sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Futebol brasileiro: mente quem lucra, mas só acredita quem quer...



A realidade insiste em ser chata, inconveniente e mostrar o que não devia ser mostrado...

Os campeonatos estaduais são um fracasso...

Fracasso técnico!

Times ruins, jogos ruins e tirando quem não ganhou de presente as novíssimas Arenas, campos ruins.
Fracasso de público!

Fora aqueles que vão sempre...

Aqueles que quem frequenta estádios, por paixão, falta de coisa melhor para fazer ou por obrigação, conhecem pelo menos de vista...

Ninguém dá a menor bola.

Não se iluda com o barulho das redes sociais...

São militantes, amantes...

Fazem muito barulho...

E o que dizem deve ser pesado com cuidado.

Mas vamos aos fatos...

A Câmara do Deputados estava empenhada em aprovar o PROFORTE – projeto que segundo os deputados, salvaria o futebol brasileiro e que entre outras coisas, propunha a anistia das dívidas dos clubes para com o governo.

Tudo caminhava para a aprovação...

Caminhava...

Não caminha mais.

A Comissão Especial da Câmara do Deputados, convidou para um debate, dois consultores em administração e marketing do futebol...

Ficaram, estarrecidos com o que ouviram...

Pálidos.

A primeira afirmativa jogada no rosto dos parlamentares foi um xeque-mate...

“De todos os jogos realizados no Brasil em 2013, em competições internacionais, nacionais, regionais, e estaduais, a média de público foi de 4.771 torcedores, apenas 26% de ocupação da capacidade dos estádios. A última vez que o Campeonato Inglês teve média de público como essa no Brasil foi em 1904!”

Disse Fernando Ferreira da Pluri Consultoria.

O outro convidado, Amir Somoggi, também, não deixou por menos...

Disse que o maior endividamento é de empréstimos bancários. Em 2013, os 20 principais clubes do Brasil pagaram R$ 300 milhões de juros, além de compromissos com a Justiça do Trabalho.

 Os empréstimos servem para contratar jogadores, mas comprometem a capacidade de pagamento dos clubes.

“O PROFORTE resolverá estes problemas”? – indagou Amir. 

“O mercado do futebol deve se preparar para andar com as próprias pernas e para isso é preciso um modelo de gestão profissional. Caso contrário, daqui a dez anos estaremos novamente debatendo como o governo poderá ajudar o futebol”, defendeu.

Segundo Amir, a gestão melhorou nos últimos anos, mas ainda estamos ruim, com conceitos errados de gestão, clubes maus-pagadores que passam a imagem de que o futebol não é um ambiente sério e isso afasta os investidores. 

“Precisamos mudar esta imagem.”

Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria, também apresentou alguns motivos que mostram o fracasso na atual gestão dos clubes: calendário ruim, baixa qualidade dos jogos, queda na formação de talentos, violência e insegurança nos estádios, clubes insolventes e estádios vazios. 

Essa realidade desmotiva o torcedor.

Em 2013, de todos os jogos realizados no Brasil em competições internacionais, regionais, nacionais e estaduais a média de público foi de 4.771 torcedores, isto é, apenas 26% de ocupação da capacidade dos estádios.

Diante de números e afirmativas tão estarrecedores, os deputados membros da Comissão Especial do Proforte, solicitaram o apoio dos especialistas para a redação do novo texto do projeto de lei.

O relator do Proforte, deputado Otávio Leite (PSDB/RJ) reconheceu a gravidade da financeira dos clubes. 

Responsável pela redação do novo texto do projeto, ele admitiu transformar o Proforte numa “lei de responsabilidade fiscal do futebol, com contrapartidas claras para os clubes beneficiados”.

Fonte: José Cruz.

Escrevendo essa postagem, tive a curiosidade de ler o relatoria da Pluri...


É triste...

O ranking de público do Brasil em 2013, que consta no relatório da Pluri Consultoria, mostra que como as coisas vão mal.

Em relação aos estaduais, nem mesmo Pernambuco, Estado cujos ingressos são subsidiados pelo governo, escapou...

Em comparação com 2012, os números são esses...

O Campeonato Pernambucano teve um uma queda no seu público de 42%...

A maior do Brasil.

Curiosamente, Minas Gerais, Paraíba e o Distrito Federal tiveram um aumento bastante significativo...

A presença de público cresceu em 80% em Minas Gerais...

A Paraíba viu crescer a frequência de seus estádios em 60% e, o Distrito Federal, obteve o maior crescimento percentual de todo o Brasil - 83%

O Rio Grande do Norte, teve uma queda bastante significativa - 32%.

Ontem, o ABC, jogando no Arena das Dunas, voltou a sofrer prejuízos...

O público pagante de 3.177 espectadores, não foi suficiente para cobrir as despesas referentes a utilização da moderna e cara Arena das Dunas.

E olha que tanto os dirigentes do América, como os dirigentes do ABC, disseram que o contrato como o novo estádio era o “ó do borogodó.”

A matéria de Luan Xavier do Novo Jornal esclarece...

ABC x Potiguar teve prejuízo de quase R$ 16 mil.

De acordo com o borderô do jogo o saldo negativo desta vez ficou em exatos R$ 7.931,65.


Foram R$ 45.470 arrecadados e R$ 53.401,35 gastos na operação da partida.


Há ainda quase R$ 8 mil referentes aos sócios, valor que não entrou nos cofres.

Luan Xavier


DO NOVO JORNAL

O borderô de ABC 0 x 1 Potiguar de Mossoró, jogo disputado na noite desta quinta-feira (13) na Arena das Dunas, aponta mais um prejuízo na moderna praça esportiva de Natal construída para receber jogos da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014. 

O saldo negativo desta vez ficou em exatos R$ 7.931,65.


Foram R$ 45.470 arrecadados e R$ 53.401,35 gastos na operação da partida. 

Vale salientar que no montante arrecadado estão computados R$ 7.990 correspondentes aos 1.598 sócio-torcedores que assistiam ao jogo. 

Esse valor, todavia, pode ser considerado virtual, já que o pagamento do sócio é feito de forma antecipada e não no dia do jogo.


A cada um deles é atribuído um valor (simbólico) de R$ 5.

Logo, o prejuízo que seria de aproximadamente R$ 8 mil passaria a ser de quase R$ 16 mil.

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