quinta-feira, junho 01, 2017

A onipresença de N'golo Kanté...

Imagem: Moz Life


A onipresença de Kanté

Por Gabriel Leme Penteado, repórter do Universidade do Esporte – 88,9 FM Universitária.

Pode parecer difícil de acreditar, mas o Futebolista do Ano, eleito pela associação de escritores ingleses, foi N’Golo Kanté.

O jogador do Chelsea (campeão pelo Leicester na temporada passada e novamente campeão pelos Blues) demonstrou uma grande qualidade atuando como volante na Premier League.

Não se trata de coincidência.

Pelo Leicester, o francês foi considerado o pilar do elenco, sendo o principal jogador do técnico Cláudio Ranieri.

O meia foi vendido posteriormente pela bagatela de 32 milhões de euros (valores que, nas atuais cifras do mercado europeu, são considerados uma pechincha – ainda mais para um jogador considerado a estrela de seu antigo clube).

Os rivais do clube londrino foram além dessas cifras por uma contratação (Xhaka e Pogba custaram 35 e 106 milhões de euros, respectivamente).

Ambos não terminaram a competição na zona de classificação para a Champions League, mas o United conquistou a Liga Europa e volta para a principal competição do planeta na próxima temporada.

Em números, Kanté reforça a eficiência que apresentou em 2016.

O meia jogou 35 jogos na Premier League, venceu 27, deu mais de 2.000 passes e jogou, aproximadamente, 3.000 minutos.

Não tomou um único cartão vermelho (para um volante de marcação, é um feito e tanto) e fez 79 interceptações – mais do que qualquer jogador dos Blues.

Não contente com esses números, o meia ainda se tornou o primeiro jogador a conquistar a Premier League duas vezes de forma consecutiva.

Durante os jogos, comentários e mais comentários sobre a inteligência e o papel tático do francês são feitos.

O camisa 7 do Chelsea parece ocupar o campo todo, durante os 90 minutos.

Cada bola adversária que passa pelo meio, encontra os pés de Kanté.

A onipresença foi atribuída por tais atuações e não à toa, o volante foi o grande destaque da campanha do título, junto à Eden Hazard.

O treinador dos Blues, Antonio Conte, ainda nos permite concluir a satisfação que tem com o jogador ao substituí-lo apenas uma vez nos 35 jogos em que Kanté foi titular.

Dado esses fatos, o prêmio é mais do que justo e o volante é a melhor representação da campanha do Chelsea, reforçando que coincidências não existem e que o raio cai mais de uma vez no mesmo lugar.

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