sexta-feira, março 08, 2013

A Gaviões da Fiel é a cara de pau travestida de torcida...



“Estaria sendo muito apocalíptico ao prever que estamos a cada dia mais próximos da primeira morte de jogador por um torcedor”?

Esta pergunta foi feita ao jornalista Victor Birner por um seu seguidor no Twitter...

Birner, com humildade respondeu dizendo que não tinha resposta e completou dizendo que o fato de não ter resposta, para qualquer bom entendedor, é preocupante.

Na postagem em seu blog, Victor Birner esclarece que a pergunta do torcedor obviamente se refere ao Brasil e lembra que na Colômbia, tal barbaridade já aconteceu.

Birner se refere à morte de Andrés Escobar, assassinado por Humberto Muñoz Castro.

Pois bem, me arrisco a responder:

Estamos sim...

E estamos por viver num país onde a lei e merda é a mesma coisa para quem a burla - seja essa lei de que país for.

Se não vejamos:

O Painel FC da Folha de São Paulo publicou uma matéria que é um tapa na cara de todos nós...

Porém, mostra claramente o desdém dos Gaviões da Fiel para com a justiça boliviana e para com a família de Kevin, jovem morto por um de seus membros ao disparar um sinalizador naval no jogo do Corinthians contra o San José na cidade de Oruro.

Segundo a matéria, uma Faculdade da Zona Leste de São Paulo teria concedido a H.A.M, o menor que se apresentou a policia paulista como sendo o autor do disparo do sinalizador em Oruro, uma bolse de estudos integral em qualquer curso de sua preferência...

Sem vestibular?

Nem mesmo um exame do tipo o ovo viu a uva?

Pois bem?

Paulinho publicou em seu blog o seguinte texto sobre os bastidores dessa inusitada oferta:

A “torcida” garante que não terá gastos com o garoto, e que a “bolsa” será integralmente assumida pela instituição de ensino.

Nada mais do que uma meia verdade.

Além da “faculdade” garantida, a facção criminosa, por intermédio de seus “gestores’ extraoficiais, teriam garantido a não cobrança de R$ 10 mil reais em dívidas da mãe do garoto, assumidas com o comercio paralelo de produtos químicos. É o desespero que move a entidade pela liberdade do diretor financeiro Tadeu, aliado da criminalidade, e quem, de fato, manda e desmanda nos “Gaviões”.

Já Juca Kfouri, publica um texto bastante irônico sobre o assunto:


O Painel FC, da Folha de S.Paulo, assinado por Bernardo Itri, informa que a Gaviões conseguiu uma bolsa de estudos, numa faculdade da zona leste paulistana, para o menor que assumiu a morte do menino torcedor em Oruro.

A torcida uniformizada não revela o nome da escola, para evitar represálias ou perseguições.

Apenas informa que não arcará com nenhuma despesa, tudo a cargo da instituição de ensino.

Não diz também se a faculdade liberará o novo aluno das aulas por uma semana para seguir o Corinthians em jornadas fora do país.

Espera-se, ao menos, que não haja sinalizadores na bolsa.

Nem laranjas para chupar no recreio.


Um comentário:

Paulo disse...

Enquanto isso nós que só queremos torcer pelos nossos clubes em paz, de forma saudável, respeitando os torcedores dos adversários, somos tratados como gado nos estádios de futebol, sem nenhuma conforto, sem segurança, com ingressos cada vez mais caros e horários cada vez mais ridiculos. Gosto muito de futebol de acompanhar meu clube no estadio e exatamente por isso temo que no futuro não possa fazer o mesmo que meu pai fez comigo ao me levar com 6 anos ao estadio machadão ver o nosso ABC ser campeão. É revoltante ver que o estadio de futebol está se tranformando a cada dia num espaço de marginais que cometem seus crimes com a certeza da impunidade e ainda por cima são acobertados pelos dirigentes dos clubes.