A realidade insiste em ser chata,
inconveniente e mostrar o que não devia ser mostrado...
Os campeonatos estaduais são um
fracasso...
Fracasso técnico!
Times ruins, jogos ruins e
tirando quem não ganhou de presente as novíssimas Arenas, campos ruins.
Fracasso de público!
Fora aqueles que vão sempre...
Aqueles que quem frequenta
estádios, por paixão, falta de coisa melhor para fazer ou por obrigação,
conhecem pelo menos de vista...
Ninguém dá a menor bola.
Não se iluda com o barulho das
redes sociais...
São militantes, amantes...
Fazem muito barulho...
E o que dizem deve ser pesado com cuidado.
Mas vamos aos fatos...
A Câmara do Deputados estava
empenhada em aprovar o PROFORTE – projeto que segundo os deputados, salvaria o
futebol brasileiro e que entre outras coisas, propunha a anistia das dívidas
dos clubes para com o governo.
Tudo caminhava para a
aprovação...
Caminhava...
Não caminha mais.
A Comissão Especial da Câmara do
Deputados, convidou para um debate, dois consultores em administração e
marketing do futebol...
Ficaram, estarrecidos com o que
ouviram...
Pálidos.
A primeira afirmativa jogada no
rosto dos parlamentares foi um xeque-mate...
“De todos os jogos realizados no Brasil em 2013, em competições
internacionais, nacionais, regionais, e estaduais, a média de público foi de
4.771 torcedores, apenas 26% de ocupação da capacidade dos estádios. A última
vez que o Campeonato Inglês teve média de público como essa no Brasil foi em
1904!”
Disse Fernando Ferreira da Pluri
Consultoria.
O outro convidado, Amir Somoggi,
também, não deixou por menos...
Disse que o maior endividamento é
de empréstimos bancários. Em 2013, os 20 principais clubes do Brasil pagaram R$
300 milhões de juros, além de compromissos com a Justiça do Trabalho.
Os empréstimos servem para contratar
jogadores, mas comprometem a capacidade de pagamento dos clubes.
“O PROFORTE resolverá estes
problemas”? – indagou Amir.
“O mercado do futebol deve se preparar para andar com as próprias
pernas e para isso é preciso um modelo de gestão profissional. Caso contrário,
daqui a dez anos estaremos novamente debatendo como o governo poderá ajudar o
futebol”, defendeu.
Segundo Amir, a gestão melhorou
nos últimos anos, mas ainda estamos ruim, com conceitos errados de gestão,
clubes maus-pagadores que passam a imagem de que o futebol não é um ambiente
sério e isso afasta os investidores.
“Precisamos mudar esta imagem.”
Fernando Ferreira, da Pluri
Consultoria, também apresentou alguns motivos que mostram o fracasso na atual
gestão dos clubes: calendário ruim, baixa qualidade dos jogos, queda na
formação de talentos, violência e insegurança nos estádios, clubes insolventes
e estádios vazios.
Essa realidade desmotiva o
torcedor.
Em 2013, de todos os jogos
realizados no Brasil em competições internacionais, regionais, nacionais e
estaduais a média de público foi de 4.771 torcedores, isto é, apenas 26% de
ocupação da capacidade dos estádios.
Diante de números e afirmativas
tão estarrecedores, os deputados membros da Comissão Especial do Proforte, solicitaram
o apoio dos especialistas para a redação do novo texto do projeto de lei.
O relator do Proforte, deputado
Otávio Leite (PSDB/RJ) reconheceu a gravidade da financeira dos clubes.
Responsável pela redação do novo texto do projeto, ele admitiu transformar o
Proforte numa “lei de responsabilidade fiscal do futebol, com contrapartidas
claras para os clubes beneficiados”.
Fonte: José Cruz.
Escrevendo essa postagem, tive a
curiosidade de ler o relatoria da Pluri...
É triste...
O ranking de público do Brasil em
2013, que consta no relatório da Pluri Consultoria, mostra que como as coisas
vão mal.
Em relação aos estaduais, nem
mesmo Pernambuco, Estado cujos ingressos são subsidiados pelo governo,
escapou...
Em comparação com 2012, os
números são esses...
O Campeonato Pernambucano teve um
uma queda no seu público de 42%...
A maior do Brasil.
Curiosamente, Minas Gerais, Paraíba
e o Distrito Federal tiveram um aumento bastante significativo...
A presença de público cresceu em
80% em Minas Gerais...
A Paraíba viu crescer a frequência
de seus estádios em 60% e, o Distrito Federal, obteve o maior crescimento percentual
de todo o Brasil - 83%
O Rio Grande do Norte, teve uma
queda bastante significativa - 32%.
Ontem, o ABC, jogando no Arena
das Dunas, voltou a sofrer prejuízos...
O público pagante de 3.177
espectadores, não foi suficiente para cobrir as despesas referentes a
utilização da moderna e cara Arena das Dunas.
E olha que tanto os dirigentes do
América, como os dirigentes do ABC, disseram que o contrato como o novo estádio
era o “ó do borogodó.”
A matéria de Luan Xavier do Novo
Jornal esclarece...
ABC x Potiguar teve prejuízo de
quase R$ 16 mil.
De acordo com o borderô do jogo o
saldo negativo desta vez ficou em exatos R$ 7.931,65.
Foram R$ 45.470 arrecadados e R$ 53.401,35 gastos na operação da partida.
Há ainda quase R$ 8 mil referentes aos sócios, valor que não entrou nos cofres.
Foram R$ 45.470 arrecadados e R$ 53.401,35 gastos na operação da partida.
Há ainda quase R$ 8 mil referentes aos sócios, valor que não entrou nos cofres.
Luan Xavier
DO NOVO JORNAL
O borderô de ABC 0 x 1 Potiguar
de Mossoró, jogo disputado na noite desta quinta-feira (13) na Arena das Dunas,
aponta mais um prejuízo na moderna praça esportiva de Natal construída para
receber jogos da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014.
O saldo negativo desta vez ficou
em exatos R$ 7.931,65.
Foram R$ 45.470 arrecadados e R$ 53.401,35 gastos na operação da partida.
Foram R$ 45.470 arrecadados e R$ 53.401,35 gastos na operação da partida.
Vale salientar que no montante
arrecadado estão computados R$ 7.990 correspondentes aos 1.598 sócio-torcedores
que assistiam ao jogo.
Esse valor, todavia, pode ser
considerado virtual, já que o pagamento do sócio é feito de forma antecipada e
não no dia do jogo.
A cada um deles é atribuído um valor (simbólico) de R$ 5.
A cada um deles é atribuído um valor (simbólico) de R$ 5.
Logo, o prejuízo que seria de
aproximadamente R$ 8 mil passaria a ser de quase R$ 16 mil.
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