A doída fatura da Copa das Copas
Por José Cruz
No primeiro turno das eleições, o
governador Agnelo Queiroz obteve 20% dos votos e ficou em terceiro lugar.
Rejeição de 80% ou uma vaia do eleitor tamanho do Mané Garrincha, que
corresponde a um chute no traseiro.
Está certo que o assunto do
momento é o segundo turno eleitoral – o “transtorno”, como diz Zé Simão.
Mas até poucos dias, o eleitor
estava na rua vibrando com a “Copa das Copas”, apesar dos 7 x 1…
Agora, dois meses depois da
festança chega a fatura e o cofre está vazio.
E o que isso tem a ver com esporte?
Seguinte: quando faltou dinheiro
para concluir o estádio Mané Garrincha, que custou R$ 1,6 bilhão, segundo o
Tribunal de Contas do DF, o governador Agnelo Queiroz remanejou R$ 300 milhões
para a obra.
A grana saiu dos orçamentos da
Saúde, Educação e Segurança. Está no Diário Oficial.
Agora, a grana que ergueu o
estádio começa a faltar nos serviços básicos, dos hospitais, por exemplo.
Ontem, mais de dois mil
funcionários da rede pública de saúde da Capital da República ficaram sem
refeições, porque o governo deve R$ 26 milhões à empresa fornecedora de
alimentos.
E em 15 dias, poderão ser
suspensos os alimentos dos pacientes e acompanhantes.
Memória
Com o devido respeito aos colegas
e torcedores que defenderam a “Copa das Copas”, mas o estrago está feito e
assim é Brasil afora.
A direção da Fifa embolsou o
lucro de R$ 8 bilhões, deixou estádios maravilhosos, espetacularmente vazios e
os governantes passando calote até em cozinhas de hospitais.
E há casos de doenças raras aqui
registradas. Pacientes estão três anos na fila – repetindo, três anos!!! –
esperando para realizar exames num aparelho especial que ainda não foi
comprado.
Que tal?
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