quinta-feira, março 02, 2023

Morreu Just Fontaine - 1933/2023 - Seu recorde permanece imbatível

Imagem: Twitter

O futebol está de luto...

Just Fontaine (Marrakech, 1933) faleceu aos 89 anos.

Lenda da seleção francesa e do Stade de Reims (1956/62), com quem conquistou três Ligas, uma Copa da França, um Troféu dos Campeões e foi vice-campeão da Copa dos Campeões Europeus de 1959, perdendo (2 a 0) a final contra Real Madrid de Gento, Di Stefano, Kopa...

O atacante detém o recorde de gols numa Copa do Mundo.

No Mundial de 1958 da Suécia, no qual a França ficou com o terceiro lugar, Fontaine marcou 13 gols...

Encerrou a carreira na Seleção com 30 gols em 21 jogos.

Fontaine começou a sua história no Union Sportive Marocaine de Casablanca, depois, jogou pelo Olympique Gymnaste Club Nice e pelo Stade Reims...

O atacante marcou 258 gols em 284 jogos.

Artilheiro brilhante, fundou o Sindicato dos Futebolistas Franceses com Kopa, que em 2014 recebeu a Chuteira de Ouro honorária no Brasil...

“Estou muito orgulhoso de receber este prêmio único. É bom porque eu também sou único. E os meninos ao meu lado que o entregam são únicos”, confessou Fontaine, que recebeu o prêmio de Platini e Ronaldo Nazario.

Como Fontaine chegou ao recorde de gols numa Copa do Mundo

A França foi a primeira seleção a chegar na Suécia, entre outros motivos, porque muitos pensaram que também seriam os primeiros a partir...

Não foi assim.

Fontaine, naquele momento, não fazia parte do (onze) ideal de Batteux, treinador da equipe, apesar de chegar com uma carta de apresentação imbatível: 34 gols pelo Stade de Reims, melhor marcador da Ligue 1 e Chuteira de Ouro europeia...

A sorte, ou como queiram chamar, aliou-se a Fontaine, e a lesão do atacante titular, Raymond Blair, abriu as portas da titularidade.

E de lá, para a glória.

O que quase ninguém sabia na época é que as chuteiras com as quais Fontaine marcava os gols nos rivais não eram dele...

Naquele tempo, cada jogador tinha dois pares de chuteiras, e o bom, e velho Fontaine chegou à Suécia sem o material.

Stéphane Bruey, seu companheiro de seleção, teve que emprestar uma das suas...

Fontaine as devolveu, seis jogos depois, com treze gols que até hoje são imbatíveis.

Foram três gols contra o Paraguai, dois contra a Iugoslávia, um contra a Escócia, dois contra a Irlanda do Norte, um contra o Brasil e quatro contra a Alemanha Ocidental...

Quatro que poderiam ter sido cinco.

A humildade de Fontaine foi tanta que o atacante nem pensou na hipótese ao pedir ao companheiro de equipe Kopa que cobrasse um pênalti na partida que decidiu o terceiro e quarto lugar da competição...

“Ele estava encarregado de cobrar os pênaltis, então aquele dia não deveria ser diferente”, afirmou Fontaine alguns anos depois.

Apesar da façanha, a França esbarrou no fantástico Brasil de Garrincha, Didi, Vavá e de Pelé que dava os primeiros passos...

Just Fontaine, Raymond Kopa e Roger Piantoni, não foram suficientes para parar o Brasil. 

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