falando da Premier League.

Nem do Manchester United.

Nem da Champions League.

Nem da Copa do Mundo.

Não é disso que estou falando. Eu apenas queria que ele estivesse vivo para ver a vida que temos agora. Eu gostaria de ter mais uma conversa com ele por telefone, para poder dizer para ele…

“Viu? Eu disse para você. Sua filha está bem. Não há mais ratos no nosso apartamento. Ninguém mais dorme no chão. Não há mais estresse. Estamos bem agora. Estamos bem… Eles não precisam mais checar nossos documentos. Eles conhecem nosso nome”.

Texto original abaixo

segunda-feira, junho 18, 2018

Carta aberta aos chatos que querem politizar e problematizar tudo...

Imagem: Ye Aung Thu/AFP/Getty Images


Vamos lá...

Eu gosto de futebol, posso?

Eu gosto da Copa do Mundo, da Champions League, da Série A, B, C e D e, pasme, meu caro fiscal da vida alheia, adoro pelada de fim de semana (como a da foto, disputada às margens do Rio Yangon, em Myanmar)...

Me permite?

Portanto, pare com esse blá, blá, blá, chato, babaca e tosco de ficar cobrando das pessoas que estão curtindo as partidas da Copa...

Pare de ficar exigindo de todo mundo, desprezo ao evento em virtude das mazelas que tomaram conta do país.

Não seja ridículo tentando parecer o único ser consciente da nação...

Compreendeu?

Agora, para encerrar, me responda...

É só na Copa que você se fantasia de mala sem alça besuntada de manteiga, ou também costuma ficar cobrando circunspecção das pessoas no carnaval?

Você deixa de ir a balada por saber que no mesmo horário em que está enchendo a cara, alguma criança está jogada num corredor de hospital?

Costuma empurrar o prato cheio de iguarias ao perceber que existem pessoas passando fome, perto ou longe de você?

Brochou alguma vez, repentinamente, em meio ao rala e rola, quando sua mente antenada lhe fez lembrar que no Sudão do Sul pessoas estão morrendo de fome em meio a uma guerra louca e absurda?

Pois é...

Admiro sua preocupação com o país e com o mundo.

Gostaria muito que tudo fosse bem diferente do que é, mas infelizmente, nada posso fazer, a não ser tentar mudar meu entorno e corrigir os meus erros...

Porém preciso de um pouco de felicidade para me mover e me motivar.

Desculpe, mas não vou ficar apontando meu dedo para ninguém, só para parecer melhor e mais bondoso...

Saiba, vou continuar curtindo o futebol, a Copa do Mundo, a Champions League, as séries, A, B, C e D e, para sua irritação, a pelada de fim de semana...

Quanto a você, faça o que quiser, não sou eu que vou lhe cobrar nada.

Passe bem e seja feliz, se puder.

A estreia da Bélgica contra o Panamá...




Os belgas estreiam daqui a pouco...

Devem estar confiantes, apesar das estreias pouco convincentes de Alemanha, Brasil, Argentina e Espanha, o Panamá não parece ser capaz de complicar a vida da Bélgica.

Por outro lado, a última vez que a Bélgica perdeu numa estreia foi em 1986 na Copa do México, por 2 a 1 e para os donos da casa...

De lá para cá foram três vitórias e dois empates.

Abaixo todos os jogos de estreia da seleção belga em Copas do Mundo

1930
EUA 3 x 0 Bélgica

1934
Alemanha 5 x 2 Bélgica

1938
França 3 x 1 Bélgica

1954
Inglaterra 3 (1) x (1) 3 Bélgica

1970
Bélgica 3 x 0 El Salvador

1982
Argentina 0 x 1 Bélgica

1986
Bélgica 1 x 2 México

1990
Bélgica 2 x 0 Coreia do Sul

1994
Bélgica 1 x 0 Marrocos

1998
Holanda 0 x 0 Bélgica

2002
Japão 2 x 2 Bélgica

2014
Bélgica 2 x 1 Argélia

A moça russa...

Imagem: Antonio Calanni/AP 

O Brasil empata com a Suíça e deixa interrogações no ar...

 Imagem: Joe Klamar/AFP/Getty Images

O Brasil foi mais um que decepcionou...

Agora é parte do grupo que contém espanhóis, argentinos, alemães e franceses, apesar de terem sido os únicos a vencer – no sufoco, contra a frágil Austrália.

O empate em 1 a 1 com os suíços – apesar da choradeira – foi justo e deve servir para uma profunda reflexão, tanto de Tite, o comandante, quanto dos jogadores, seus comandados...

Está tudo certo?

O que aconteceu ontem?

Como um time tido e havido como experiente e de alta qualidade se abateu tão fortemente depois de sofrer o empate?

Tite é um inovador ou um conservador?

Neymar, é ou, não é?

Sobre a Suíça

Para quem acompanha o que acontece no resto do mundo, a Suíça não foi surpresa.

Os helvéticos evoluíram, naquilo em que eram deficientes e continuam excelentes no que sempre foram bons...

Isto é: melhoraram a qualidade técnica de seus jogadores, passaram a produzir melhor quando estão com a bola e quando chegam na área adversária o fazem com uma precisão muito superior aos velhos tempos – já sua defesa permanece eficiente na marcação e nos desarmes e difícil de penetrar.

Enfim, para os suíços tudo acabou como o planejado...

Para o Brasil, não foi uma tragédia, mas foi uma enorme desilusão.

   
Imagem: Jason Cairnduff - Reuters