O Rio de Janeiro há muito tempo é
uma cidade suja, quebrada, dominada pela corrupção e pelo crime...
Do mais alto ao mais baixo
escalão.
Mesmo assim, se deixou seduzir
pela proposta de se tornar a musa do Brasil...
Do novo Brasil, de um Brasil nunca
antes visto na história.
Sim, nós podemos, nos disseram...
Cariocas e brasileiros
acreditaram e, envolvidos pela demagogia, se lançaram na onda do Brasil gigante
– velho filme dos anos 70, que digitalizado, pareceu novo.
Agora, 49 dias antes, a realidade
escancara a mentira...
Não, não podemos.
Tarde, muito tarde...
Portanto, só restou tirar da
manga da camisa bem passada a última malandragem – ou se derramam bilhões para
salvar o megaevento ou teremos que cabisbaixos ouvir do mundo inteiro que o que
somos de verdade é uma nação de irresponsáveis aventureiros.
Desdenhamos de Atenas e suas
agruras antes e depois de 2004...
Batemos no peito e dissemos em
voz alta: não somos a Grécia.
Erramos...
Atenas, suicida, caminhou altiva
para o cadafalso.
O Rio de Janeiro, de joelhos,
declara ao mundo seu colapso econômico e raspa o tacho do já muito combalido
cofre federal...
Nunca antes na história dos jogos
olímpicos um vexame foi tão grande.
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