Roberto Fernandes antes do início
da Série B declarou que o América lutaria para não cair...
Foi uma declaração corajosa,
principalmente quando se tem em conta o que uma afirmativa assim pode causar
nos nervos sempre aflorados dos melindrosos.
Porém, Roberto não fez tal
declaração, tomado por sentimentos derrotistas ou pessimistas – foi realista.
E, é bem provável tenha balizado
seu trabalho ao longo da competição numa realidade que sabia existir, mas que
podia ser “driblada”, caso conseguisse incutir no seu grupo, confiança e
determinação...
Conseguiu.
Superou as dificuldades e “driblou”
a realidade que ele mesmo considerava seu maior adversário.
Terminada a Série B, aconteça o
que acontecer na partida contra o arquirrival ABC, Roberto tem muito que
comemorar...
O América, salvo um equivoco
aqui, uma mancada da arbitragem ali e uns gols perdidos acolá, realizou sim, uma
digna campanha...
Agora, recentemente, Roberto voltou
a se pronunciar...
Desta feita, falou sobre queda do
Palmeiras para a Série B.
Roberto disse na rádio Globo de
Natal que não vê nenhum motivo para que se comemore a chegada da equipe
paulista à segunda divisão...
Se o motivo for apenas técnico,
sou obrigado a concordar...
O Palmeiras em tese reduz de
quatro para três, o número de vagas disponíveis para os que sonham com o acesso
a elite.
No entanto não há como não
comemorar a maior visibilidade que uma equipe grande como o Palmeiras dá a
Série B, quando vem purgar cá em baixo, seus pecados.
No final de sua declaração é que
entramos em choque...
Roberto diz: "No meu
entender, clubes grandes como o Palmeiras teriam que ficar dois anos
consecutivos nesta situação para serem rebaixados”.
Respeito, mas discordo.
A visão de Roberto que na maioria
das vezes sempre me pareceu clara, aqui, em minha opinião, turva...
Sua postura em relação à queda de
clubes grandes é a meu ver, elitista e premia o erro.
Sua proposta quase se iguala ao
absurdo utilizado pelos argentinos para proteger seus “meninos mimados”...
Nossos vizinhos utilizam um
complicado subterfugio de coeficientes matemáticos que praticamente torna
impossível a queda de um de seus grandes – o River Plate foi uma rara exceção e
só aconteceu graças à repetição sistemática de desacertos somados a má gestão.
No mais, Roberto Fernandes merece
o título de treinado do ano aqui no Rio Grande do Norte.
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