O presidente da Argentina abre
caminho para que os clubes se tornem sociedades anônimas esportivas “se
assim o desejarem”.
Por Óscar Garcia, para o
Diário AS
A revolução antecipada pelo novo
presidente da Argentina, Javier Milei, durante a campanha eleitoral chegou ao futebol.
O político comunicou à nação esta
quarta-feira, através de uma mensagem televisiva, as medidas incluídas no
Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), com as quais, segundo ele, pretende
estabelecer “as bases para a reconstrução da Argentina”.
O ponto 27, referente à
modificação da Lei das Sociedades por Ações, afeta diretamente o futebol, pois
abre a possibilidade de os clubes “poderem tornar-se sociedades anônimas, se
assim o desejarem”.
Esta possibilidade de os clubes
argentinos se transformarem em sociedades anônimas é uma aspiração antiga de
Mauricio Macri, ex-presidente da Argentina e do Boca Juniors.
Macri apoiou Milei em sua corrida
eleitoral para a Casa Rosada e deu apoio a Andrés Ibarra, o candidato que
perdeu as últimas eleições para a presidência do Boca contra Juan Román
Riquelme.
Milei foi insultada pelos fãs de
Xeneize quando foi votar em La Bombonera.
Milei nunca escondeu sua vontade
de permitir que os clubes se tornassem sociedades anônimas.
Em 2022, garantiu em entrevista a
Alejandro Fantino que “gosta” daquele modelo.
“E o que importa para quem é
se você venceu o River por 5 a 0, ele é campeão mundial, tudo? Ou prefere
continuar nesta miséria, onde cada vez temos um futebol de pior qualidade?”,
argumentou.
O DNU refere que para que uma
associação civil se transforme em “sociedade comercial ou resolva ser sócia
de sociedades anônimas” serão necessários os votos de “dois terços dos
associados”.
Também fica claro que “qualquer direito de uma organização desportiva não pode ser impedido, dificultado ou privado, incluindo o seu direito de filiação a uma confederação, federação, associação, liga ou sindicato”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário