sexta-feira, outubro 10, 2014

A Copa que a Alemanha levou para a Europa, deixou um triste legado por aqui...

A doída fatura da Copa das Copas


Por José Cruz

No primeiro turno das eleições, o governador Agnelo Queiroz obteve 20% dos votos e ficou em terceiro lugar. 

Rejeição de 80% ou uma vaia do eleitor tamanho do Mané Garrincha, que corresponde a um chute no traseiro.

Está certo que o assunto do momento é o segundo turno eleitoral – o “transtorno”, como diz Zé Simão. 

Mas até poucos dias, o eleitor estava na rua vibrando com a “Copa das Copas”, apesar dos 7 x 1… 

Agora, dois meses depois da festança chega a fatura e o cofre está vazio.

E o que isso tem a ver com esporte?

Seguinte: quando faltou dinheiro para concluir o estádio Mané Garrincha, que custou R$ 1,6 bilhão, segundo o Tribunal de Contas do DF, o governador Agnelo Queiroz remanejou R$ 300 milhões para a obra. 

A grana saiu dos orçamentos da Saúde, Educação e Segurança. Está no Diário Oficial.

Agora, a grana que ergueu o estádio começa a faltar nos serviços básicos, dos hospitais, por exemplo.

Ontem, mais de dois mil funcionários da rede pública de saúde da Capital da República ficaram sem refeições, porque o governo deve R$ 26 milhões à empresa fornecedora de alimentos. 

E em 15 dias, poderão ser suspensos os alimentos dos pacientes e acompanhantes.

Memória

Com o devido respeito aos colegas e torcedores que defenderam a “Copa das Copas”, mas o estrago está feito e assim é Brasil afora.

A direção da Fifa embolsou o lucro de R$ 8 bilhões, deixou estádios maravilhosos, espetacularmente vazios e os governantes passando calote até em cozinhas de hospitais.

E há casos de doenças raras aqui registradas. Pacientes estão três anos na fila – repetindo, três anos!!! – esperando para realizar exames num aparelho especial que ainda não foi comprado.

Que tal?

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