quinta-feira, julho 30, 2015

Deu no Novo Jornal: O fracasso do modelo de gestão do ABC...

Gestão Rubens, um modelo a não ser seguido

Por Luan Xavier

Para o Novo Jornal

O ano de 2010 foi perfeito para o ABC. Campeão estadual, da Série C, mais de 10 mil sócios na conta e uma imagem valiosa e respeitada em todo o território nacional.

Nascia também ali um ideal de “gestão Rubens”, efusivamente aclamada nos microfones de rádio e posts exagerados em blogs da crônica esportiva.

Mas, parafraseando o colega Stenio Dantas, o aprendizado sobre 2010 é que “no futebol o melhor marketing é bola na rede”.

E ali o Alvinegro o fazia com excelência. 

Longe de ser um time extraordinário, frente aos que já teve no início do século, por exemplo, o ABC tinha um time acima da média (dado aquele campeonato) e bem treinado.

As contratações eram feitas de forma cuidadosa, os salários não eram escandalosos e o clube honrava seus compromissos em dia.

Por trás de Rubens havia uma equipe bem articulada e que entendia, cada um em sua área, do que estava fazendo ali.

Até que, de forma ainda não esclarecida, o empresário Flávio Anselmo deixou o clube sob insinuações (nem tão veladas) de traição e até desonestidade, versão que jamais foi explicada pelo gestor maior do clube abecedista.

Detalhe é que o próprio Rubens começou a assumir o fracasso.

Em entrevista feita pelo colega Bruno Araújo, para este NOVO Jornal, o mandatário admitia ter fechado sete de suas farmácias por causa do ABC.

Ou seja: a gloriosa “gestão Rubens” admitia que fazia futebol à moda antiga, tendo um abnegado como mantenedor de uma marca que deveria andar com suas próprias pernas.

Coincidência ou não, a saída de Flávio Anselmo marcou o início de um período de desgraça no ABC. De lá para cá o Alvinegro não ganhou sequer um dos campeonatos que disputou.

Do contrário, penou para escapar de novo rebaixamento à Série C em todos esses anos.

E caminha para fazer o mesmo agora em 2015.

Hoje o ABC é um clube desacreditado no mercado.

Atrasa salários, deve na Justiça do Trabalho, não tem trato com seus funcionários (a maioria, quando sai, reclama de compromissos não honrados) e por aí vai.

Pior: vive em guerra com a própria torcida.

Tem um presidente que assina (Rubens) e outro que manda (Rogério Marinho).

É terreno de corpo mole, onde quem chega é tratado como um Messias e quem sai leva a culpa por tudo de errado que estava acontecendo.

Ai do Clube do Povo!

A “gestão Rubens”, que sequer consegue mais manter de pé os microfones que antes a exaltava, tem marcado negativamente o ano do centenário do ABC.

E, mais que isso, deixado frustrada uma massa que alimentava o sonho de este ano chegar a um outro patamar, a elite do futebol nacional. 

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