quarta-feira, outubro 08, 2014

Enfim um ótimo livro sobre Direito Desportivo no Brasil...

Foi lançado na última segunda-feira, em Brasília, o livro “Direito Desportivo”, publicação da Del Rey Editora...

Seu autor é o advogado Luiz César Cunha Lima, membro da Comissão de Direito Desportivo da OAB/DF.

“O livro, de 428 páginas de conteúdo (e mais 20 de bibliografia), engloba 22 tópicos sobre legislação esportiva nacional e internacional, incluindo alguns raramente abordados em livros sobre direito desportivo, entre os quais “transexualismo e desporto” e “esporte na lei de diretrizes e bases na educação”, disse Luiz César.

Direito de imagem e de arena, doping, agentes de atletas e Corte Arbitral do Esporte são, também, temas bem abordados pelo autor, com fartura de informações e detalhadas análises.

Segundo Luiz César, “a confecção da obra durou cerca de 12 anos, pois o livro, na realidade, é uma compilação de artigos, anotações, apontamentos e fichamentos redigidos desde 2001, praticamente. Mas somente nos últimos quatro ou cinco anos, talvez, decidi, finalmente, que esse apanhado levemente caótico e extremamente informal poderia, se bem trabalhado, ser formatado e desenvolvido para se transformar em um livro”.

Dois trechos do livro chamam a atenção...

“A obsessão atávica dos dirigentes esportivos por recursos públicos reflete, por um lado, a visão estatizante do corpo social brasileiro, segundo a qual todas as ações empreendidas pela sociedade precisam ser validadas pelo Estado, e, por outro lado, demonstra quão acomodados os dirigentes de esporte no Brasil são, pois preferem recorrer ao cômodo auxílio da verba pública a implementar ações de marketing destinadas a incrementar o orçamento de suas respectivas entidades.”

Creio que não seja necessário maiores comentários a respeito.

“As melhores políticas de desenvolvimento do esporte são as de caráter universal, encontradas na escola. Os principais formadores de atletas no Brasil, entretanto, são os chamados “clubes sociais”. Mas o conceito de “clube” é excludente. É absolutamente impossível universalizar o acesso à prática desportiva tendo como principais centros formadores de atletas os “clubes sociais”.

Aqui cabe dizer que o abandono do esporte pelas escolas e universidades brasileiras, explica em grande parte, a falta de uma cultura poliesportiva e, por consequência, a enorme dificuldade que temos em produzir um número maior de atletas prontos para representar o Brasil nas várias competições internacionais.

Fonte das informações: Blog do José Cruz.

Os trechos em negrito são de responsabilidade do Fernando Amaral FC.

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