“No Fluminense dos anos 70 em que
me formei, o acesso a parte social lhes era terminantemente proibido.
Piscina?
Toninho Baiano, Carlos
Alberto, Pintinho, Erivélton e Cafuringa, meus melhores amigos, nem suas dores
musculares poderiam nelas relaxar.
Chegaram a abrir um portão, na
Rua Pinheiro Machado, para evitar o contágio com os associados.
Quando conquistamos o título
nacional de 1970, Francisco Laport, o desavisado presidente, prometeu no
vestiário da vitória um título de sócio proprietário para cada jogador.
Na segunda, na realidade
pó-de-arroz de seu gabinete, lhe mostraram o elitista estatuto que impediria à
distinção.
Alguém lhe sugeriu um título
simbólico pro capitão, aí lembraram que era o Denilson, o “Rei Zulú”, e o
presente acabou caindo no colo do Félix, branco e tricampeão, que a partir daí
assumiu a braçadeira e a anistia para entrar pela porta da frente”.
Zé Roberto (ex-atacante do
Fluminense, Flamengo e Santa Cruz e autor dos livros, Futebol: a dor de uma
paixão e À beira de um gramado de nervos).
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