Alguns bloques informam que
existe a possibilidade de reversão da decisão de levar os jogos cujo mando de
campo pertençem ao América para fora do território do Rio Grande do Norte em
função da não adequação do estádio Nazarenão em Goianinha as exigências da CBF.
Tomara seja verdade...
Não apaga a falta de visão
empresarial em relação ao negócio futebol e nem minimiza a exposição da imaturidade
dos dirigentes em um assunto cujo equilíbrio, a ponderação e o bom senso eram
predicados fundamentais, mas atenua os prejuízos do América, mantém as
possibilidades de investimento do clube e por consequência, suas chances de
continuar lutando por uma classificação para a Série A, voltam ao patamar
anterior à crise.
Curiosamente, a reviravolta
acontece logo após a entrevista do presidente Alex Sandro Ferreira de Melo,
cuja repercussão foi a pior possível...
Bem, pelo visto, uma dose de “chantagem”
emocional ainda funciona.
Tomara funcione mesmo.
Aproveitando o temam, torço para
que a situação seja revertida e que aconteça uma reação em cadeia contra um
suposto privilégio ao América por parte da CBF...
Desejo que a grande maioria dos
clubes brasileiros aproveite este momento e se rebele contra essa absurda
exigência de do número mínimo de espectadores nos estádios.
O Brasil apesar de ter suas “ilhas
com padrão belga de vida”, ainda convive em grande parte de seu território e de
sua economia com padrões bolivianos...
No futebol essa divisão é clara.
Querer impor estádios com número
mínimo de 10 mil pessoas é algo absurdo e que além esconder a ideia de
apartamento entre Estados e clubes economicamente fortes, daqueles
economicamente mais frágeis, expõem o pouco ou nenhum conhecimento da realidade
econômica da maioria absoluta dos municípios do país.
Penso que ao invés de exigir
capacidade de público, a CBF deveria exigir, conforto, segurança, qualidade dos
serviços oferecidos, mobilidade e tudo aquilo que envolvesse o bem estar de
seus frequentadores.
A FIFA nunca exigiu aos seus
filiados estádios com capacidade mínima para os jogos eliminatórios de seus
torneios...
Idem a UEFA.
Idem a UEFA.
O principado de Liechtenstein acolhe
jogos das eliminatórias da Copa do Mundo, da Eurocopa, das fases
classificatórias da Liga dos Campeões e da Liga da UEFA, sem maiores problemas.
O Rheinpark Stadion tem
capacidade para 6.127 torcedores sentados.
As Ilhas Faroer, da mesma forma,
recebe em Thorshavn, no estádio Tórsvøllur com capacidade para 6.000 pessoas,
Alemanha, Itália, Inglaterra, Espanha e etc.
Em Reykjavík capital da Islândia,
estádio Laugardalsvöllur, tem capacidade para 9.800 pessoas.
A Sereníssima República de San
Marino, pequenino estado incrustado dentro território italiano, manda seus
jogos no estádio Olímpico de Serravalle, cuja capacidade é de 7.000 pessoas.
Esses são exemplos europeus, mas
existem centenas de outros por todo o planeta.
Se a ideia da FIFA e da UEFA
fosse excluir, certamente esses países não participariam de nada, pois nenhum
deles iria investir milhões em estádios maiores por inúmeras razões, mas a
principal delas é que alguns correriam o risco de construir um estádio com capacidade
maior que o número de habitantes do país.
San Marino: 30.000 habitantes.
Ilhas Faroer: 48.917 habitantes.
Liechtenstein: 34.521 habitantes.
Islândia: 403.367 habitantes.
Um comentário:
Parabéns pelo comentário esclarecedor. O "Nazarenão" tem recebido elogios, apesar das deficiências e não aconteceram incidentes de monta maior. Se jogaram todo o primeiro turno lá, porque não o segundo? Além do mais vão ser "apenas" nove jogos (se não me engano) e mesmo assim intercalados, pois, lembro, é uma competição de pontos corridos, com ida e volta.
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