A Federação Cubana de Boxe (FCB) foi “notificada sobre a participação do atleta Andy Cruz Gómez na tentativa de deixar o país ilegalmente”, explicou a entidade em comunicado através do portal JIT, do Instituto Cubano de Desportos, sem especificar, no entanto, detalhes da fuga frustrada ou da situação atual do pugilista...
Os dirigentes afirmaram que a ação do campeão dos jogos olímpicos em Tóquio/2020 de pesos ligeiros personifica uma “grave indisciplina face aos regulamentos” do boxe do país, pelo que a atitude do atleta de 26 anos será “analisada” e sujeita à disciplina das autoridades.
De acordo com o regulamento, Andy
Cruz, considerado por especialistas como o melhor boxeador cubano da
atualidade, incorre em suspensão - temporária ou definitiva - da seleção de
boxe, a modalidade estrela do desporto cubano, com 80 títulos mundiais e 41
olímpicos...
A FCB afirma que o atleta não
participou nos treinos do campeonato nacional, nem se deslocou ao evento, tendo
revelado “evidente desmotivação”, fato que o afastou da estreia da
seleção em circuitos profissionais, em Aguascalientes, México.
“Estou tão animado para ser
profissional. Estou à espera disso há muito tempo. Tenho 26 anos, o que alguns
consideram velho demais para fazer a minha estreia profissional. Estou pronto
para isso. Vou provar que sou o melhor. Quero lutar com os melhores”,
escreveu o atleta, em 21 de junho, na rede social Twitter...
A tentativa de fuga do pugilista
verifica-se num momento em que Cuba vive uma profunda crise econômica e social,
motivada pela covid-19 e pelo bloqueio, de décadas, dos Estados Unidos, que tem
motivado uma onda migratória ímpar.
Nos últimos meses, o lutador
Ismael Borrero, campeão olímpico no da Rio 2016, e o canoísta Fernando Dayán
Jorge, medalha de ouro Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020, fugiram do país...
Jordan Diaz, a maior promessa do triplo salto cubano, trocou o país pela Espanha, em processo semelhante ao de Pedro Pablo Pichardo, que se tornou português, garantindo a Portugal a única medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio de 2020.
Um comentário:
Situação bizarra: o posicionamento da "liberdade" fidelina.
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