Divisão de dinheiro dentro da
Libra prevê paraquedas para rebaixados
Por Rodrigo Mattos
Colunista do UOL
A nova fórmula de divisão de
receitas de TV da Libra (Liga de Clubes do Brasil) inclui um paraquedas para os
times que forem rebaixados.
Ou seja, mesmo na Série B, essas
equipes terão acesso a percentual da receita da Primeira Divisão, além de suas
cotas na Segundona.
O mecanismo funciona da seguinte
forma: o critério premiação vai ser calculado com a média ponderada dos três
últimos anos.
Assim, as equipes que caírem
terão direito a receber uma parte do dinheiro.
Pelo cálculo na Libra, os três
rebaixados, esse é o número previsto para a Liga em 2025, ficariam com 1,2% das
receitas da Série A.
O fundo Mubadala, investidor em
negociação da Liga, tem uma previsão de receita de R$ 4 bilhões para o
Brasileiro.
Se esse número for atingido,
haveria uma reserva de R$ 60 milhões para os rebaixados.
Qual o objetivo da medida?
A intenção é que os clubes tenham
recursos para bancar custos de patamar da Série A enquanto adaptam-se à nova
realidade.
Quando cai à Segundona, a
agremiação continua a ter contratos longos de jogadores que precisam ser
rescindidos e revistos para adaptação à nova receita.
Esse tipo de mecanismo é comum em
ligas da Europa, onde há necessidade de forte ajustes quando um clube cai de
divisão.
No caso brasileiro, uma parte do
pagamento será feito no início do ano para permitir ajudar o fluxo de caixa do
time.
É importante diferenciar essa
medida da antiga proteção aos membros do Clubes dos 13 quando eram rebaixados.
No modelo antigo, esses times chegavam a manter toda sua receita no ano seguinte à queda, mas era um benefício restrito aos clubes grandes dentro da entidade.
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